24.7.12

"Calibração Cosmológica" ou "Sabedoria Divina"?: Dos Processos Subjacentes à Holorressomatização da Consciência

Por Dr. Fernando Salvino (MSc.)
Parapsicólogo, Psicoterapeuta, Projeciólogo e Conscienciólogo
FEBRAP-ABRAP-IPRJ
NIAC - Núcleo de Investigações Avançadas da Consciência
www.niacparapsi.org


Obs.: antes de prosseguir, sugerimos ao leitor estudar pacientemente o ensaio científico "Sobre o Acesso Experimental ao Holocampo Cosmológico" (clique aqui), para melhor compreender a realidade que trataremos a seguir. Usarei a terceira pessoa em virtude de ser esta investigação uma resultante de esforços de várias consciências, dentre elas, meu amigo e parapsicólogo Guilherme Kilian e Geraldo Sarti e aqueles que viabilizaram a materialização destas idéias no planeta, os espíritos superiores que coordenam a cosmoengenharia e a calibração cósmica no sistema solar, o qual nos situamos como tradutores de tais informações cósmicas. Ademais, como todo ensaio que escreve, nada aqui é definitivo e absoluto, o qual peço ao leitor que relativize do que lê aqui e vá sempre de encontro com sua experiência, com sua lógica, com seu discernimento e com sua compreensão cósmica da vida e da existência.

I - Da Introdução

A teoria da calibração cosmológica tem como pontos de partida:

1. A possibilidade experimental de acesso consciente ao holocampo cosmológico através da retrocognição ao último período intermissivo, na procedência extrafísica imediata, com a consequente recuperação de informações, especialmente os ensinamentos dos espíritos superiores ou as inteligências cosmológicas coordenadoras da evolução no sistema Solar, além do planeta Terra.

2. A pré-existência da consciência ou o espírito diante da atual existência, mantendo sua personalidade, extrafísica, além do cérebro e do corpo, através de veículo cósmico (para-corpo extrafísico, psicossoma, corpo psicônico, perispírito) para a existência em dimensão ou brana específica do multiverso (cosmos multidimensional).

3. A evidência experimental da existência da organização parafenomenológica e cosmointeligente dos processos da ressoma/dessoma ou também chamado de reencarnação/desencarnação ou ainda os ciclos palingenéticos -, pelo cosmo afora.

4. O ciclos acima citados a partir de evidências experimentais onde a consciência ou espírito oscila entre dimensões cosmológicas específicas afins a seu nível de evolução moral/ética e cosmo-consciencialidade (dimensões psi) e dimensão intra-física associada (universo físico), em processos contínuos de emigração e emigração interdimensional, interplanetária e intergaláctica.

5. A possibilidade experimental de tais ciclos e parafenomenologia serem diferenciados para determinadas consciências devido à sua procedência extrafísica imediata (última procedência) e estrutura psíquica capaz de suportar a ressoma através dos densificadores.

6. A relatividade cosmológica do espaço-tempo nas dimensões cósmicas em relação ao tempo na Terra e outras orbes passíveis de ocorrer a palingenesia (ressoma/dessoma), e a velocidade da ressoma e o espaço-tempo simultâneo das dimensões cósmicas extrafisicas além da Terra.

7. A evidência experimental da fusão cosmológica numa unidade indivisível, onde a cosmologia mostra-se como uma atividade essencialmente inteligente, e cuja astrofísica evidencia-se como conseqüência de atos cósmicos de inteligências de nível incomensurável, que transcendem nossa capacidade de entendimento e compreensão, rumando para a Transciência.

8. A evidência experimental da existência da cosmoengenharia, procedimento de cosmo-calibração pelo qual se viabiliza a fusão cosmológica no sistema solar, os processos da evolução da consciência, tudo em relação a outros sistemas mais amplos (galáxias e assim por diante), a partir da coordenação das inteligências cósmicas superiores, residentes no espaço cósmico do sistema solar atuando em conjunto com outras inteligências ainda mais evoluídas.

9. A possibilidade experimental de que todos os fenômenos cosmológicos são direta ou indiretamente resultantes de atividades inteligentes para garantir a contínua calibração cósmica e a harmonia universal, sendo que os processos ocorrentes na Terra obedecem a padrões de sincronização cósmica que transcendem os limites do sistema solar e de tudo o que ocorre no planeta. Assim como, as complexas questões de tempo, espaço e horário de renascimento são resultantes de padrões de calibração cósmica, em processos astroparapsicológicos.

II - Da Tradução da Informação Cósmica, Decodificação Psigâmica e outras questões

Diante desses pressupostos básicos e admitindo a possibilidade de suas existências experimentais, além da mística, do ocultismo e de qualquer ligação religiosa, mesmo a espírita, iremos adentrar agora nos ensinamentos dos espíritos superiores, tal como rememorados em retrocognição controlada em laboratório, mediante testemunha, ora um e ora outro pesquisador, tal como salientado na investigação citada no começo deste. O que veremos a seguir não é o ensinamento propriamente dito dos espíritos, porém, uma tradução que parece obedecer as seguintes fases linguísticas, na mais honesta epistemologia da investigação experimental da alma:

1. A captação direta da informação cósmica em bloco, inteira, consciência a consciência, sem participação da linguagem tal como conhecemos na Terra (telepatia avançada).

2. A decodificação psigâmica da informação cósmica, percorrendo os filtros, principalmente, cognitivos e inconscientes, do parapsiquista.

3. A tradução e processamento cognitivo, intrapsíquico, da decodificação psigâmica para a língua portuguesa.

4. A organização da informação rememorada e decodificada num texto coerente e racional, o mais lúcido e cientificamente possível ao tradutor, viabilizando a comunicação nesta dimensão, linguagem a linguagem.

III - Da Tradução dos Ensinamentos dos Espíritos ou Consciências Superiores (inteligências cosmológicas)

1. Tudo é fundido numa unidade cosmológica e controlado pelas consciências que operam com uma espécie de engenharia cosmo-consciencial, integrando as maxifenomenologias cosmológicas com as maxifenomenologias da consciência e as relações com a evolução, numa dinâmica multidimensional unificada.

2. As consciências cósmicas se reúnem num Conselho situado no espaço, como por exemplo, para dialogarem sobre as relações entre superpopulação na Terra e colonização de Saturno, e desta forma poderão modificar as atividades do Sol. Tudo tem relação com a consciência e a evolução e existe uma fusão entre consciência e qualquer fenômeno cosmológico.

3. Tudo ocorre em função de processos cosmológicos e tudo o que ocorre no planeta obedece a controles cosmológicos avançados vindos de comandos de altíssimo nível, das consciências que são como se fossem cosmoengenheiras, cujo trabalho é manter ininterruptamente, a calibração e cooperar com a harmonia universal.

4. Assim, um dos entendimentos que nos passam é o de “calibração”. A calibração é o contínuo processo de medição experimental de toda a atividade do sistema solar, da galáxia e suas relações com os outros sistemas. E esta "medição" está completamente integrada com os processos de evolução da consciência, onde, uma coisa não existe sem a outra, uma existe para a outra e vice-versa. Nenhuma grandeza astronômica, cosmológica, é menos importante que a consciência, pelo contrário, as grandezas fenomenológicas cósmicas são essencialmente fenômenos psíquicos de larga escala

5. Tudo é fundido numa unidade cosmológica. Assim, tudo ocorre sempre no tempo certo obedecendo à calibração do sistema total. Tudo e tudo estão em completa sincronia com o todo coeso, fundido cosmologicamente.

6. As consciências controlam a calibração e até certo ponto, toda a realidade cosmológica existe enquanto movimento de realidades mais e mais avançadas, em unidades cosmológicas multidimensionais cada vez mais abrangentes, em branas dentro de branas, ad infinitum. As próprias consciências altamente evoluídas o qual contatamos, ainda assim, são "operadores" desta calibração, obedecendo aos padrões repassados pelas consciências mais e mais adiantadas em responsabilidade e cargo neste sistema infinito.

7. As transmigrações interplanetárias ocorrem pelo transporte realizado por uma gigantesca astronave espacial, nave-mãe, que transporta as consciências para as transmigrações. As transmigrações ocorrem devido à calibração do sistema, calibração esta, como dissemos, de natureza cosmológica, ou mais especificamente, astroparapsicológica, com preocupação sistêmica e não com as partes isoladas ou com as pessoas em si, e no que elas têm a fazer no mundo e suas missões. Neste nível cósmico inexiste qualquer coisa relacionada a "curso intermissivo". Existem “acessos” e não "cursos".

8. O entendimento é feito por “acessos ao campo”. E não por aprendizado de matérias ou conteúdos. Inexiste qualquer tipo de ensino tal como o compreendemos aqui e tal como descrito nas literaturas psicografadas de forma geral. O que existe são acessos experimentais diretos no campo cósmico e, diante disso, a aprendizagem se dá diretamente, parapsiquicamente, sem qualquer intermediário mais didático. A transmissão de informação se dá por para-telepatia, em bloco de idéias e compreensão direta de informações, repassadas simultaneamente, de consciência à consciência.

9. A experiência mostrou para nós que não existe "curso intermissivo" para todos. Assim como tem pessoas que devem passar por cursos didáticos, matérias a aprender, nas dimensões extrafísicas menos cósmicas, existem outras que atravessam outros tipos de aprendizagem, sem qualquer relação com "curso". São entendimentos evolutivos diretos, transdidáticos, relacionados com o que disseram ser "o momento exato da evolução de cada um" dentro da calibração cósmica e suas relações com os movimentos dos microastros psíquicos, ou os espíritos ou consciências.

10. Existe um aprendizado quanto ao significado do tempo. O espaço-tempo está alinhado com calibrações cósmicas abrangentes e não somente com o mérito próprio, tal como prescreve a ontologia espírita e ciência parapsicológica geral. Existe um momentum cósmico apropriado para o acesso e ao entendimento e não depende somente de nossa vontade e mérito. O tempo, pois, apresenta uma natureza essencialmente cosmológica e psíquica, unificada, ou cosmopsíquica. O espaço-tempo parece ser, pois, uma grandeza cosmopsíquica.

11. O cosmos está cheio de naves perambulando, habitadas, navegando pelo universo, compartilhando da teoria dos universos plurihabitados.

