26.2.19

Considerações sobre o Estado Vibracional, Circuito Fechado de Energias, Método do Qi Qong e Outras Considerações

Por Fernando Salvino.


A pesquisa do Estado Vibracional está ainda numa fase proto-científica. O que é o Estado Vibracional? É a sensação de forte campo vibracional envolvendo e penetrando o veículo, seja um soma (corpo físico) seja um psicossoma (corpo astral, perispírito). Mas é só isso? Não.

E de onde veio esta questão de Estado Vibracional?

O histórico do Estado Vibracional é confuso. O nome parece ter sido cunhado por Robert Monroe, projetor consciente já dessomado, ou desencarnado. Mas o fenômeno já é antigo, muito antigo.

E como é de se esperar, irei retornar ao Qi Gong chinês, onde no planeta é a disciplina que se dedica milenarmente ao trabalho (Gong) com o Qi (energia).

O histórico do Qi Gong é imemorial e se encontra no xamanismo chinês suas práticas mais antigas e ao longo dos tempos foi se desenvolvendo e aprimorando em técnicas e mais técnicas de controle do Qi, organizado em métodos, tendo penetrado tanto a medicina chinesa como as práticas do assim chamado Yoga taoista e mesmo as artes de defesa, como Gong Fu.

Porém, encontramos na Índia os Pranayamas, que nada mais são, que exercícios de controle do prana (Qi, energia). E quando se desenvolveu os pranayamas? Não se sabe ao certo também.

Assim, isto que modernamente se chama de Estado Vibracional é fenômeno conhecido milenarmente e induzido por vários métodos, sendo que todos eles envolvem a movimentação da energia (Qi, prana, "luz") ou mesmo a instalação direta.

E para confundir ainda mais o histórico, temos que nos dirigir ao parafato de que o EV é praticado não somente por inteligências físicas mas também as extrafísicas, vivendo tão só de psicossoma. As inteligências extrafísicas também praticam mobilização de energias e EV, assim, a história do EV se mescla com a para-história do EV e da mobilização de energia.

A instalação direta do EV foi ensinada a mim por um espírito de aparência chinesa, que dominava por completo do método. Ele o fez numa projeção lúcida para fora do corpo. Ele simplesmente acionava o campo vibrátil com a intensidade que ele intencionava. Foi ali que vi que o EV se mostra num espectro que varia de intensidade, diria de fraca a potente. E foi ele que me mostrou que o EV seja qual for a intensidade, necessita ser pacífico e benevolente. Mais tarde fui estudar o Qi Gong e Yôga, e toda a teoria epistemológica de ambas ciências estão ancoradas na bondade e não-violência. Ali estavam expostos os fundamentos de uma arte de defesa isenta de violência. Ali estavam sendo demonstradas as bases da arte de defesa interna, tal como o tai chi chuan.

O EV é uma técnica de defesa energética usada no tai chi chuan, onde o praticante instala o EV e controla sua intensidade e ao mesmo tempo absorve a energia violenta do agressor, desarmando-o. Noutras palavras, "suga" instantaneamente a energia do agressor desarmando-o e por fim, refina a energia absorvida e devolve ao agressor energia serenizada.

Em pesquisa realizada, encontramos a movimentação da energia dentro do contexto meditativo em áreas como o Elixir da Flor de Ouro, na meditação chinesa, assim como no método Quan Yin, como também no Krya Yoga, Surat Shabd Yoga e mais especificamente no Neidan, ou a alquimia interna taoista, cujo método é descrito de forma clara como é a circulação do Qi tanto pelos canais de controle e função, como longitudinalmente da cabeça aos pés, pelo canal do impucho.

Modernamente, Waldo Vieira nomeou como Circulação ou Circuito Fechado das Energias o movimento intencional do Qi pelo corpo, reduzindo o movimento a grande circulação, dos pés a cabeça. Chamou também de EV o estado vibratório.

