25.9.17

A partida de meu pai: evidência da sobrevivência

Dr. Fernando Salvino
Parapsicólogo e Psicoterapeuta



No exato dia 03 de agosto de 2017, meu pai foi tido como "falecido", cuja certidão de óbito constou como causa a insuficiência respiratória aguda.

O presente relato apesar de estar impossibilitado de expor com toda a clareza a profundidade da experiência que vivenciei, poderá no entanto, apontar para uma direção, qual seja, a da continuidade da vida após a morte do corpo biológico.

Um fato acompanha a vivência: meu pai estava lúcido no momento em que seus pulmões pararam de funcionar. Ele passava por uma internação por câncer no pulmão com metástase na coluna e permanecia sob efeito da morfina e outros medicamentos para a anulação total da dor. Porém sua lucidez mantinha-se presente. Esta lucidez é evidenciada pelo modo como olhou-me profundamente nos olhos, assim como nos olhos de meu irmão, instantes antes de ter seu corpo desativado.

E foi justamente neste contato transcendente com total ausência de palavras que olhamos nos olhos um do outro e nos comunicamos como nunca conseguimos nos comunicar. Se eu pudesse dizer que foi uma comunicação de espírito a espírito poderia ser mais preciso. Mas não tenho palavras para descrever. Ali pude "ver" meu pai e ele a mim. O mesmo aconteceu entre ele e meu irmão. Ali eu entendi uma vida inteira. Ali eu entendi a vida, o amor, a amizade verdadeira, a liberdade. E foi ali que eu disse a ele que estava tudo bem e que ele poderia se entregar e ir. Nada mais poderia ser feito. A radioterapia tinha sido cancelada. A quimioterapia não pudera ser nem iniciada. So restava aguardar este tempo misterioso do momento exato da morte. E ele nos olhou e ali disse tudo, sem falar nada. Lúcido, calmo e convencido de que chegou sua hora de partir. E nada vi ali de morte. E nada encontrei ali de morto. O que vi na morte foi a mais pura evidência da vida. A beleza do amor e da amizade, da gratidão e do carinho e da certeza de que aquela lucidez permaneceria existente mesmo após a morte daquele corpo já velho. Não havia morte ali. Havia um corpo velho e em fase final de vida, enquanto que meu pai (e não o corpo), mostrava uma lucidez incomum e a beleza do momento, a profundidade do amor apontou-me para a continuidade. Somente um cego ou um tolo não "veria" esta verdade. A verdade que na morte o que se mostra é a vida novamente.

E meu pai foi, partiu para mais uma viagem existencial. Lembro de meu pai após se despedir de mim e de meu irmão, olhar para cima e ver alguém flutuando no quarto. Os arrepios e o choro me vieram junto com a certeza de ser minha tia, irmã de meu pai, falecida muitos anos antes. Ele viu a luz, viu a verdade, viu sua irmã e partiu em paz.

E diante de todas as evidências que já presenciei esta é uma das mais convincentes.

E novamente afirmo: a sobrevivência da consciência (alma, espírito e tudo o que somos) mais uma vez foi comprovada nesta vivência.



16.6.17

Perturbação e Samadhi: Sobre a Zona de Intersecção, Saía e Entrada.

Fernando Salvino (MSc)
Parapsicólogo Clínico e Psicoterapeuta
Projeciólogo e Conscienciólogo (Livre Pesquisador)
Praticante de Yôga e Tai Chi Chuan mais de 20 anos (nesta vida).

Fundou e Coordenou o LAC - Laboratório de Autopesquisa da Consciência e do Yôga durante 8 anos (HU-UFSC)




O que faz a perturbação dirigir-se ao samadhi e do samadhi a perturbação?

Desejar que mude.

Desejar que mude o que por natureza tem seu próprio tempo de mudança.

Intervir, desejar que mude, forçar a mudança.

Desrespeito ao tempo real, natural.

O desejar que mude significa dar importância ao que não é importante.

E assim, não aceitando a realidade tal como se mostra, surge a inaceitação e o desejo de mudar o que se mostra tal como é.

O que é importante?

Samadhi: Simplicidade, bondade (amor) e discernimento. O cultivo do Tao.

Só o necessário para estar vivo, para não impactar os irmãos. A família é a única realidade essencialmente importante.

A família significa que todos estamos unidos numa fusão holocósmica, na inseparabilidade não-local de inteligência e vida, unindo a todos numa só realidade.

A família verdadeira.

Assim, ao desvalorizar o importante, dando importância ao que não é importante, ou àquilo que muda, saimos do samadhi e retornamos à perturbação.

Dar importância ao que é importante, samadhi.

Dar importância ao que não é importante, perturbação.

Esta é a zona de intersecção.

Ficar lúcido dentro da zona, é o mesmo que ficar lúcido dentro do sonho. Um sonho lúcido. Sair do sonho e ficar lúcido, é o mesmo que desperto. Mesmo que seja uma condição temporária.

12.6.17

Meditação para Todos: passo a passo

Fernando Salvino (M.Sc)
Parapsicólogo Clínico e prof. Tao Yôga, Meditação e Tai Chi Chuan.


O samadhi é a condição onde nos percebemos tal como somos, sem qualquer perturbação (ansiedade, depressão, estress, melancolia, raiva, tristeza, ódio, rancor, e mesmo desapegado de toda dor física ou desconforto).