12. Os processos avançados de ressomatização da consciência, quando a consciência vive seu período extrafísico imediato (último período intermissivo) nas dimensões mais altas do cosmos, ocorre através de “densificadores”, tal é o nome sugerido pelos espíritos superiores.

13. Os “densificadores” são imensas máquinas espalhadas pelo sistema solar, cada qual calibrada para determinado tipo de planeta e condições ressomatórias, o qual a consciência migra para dentro da máquina, atravessando a "nuvem de densificação", espécie de "tela" ou "portal interdimensional", e sai densificada em hipervelocidade para a ressoma, já dentro do útero da mãe (no caso da Terra). O processo obedece a outra logística, que chamamos aqui de "cosmopalingenesia" ou a ressoma própria das consciências cuja origem remota, intermissiva recente, se encontra nos hiperespaços cosmológicos.

14. As atividades astronômicas e astrofísicas existem e estão completamente fundidas com as atividades das consciências. Consciência, tempo e espaço, astros e evolução se mostram experimentalmente como estando unificados, coesos e fundidos em holomovimento infinito. Fenômenos físicos e atmosféricos, astrofísicos e galácticos, e as múltiplas dimensões cósmicas (branas), tudo está associado e unificado por atividades cosmo-inteligentes, obedecendo a orientações que transcendem nossa capacidade de entendimento quanto ao sentido maior de tudo.

15. A astrologia científica, livre de toda a mística que encobre seu sentido de existir (e não falamos aqui da astrologia tal como é exposta por aí afora), manifesta-se como o campo qualitativo dos processos cosmológicos e ressomatórios que ocorrem nos planetas, especialmente uma tentativa de compreender a calibração cósmica no momento na ressoma de cada espírito. Assim, o espaço-tempo, a data de nascimento, a data da concepção, o momentum cósmico deste processo é reflexo sincrônico da calibração cósmica. Diante do fato de que cada espírito, ocupando espaço-tempo cósmico, possui massa, densidade e magnetismo e capacidade perturbatória de campo e espaço-tempo, cada um de nós é psicoastro em órbita cósmica e tal movimento está em sincronização com o todo cósmico pela calibração. Assim, o espaço-tempo psíquico e evolutivo de cada espírito é único, devido a singularidade enquanto psicoastro no universo (ou multiverso). O país, a família, o momento, o horário, enfim, tudo necessita estar numa cosmo-sincronia calibratória. Daí advém a harmonia universal que observamos no cosmos, produto de comando inteligente.

16. A matemática astrológica científica parece ter relações com medidas calibrantes, no exato momento em que a consciência precisa ressomar, obedecendo a critérios cósmicos, sistêmicos, do todo coeso cosmológico.

A seguir iremos percorrer somente algumas categorias tal como mapeadas na pesquisa inicialmente citada, relacionadas ao tema em desenvolvimento, que são algumas exceções à "lei da reencarnação" tal como vem sido exposto na literatura.

IV - Da Procedência Extrafísica Cósmica, Intermissão e Cosmorressoma

Os experimentos evidenciaram, além das intermissões conhecidas, dois tipos diferentes de entre-vidas ou intermissões:

1.      Cosmológica Pura: esta intermissão é puramente cosmológica, longe de qualquer vínculo direto com a Terra e associa-se a aprendizagens experimentais diretas de acesso ao holocampo cosmológico e a visitas de campo e projeções pelo mentalsoma em hiperdimensão, além de outros possíveis recursos. Neste espectro não existe a noção de “curso intermissivo” e sim algo como “aprendizagem de acesso”.

2.      Cosmológica Mista: esta intermissão reúne uma dupla característica, onde ocorre participação de cursos tal como o compreendemos, e acessos ao holocampo cosmológico através de metodologia cosmoeducacional, realizada pelos orientadores da evolução, em princípio, do sistema solar, incluindo retrocognições dirigidas por amparador de forma a facilitar o acesso à origem cósmica remota extraterrestre, em planeta fora de nosso sistema solar, viabilizando a evidência de transmigração planetária benigna de outra galáxia para esta.

Em ambas intermissões, ocorre o estabelecimento de tarefas de abrangência cosmológica dentro da ótica de um cosmos unificado. Estas caracterizam-se como intermissões de outra natureza, e pelas revisões de literatura até então realizadas, pouco estudadas cientificamente, restando as intermissões ainda restritas às tarefas de natureza terrena, paratroposférica, ligadas aos assuntos da Terra. Assim, as consciências cuja procedência cosmológica imediata se ancora nestas hiperdimensões, apresentarão na Terra destinos completamente alternativos, em tese, ligados aos campos da cosmologia, astrofísica, astronáutica, projeciologia, parapsicologia, conscienciologia, física, astrologia, etc e aos assuntos transcendentes, atemporais, cósmicos, evolutivos, dentro de concepções científicas e experimentais.

A palingenesia ou a ressoma neste espectro de realidade cósmica ocorre diferentemente dos demais espectros. Enquanto que a grande parcela da humanidade ressoma ou reencarna de forma simples, saindo da dimensão paratroposférica imediata, colônias de recuperação ou sítios extrafísicos de preparação para a próxima existência, ou, em outras situações, uma preparação planejada em dimensão um pouco mais evoluída, onde existem cursos intermissivos e outras experiências, levam a consciência à ressoma mais alinhada e, em ambos casos, até à família escolhida, direta ou indiretamente, e à vida humana propriamente dita. O processo de ressexualização é mais lento, o espaço-tempo é mais cronológico, a proximidade com vida humana é mais direta. Assim, os condicionamentos e os limites perceptivos e cognitivos diante das realidades cosmológicas avançadas já são inatas às consciências deste espectro, naturalmente.

Por outro lado, no caso das consciências de procedência das hiperdimensões cosmológicas, transcendendo a Terra e se localizando no espaço cósmico multimensional, evidenciam ocorrer outro processo. As consciências que estão para ressomar na Terra atravessam o que os orientadores cosmoevolutivos chamam de “densificadores”, que são gigantescas máquinas de densificação e alinhamento interdimensional, localizadas em dimensão paralela, em vários pontos da Terra e do Sistema Solar e outros planetas, como Saturno, dependendo onde a consciência irá renascer. No caso da Terra, ao atravessar o densificador a consciência alinha-se já dentro do útero da mãe e ali inicia a ressexualização até a formação do novo sexossoma e o início da vida humana propriamente dita. O tempo cronológico é, para fins de comparação com o tempo da Terra, próximo ao instantâneo.

Os experimentos evidenciaram que as intermissões cosmológicas perfazem transmigrações para outros planetas para finalidades específicas, como no caso do segundo experimento. Da mesma forma, a natureza destes intervalos obedece a outra lógica de espaço-tempo. Este fato é evidenciado em estudo comparativo do tempo cronológico da Terra, o tempo de intervalo intermissivo e o número de experiências e fatos ocorrentes neste intervalo.

No primeiro experimento, o experimentador em suas autopesquisas retrocognitivas afirma ter dessomado em 1975, em plena Guerra do Vietnã, tendo sido morto por vietnamitas, naquela ocasião, médico militar, quando fora enviado a campo pelo exército norte-americano para socorrer soldados feridos. O experimentador narra que dessoma em guerra, neste ano e no mesmo ano, e no exato mês que terminara a guerra, outubro, o experimentador renasce. Em estudo comparativo cronológico, temos que não se passou um ano ou nem isso, entre a vida imediata passada e a data de nascimento atual. Por outro lado, a atemporalidade da hiperdimensão cosmológica viabiliza um sem número de experiências, e um realinhamento cósmico completamente transcendente de toda noção de tempo e espaço da Terra, viabilizando renascimentos instantâneos ou hiper-rápidos, se comparar os tempos. O experimento com isso evidencia que existe uma gama de renascimentos que não obedecem às leis de permanência intermissiva, como nas conhecidas colônias espirituais ou extrafísicas, relacionadas ao tempo cronológico de décadas ou séculos ou de uma vida temporal proporcional a uma vida humana, ou seja, de 70 a 80 anos de permanência intermissiva.

O experimento evidencia que quando a procedência é da hiperdimensão cosmológica e o espaço-tempo sendo outro, unificado e atemporal, o tempo que vale é o da calibração cósmica, tempo cosmosubjetivo de natureza psíquica e determinante do momento em que a consciência passará pelo densificador e ressomará quase que instantaneamente.

V - Das "Emigrações e Imigrações dos Espíritos" e a Questão da "Sabedoria Divina" em "A Gênese" de Allan Kardec

Diante do exposto, fica mais clarificada a noção de que a "sabedoria divina" o qual Allan Kardec enfatiza no item 36, do capítulo XI, tem relação direta com as ações inteligentes dos espíritos superiores de natureza já cosmológica, em organização no espaço, em procedimentos de calibração cósmica e cosmoengenharia, do que propriamente "sabedoria divina", tendendo a mistificarmos a compreensão do sentido apontado por Kardec.

Senão vejamos suas palavras no capítulo "Gênese Espiritual":

"35. No intervalo de suas existências corporais, os Espíritos se encontram no estado de erraticidade e formam a população espiritual ambiente da Terra. Pelas mortes e pelos nascimentos, as duas populações, terrestre e espiritual, deságuam incessantemente uma na outra. Há, pois, diariamente, emigrações do mundo corpóreo para o mundo espiritual e imigrações deste para aquele: é o estado normal. 

36. Em certas épocas, determinadas pela sabedoria divina, essas emigrações e imigrações se operam por massas mais ou menos consideráveis, em virtude das grandes revoluções que lhes ocasionam a partida simultânea em quantidades enormes, logo substituídas por equivalentes quantidades de encarnações. Os flagelos destruidores e os cataclismos devem, portanto, considerar-se como ocasiões de chegadas e partidas coletivas, meios providenciais de renovamento da população corporal do globo, de ela se retemperar pela introdução de novos elementos espirituais mais depurados. Na destruição, que por essas catástrofes se verifica, de grande número de corpos, nada mais há do que rompimento de vestiduras; nenhum Espírito perece; eles apenas mudam de planos; em vez de partirem isoladamente, partem em bandos, essa a única diferença, visto que, ou por uma causa ou por outra, fatalmente têm que partir, cedo ou tarde."