Nanci Trivellato, mudou o nome da técnica para OLVE  ou oscilação longitudinal voluntária das energias, tentativa inútil de trazer para si alguma modificação substancial da técnica. A OLVE é exatamente a mesma técnica descrita por Waldo Vieira. E a técnica de Waldo Vieira é exatamente igual a 4ª regulação do método taoista de meditação realizada em grande circulação, no sentido longitudinal, pelo chamado "thrust channel" ou canal longitudinal assim já mapeado há milênios pela medicina chinesa.

O método disseminado por Waldo Vieira e copiado por Nanci Trivellato são versões limitadas do antigo método chinês de meditação, muito mais completo e muito mais seguro para quem aplica. E explico porque.

O método chinês não permite que o praticante instale o EV ou circule o Qi sem antes estar desarmado (tipo de relaxamento onde determinados grupos musculares ligados a condição de combatividade), respirando corretamente e suavemente e com o coração e sentimentos serenizados e amorosos. A prática da circulação do Qi só inicia após a 1ª, 2ª e 3ª regulações. O método de Vieira-Trivellato apregoam o início da circulação sem as regulações citadas.

O mesmo erro recai sobre o método da meditação das várias linhas por ai afora. Muitos métodos confundem meditação com regulações. A maioria dos métodos considera a 1ª e 2ª regulação como meditação. Outros consideram a 5ª regulação (regulação da mente) como meditação. Outros ainda a 4ª regulação somente.

A meditação completa, inteira, integral, apresenta 5 regulações e 5 refinações, tal como descreve o método taoista.

O EV quando instalado sem amorosidade, é uma arma.

O EV quando instalado com intenções de se livrar de um assediador, é uma arma.

O EV quando instalado com intenções de se isolar do mundo, é uma arma.

O Estado Vibracional exige discernimento quanto a sua utilidade e seu uso deve estar sempre orientado pela intenção benevolente e amorosa. É daí que nasce um EV leve, vaporoso, sutil, serenizante e de profunda paz de espírito. E isto nada tem a ver com autodefesa energética que é muito mais uma arte marcial energética do que um método de serenização do espírito.

Afinal de contas, todas as linhas acima citadas defendem a tese de que todos nós precisamos alcançar a desperticidade. E desperticidade é serenização do espírito, e nada tem a ver com cultivo de uma personalidade bélica ou defensiva.

23.2.19

(#44) Bilocação provocada pela Dor: Relato (Projeção Astral)

19.2.19

Ensaio sobre a Sinceridade, sobre a Ciência e Verdade

F.S.

Eu não vejo outra possibilidade para a ciência do que todos nós sermos o mais sinceros e verdadeiros naquilo que pesquisamos e publicamos. Parece até contraditório, pois ciência busca a verdade! E como eu vou encontrar a verdade estando preso a politicagens próprias das academias científicas? Ou dos círculos de pesquisadores, revistas científicas, congressos, simpósios, e assim por diante?

A verdade não pede licença! A verdade não é moral ou imoral! A verdade não respeita regras de etiqueta ou cita fontes baseadas nas normas de ABNT ou similar!

A verdade entra de sola! A verdade mostra sem preocupação com agradar ou desagradar!

A verdade é uma terra sem donos, sem contratos de propriedade, sem posse! A verdade não está nas instituições, nos currículos, nos discursos, na aparência!

A verdade só pode estar na sinceridade. Sem que o sujeito de conhecimento parta de sua própria verdade, de sua própria sinceridade, de sua própria honestidade, como poderia ele conhecer?

A falsidade se tornou o cerne da sociedade normal. A hipocrisia se mostra como a mais alta moralidade que podemos ter nesta sociedade.

A normalidade doente, os normais perturbados, os normais aprisionados pela fachada, pelos desejos perturbados, pela vida fútil e pelo sonho!