Esta condição não-perturbada é a razão da existência de dhyana, ou como chamamos, de meditação, o 7º passo da ciência do Yôga (conforme a sistematização de Patañjali).

A meta primária do Yôga é samadhi e a meta final é kaivalya (a dissolução definitiva de toda perturbação).

A meditação, para qualquer ser humano, independente da tradição, linhagem, religião, escola, se reduz a 5 fases, quantitativas e qualitativas respectivamente:

1a regulação e refinação
2a regulação e refinação
3a regulação e refinação
4a regulação e refinação
5a regulação e refinação

A 1a refinação é a refinação da intenção e vontade. Aqui o meditação irá refinar sua intenção para a mais amorosa, benevolente e isenta de violência que puder. A partir desta refinação passará a primeira regulação e as demais refinações.

A 1a regulação é a regulação do corpo. O meditador melhora sua capacidade física (quanto assim o pode), melhorando sua nutrição (sem radicalismos, ou a não-violência consigo mesmo), fortalecimento dos músculos, ossos, tendões e coluna principalmente. Com o corpo regulado, o meditador se desliga do corpo e passa a 2a regulação.

A 2a regulação é a regulação da respiração. O meditador treina a respiração natural, diafragmática, a respiração da criança, solta, livre e tranquila. Esta respiração inicia na inspiração e na extensão do abdomem e na expiração junto com a contração do abdomem (sem esforço). É a respiração natural, solta, livre, calma e profunda. Porém, não raro, o meditador não consegue com facilidade realizar tal respiração natural, onde poderá praticar as variações de respiração lenta e rápida, de modo a desbloquear os seus centros. Com a respiração regulada passa-se a 3a regulação.

A 2a refinação é a refinação de nossa densidade e de nossos aspectos psicológicos e fisiológicos mais densos e negativos para o amor, a bondade, honestidade e o sentimento de gratidão.

A 3a regulação é a regulação do sentimento a partir da 2a refinação. Aqui a 1a e 2a regulações funcionam juntas porém a respiração e o repouso físico são mais amorosos, benevolentes e gratos.

A 4a regulação é a regulação da energia. A partir da 3a regulação a energia se solta e fica mais disponível para sua circulação. A circulação da energia se dá de duas formas gerais:

- pequena circulação: a energia é circulada no caso dos meditadores iniciantes partindo da base da coluna, no centro do abdomem, dando prosseguimento descendo pelos genitais e subindo pela base da coluna através da medula até o pescoço e entrando pelo cérebro toca o céu da boca o qual retorna para o centro do abdomem. No início o treinamento é com a respiração junto com a circulação da energia. Assim o praticante circula a energia lentamente no ritmo lento da respiração. Na inspiração o praticante centraliza a energia no centro e leva-a até o céu da boca e na inspiração retorna ao centro. E faz vários destes ciclos até que sinta que suas energias estão reguladas.

- grande circulação: esta modalidade é similar a primeira porém a energia inicia do centro até o céu da boca e desce até os pés em sentido vertical (do centro para cima e de cima até os pés, e vai subindo e descendo a cada ciclo). Realiza-se também junto com a respiração na primeira fase do treinamento.

As variações das circulações são secundárias. Se o praticante conseguir realizar estas manobras passará a conseguir regular suas energias. O primeiro sinal é a serenização mais profunda e um enraizamento no agora e a primeira percepção de ausência de perturbações.

A 3a refinação é a refinação da energia, modificando a qualidade densa para um nível de sutileza mais profunda, o estado de transparência necessário para o samadhi.

Esta regulação faz com que o meditador passe a fase seguinte, a 5a regulação.

A 5a regulação é a regulação da mente e do espírito. O meditador aqui inicia a sustentação da serenidade e junto com a 4a refinação vai refinando sua transparência até sentir que suas perturbações cessaram, inexistindo qualquer incômodo e o si mesmo se revela para o próprio meditador como serenidade e lucidez sem perturbações, amor calmo e paz de espírito.

A 4a refinação é o cultivo da paz de espírito, serenidade e da lucidez sem pensamentos, fora do tempo e livre do passado e futuro e de toda perturbação.

A 5a refinação é o samadhi propriamente dito e sua sustentação, condição mais rara de ocorrer, porém, acessível a qualquer pessoa disposta a dissolver suas perturbações.

Este método é científico. O que isto significa?

Isto significa que se qualquer pessoa predisposta a se conhecer e se experimentar realizar tais passos, independente de crença, cor, raça, credo, religião, nacionalidade ou posição política, chegará nestes resultados.

E isto significa que a meditação dispensa quaisquer destes recursos:

1. incensos
2. roupas especiais
3. altares
4. rituais
5. locais especializados
6. dependência de um guru
7. ir até a Índia
8. ter alongamentos fantásticos
9. ser magro e com barriga de tanquinho
10. postura de lótus impecável
11. certificado de Yôga
12. certificado de psicólogo
13. certificado de instrutor de mindfulness
14. zazen
15. girar em círculos
16. música
17. orientação (terceiros orientando)
18. sons da natureza
19. natureza

A meditação pode ser realizada nas seguintes condições tais como:

1. em pé
2. sentado em qualquer local (cadeira, poltrona, banco de zazen, etc.)
3. caminhando
4. correndo
5. no trabalho
6. conversando com alguém
7. de olhos abertos
8. de olhos fechados
9. numa igreja
10. fora da igreja
11. num templo
12. fora do templo
13. em casa
14. fora de casa
15. durante o sexo
16. tomando banho

As situações acima citadas significam que meditação é um movimento interno independente de onde e como o corpo está, se está parado ou em movimento, e independente do local, pode ser feito em qualquer lugar e situação.