Queremos sublinhar aqui a seguinte expressão "Em certas épocas, determinadas pela sabedoria divinaessas emigrações e imigrações se operam por massas mais ou menos consideráveis..."

A informação dos espíritos superiores é de que nem mesmo muitos dos amparadores sabem como funciona o processo parafenomenológico da palingenesia e de suas relações com a evolução da consciência. E mais natural é colocarmos tal responsabilidade de determinação à "sabedoria divina". Existe aqui uma tradução não adequada do que realmente ocorre e do que realmente os espíritos superiores querem nos ensinar a respeito da organização do cosmos, a fusão cosmológica. 

Um dos ensinamentos dos espíritos superiores é a de "tradução linguistica do holocampo", onde qualquer tentativa de descrever linguisticamente a cosmologia estaremos lidando com "traduções". Umas são boas, outras são ruins. E devido ao fato de que neste espectro da realidade cósmica inexistir qualquer traço de misticismo, ocultismo e religiosidade tal como compreendemos na Terra, assim, as traduções mais lúcidas parecem obedecer os critérios mais lúcidos, sem misticismo, coerentes com os experimentos.


VI - Das Considerações Finais


Desta forma, existe uma distância muito grande entre "calibração cosmológica" e "sabedoria divina". A primeira nos inclina a perguntar o que é tal calibração e chegaremos a respostas mais lúcidas, tais como, a da existência da cosmoengenharia e a dos conselhos cósmicos, assim como da ação inteligente dos espíritos superiores que coordenam a sincronia cósmica multidimensional, evolutiva e astrofísica no sistema solar em relação à outros sistemas astrofísicos. Por outro lado, a segunda nos inclina a uma mistificação e nutrição da imaginação para um campo nada fácil de compreender, pois é mais simples apontar tal responsabilidade administrativa da palingenesia à "sabedoria divina" e deixar o território vago para a compreensão científica. Não que esteja errada tal afirmativa, mas não é a melhor tradução.

Obviamente que, acima das ações determinadoras do conselho cósmico extrafísico, a partir da cosmoengenharia e calibração cósmica, temos que a hierarquia evolutiva que coordena as ações dos conselhos apresentam uma magnitude incomensurável, mas que evidencia a influência de inteligências cada vez mais e mais evoluídas, como apresentou na coordenação das emigrações e imigrações de espíritos deste sistema solar para outros e vice-versa. As inteligências extrafísicas cósmicas responsáveis por esse movimento estão por sua vez associadas à inteligências mais e mais evoluídas num contínuum de evolução e hierarquia infinita, para todas as direções do espaço-tempo multidimensional.

Podemos utilizar a tradução de que em níveis cósmicos mais e mais evoluídos começamos a adentrar na esfera do "divino" e daquilo que os espíritos chamaram de "Deus". Mas como as palavras "divino" e "Deus" já estão contaminadas por compreensões místicas, quem sabe seja o momento de criarmos palavras mais precisas para a tradução de tal realidade. Uma das soluções epistêmicas pode estar no taoismo e na noção de Tao, uma espécie de cosmologia sem criador. Por outro lado, a Gênese Espiritual não está separada da Gênese Cósmica, pelo contrário, é a mesma e única gênese, em virtude de que tudo está fundido numa unidade cosmológica. Assim, o território do divino pertence à transciência, por enquanto, em nosso grau de evolução na escala evolutiva.

Devido ao fato de que o espaço-tempo ser experimentalmente modificado de acordo com as disposições da consciência, logo, passado, presente e futuro, são traduções de realidades que podem não ser bem como acreditados que seja. Nos níveis cósmicos, a existência extrafísica da consciência parece ser em tempo simultâneo, em holocampo espaço-temporal, cuja noção de um começo do cosmos não parece ter sentido, visto que uma possível gênese pressupõe o começo da existência do tempo e, por conseguinte de seu par indissociável, o espaço (espaço-tempo). Ao falarmos em gênese, estamos falando essencialmente de tempo, de um começo e, do espaço (espaço-tempo).

Como visto, ao tratarmos do ensino dos espíritos estamos lidando com processos complexos de comunicação interdimensional e interconsciencial, entre escalas evolutivas diferenciadas e sujeitas a decodificações psigâmicas específicas e, por conseqüência, a traduções da realidade cosmológica também peculiares, relacionadas ao nivel de evolução do médium também e de sua capacidade tradutora, visto que parece-nos impossível que não opere na psicografia, por exemplo, as influências de decodificação psigâmica inconsciente por parte do médium.

O ensino dos espíritos sempre será relativo ao nível de evolução o qual pertence na escala de evolução e estará diretamente proporcional às suas condições psíquicas e cognitivas em traduzir a realidade cosmológica numa boa versão de tradução, compreensível, e o mais lúcida possível, independente da dimensão o qual está vivendo. Reitero aqui a relatividade do ensino dos espíritos no que diz respeito à obra geral de Allan Kardec, pois que o que ali encontramos é uma tradução, uma versão mais ou menos organizada, mais ou menos lúcida, daquilo que podemos chamar de "verdade cósmica", nada definitivo e sujeita a melhores traduções conforme o galgar evolutivo das consciências. Qualquer tentativa de tradução lingüística das informações do holocampo sempre estarão limitadas ao tradutor, tradutores e aos espíritos comunicantes, tal como esta que apresentamos aqui. Não sabemos ao certo se as informações passadas pelo espírito superior apresenta-se como algo absoluto (verdade) ou representa o extrato possível de sua compreensão cósmica, muito superior a nossa, das realidades cosmológicas, mas sempre limitadas àquilo que acessa e ao que pode acessar.

Assim, é mister frisar aqui que a mediunidade não só ocorre entre "vivos e mortos", mas entre "mortos", visto que a comunicação entre espíritos pode se dar também pela rememoração do que ocorreu na extrafisicalidade da intermissão, em complexo campo multidimensional que ocorre na indução de fenômenos desta natureza, como o que realizamos.

Na investigação cientifica parapsíquica necessitamos operar a partir da indução de múltiplos fenômenos visando acessar informações por vários prismas de realidade.

10.7.12

Relação Bóson de Higgs <---> Intelectons, Intenção do Pesquisador e PK

Por Dr. Fernando Salvino (MSc.)
Parapsicólogo e Psicoterapeuta
Consciencienciólogo/Projeciólogo
ABRAP/FEBRAP/NIAC




Em 1964, o físico Petter Higgs postula em artigo científico a hipótese de existência de uma partícula que poderia esclarecer o fundamento da matéria, conhecida como bóson de Higgs. Místicos dentro da própria física já começam a chamá-la de "partícula de Deus".

A física moderna admite que átomos são formados por partículas menores ainda, prótons, elétrons e nêutrons. E ainda, as pesquisas foram se encaminhando para níveis muito pequenos, os subatômicos, e hoje uma série de partículas foram descobertas, menores ainda que as clássicas que todos conhecemos e aprendemos na escola. O objetivo básico é entender a matéria física. Embora não seja físico, as leituras da área evidenciam hoje uma correlação entre a consciência do pesquisador e o comportamento da matéria, nos níveis subatômicos. Em última instância, ocorrem relações psicocinéticas (PK) entre a consciência do pesquisador e os constituintes básicos da matéria. Em última instância, se é que podemos falar assim, matéria parece ser resultante de atos intencionais da consciência, e não o oposto.

Para Gleiser (In Folha), "vale lembrar que, na física moderna, as entidades essenciais são os campos. Partículas são excitações desses campos, como pequenas ondas na superfície de um lago". Assim como, em psicobiofísica podemos supor que as entidades essenciais da consciência são campos e as partículas psíquicas são excitações desses campos. Campos de consciência, campos psíquicos ou campos de psicons, espalhados pelo cosmos, tal como o são o campo de Higgs: "o campo de Higgs estaria por toda a parte, como o ar na nossa atmosfera. Ele interage com os campos de outras partículas".

Em 1986, o engenheiro e parapsicólogo Hernani Guimarães Andrade publica sua obra "Psi Quântico", onde expõe os fundamentos da teoria psi-quântica do espírito ou consciência. Andrade traz os constituintes não da matéria física, mas da matéria psíquica, o qual forma o psicossoma, ou perispírito, veículo da consciência extrafísica. No psi-átomo, encontramos percéptons, bíons e inteléctons, esta última a partícula básica da inteligência ou consciência, também chamada pelo físico e engenheiro Geraldo Sarti (MSc) de psicon. Inteléctons podem ser definidos como as partículas psíquicas fundamentais contidas num psi-átomo e responsável pela transmissão de ondas mentais, psicônicas. Mas fico por aqui e convido o leitor a absorver-se nas publicações de Geraldo Sarti.

O bóson de Higgs (clique aqui) é considerado pela comunidade científica a maior descoberta científica da humanidade, quando parece-me uma descoberta não tão importante. O cientista encontra aquilo que quer nesse nivel, devido ao seu desejo de encontrar e sua ação PK no nível subatômico. Inteléctons interagindo com partículas subatômicas. Ou ainda o conjunto: intelectons-perceptons-bíons e partículas subatômicas.

Deixo a questão para reflexão:

Como ocorre a interação entre inteléctons e partículas subatômicas, especialmente no sentido do aparecimento do bóson de Higgs e as relações com a intenção dos pesquisadores em tentarem provar uma hipótese e a influência da intenção (inteléctons) na matéria e na comprovação de crenças?


Inteléctons são partículas muito mais avançadas e a física está muito longe de descobri-la, a não ser que pessoas sejam colocadas dentro dos aceleradores de partículas a ponto de fragmentar toda a unidade psicobiofísica até o psicon (ironia a parte, rs.).

28.6.12

Um Caso de Histeroprojeção ou Projeção Lúcida da Consciência para fora do Útero

Por Dr. Fernando Salvino (MSc.)
Parapsicólogo e Psicoterapeuta
Conscienciólogo/Projeciólogo
NIAC/ABRAP/FEBRAP




I - Introdução


Eu, nesta vida, renasci no dia 22 de outubro de 1975, na cidade de São Paulo/SP, dentro de uma maternidade. Minha mãe teria tido contrações ainda dentro do carro, a caminho da maternidade. Eu sabia por informações de meu pai que eu tinha sofrido uma fratura na clavícula no momento do parto propriamente dito (matriz perinatal IV). Não sabia nada além disso. O parto fora normal e ocorrera esse acidente.