Pois que, pela sinceridade se para de sonhar! A sinceridade é o mesmo que acordar! A correspondência entre o sujeito e o objeto só é possível por um laço sincero, honesto, por uma ligação limpa.

Ciência se faz com liberdade.

Ciência se faz com ampla liberdade de expressão, longe mas muito longe da falsidade e da mesquinharia dos ganhos temporários de uma sociedade que normaliza a perturbação ética como sinal de neurotipia.

Ética só existe quando se é sincero. E sinceridade só pode existir quando se ama. Sem amor não existe sinceridade. E sem amor não existe discernimento. E sem discernimento não existe clareza. E sem clareza não existe verdade. E sem verdade só existe sonho. E onde só existe sonho, só existe sofrimento.

16.2.19

8.2.19

(#41) Saindo do Corpo e Lembrando de Minha Vida Passada

6.2.19

EES - Experiência de Espectro do Samadhi: Do estado de perturbação ao Samprajnata Samadhi

Fernando Salvino (MSc)
Parapsicólogo Clínico e Psicoterapeuta
Projeciólogo e Conscienciólogo (Livre Pesquisador)
Praticante de Yôga e Tai Chi Chuan mais de 20 anos (nesta vida).

Fundou e Coordenou o LAC - Laboratório de Autopesquisa da Consciência e do Yôga durante 8 anos (HU-UFSC)



Considerações Iniciais

Este ensaio é antigo e revendo os rascunhos que não tinha ainda publicado e que ficaram pendentes aqui nos arquivos encontrei este e fiz por bem terminá-lo em razão de sua importância para a pesquisa científica do Yôga e mais especificamente, do Samadhi.


I - Da Prática em Laboratório

A prática da meditação microcósmica e macrocósmica foram desenvolvidas ao longo de milênios e podem ser compreendidas como o método natural para a holofusão.

E diante disso colocar em palavras o que ocorre em samadhi é das mais difíceis tarefas, não raro, podendo mistificar este fenômeno essencial na evolução do espírito e restringindo seu acesso a poucas pessoas. O samadhi é para todos.

E tentamos quase o impossível que é investigar, praticar e vivenciar experimentos transcendentes relacionados com Samadhi no LAC - Laboratório de Autopesquisa da Consciência e do Yôga.


II - Do Caso

O caso que narro aqui de forma sintética ocorreu num dos experimentos do LAC onde após uma experiência de meditação, onde partimos de uma condição mais perturbada e de regulação em regulação, refinação em refinação, atingimos o samadhi em grupo. Estávamos em 4 pesquisadores.

No momento em que atingimos este estágio da meditação, onde ocorre a supressão da perturbação ou das ondulações de instabilidade da consciência, pude ver um grupo de meditadores vestidos de alaranjado com turbantes também alaranjado, e um deles dirigiu-se até mim e disse:

SAMPRAJNATA SAMADHI

No momento senti-me importante e vaidoso ao ter o privilégio de estarmos sendo ensinados diretamente por Yogues extrafísicos, quando o mesmo yogue me diz telepaticamente:

VOCÊ É CONFIÁVEL, MAS NÃO TANTO COMO IMAGINA SER.

O choque de realidade e o impacto da verdade a respeito de meu próprio caráter moderou minha lucidez, baixei minha vaidade, regulei minha mente e pus a falar com meus amigos sobre o que acabara de ver e ouvir.

Acontece que eu não sabia o que se tratava a expressão. Eu anotei e disse aos meus amigos. No exato momento, pesquisamos no google e vimos se tratar de um tipo de SAMADHI COM SEMENTE, um samadhi inicial, primário e que um longo caminho ainda teríamos pela frente.


III - Da Conclusão Geral

E diante desta experiência ficou mais evidente que o SAMADHI, na verdade, é uma EES - Experiência de Espectro do Samadhi.

Do Samprajanata ao Hipersamadhi, na fronteira com o Kaivalya.

2.2.19