28.5.17

Estado e Corrupção: Ensaio sobre a Dissolução do Estado através da Meditação Profunda (Samadhi)

Fernando Salvino (M.Sc)
Parapsicólogo e Psicoterapeuta
Bel. Direito (Univali), MSc. Educação (Ufsc)


A corrupção parece que vem do latim, corrupta, cor (coração) e rupta (quebra, rompimento). A etimologia da palavra corrupção traduz o sentimento do que está havendo em nosso país Brasil.

Do ponto de vista etimológico, corromper é romper o coração, a alma, a honestidade, o sentimento ético, a verdade. No sentido corrente, refere-se de modo reduzido, ao que ocorre no campo social, quando se obtém vantagem ilícita, onde ocorre o prejuízo de um ou muitos e favorecimento de um ou muitos.

Porém, aqui, vou seguir o sentido mais profundo do que significa corrupção.

O ato ou efeito de faltar ou quebrar com a verdade, com o coração, a alma, a honestidade e a ética, ou mais essencialmente, o ato de agir em contrário à benevolência e ao bem estar social verdadeiro; ou ainda o ato de agir contra o próprio coração, a própria alma, caracteriza a corrupção.

Um coração doente e perturbado é aquele que corrompe a si mesmo e à sociedade, deteriora os fracos e dá ênfase aos poderosos.

Na raiz da corrupção temos o Estado.

O Estado é a expressão institucional da corrupção. A característica fundamental do Estado é a mentira. E faltar com a verdade é corrupção.

No monopólio da coerção, da violência e do direito de tirar a vida de outrem, o Estado se mostra suberano no direito de corrupção, ao contrário do que as leis e normas jurídicas parecem ditar, no paradoxo explícito.

Assim, não há ação de Ministério Público ou qualquer instrumento do Estado que possa acabar com o próprio Estado, a verdadeira causa da corrupção social.

O Estado é a propriedade privada, é a ilusão de sermos donos de algo, é a própria natureza de perceber-se como algo que necessita de algo para ser. O Estado é a expressão da perturbação interna da humanidade. Assim, o Estado é a evidência da falência social, não podendo ser salvo através dele mesmo. É a doença institucionalizada e portanto, para ser tratado necessita ser dissolvido.

Assim, não há ação que possa dissolver a corrupção e ao mesmo tempo fortalecer o Estado. Justamente pelo fato de que o Estado é a própria corrupção institucionalizada, burocratizada e jurisdicionalizada.

Então, para que a corrupção seja dissolvida, nós precisamos dissolver a perturbação interna que assola a todos nós, visto que a causa do Estado é a perturbação que existe em nossa alma, em nosso coração, na corrupção do sentimento de familiaridade universal.

A corrupção da alma é a doença geral, a perturbação humana fundamental e a causa desta perturbação fundamental está na confusão entre quem realmente somos e o que acreditamos ser.

E na profundidade do ser que realmente somos não encontramos nada parecido com "algo" com um "eu" ou com qualquer coisa material que possa ser apossada. A existência através das coisas e da necessidade de sermos donos ou proprietários, como forma de nos sentirmos seguros, excluindo os que não podem ter ou estão impossibilitados de ter, é a própria corrupção.

A corrupção é o sintoma da perturbação fundamental. É o sintoma da confusão na alma, na mente, no espírito, em não percebermos e não sentirmos no coração que somos uma só família e o mesmo sangue, o mesmo ar, a mesma energia, o mesmo universo nos une e nos liga numa unidade indivisível.

As ações do MP e da PF em nosso país não passarão de ações superficiais quando a própria humanidade ainda permanecerá priorizando o fortalecimento do Estado e com isto a separação entre nações e povos, desunindo as famílias e promovendo o sofrimento humano.

A solução definitiva é a dissolução do Estado. É uma ilusão acreditarmos que a modificação social se dá através do Estado. A sua dissolução se dá por esforços pessoais, onde trilhamos um caminho de dissolução da perturbação fundamental que atinge a todos nós: somos desconhecidos para si mesmo; desconhecemos nossa natureza autêntica. O desconhecimento da natureza autêntica do ser gera a perturbação fundamental, o medo, e por sua vez, as perturbações gerais até a institucionalização da perturbação ou o Estado.

E o meio natural para a dissolução da perturbação é Yôga ou mais especificamente, a prática do Samadhi (meditação profunda). Qualquer outra solução será paliativo e superficial e somente adiará o problema. Existe esperança, mas a esperança está em eu e você nos comprometermos em caminhar em direção ao samadhi para dissolver nossas perturbações e assim gerarmos uma sociedade mais livre, pacífica, justa e espiritualmente fecunda.

21.5.17

Eles estão vindo: Relato de Experiência Extraterrestre



Por F.S.