Em minhas autopesquisas projeciológicas, no sentido de identificar a primeira projeção consciente ocorrida nesta atual vida e início de minha vida multidimensional eu mesmo apontava a idade de 9 anos de idade, momento onde ocorreu uma projeção forçada devido a uma febre alta acompanhada de supostos "delírios". Essa experiência, devido à marca psicopatológica que ficou em mim, direcionou minha vida para a investigação do fenômeno, anos e anos a fio, até hoje, o qual tornei-me em tempo integral, parapsicólogo e parapsicólogo clínico. Mas com o tempo, comecei a escrever sobre o assunto e lembrei de projeções conscientes ainda anteriores aos 9 anos de idade, quando assistia a série Super-herói Americano na rede SBT. Ao pesquisar a série e a época em que passava na TV, datava quanto tinha aproximadamente 5 anos de idade. Eram projeções conscientes e as induzia pela vontade quase que diariamente durante determinado tempo. Não me lembro até quando, mas as sensações de volitação extracorpórea eram meu maior motivo de sair do corpo. Eu naquela época, discernia as dimensões quando dizia para mim mesmo: "lá pode isso, aqui não, mas tudo é real", ou "porque aqui não posso voar e lá posso?".

Em determinada época de minha vida decidi realmente viver em tempo integral o campo parapsíquico. Já tinha saído da advocacia e estava migrado para o campo da educação e psicoterapia de grupo. Fui em muito, treinado por minha ex-mulher, a psicóloga Ana Pozza nos assuntos psicológicos o qual atuamos juntos durante alguns anos. Particia Abuhab e Gilherme Blauth, treinaram-se no campo experimental em grupos também, o qual sou muito grato. Fui realizando formações e, após, realizei uma formação em parapsicologia para formalizar minha profissão que já estava ocorrendo (sem certificado), desde 1997, quando abri minha clinica ainda nos fundos da casa de meus pais. Meu aprendizado parapsiquico, como o leitor já deve saber, começa institucionalmente desde 9 anos de idade, indiretamente por minha mãe que trazia recados de centros espíritas e, aproximadamente, aos 13 anos, quando eu mesmo os frequentava. Porém, meu reconhecimento público como parapsicólogo, tal como eu mesmo considero, foi pela outorga do título de habilitação como parapsicólogo dado pelos eminentes parapsicólogos Dr. Geraldo Sarti e Carlos Tinoco, ambos presidentes da ABRAP - Associação Brasileira de Parapsicologia e FEBRAP - Federação Brasileira de Parapsicologia, após apresentação da pesquisa "Projeciotron: Ensaio sobre a Indução Mecânica de Experiência fora do Corpo". Antes disso fui treinado pela academia no campo da pesquisa, quando finalizei o mestrado em educação pela UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina.

Ao final deste curso de parapsicologia, ocorrido em Joinville/SC, nas dependências do IPCM - Instituto de Parapsicologia e Ciências Mentais, realizávamos treinamento em regressão de memória. Em meu experimento, lembrei de minha primeira projeção consciente ainda nesta vida, quando estava dentro do útero de minha mãe, e ainda identificado com minha personalidade anterior, na época em que vivia nos EUA, século XIX, como médico militar. A experiência fora impactante para mim mesmo e passo a relatar abaixo.

II - Sobre minha primeira projeção consciente: histeroprojeção ou projeção consciente para fora do útero.

O experimento foi narrado no ensaio chamado: "O Caso de Thomas Green: Evidências Científicas sobre a Minha Vida antes desta Vida" (In Biblioteca Digital de Artigos Científicos, em fase de migração para a Revista de Experimentos Avançados da Consciência - clique aqui):

"“[respiração ofegante]... Tô no útero de minha mãe... saio e entro no corpo o tempo inteiro... tenho angústia de ficar ali dentro do útero. Por isso as vezes saio do corpo. Minha mãe tá agoniada com a barriga. Tô agoniado... paro de sentir agonia quando eu saio do corpo... to sufocado lá dentro... to quase nascendo... me sinto adulto, dentro do útero, tenho   pressa,   não   posso   perder   tempo...   tá   tudo   escuro...   tudo   escuro.. angústia... (...) to lúcido dentro do útero, quando saio da barriga da minha mãe vejo ela do lado de fora sentada. Ela sente a minha agonia dentro do útero...quero sair dali logo.... (...) eu estou bem consciente. Parece que sou adulto... estou maior fora da barriga   da   minha   mãe..   minha   mãe  sente  dor   porque   tenho   vontade   de   estourar   a barriga   dela.   Eu   sei   sair   dali...   eu   sei   sair   do   corpo,   porque   não   consigo   sair   da barriga... estou nascendo é ruim. Quebro alguma coisa em mim... acho que é o braço quebrado...   eu  sabia  que  iam  me quebrar... tinham que ter cortado a barriga...  eu tentei avisar.   O   médico   não   me   ouvia...eu  olhava   com   raiva  pro médico...   ele   não sabia  fazer  parto...  sala  é   azul,  uma  luz...  tipo   uma  máquina,  com  uma luz   que  se move... ele não fez o que eu falei que era para ele fazer... médico  muito   teimoso...   o   médico  se  sentiu   culpado   depois...  doeu  muito...   ninguém  sabia que eu estava com o braço quebrado... tem algum problema no olho... eu chorava e gritava  no   Hospital.. o   que   essa   criança  tem?   Que   não  para  de  chorar?   [enfermeira falava]. Eles não sabiam que eu estava acordado, eu estava mais lúcido do que todos. Eu sentia a enfermeira como minha filha. Eu me sinto adulto no corpo de bebê. Como se tivesse 44 anos...  [mudança de  espaço-tempo]... estou de farda  agora.  Tenho  44 anos, sou médico... [respiração ofegante].  Estou em 1837... To de farda cinza, meio verde...     parece     que    sou    oficial   do    exército..."

III - Considerações finais

As possibilidades projetivas são realmente impressionantes. Apresento aqui uma modalidade de projeção que, em minhas revisões, nunca encontrei, a histeroprojeção ou a projeção lúcida para fora do útero, na fase da matriz perinatal III para IV.

A experimenta evidencia a existência de personalidade formada já dentro do útero com o bebê ainda lá dentro, com fisiologia ainda em formação. Evidencia também a possibilidade de interação com o ambiente hospitalar semelhante ao que ocorre nas EQM - experiências de quase morte, com exceção de que após ocorre uma perda potente de memória, devido a precariedade do sistema neurológico do soma do bebê.

Raciocínio, intelecto, inteligência, personalidade, briga de "ego", mediunismo entre consciência histeroprojetada e consciência intrafísica, raiva, emoções gerais, enfim, tudo que é uma pessoa já se encontra no útero, independente da fase da embriogênese. O relato acima, propositalmente, consta o fim, onde continuo a rememoração para uma vida anterior, em 1837, onde eu mesmo, como mesma personalidade já existia antes de estar no útero.

A experiência evidencia o problema da memória, especialmente o acesso a memória histeroprojetiva, e sua dificuldade de acesso ordinário, o qual só pude acessar em transe hipnótico heteroinduzido tecnicamente por um parapsicólogo e acompanhado por outro parapsicólogo. Pressuponho que esse extrato de memória não teria sido recuperado por outro meio, mas é uma hipótese.

Por outro lado, a fenomenologia é complexa e de difícil tradução, as sensações são vívidas e a sensação de rememoração e de realidade do conteúdo acessado foge à dúvida de se tratar de criação fantasiosa da mente ou delírio imaginativo. O projetor, mesmo experimentando a retrocognição, sabe pela experiência acumulada se tratar de realidade ou de retrocognição semi-consciente, o qual esta última podendo misturar devaneios e conteúdos oníricos com "realidade". Mas nesse caso narrado, fora uma retrocognição consciente, lúcida, clara, cristalina, do início ao fim, como as projeções de consciência contínua.

Assim, fica aqui registrado que o útero é um ambiente de um corpo em formação (embriogênese), mas não de uma consciência em formação (conscienciogênese), esta que já existia enquanto ser existente e com personalidade, antes de nascer e mesmo dentro do útero, o qual é evidenciado pela histeroprojeção. Desta forma, a histeroprojeção é o meio de auto-averiguação da nossa existência como consciência, mesmo ainda em formação fetal. Isto atualiza todas as teorias da personalidade, em virtude de a personalidade já estar formada mesmo não estando o bebê ainda formado. A embriogênese parece obedecer uma matriz quase independente do funcionamento extracorpóreo da consciência. A evidência aponta para o MOB - modelo organizador biológico e sua pulsão inconsciente de agente modelador do novo corpo, independente da vida extrafísica da consciência em histeroprojeção.

Em síntese, o assunto é muito pouco pesquisado e, diante disso, deixo-o para reflexões e sugestão de experimentos para outros projetores, até mesmo a retrocognição lúcida do período intra-uterino a fim de averiguar se houve histeroprojeção.

26.6.12

Breves Considerações sobre o Pós-Acesso Experimental ao Holocampo Cosmológico

Holocampo Cosmológico
Por Dr. Fernando Salvino (MSc.)
Parapsicólogo, Psicoterapeuta
Conscienciólogo, Projeciólogo


Após a publicação do ensaio científico "Sobre o Acesso Experimental ao Holocampo Cosmológico: Do Primeiro e Segundo Experimento Laboratorial - Retrocognição ao Último Período Intermissivo" mudanças sérias ocorreram na minha vida e na vida de meu amigo parapsicólogo Guilherme Kilian. O que falarei aqui é sobre a minha experiência e deixarei aberto ao meu amigo caso queira expor-se.

A primeira dessas mudanças foi a sincronização da programação existencial, para um foco mais alinhado com o contexto cosmológico associado a meu nível evolutivo mais imediato. A segunda das mudanças foi a confiança cósmica nos processos astrofísicos/cosmológicos associados à evolução tanto da consciência como da fusão consciência-cosmos e ao cosmocontrole hiperlúcido por parte dos espíritos superiores da evolução, a partir das bases multidimensionais situadas no espaço cósmico estelar. A terceira mudança foi na estrutura cognitiva, alinhando a fisiologia especialmente o cérebro, com a metacognição cosmológica dos acessos ao holocampo, enquanto recurso cosmodidático para o entendimento experimental das realidades avançadas da evolução. O realinhamento se deu experimentalmente pela rememoração retrocognitiva do meu último período intermissivo. A partir disso, a minha cognição começa a funcionar a partir de outra epistemologia, desta forma, os acessos ao holocampo parecem atuar diretamente no fundamento epistemológico e ontológico da consciência e seus processos cognitivos e processamento mental e no campo de sentimentos. A quarta mudança é prática, na necessidade de trazer tais resultados para um público maior, e com isso, altera o nome desta revista para somente "Revista Digital de Experimentos Avançados da Consciência" e inicia-se um processo de criação de meios práticos para operacionalizar essa fase atual da tarefa de vida. Esta mudança se opera tanto em minha atividade como pesquisador tanto como psicoterapeuta.

Assim, esta revista altera seu nome para acompanhar as mudanças internas de seus coordenadores e refletir o exato momento do NIAC. A lógica inclusa do infinito começa a se tornar o fundamento cognitivo para a saúde mental contínua, permanente. O exemplo das inteligências cósmicas, ou os cosmo-amparadores, evidencia uma cosmocognição. E como tal, a cosmocognição circula por processos  de acesso ao holocampo, experimentos cosmoconscienciais, verdadeiros contatos diretos com o Infinito.

Reitero aqui o potencial auto-transformador dos estados parapsíquicos de consciência e suas relações com a evolução da consciência e mesmo o entendimento da função evolutiva dos fenômenos parapsíquicos.

17.6.12

Além das Descobertas de Dr. Jeffrey Long sobre Experiências de Quase-Morte (EQM) e relações com as EFC - Experiências fora do Corpo e o Futuro da Pesquisa Avançada da Consciência

Por Dr. Fernando Salvino (MSc.)
Parapsicólogo e Psicoterapeuta
NIAC/FEBRAP/ABRAP




Este artigo é resultante de comentário isolado a trecho da obra do Dr. Long, tal como segue:


"A descoberta de que quase todas as centenas de observações de pessoas que tiveram EFC [experiência fora do corpo] de acontecimentos terrenos eram reais provê algumas das evidências mais fortes apresentadas de que as EQMs são reais. A melhor evidência indica que pessoas que passam por uma experiência de quase morte vivenciam uma separação da consciência de seu corpo físico. É ainda mais extraordinário de isso esteja ocorrendo numa ocasião em que a pessoa que tem a EQM está inconsciente ou clinicamente morta.

Não posso deixar de me maravilhar com essas descobertas. Não há explicação científica ou médica para a consciência existir separadamente do corpo. O fato de que pessoas que têm uma EFC relataram ter visto ou ouvido numa ocasião em que seus olhos e ouvidos físicos não estavam funcionando poderia ter explicações profundas para o pensamento científico sobre a consciência. A comunidade científica talvez precise agora lutar com uma pergunta profunda: O que significa ter percepção sensorial sem o uso dos sentidos físicos".



(LONG, Jeffrey e outro. Evidências da Vida Após a Morte. Larouse, 2011. p. 82)


O argumento do Dr. Long merece considerações parapsicológicas. Para Long não há explicações científicas ou médicas para a consciência existir separadamente do corpo.

1. A medicina de forma geral não admite existir consciência sem corpo. E isto se deve ao fato de que o esquema cognitivo vem de um modelo ontológico médico que considera a consciência como um resíduo, substrato, secreção, produto ou resultante neurofisiológica do cérebro. Considera o cérebro como realidade primária e, a consciência, como secundária.

2. A ciência de forma geral não consegue explicação cientifica para o fenômeno da consciência existir separadamente do corpo. E tal assertiva se deve basicamente ao mesmo pressuposto acima citado, onde o modelo ontológico da ciência de fora geral não admite que possa existir algum princípio de consciência que possa estar/existir fora do corpo, especialmente, do cérebro.

3. No entanto, desde 1929, com o surgimento da ciência que visa investigar o fenômeno extracorpóreo da consciência, inaugurado por Sylvan Muldoon, temos hoje explicações científicas coerentes para esclarecer pelo menos as linhas gerais do fenômeno, principalmente pela inversão ontológica, onde a consciência é realidade primária e, o corpo, realidade secundária. Além dos relatos de EQM estudados por Dr. Long, temos os milhares de relatos de experiências onde a consciência está fora do corpo, porém, não vinculadas aos processos que caracterizam uma EQM, aspectos cirúrgicos, acidentes, especialmente em hospitais. Desde Muldoon já sabemos que são vários os fatores desencadeantes de experiências de separação da consciência do corpo, incluindo as experiências provocadas intencionalmente com método apropriado e mesmo as espontâneas, ou as geradas por psicotrópicos.

4. A percepção sem uso do esquema sensorial, os olhos e ouvidos físicos, já é estudada científicamente pela Parapsicologia há mais de 1 século, desde a Metapsíquica. Inicialmente tal fenômeno foi chamado por Charles Richet de fenômenos metapsíquicos subjetivos, posteriormente, foi dado o nome de psi-gama e, Rhine acolheu o nome de PES - Percepção Extrassensorial, incluindo aqui clarividência, precognição, telepatia, retrocognição. Na classe dos psi-gama, o qual prefiro nomear e junto com a posição do IPPP, inclui-se o fenômeno de separação da consciência do corpo (projetabilidade lúcida para fora do corpo) e toda a ciência hoje chamada de Projeciologia (Vieira). Dr. Long expressa desatualização na área de investigação avançada da consciência, visto que tal preocupação já está sendo nutrida desde finais de 1800 até então.

5. O que significa ter percepção sensorial sem os sentidos físicos? Significa partirmos de uma referência ontológica onde situamos a consciência como realidade primária e, o corpo, como secundária. E sendo a consciência primária, logo, a percepção é faculdade da consciência, não do corpo. Sendo assim, os sentidos físicos são alguns dos tantos sentidos da consciência, conforme evidenciam as EFC. Da mesma forma, essa percepção pode ocorrem mesmo sem a separação total da consciência de seu corpo, como nos fenômenos psi-gama relativos à telepatia, clarividência e precognição. E mais ainda, não se trata exatamente de percepção, mas de um todo de captação de informações que inclui outras faculdades como memória, processamento cognitivo, etc.

Assim, como conclusão inicial temos aquilo que venho expondo há um bom tempo, da necessidade de integração de saberes e atualização interdisciplinar e multidisciplinar, de uma área com outra, de rompermos as fronteiras entre os campos, principalmente o médico e o parapsicológico, conscienciológico e projeciológico. Este rompimento é, em grande medida, ontológico e necessita uma alteração ou mesmo uma abertura de possibilidade para uma ontologia diferente da habitualmente usada para explicações de fenômenos incomuns, não-ordinários ou diferentes daqueles considerados "normais" por determinado contexto sócio-cultural.

Destarte, a inclusão dos saberes parapsicológicos e dos estudos mais avançados da consciência no modelo médico parece-me insustentável, em virtude que levará a medicina a uma profunda atualização de paradigma e porque não reformulação dos fundamentos ontológicos que sustentam os axiomas e, por sua vez, modelos explicativos, métodos e diretrizes clínicas.

A parapsicologia ou o conjunto que forma a ciência avançada da consciência, incluindo projeciologia, conscienciologia, psicobiofísica e psicologia transpessoal, já estão muito mas muito adiante das questões formuladas por Dr. Long e isso é grave, porque evidencia a falta de comunicação entre campos afins e necessariamente amigos.

Eu, pessoalmente, venho constatando experimentalmente a realidade da separação de minha consciência de meu corpo desde os 5 anos de idade, mais precisamente, desde o útero. Não saberia precisar quantos experimentos pude vivenciar desta natureza, mas também inclui os experimentos retrocognitivos e mediúnicos, compondo um esquema auto-comprobatório sólido para mim mesmo e que me faz afirmar, com  certeza absoluta que eu sou uma consciência que pode existir fora de meu corpo e que já existiu fora do corpo em outras existências anteriores ainda a esta atual, a começar em 1975.

As investigações em EQM são isoladas a um extrato experiencial decorrentes das características apontadas por Dr. Long, no entanto, o fenôneno de se separação da consciência do corpo é a base ontológica que viabiliza o entendimento de outros tantos fenômenos tais como:

1. Aparição
2. Mediunismo
3. Psicografia
4. Projeções conscientes para fora do corpo
5. Sonhos de vôo e queda
6. Retrocognições de vidas extrafísicas passadas
7. Retrocognições de experiências fora do corpo ocorridas nesta ou em vidas anteriores
8. Visão dos famosos "fantasmas" (que podem ser consciências projetadas fora do corpo ou não).
9. A existência dos "espíritos"

Diante disso, agradecemos as pesquisas médicas sobre EQM pois nos dão mais amplitude de espectro de manifestação do fenômeno extracorpóreo da consciência, acrescentando dados às nossas pesquisas parapsicológicas e projeciológicas no entendimento de algumas questões cruciais, como: a separação da consciência do corpo evidencia não somente a existência de percepção além dos 5 sentidos clássicos, mas além disso, evidencia a existência da consciência sem corpo.


A evidência de consciência sem corpo, traz a necessidade do estudo da consciência em diversos estados de manifestação:

1. Quando a consciência está no corpo
2. Quando a consciência está fora do corpo, porém, ainda está de alguma forma, ligada ao corpo (por isso retorna mesmo com os aparelhos acusando morte cerebral, por exemplo).
3. Quando a consciência está fora do corpo, porém, não mantém ligações nenhumas com um corpo físico, operando de forma independente.