Diante da subjetividade da experiência e da dificuldade em organizar uma forma compreensível para a comunicação de uma vivência hipertranscendente, aviso a você leitor que farei o máximo para trazer aqui o realismo do que vivi. Porém, já sabendo que o aqui exposto é o 1% possível de ser trazido. Os restantes 99% permanecem intactos. A exemplo da natureza da luz verde que integra a experiência.

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Eram pouco mais de 4h da manhã da madrugada do dia 19/05/2017 quando acordei abruptamente de uma experiência que certamente marcará minha vida.

Estava em algum local alto, porém não tanto, mas era um morro ou montanha, numa casa ao que me recorde. Em dado momento avisto no céu pela janela da casa naves espaciais sobrevoando o céu numa altitude muito baixa e eufórico aviso pessoas (que não me recordo quem eram) sobre o incidente e vou me dirigindo para fora da casa em algum local mais adequado para o avistamento. O local tinha uma espécie de desfiladeiro e uma cabeça grande de pedra onde ao avistar as centenas de naves sobrevoando a cidade a emoção foi tamanha que ajoelhei de imediato na pedra e com as mãos em prece ergui ao céu e gritei intensamente: "Eles vieram!" E comecei a chorar compulsivamente numa gratidão tamanha, num sentimento de pertencimento cósmico irracional e hipertranscendente. Num dado momento daquele êxtase profundo avisto uma luz no céu esverdeada aglutinando num ponto e que vai chegando mais próximo de mim até que entra no meu peito, no meu coração e penetrando em todo meu ser sinto aquela luz inteligente como se incorporando a mim e imediatamente acordo. No mesmo momento, vem a memória integral da experiência, e choro de soluçar, de alívio, de esperança e de confirmação de profundas inquietações que me acompanham há décadas.

Eles estão vindo.
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A euforia que me tomou esta experiência, no resgate da esperança para o destino da humanidade e deste planeta foi imediata.

O chefe urso (o chefe da tribo norte-americana que era parte), em minha vida passada ainda antes do ano 1000, avisou-se da "peste" que iria perturbar a humanidade e ao mesmo tempo observei vida após vida a "peste" se alastrando até os dias de hoje, com as atuais epidemias psiquicas, fisiológicas e sociológicas que nos assolam. No entanto, e apesar de previsão coerente do ancestral vidente, o futuro nos aguarda eventos hipertranscendentes como os que relatei acima. Acontecerá tal como descrevi? Não sei. O que sei, e não sei ao certo explicar como se dá este saber, é que eles estão vindo e isto modificará para sempre o destino deste planeta.

Quais os efeitos da aparição alienígena na sociedade humana? Que repercussões econômicas, jurídicas, sociais e psicológicas teremos?

15.4.17

Do Processo de Escrever o Livro (impressões)

O processo de escrever o livro propriamente dito começa a revelar facetas profundas de recuperação de escritos de muito tempo atrás. Hoje encontrei dois escritos, profundos, que os escrevi dentro de minha antiga Oficina de Arte Livre, onde realizava meus trabalhos de criação, na arte, poesia e pesquisa científica. E lá encontrei dois textos: O Mito da Terra sem Males e o Mito dos Surfistas Ancestrais. Lágrimas cairam e me transportei para aquele tempo. Me vi diante do bloco de argila e da imagem do jaguar Maia, onde fiz a escultura mais bonita até então: o Jaguar, esculpido diretamente no bloco grande da argila. E foi ali, naquela mesa, naquele silêncio profundo, que nasceu estes mitos. Beleza e espontaneidade. Pude ver meu passado de um modo completamente diferente. Vi a continuidade de tudo que fiz e do que faço hoje. Um clarão de lucidez, uma emoção de gratidão e que benção ter guardado estes textos e tantos outros que estou recuperando. Alguns trechos de relatos do que vivi na Reserva Natural Viveiro, quem nem existe mais... A frase do Ciro... enfim, extratos significativos de momentos que mudaram o curso de minha vida.

17.2.17

O Grande Pai

O medo é minha principal falha.
Um medo estranho.
Um medo de mim mesmo.
Um medo de quem eu me torno
Quando eu sou
Eu mesmo.

Eu mesmo,
Sou poderoso.
Eu mesmo,
Não tenho medo.
Sou valente, rápido.
Forte, ágil, bondoso
Profundo,
Cujo olhar é a própria janela do infinito.

O meu olhar é minha principal arma.
É o cultivo do olhar firme
É a fixação do olhar firme
É a permanência do olhar firme
É a prática da meditação com olhos abertos
Que potencializa o olhar firme da montanha.

Gigante por sua natureza
A montanha tudo olha e não se move.

O olhar firme é visto como clareza de visão.
A clareza de visão é a capacidade de mostrar
Quem eu realmente sou.
Eu sou o Tao.

O Tao é o único poder capaz de assustar até o mais bravo dos mestres.
Contra ele ninguém é capaz de derrotar.

O Tao assusta por sua intangibilidade.
O Tao assusta por sua profundidade infinita.
O Tao assusta por não se localizar em parte alguma.
O Tao assusta por sua incogoscibilidade.
O Tao assusta pelo tamanho de sua essência.
O Tao assusta pela vastidão de seu domínio.

Enquanto portavoz do Tao,
Ninguém é capaz de me derrotar.
Mas quando o Tao se escapa e o olhar se torna fraco
Medroso,
Qualquer um é capaz de me vencer.