Os fenômenos psi-gama ocorrem em quaisquer dos 3 estados, a dizer, na excelente classificação de Vieira:

1. Intrafísico
2. Projetado
3. Extrafísico

Na classificação mais simples e já contaminada pelo contexto religioso, de Allan Kardec, temos:

1. Encarnado
2. Desdobrado
3. Desencarnado

De qualquer forma, independente da taxonomia utilizada, as experiências projeciológicas evidenciam existir consciência sem corpo. E se existe consciência sem corpo, também a personalidade está lá, fora do corpo, além dos neurônios e da genética. E como forma essa personalidade que chamo de palingenética (Mendes)? E a memória inteira, extracerebral? E quanto à origem da consciência? Que leis se aplicam à consciência? Que relações com a cosmologia e com as múltiplas dimensões?

Se existe consciência sem corpo, se a consciência pode raciocinar, pensar, refletir, decidir sem estar no corpo, então, depois que o corpo morrer, ela ainda poderá persistir existindo? Obviamente que sim. E se poderá sobreviver, então significa que existiam antes de nascer? Sim. Então existe aquilo que as religiões vem chamando de reencarnação? Sim, porém não exatamente como vem informando.

É a partir desta vertente investigativa que percorremos nas investigações avançadas da consciência, especialmente meu trabalho científico.

31.5.12

Experimento Extracorpóreo Lúcido: Do Experimento Projetivo, Da Complexidade Parafenomenológica e Outras Questões


Projeção Lúcida da Consciência
para fora do Corpo (OOBE, EFC)

Por Dr. Fernnado Salvino (MSc)
Parapsicólogo, Parapsicólogo Clínico e Psicoterapeuta
NIAC-ABRAP-FEBRAP



I – Considerações Iniciais

A experiência tem a característica de ser espontânea, mas não posso assim caracterizá-la. O fato de eu nutrir continuamente a idéia-projetiva, ser parapsicólogo tempo integral, clínico e pesquisador, torna a espontaneidade uma hipótese não adequada. Assim, aplico a máxima de Muldoon, quando diz que quem comanda a projeção consciente para fora do corpo é o subconsciente, logo a projeção aqui pode ser considerada auto-induzida.

Especialmente ontem, antes de dormir, resolvi assuntos sérios de minha vida e estava lidando com meu projeto de vida, estruturado, onde tento tornar o mais exato possível minha rota nesta vida até a dessoma (desencarne), e mesmo refletir sobre as vidas seguintes e mesmo o próximo período intermissivo e metas almejadas.

Meu estado de lucidez prévio ao experimento era alto. Ansiedade muito baixa, tendente a zero. Sensação íntima de presença no agora, no tempo presente. Serenidade presente e vontade potente de sair do corpo, porém, calma e lúcida. A vontade de sair do corpo já estava sendo mais presente nos últimos dias, mas ontem chegou ao ápice. Assim, houve uma propulsão da vontade, impregnação do subconsciente da idéia-projetiva. Fato importante foi à sessão de orientação parapsicológica e projeciológica para paciente, ocorrida no Hospital Universitário/UFSC (Projeto Amanhecer), enfermeira deste mesmo hospital, na quarta-feira, o qual relatava seu pânico em relação às sensações de flutuação para cima do corpo, muito ocorridas em sua vida. Houve uma sessão praticamente particular de projeciologia e parapsicologia, o qual esclareci sobre o fenômeno e formas de indução, além de outras particularidades específicas ao caso clínico e técnicas de enfrentamento do pânico, exame de crenças e estabelecimento de critérios de discernimento quanto ao que é estar “vivo” (intrafísico) e o que é estar “morto” (extrafísico). Aliás, nada mais didático que esclarecer sobre os assuntos parapsicológicos e projeciológicos sempre associados ao caso trazido clinicamente, cortando qualquer teorização sem maior aplicabilidade.

A sessão tomou tamanha lucidez de campo que permaneci nesta sintonia praticamente até a noite. Esta sessão, admito, motivou-me mais ainda a sair do corpo. Foi uma sessão de reprogramação mental projetiva, preparando o subconsciente a não ter medo das sensações e a deixar acontecer o fenômeno. Associa-se a isto a investigação de acesso ao holocampo cosmológico que programa minha consciência para a exoprojeção e para os acessos retrocognitivos a períodos intermissivos (entre-vidas).

Assim, a metodologia aplicada neste experimento é plural, auto e hetero-exploratória e participativa, onde induzo minha própria experiência a partir de aplicação de metodologia especializada, técnica, sem qualquer amadorismo.


II – Do Experimento

A experiência aconteceu nesta manhã de quinta-feira, dia 31/05/2012, aproximadamente pelas 7h. Eu estava ainda dentro de meu corpo quando tornei-me inteiramente lúcido de que estava começando a flutuar. A sensação é completamente real, como nas dezenas e dezenas de outras vezes que experimentei esta sensação. Desta vez ocorreu outro movimento. Como eu estava deitado de costas, com a barriga no meu colchão, tive a idéia de rolar para o lado e assim seria mais fácil de eu sair do corpo. Das outras vezes geralmente estou deitado com a barriga para cima (decúbito dorsal) e isto facilita a decolagem lúcida para frente ou mesmo em espiral, girando até a saída total do corpo. Foi a primeira vez que me recordo ter passado pela decolagem inteiramente lúcida, desde o momento anterior à projeção até a decolagem propriamente dita, usando da técnica da rolagem do psicossoma. Admito que no momento lembrei da técnica, tão falada nas obras projeciológicas, porém até então nunca tinha utilizado-a. A projeção foi de consciência contínua, com exceção de um curto período de devaneio, mas que não posso caracterizar aqui como perda de lucidez a ponto de torná-la uma projeção semi-consciente.

Ao perceber estar lúcido dentro do corpo e ter todas as condições de sair de forma lúcida para fora, fiquei levemente eufórico o que me levou a controlar minhas emoções e raciocinar sobre o “como” iria sair. A sensação temporal era diferente, fiquei um bom tempo raciocinando, pensando e “esperando” o insight. Quando decidi que iria rolar para o lado, comecei o movimento. Embora seja muito difícil descrever a fenomenologia projetiva tal como ocorre, a sensação era de “descolamento”, “desgrudamento” e aos poucos fui rolando para o lado esquerdo, o qual dei alguns rolamentos até ter a sensação de que estava completamente fora do corpo. Lembro-me de que antes de proceder ao rolamento, senti minha perna direita sair do corpo, primeiro, e fui simplesmente permitindo meu corpo ir se descolando até aplicar o rolamento.

Como em todos os meus experimentos mais técnicos, comecei a fazer teste de realidade, visando averiguar se estava ou não realmente fora do corpo. Já fora de meu corpo, neste momento olhei minha mão direita e acusei-a translúcida, esbranquiçada, com certo percentual de transparência, cuja característica da matéria de tal mão se aproxima de um tipo de energia rarefeita, muito leve, sutil e volátil. Algo como um vapor sutil, textura de uma neblina rarefeita sujeita as modulações e atividades cognitivas da consciência que o habita, embora não seja nem mesmo este corpo.

Em seguida introduzi-a na parede visando penetrar sua estrutura densa. A sensação de penetração, de minha mão atravessar a matéria da parede é intraduzível. Neste momento me veio uma euforia muito grande, mas uma euforia contida, internalizada, mais fácil de dominar. Eu estava fora de meu corpo, inteiramente lúcido. Resolvi com isso flutuar e atravessar o teto de meu quarto, que é o teto da casa, no segundo andar. A sensação de varar e de fato atravessar o teto é também inexplicável. Conforme os testes de realidade vão ocorrendo a euforia vai acompanhando junto a certeza absoluta de estar lúcido fora do corpo. Percebi-me fora de minha casa, flutuando no ar e a idéia-alvo sempre presente levou-me a desejar flutuar para fora do planeta, para mais um acesso ao holocampo cosmológico. Olhei o céu, estava claro e parcialmente nublado, mas sem possibilidade de chuvas (ao despertar, olhando a janela, avistei o céu tal como o vira em projeção). Eu estava completamente lúcido, raciocinando e tentando dominar as emoções e euforia por estar mais uma vez auto-comprovando minha própria sobrevivência e existência fora do corpo e cérebro. Veio-me a idéia de controlar as emoções para não voltar ao corpo. Minha euforia era alta. Sentia meu corpo inteiro eufórico. E controlei-me e comecei a flutuar para cima. No caminho tive uma perda de lucidez, não me recordo exatamente o que veio em mente, mas logo voltei à lucidez, mas já estava noutro local. Esta perda não sei explicar se é na rememoração ou se foi no trajeto, parece-me ser na rememoração pois foram muitos fatos para rememorar.

A perda de continuidade da lucidez foi muito pequena. Eu estava num local urbano e diante de uma mulher que parecia-me conhecida de infância, mas não posso precisar. Ao chegar perto dela eu digo: “Olha, eu estou fora do corpo!”. Ela respondeu: “Que? Que fora do corpo?”. Com certo tom de medo. Eu respondi: “Olhe aqui, me dê sua mão, ela irá atravessar a sua, veja!”. E de imediato, ela não conseguia apertar minha mão, porque a minha mão atravessava a mão dela. A sensação é impressionante. A experiência aponta para uma interação entre eu, como consciência projetada (estado projetivo) e uma outra pessoa não-projetada (estado intrafísico). Ela pareceu interagir comigo tal como se eu estivesse ali, encarnado, intrafisicalizado, sem saber. A minha euforia aumentou, eu estava realmente feliz com a experiência. A sensação de ter minha mão atravessada na mão de uma pessoa, ali, encarnada, no estado intrafísico, é intraduzível. Foi a primeira vez que obtive um experimento onde interagi conscientemente com alguém não projetado ou no estado extrafísico (espíritos). A rua estava cheia, em dado momento fiz mais vôos.

O processo inteiro posso considerar de consciência contínua, embora a minha rememoração não seja contínua, houve perda de fatos no processo de rememoração. Durante o vôo e as tentativas, raciocino e exteriorizo energia para ficar menos denso e aumentar minha potência de vôo (procedimento intencional, raciocinado e pensado tecnicamente). Percebi estar pesado e pensei que a densidade da energia poderia ser a causa da dificuldade de volitação, o que comprovei após a exteriorização.

III – Análise Parapsicológica e Projeciológica

O experimento mostrou-se dentro da fenomenologia psi-gama, especialmente a projeciológica, tal como investigado pela parapsicologia. As características são as das catalogadas EFC – experiências fora do corpo e similares às EQM – experiências de quase-morte.

A complexidade parafenomenológica deste experimento é mostrado pelos itens abaixo:

1.      Fatores múltiplos e interconectados, desencadeantes do experimento projetivo (condições de predisposição internas atuando sistemicamente)
2.      Saturação mental do subconsciente e reprogramação mental projetiva neutralizando a ação da fobia subconsciente e reações automáticas subconscientes anti-projeções.
3.      Decolagem lúcida por rolamento e estado mental de serenidade para a efetivação do procedimento técnico
4.      Coragem projetiva e potência volitiva
5.      Euforia e autodomínio emocional pelo raciocínio pausado em diálogo interno dirigido para a projeção lúcida
6.      Critérios de averiguação do estado projetivo e testes efetivos de realidade (metodologia para testes da realidade projetiva)
7.      Fenomenologia dos testes de realidade: (1) a sensação de estar fora do corpo; (2) o olhar as mãos; (3) o penetrar as mãos em alguma estrutura material/física; (3) o atravessar alguma estrutura material com o corpo inteiro; (4) o flutuar acima do chão em contraponto à ação potente do campo gravitacional quando no estado intrafísico; (5) o contato com outras consciências visando aumentar o teste de realidade. (6) outros procedimentos técnicos.
8.      Experiência subjetiva da parafenomenologia da projeção e sua quase incapacidade de tradução lingüística e comunicação. Necessidade de uma fenomenologia da experiência projetiva ao invés da descrição fria (que não traduz a subjetividade e a riqueza da experiência).
9.      Sensações parafenomenológicas da experiência de ver as mãos translúcidas
10.  Sensações parafenomenológicas da experiência de sentir as mãos atravessando uma parede ou estrutura física/material
11.  Sensações parafenomenológicas da experiência de sentir o corpo passar inteiramente por dentro de alguma estrutura material, como uma parede ou o teto do quarto por exemplo.
12.  Sensações parafenomenológicas da experiência de flutuar, volitar e alcançar o vôo extrafísico livre.
13.  Sensações parafenomenológicas da experiência de contatar consciências fora do corpo e interagir com as mesmas de forma lúcida, principalmente, com consciências intrafisicas (encarnadas), visando experimentos de testes de realidade.
14.  A sensação e a experiência completa de sair do corpo físico pelo rolamento calmo, sentindo a saída lúcida da consciência junto com segundo corpo (psicossoma, perispírito) e a sensação de “descolamento”, de realmente estar saindo de dentro do corpo estando lúcido durante todo o curso da experiência até a completa saída, a permanência lúcida fora do corpo e as experiências vividas até o retorno consciente ao corpo (interiorização) e rememoração em blocos, embora separados por unidades de memória.

Posso afirmar que este experimento foi um dos mais lúcidos que já tive em toda minha vida. Dentro da escala de lucidez projetiva, este pertence a um grau de alta lucidez: raciocínio calmo e cristalino, autodomínio emocional tranqüilo e técnico conjuntamente com o uso do raciocínio, acompanhado de total lucidez de que estava fora de meu corpo, em outra dimensão; total lucidez das minhas possibilidades de manifestação, como travessia da matéria e flutuação pela ação da vontade e mesmo domínio de manobras energéticas visando a sutilização das energias para aumentar a potência de flutuação e do vôo extrafísico. Domínio maior de técnicas para realização de testes de realidade e maior autoconfiança dos meus critérios utilizados para discernir se estou ou não fora de meu corpo.

Este experimento é uma conquista íntima que começa nesta vida nos meus 5 anos de idade, data de meus primeiros experimentos extracorpóreos conscientes e, adiante, resultado de esforços lúcidos, estudos sérios, investigações científicas da projetabilidade e do parapsiquismo, experimentos induzidos, assistência clínica a centenas de pacientes parapsíquicos e assim por diante. Mesmo com meu traço fardo da desatenção, dificuldade de concentração e organização mais impecável, ainda assim, sou um exemplo vivo de que mesmo com estas dificuldades internas, o esforço, a dedicação, a persistência, a coragem, o comprometimento, o interesse cosmológico, a cosmoética, e outros atributos em conjunto, como procedência extrafísica, tudo isto superou o traço e levou-me aos resultados que aqui expus e que publiquei em dezenas e dezenas de ensaios científicos da área.

Como hipótese de pesquisa, seria minha idade atual de 36 anos, vida mais estabilizada profissional e financeiramente, lúcida, com práticas contínuas de autopesquisa e cuidado de mim mesmo, reconciliações progressivas efetivadas e em efetivação, ausência quase total de conflitos ou pendências cármicas com familiares (principalmente a família nuclear), planejamento de vida mais estruturado, maior serenidade no dia a dia, envolvimento integral com o parapsiquismo em meu trabalho e mesmo atividade voluntária, envolvimento integral com a ajuda a pessoas necessitadas, estudos contínuos do campo parapsíquico e efetivação de experimentos também contínuos, tudo isto em conjunto atuariam como fatores facilitadores do fenômeno projetivo? A sensação de estar em dia com a tarefa de vida atuaria como fator de calmaria e desprendimento para a soltura da consciência para a realidade extrafísica, sem culpa ou como forma de fuga das responsabilidades humanas?


IV – Considerações finais

O experimento mostrou a mim mesmo novamente a certeza de minha sobrevivência fora do cérebro e a sempre alegria de saber que sobrevivo e de saber que a dimensão extrafísica do cosmos é habitat muito, mas muito mais interessante para a vida do espírito, razão pela qual motivo-me mais ainda a trilhar uma vida em direção a completude existencial para, com isso, usufruir do destino benigno que nos reserva o cosmos no pós-morte: na morada das estrelas.

A experiência de sair lúcido do corpo e toda a vivência subjetiva que a experiência possibilita é condição para a extinção completa de todo o medo da morte e aliança com a existência e com a vida. Uma tanatologia que não aborda os experimentos extracorpóreos conscientes não poderá de fato ajudar as pessoas a viverem o processo de morrer lúcido, antes da morte de fato. Sair do corpo de forma lúcida é morrer. É igual a morrer. Por isso tão importante aprender e viver as “mortes” antes de morrer.

O fenômeno pode ser chamado de “experiência de morte temporária”. Assim, quanto mais a pessoa acumula experiências de morrer temporariamente, ainda em vida, maior será sua segurança e confiança quanto ao que lhe aguardará no pós-morte. Poderá ainda em vida, estudar e vivenciar a experiência de sair do corpo e ainda, lembrar de como é sair do corpo, visto que esta mesma pessoa já saiu do corpo milhares de vezes, pois já morreu milhares de vezes. Com as experiências conscientes para fora do corpo, a pessoa vai passo a passo, reprogramando sua mente organizando as idéias distorcidas sobre a realidade extrafísica, sobre a vida e sobre a morte, sobre os espíritos e sobre si mesma.

Se a pessoa aproveitar mesmo as vivências, poderá encontrar uma rica fonte de sentido para sua vida, humana, aqui na Terra, mantendo ligações lúcidas com o cosmos extrafísico, ainda em vida, ao invés de esperar uma vida inteira para retornar a sua ligação cosmológica.

Da mesma forma, terá progressivamente a prova definitiva de sua própria sobrevivência. Não terá mais dúvida alguma de que ela mesma sobrevive sem qualquer corpo, fora do cérebro e sem pulmões. Os testes de realidade cada vez mais realizados tornarão a experiência fora do corpo tão real como qualquer experiência em Terra. A dúvida terminará, a necessidade de ter fé e de acreditar não estará mais presente, pois a pessoa conhecerá diretamente, experimentalmente, o que ocorre do “outro lado”: sem mística, sem folclore, sem fantasias, sem ocultismos e esoterismos, no real da existência.

28.5.12

Aprendendo a Viver e Morrer [Desencarnar, Dessomar] de Forma Lúcida

Por Dr. Fernando Salvino (MSc.)
Parapsicólogo Clínico e Psicoterapeuta




Um dia li nos livros do antropólogo Carlos Castañeda a seguinte premissa básica para uma vida lúcida:

"A morte é nossa fiel conselheira".

Então é pensando na morte, de frente, com coragem, que estarei examinando junto com você seu sentido na vida humana, ou melhor, alguns de seus sentidos e como aproveitarmos melhor a vida em direção a uma experiência mais lúcida, mesmo vivendo atualmente numa época crítica na evolução do planeta e da sociedade.

Nascer é morrer

Nascer é morrer. Ao nascer já começa a contagem regressiva, cronológica em direção à única verdade realmente certa que temos na vida: iremos morrer e não sabemos como e nem quando.

Precisamos encarar isso de frente, com coragem máxima:

Iremos morrer, não sabemos como e nem quando.

O que é morrer?


Morrer é um fenômeno simples. A consciência (espírito, eu, personalidade, alma) acha-se em determinadas condições incapaz de coabitar o corpo e, assim, sai definitivamente para fora do corpo, rompendo as conexões energéticas que geram a conexão consciência-corpo, retornando à dimensão extrafísica que habitava antes de re-nascer.

Embora o fenômeno seja simples, sua ocorrência é muito complexa, pois a experiência de morrer varia de pessoa à pessoa, e é antes de ser um fenômeno frio como descrevi acima, é uma vivência profundamente subjetiva, qualitativa, levando em consideração algumas variáveis importantes para entendimento e comentarei um a um:

1. A forma de morrer:

A forma de morrer determina, em grande medida, a vida após morte. Se a pessoa de uma hora para outra sofre um acidente, contrai uma doença terminal fulminante, um ataque cardíaco inesperado ou algo desta natureza, tais circunstâncias determinam de forma geral, nosso estado de consciência no pós-morte. Isto quer dizer que a maioria das pessoas que morrem desta forma, acabam por não saber que morreram. Morrem e permanecem numa condição interna de desconhecimento de sua situação, mesmo que isto seja temporário. A isto chamamos de parapsicose ou psicose pós-morte, que é o estado de dissociação da realidade interna em relação à dimensão o qual estamos habitando.

Mas se a pessoa morre de forma mais natural, a probabilidade de entendimento de sua real condição é muito maior, portanto, uma morte mais natural predispõe que a pessoa saiba, de alguma maneira que morreu e, agora, vive noutra condição cosmológica e evolutiva. Mas a forma de morrer está ligada a outras variáveis internas, psíquicas, principalmente as relacionadas com a experiência de vida multidimensional, os condicionamentos e outras variáveis importantes.