A invencibilidade é privilégio dos portavozes do Tao.
Os verdadeiros yogues de todos os tempos.
O mostrar-me quem eu sou,
Na transparência fecunda do Tao
No movimento de ser quem sou
Na condição de portavoz do Tao

A serenidade do Tao assusta até o mais bravo dos mestres.
A imperturbabilidade do Tao expulsa até o mais feroz dos demônios

E assim disse o mestre:

Por desenvolver a clareza de visão e a visão firme
Assim eu me torno o Tao e o Tao se move através de mim
E o mais bravo dos guerreiros se amedronta como criança diante de seu pai.

Por isso se diz que o Tao é o grande Pai.

13.2.17

Breve Ensaio sobre o Movimento Pessoal de Holofusão (Samadhi Yôga) à Holocosmologia (Kaivalya)

FS.


O ano de 2016 foi marcado por intensas experimentações realizadas no LAC - Laboratório de Autopesquisa da Consciência e do Yôga (Projeto Amanhecer - HU- UFSC). Estas experiências se resumem a potentes retrocognições onde conseguimos aplicar um conceito até então hipotético, ou seja, as retrocognições estruturadas, a partir de questões específicas a se investigar baseado nos movimentos de autoinvestigação realizada pelo experimentador.

No meu caso, realizei um balanço e acabei por publicar poucos ensaios porém, os que foram publicados revelam uma profundidade cada vez mais vertical e a crescente necessidade de escrever menos e sintetizar mais. Paralelo a isto venho pesquisando os campos de linhas de pensamento da Índia, como por exemplo, Yogasutra, Samkhya Karika, Upanishads e Budismo em paralelo com os estudos da linha chinesa Taoista e outros tantos estudos, em especial, nos métodos práticos do Yoga, Tao Yoga, Chi Kung, Tai Chi Chuan. Tudo isto somado a mais um ano de aulas semanais de Tao Yoga e encontros de Laboratório, em conjunto com meus atendimentos clínicos em parapsicologia clínica. As palavras são poucas para descrever a experiência total, porém, este conjunto todo apontou-me para um exame mais honesto de setores de outras retrocognições, em especial a que vivi na China.

Ao examinar com mais acuidade, percebi uma incoerência de data, onde nas anotações soava 1700 e pouco, e enquanto o mestre Yang Luchan teria vivido um século após. Esta incoerência e examinando o vestuário do mestre, estava mais para um mestre da família Chen do que um Yang. Assim de forma a rever estes dados, fizemos perguntas estruturadas de forma a avançar nesta investigação e os resultados foram para mim conclusivos. Assim eu escrevi (clique aqui) que vivemos a respeito da amnésia de nossas vidas anteriores e um campo de experiência tão vasto como qualquer viagem espacial. Existe um cosmo interno e esta viagem para dentro de si, um movimento autoinvestigativo, revela saberes muito profundos sobre si e também sobre a vida e sobre a existência geral, o que coloca os dados das retrocognições em sua delicada função pública e social.

Assim chegamos a um pouco onde a memória além de extracerebral, por inferência, afirmamos ser a memória um campo coletivo, transpessoal. E explicar isto é muito difícil pois veio através de encadeamentos de raciocínios e intuições, onde a partir da autopesquisa pessoal chegamos a campos de interesse coletivo da humanidade. As revelações dos índios norte americanos passadas a mim numa vida muito antiga antes dos anos 1000, onde eu era indígena, e tive minha última vida como indígena. A vida na Índia, Tibet e China, e os intervalos entre vidas, apontando para verdadeiras vidas transcendentes, holotrópicas, no espaço cósmico e nas evidências dos hipersamadhi associado a projeções de consciência livre para fora do psicossoma, ou corpo astral.

Os saberes recuperados revelam o que cabe a mim expor para todos os que tiverem condições de acessar. Do mesmo modo que eu venho buscando o entendimento mais profundo sobre mim mesmo, a vida e a existência, os saberes transmitidos relevam a natureza mais profunda dos sistemas filosóficos estudados e escritos aqui na Terra.

Uns anos atrás eu refletia sobre a Holocosmologia e sobre um método para se alcançar tal compreensão da vida que, por experiência própria, a compreensão em si já acarreta um nível de tranquilização causal no espírito, e a consolidação de uma confiança cósmica nos acontecimentos e no modo como tudo se move e acontece.

E após estes anos de pesquisa e prática intensiva, ininterrupta, cheguei ao campo do Yôga. Yôga então demonstrou ser a ciência para a Holocosmologia. A ciência experimental, prática, para que possamos alcançar a unicidade holocósmica, o fundamento experimental da Holocosmologia. E por mais interessante este trajeto de pesquisa revelou-me um saber na Terra muito profundo e embora não tão claro para o entendimento comum, mostrava-se ali, público, e é a evidência de que muitos e muitos outros na Terra chegaram neste campo transcientífico, a fronteira da mente, a não-mente, o Yôga, o samadhi, o kaivalya.

Porém, meu ímpeto é expor este saber numa versão moderna, científica, de modo que possamos compreender os postulados fundamentais da ciência última, a Holocosmologia e da ciência aplicada, Yôga.

Existe um propósito na vida (Tao), um caminho e um modo de se mover corretamente (Te) de modo que possamos alcançar a unicidade holocósmica e ir dissolvendo progressivamente a condição perturbada (sofrimento, dor, doença) até a condição não-perturbada (samadhi) permanente.