Solução: evite acidentes, viva com precaução, cuide de sua saúde o máximo que puder e sem paranóias, cuide de seus sentimentos e emoções evitando problemas cardiovasculares; cuide de sua vida e evite acidentes de percurso; vida de forma preventiva, porém sem medo ou paranóia, com confiança na vida. Construa um caminho consciente de uma morte natural e sadia.

2. O estado de lucidez no momento da morte:

Morremos e permanecemos após a morte no mesmo estado de lucidez que estávamos antes de morrer. Portanto, se nutrimos uma vida lúcida no momento da morte, se mantivermos a mesma lucidez, com coragem, sem medo, enfrentando esta alteração de estado de consciência (vida humana para morte ou vida extrafísica), assim a morte será tranquila e prazerosa. Quanto mais lúcida a consciência no momento da morte, mais tranquila e prazerosa se torna a experiência. Quanto menos lúcida e mais fóbica é a consciência no momento da morte, menor será o aproveitamento desta experiência e, poderá ser uma passagem inconsciente e uma morte não percebida. Neste caso, a pessoa vive mas não sabe ao certo onde está e o que houve.

Solução: Nutra uma vida lúcida, estude mais os assuntos transcendentes, pense mais por si mesmo, e tenha uma visão pessoal, lúcida, sobre a morte.

3. A sensação interna de ter cumprido no todo ou em parte a missão de vida humana:

Todos nós viemos ao planeta para ajudar a si mesmo a evoluir e ajudar as pessoas a evoluírem. No momento em que transformamos a vida num jardim de infância, num turismo imaturo e mesmo num mar de lamentações e sofrimento, estamos evitando de executar aquilo que nos propusemos realizar antes de nascer e que nos motivou retornar a este planeta: ajudar uns aos outros de forma lúcida e dinamizar a evolução cósmica. Quando nos tornamos ausentes de nossas tarefas de vida, plantamos a depressão, a melancolia, a angústia crônica e as doenças mentais de forma geral e, com isso, começamos a plantar um experiência de morrer sem lucidez e manteremos a depressão e melancolia pós-morte.

Por outro lado, se executarmos nossas tarefas de vida humana, viveremos com maior prazer, mais felicidade, maior realização íntima, maior conexão cósmica com os espíritos superiores da evolução e nutriremos um nível de lucidez acima do comum, numa conexão consciente com a vida e o universo, facilitando o entendimento da vida, da morte e do motivo que nos faz estar aqui.

Solução: identifique, defina e execute sua tarefa ou missão de vida. Não importa a idade que você está. O tempo é relativo e você comprimir o tempo com sua força de vontade, fazendo de 10 anos, uma vida inteira de realizações. Pare de "empurrar com a barriga" sua existência. Lembre-se que você pode morrer a qualquer momento e precisa estar preparado para isso. No momento que morrer, o que fica para você são seus resultados evolutivos e sua sensação interna de realização e conexão cósmica.

4. A sensação interna de pendências com pessoas (conflitos não resolvidos em vida):

Quanto menores são as pendências, maior é o desprendimento no momento da morte. Menor é a probabilidade de uma morte com arrependimentos. Portanto, a pessoa que nutre uma vida de reconciliações, que consegue perdoar aqueles que lhe cometeram alguma falta (o que é comum e normal numa vida), consegue sentir a liberdade de ação e desprende-se da Terra em direção às dimensões extrafisicas superiores e benignas, profundamente pacificas e transcendentes.

Quanto maiores são as pendências de conflitos com pessoas, maior é o vínculo com o planeta e a necessidade de manter ligações com estas pessoas. Este vínculo patológico mantém a pessoa ligada à Terra, as Colônias espirituais ou extrafísicas mais atrasadas (como "Nosso Lar") e impedem a pessoa de transcender para fora da Terra em direção as dimensões cósmicas superiores da existência do espírito.

Solução: Assistencialize toda sua vida. Transforme seu trabalho num instrumento de ajuda eficaz para a evolução da consciência. Não importa tanto o que você faz, mude a perspectiva de sua ação e descubra a essência de estar vivo e no mundo, neste planeta. Faça uma lista de todas as pessoas que têm algum tipo de conflito e planeje uma reconciliação definitiva. Procure nutrir uma vida mais pacífica e vá aos poucos sublimando a agressividade pelo fraternismo lúcido através da ajuda às pessoas, das conhecidas às desconhecidas, envolvendo-se inclusive em trabalhos voluntários assistenciais.

5. O nível de apego ao universo material, ao poder, ao status:

Quanto maior é o apego a estas condições ilusórias da existência humana, maior é a dificuldade de morrer e se desprender da Terra em direção às dimensões cósmicas superiores. Assim, esta pessoa apegada viverá uma morte sem lucidez e nutrirá possíveis crises pós-morte, sofrendo com a perda do status, do poder e dos bens materiais e outras condições próprias da vida humana, até mesmo o sexo e a energia sexual.

Quanto maior é o emprego lúcido do poder, do status e dos bens materiais, do sexo e da energia sexual (sexometria consciente), menor é o apego e maior é o desprendimento, em virtude da pessoa estar ancorada na essência e não na matéria. Assim, esta pessoa mais ancorada na essência, nutre a probabilidade de uma morte lúcida e desprendida, saindo mais facilmente da dimensão humana e migrando para a extrafisicalidade.

Solução: apegue-se mais à essência e use o poder, o status e o universo material para as tarefas de assistência e para a execução de sua missão de vida.

6. O nível de apego aos familiares e entes queridos:

Prepare-se continuamente para separar-se de seus entes queridos ou as pessoas que mais ama em sua vida. Precisamos aprender continuamente a estar e não-estar com as pessoas que amamos. Se ao nascer sabemos que iremos morrer, em algum momento iremos nos separar de quem amamos. Assim, precisamos compreender que a natureza da vida e da evolução é lidarmos com o estar e o não-estar com quem amamos. Precisamos aos poucos e com o passar das vidas, suportar a pressão aguda da perda de quem mais amamos, seja um filho, uma esposa/esposo, uma mãe e pai, irmãos e assim por diante. Precisamos sublimar o egoismo de quer sempre junto conosco quem amamos e permitir o direito à plena liberdade de ação do espírito pelo universo.

Solução: Portanto, expresse mais o que sente pelas pessoas que ama. Viva cada momento como se fosse o último, para que não se arrependa depois que não viveu ou que deixou de dizer "eu te amo" para quem mais ama e mais considera. Permita-se amar mais e evite o máximo agredir aqueles que mais te ama e aqueles que mais você ama. Coloque acima de tudo o amor e o respeito sincero, sobre qualquer desavença ou conflito de opinião política, religiosa, cientifica, filosófica ou existencial. Valorize mais o afeto puro do que as idéias conflitantes de concepções de vida. Compreenda cada vez mais o direito que todos temos de sermos quem somos e nutra maior respeito pelo direito que os outros têm de serem quem eles são. Fale mais para quem você ama o que precisa ser falado, não deixando para falar isso depois que a pessoa morrer, partir, evitando com isso, a tendência à procura pela comunicação mediúnica egoísta. Faça agora para não se arrepender depois. Ame mais e critique menos as pessoas que ama. Ajude mais e julgue menos. E com isso plante uma morte pessoal mais serena e pacífica.

7. O grau de compreensão lúcida do processo de morrer:

Estude mais a fundo o que é a morte. Construa para si mesmo uma visão pessoal, lúcida e coerente com a realidade, do que seja a morte. Investigue com coragem e saiba o que lhe aguarde. O melhor método é sair do corpo de forma lúcida e lembrar de suas mortes anteriores, após suas vidas passadas. Faça o que for necessário para substituir a crença pelo conhecimento. Não torne a morte um campo gerador de angústia, mas sim, um campo gerador de motivação para viver e fazer tudo o que precisa ser feito, porque o que nos aguarda é proporcional aquilo que somos e fazemos em vida.

Solução: estude seriamente a ciência da consciência, da projeção para fora do corpo, a parapsicologia, a projeciologia, a conscienciologia, a psicobiofísica, o espiritismo científico, e outros campos afins. Evite os livros psicografados e os romances "água com açúcar" e estude seriamente o campo da evolução sem medo, com coragem.

8. O condicionamento mental diante da concepção pessoal de morrer:

Uma vida condicionada, uma mente escrava de concepções, dogmas religiosos inverificáveis, crenças sem verificação empírica, torna a morte uma experiência manipulada. O processo de morrer é diretamente proporcional ao que a pessoa pensa sobre a vida, a morte, a evolução, Deus, etc. Se ela nutre concepções de Céu, Inferno, castigo divino, recompensa e assim por diante, a pessoa está manipulando seu destino ao invés de ter uma experiência real da morte, livre dos dogmas e das concepções distorcidas da realidade.

Inferno, Céu, Deus, não são realidades vivenciadas na morte. Quando o espírito morre e deixa o corpo aqui na Terra, ele prossegue sem encontrar "Deus", sem encontrar Céu ou Inferno. Ele encontra a si próprio e encontra-se noutra dimensão cosmológica relacionada com seu estado de consciência, lucidez, condicionamento, autoconhecimento e maturidade cósmica. Inferno ou Céu é o que é o mundo mental do espírito, esteja ele na Terra, esteja ele nas dimensões extrafísicas no pós-morte. "Deus" pertence ao campo transcientífico e somos incapazes de compreender tal realidade, mesmo após morrermos. A crença de que iremos viver no seio de Deus ou iremos nos fundir com Deus, não tem correspondência com o real que acontece no pós-morte, evidenciado pelas experiências científicas e clínicas.

Solução: descondicione-se o máximo que puder. Torne sua mente mais fluida e aberta, evitando apegar-se a conceitos, crenças, idéias e viva mais na realidade e se precisar mudar de idéia, de crença e concepção, torne o processo mais natural. Como diz o pensamento chinês, a única coisa que nunca muda é que tudo está em constante mutação.

QUAL SUA CONCLUSÃO SOBRE TUDO O QUE LEU AQUI?