Este movimento equivale a mover-se para a unicidade holocósmica (holotropia). A dissolução da ignorância fundamental, o desconhecimento da natureza autêntica de si mesmo e do cosmo. Então temos aqui o vislumbre de uma ciência para a libertação definitiva e ao mesmo tempo o alcance de uma metaciência, além de tudo o que podemos imaginar: a ciência holocósmica, universal, além da Terra.

E diante disso, e neste caminho de holofusão progressiva, as capacidades de percepção direta da realidade vai se alargando, expandindo, extrapolando os limites dos sentidos comuns até as funções psigânicas parapsíquicas, da telepatia, clarividência, retrocognição, precognição, projeções para fora do corpo, samadhi e assim por diante. Esta extrapolação para os confins do universo dei o nome de psi-ómicron, e inclui a comunicação cósmica e as experiências diretas com inteligências não-humanas, além da Terra. E neste espectro podemos encontrar o Yôga universal, pela evidência do samadhi de inteligências alienígenas e transcendentais. Em paralelo a este movimento, também é possível testemunhar hipertecnologias e acesso de informações de cunho tecnológico além do que podemos compreender, evidenciando a comunicação cósmica direta.

Os conceitos de vida e inteligência se alargam e rumam para a natureza em si da inteligência e da matéria (energia). Inteligência e matéria movem-se em unicidade com espaço-tempo-dimensão, formando a unidade fundamental do holocosmo: inteligência-energia-espaço-tempo-dimensão.

E o recado continua sendo aquele mesmo recado: o amor incondicional universal, a família universal, a irmandade universal.

A condição da Terra, seu momento evolutivo e a profecia do "chefe urso" (urso era o nome indígena para "guardião do caminho") para os momentos atuais da doença (a "peste") que vai dizimar a humanidade na Terra. Em somatório a isto, vivemos os esforços e a desistência de tantas pessoas para salvar a Terra de seu destino que parece realmente o fim desta humanidade na Terra (pelo menos neste momentum evolutivo).

A cosmotelepatia e a cosmoclarividência evidenciam o monitoramento alienígena e extrafísico dos amparadores ligados a Terra e extraterrestres, de modo que possam amparar este momento de evolução. Por outro lado, demonstram calma e serenidade, e ausência total de preocupação quanto a qualquer coisa. E isto nos dá uma tranquilidade fundamental para lidar com este momento delicado da espécie humana e dos seres vivos da Terra.

Em paralelo a isto observo uma alienação profunda da sociedade que vivendo como prisioneiros evitam de conhecer a Terra, mover-se por outras culturas e aprender com outros irmãos residentes em outros países. O contato alienígena seguirá este movimento além da vila, do bairro, em direção a outros países, dimensões e sistemas do universo.

A isto podemos tranquilamente dizer que será o samadhi fundamental da humanidade.

E todos estes princípios aqui expostos fundamentam o que por opção lúcida escolhi chamar de Holocosmologia, ou a ciência do espectro holocósmico, e o Yôga, como a ciência da unicidade holocósmica (samadhiologia, kaivalyologia). E em relação a estas unimos as contribuições das ciências indianas, chinesas e outras, em conjunto com as ciências da consciência (parapsicologia, projeciologia, conscienciologia, metapsíquica, psicobiofísica, psicons, psicologia transpessoal, física, etc), num todo coerente e unificado, unindo as percepções extrassensoriais, extrapolações holocósmicas da percepção parapsíquica e fenômenos de ordem extraterrestre dentro do espectro alienígena, multidimensional, hiperfisica e hiperdimensão, hipertecnologia, as sociedades cósmicas avançadas, o cosmodireito, cosmojurisdição, os conselho de calibração do Sistema Solar e outros temas profundamente transcendentes para nós ainda presos a uma ciência de bairro, aprisionada pela língua, pelo currículo e pela política.

O universo é uma sociedade única. Uma única organização. Um único governo. Uma única política. Uma única orientação. Um único propósito. Tudo existe para a dissolução do sofrimento até a condição de liberdade total do espírito em relação a tudo o que o atormenta e o perturba. Este movimento, apesar de não compreendermos o "sentido do sentido", ou a razão maior para tal, é o que estrutura o universo e suas organizações nesta e noutras dimensões.

E apesar de discernirmos inteligência-energia-espaço-tempo-dimensão, podemos ainda discernir e refinar mais um aspecto desta realidade, o de que inteligência é uma realidade, energia-espaço-tempo-dimensão, outra.

E refinando ainda mais, posso expor que de um lado temos a realidade não-manifesta (inteligência) e do outro a realidade manifesta (tudo o que é energia-espaço-tempo-dimensão). Não-existência e Existência, realidade Não-Manifesta e realidade Manifesta.

A inteligibilidade subjacente ao Sol, a luz, e a tudo o que pode ser observado direta ou indiretamente, ou mais refinado ainda, a inteligibilidade subjacente a toda manifestação holocósmica demonstra a ligação entre fenômenos assim chamados físicos ou naturais e os processos de inteligência. Assim temos que onde existe manifestação de energia-espaço-tempo-dimensão, acusamos a inteligibilidade subjacente, intrínseca, não-local. E daí inferimos a existência não-local do princípio inteligente enquanto realidade intrínseca de todo princípio material (energia-espaço-tempo-dimensão).

Purusha e Prakriti, Yang e Yin. Wu-Ji e Tai-Ji.

É neste ponto que adentramos como salientou Chuang Tzu em seus ensaios, que em todos os tempos e épocas chegou-se ao limite da capacidade de entendimento da realidade.

O vazio.

Daqui em diante, nada sabemos.

E a serenidade diante do não-saber é o fundamento do Yôga avançado para degraus mais avançados de entendimento. O entendimento se move. O ser em si se cala perplexo, sereno, diante o infinito do holocosmo!

Este é o recado dos espíritos mais livres, do hipersamadhi, da experiência de dissolução holocósmica e das projeções de consciência livre pelo espaço.


19.1.17

Fundamentos do Yôga Avançado: Do Yi-Jin e do Método de Conversão (cap 1) - atualizado.

Considerações Iniciais

Este ensaio está em fase de criação. Erros ou omissões devem ser relevadas. A pesquisa aqui exposta é produto de meus experimentos e aprendizados que ultrapassam esta vida e remonta vidas antigas desde ainda o ano 1000, em vida indígena norte-americana (Yôga indígena) a vida indiana posterior, onde aprendi o Yôga indiano, e após o Yôga tibetano quando fui monge, China quando fui monge e aprendi diretamente do mestre e na vida atual desde 1994 aproximadamente, quando recomecei pelo Raja Yôga e após, Swásthya Yôga, Tai Chi Chuan e por fim a minha síntese como Tao Yôga com prática autodidata por mais de 1 década. E soma-se minhas vivências com as práticas e ciência parapsicológica onde desde criança me dedico a investigar e experimentar, no campo da Projeciologia, Conscienciologia, Parapsicologia, Psicologia, Física Quântica em minhas conversas diretas com meu amigo, físico e parapsicólogo Dr. Geraldo Sarti, e por fim e principalmente, os mais de 5 anos em autopesquisa imersiva, contínua, no LAC - Laboratório de Autopesquisa da Consciência e do Yôga, com meus amigos pesquisadores Guilherme Loureiro, Rodrigo Bastos, Vanessa Sandler e Rosamary Xavier. E foi nos experimentos retrocognitivos induzidos com método desenvolvido por nós, em retrocognição estruturada, com formação de campo e monitorado que pude lembrar das vidas acima e que puderam me fazer lembrar tanto de ensinamentos esquecidos como de práticas e técnicas que sabia mas tinha esquecido ao longo das vidas.

E é este Yôga Avançado que irei introduzir aqui, o que transcende completamente o corpo. E iniciar pela introdução a noção de Yi-Jin é fundamental para o entendimento da unicidade holocósmica o qual a ciência do Yôga se dedica levar o praticante, onde quer que se manifeste.

Antes de passar ao primeiro capítulo, essencial é considerar que o poder ou Jin para o Yôga é o poder sobre si mesmo na capacidade de unir Yi com Jin, ou a benevolência ao poder, tornando-nos livres de toda a violência e de todo o mal, de toda a perturbação, assentando o espírito num patamar de estabilidade interna chamada de Samadhi (daí Samadhiologia) e de conectividade holocósmica hiperlúcida (Hipersamadhi, Kaivalya).

A união de Yi ao Jin, do amor ao poder, da benevolência à potência, é o cerne do Yôga e do Samadhi. E não é qualquer poder, mas antes o poder sobre si mesmo e revela-se como um tipo de batalha ou luta que não se dedica a vencer um oponente externo, uma pessoa ou inimigo exterior, mas antes, um oponente interno, um inimigo interior, este que vive dentro de nós e que tenta desunir Yi de Jing e nos tende a violência contra si e contra os demais seres e realidades.

Assim, o Yôga Avançado é Nei-Jia, ou Escola Interna, dedicada ao desenvolvimento da arte de autodefesa interna, de luta interna, técnica, para que possamos vencer a si mesmo, ou vencer a força que separa Yi de Jin e unificá-la (união de Yin e Yang, Tai Ji, Tao).

Um outro aspecto polêmico é sobre o significado de Yi, que tanto sugere o de mutação como o de intenção benevolente, reta, amorosa, não-violenta (isenta de violência). No aspecto de Yi como mutação teremos de retornar ao Yi Ching, ou o tratado, compêndio, estudo ou ciência da mutação. No entanto, Yi no aspecto do Yi Ching, refere-se também à não-mutação. O princípio universal que rege o movimento de tudo, da existência e não-existência. Desta forma Yi como mutação-não-mutação se move a partir do Tao. E o retorno ao princípio dos princípios, na união pacífica e amorosa, benevolente, de Yin e Yang, é Yôga (do sânscrito, união, unir, atar). Os livros que retratam a obra de Da-Mo, o monge budista mahayana que também levou tanto o Budismo, o Vajramushti como o Yôga para a China, escreveu o ainda único tratato (Ching) sobre Yi Jin. As traduções parecem-me reducionistas ao referir-se Yi como mutação e Jin como músculos e tendões, sendo o tratado da mutação dos músculos e tendões. Porém, vamos aprofundar um pouco. Os tendões estão unidos pelas articulações e juntas e conectam os músculos aos ossos, viabilizando os movimentos. No entanto, os tendões são como cabos de força que conectam o sistema nervoso e outros sistemas para o movimento. E o sistema nervoso juntamente com o cardio-respiratório possibilitam a conexão da consciência (inteligência) ao corpo de forma geral. Assim, Jin é muito mais que tendões e músculos, sendo pois o princípio do movimento, a força que parte da consciência e percorrendo os sistemas trafega pelos tendões, músculos e ossos. Jin se move através do corpo, mas não é o corpo. Yi Jin portanto é a mutação de Jin, ou o movimento de conversão benevolente de Jin em movimento, não restringindo somente ao corpo, mas ao veículo da consciência de forma geral, incluindo a energia, meridianos, chacras, tantiens e aspectos mais abstratos, como sentimentos e parapercepções (sidhis).

Da-mo também escreveu outro tratado, chamado Xi Sui, ou o estudo da lavagem do cérebro ou medula óssea. Porém, na prática, o método é o da circulação microcósmica e inclui aspectos muito mais profundos e as traduções fisiologistas somente distorcem o significado original para tentar-se uma aceitação geral do público. No entanto, reservarei este ensaio para examinar a natureza de Yi Jin enquanto um dos fundamentos da Ciência do Yoga.

Em minhas investigações acerca da ciência da libertação definitiva (Yôga) temos que Yi corresponde a manifestação do princípio Yang e Jin a manifestação do princípio Yin. Yi penetra Jin. E Yi-Jin (unidos) formam os 4 movimentos primários, a saber:

1. Movimento externo. Movimento interno (yang-yang).
2. Repouso externo. Repouso externo (yin-yin).
3. Movimento externo. Repouso interno (yang-yin).
4. Movimento interno. Repouso externo (yang-yin).

As 4 configurações iniciais do Tai-Chi estabilizam-se formando as 8 configurações fundamentais, ou Pákua (baguá ou 8 movimentos):

1. Céu (Yang)
2. Terra (Yin)
3. Fogo (Yang)
4. Água (Yin)
5. Montanha (Yang)
6. Lago (Yin)
7. Trovão (Yang)
8. Vento (Yin)

As 8 configurações fundamentais da mutação geram as 64 configurações secundárias, perfazendo a matemática, ou enumeração quanto aos princípios irredutíveis do Cosmo.

Tao - Wu-Ji - Tai-Ji - Yin-Yang - 4 configurações primárias - 8 configurações fundamentais - 64 configurações secundárias.

E claro, do ponto de vista histórico, o Yi Ching é datado de 3.000 a.C, na época onde a acupuntura era realizada com pontas de pedra e coisas do gênero, na pré-história chinesa ou China indígena, associada ao xamanismo antigo. Enquanto que o clássico do Samkhya, chamado Samkhya Karika, foi ao que indica escrito no ano 600 d.C. Se o Yi Ching data de 3.000 a.C seus princípios eram conhecidos muito antes disso, o que se perde na história, do mesmo modo que o Tao Te Ching de Lao Tzu mesmo que tenha sido escrito 600 a.C, seus princípios são muito mais antigos que a obra.

A história mostra que o fundamento do Taoismo é mais antigo que do Samkhya, e portanto, a prática e ciência do Tao (Yôga) parecem mais antigas ainda que o Yôga indiano. Eu pessoalmente prefiro desassociar o Yôga da Índia, a ciência de si mesmo é encontrada no Taoismo da mesma forma e em épocas tão antigas quanto. E encontramos também o Yôga na américa central, no clâ Yaki, Maia, no xamanismo antigo, que chamavam de "passes mágicos". Algo em comum se move ocultamente e silenciosamente pelos povos e pela história: a ciência da dissolução definitiva do sofrimento e a libertação definitiva do espírito é uma ciência universal e suas raízes históricas transcendem a Terra e esta dimensão. O Yôga é praticado e desenvolvido universalmente e Shiva, o mítico "Deus da Transformação" é seu criador. Numa linguagem poética e bonita, Shiva é nosso mestre, é a Dança do Universo, é Tai Chi, é o Cosmo se movendo numa dança infinita e perfeita, e o Yôga é sua expressão. Numa linguagem científica, Shiva é Tai Chi, a unidade Yin e Yang em mutação.


I – Da Autoinvestigação ao Yôga (Samadhiologia)


1. O presente ensaio versa sobre temática da prática avançada do Yôga, ou o autodomínio e autoconhecimento do Yi e Jin, especialmente a emissão e conversão do Jin. E ao falar em Jin falamos em Yi, a intenção benevolente-amorosa livre, que atua aderida na conversão. Porém, antes de prosseguir irei rapidamente introduzir o que é autoinvestigação ou autopesquisa e a “ciência do Ôm”, o Yôga para, depois, explorarmos o conceito de Yi e Jin e a prática do Jin.

2. Como poderei conhecer o Universo se eu mesmo não sei ao certo quem eu sou, na medida em que o conhecimento depende do sujeito-consciência que sou e de minha relação com aquilo que almejo (intenção) conhecer? Quem realmente eu sou? O que realmente estou fazendo aqui neste planeta? Eu existia antes do nascimento? Antes de minha vida intrauterina? Eu realmente passei por vidas anteriores a esta? Eu posso estar completamente lúcido fora de meu corpo? Qual a natureza deste segundo corpo? E da consciência que sinto que sou? Eu posso lembrar de minhas vidas anteriores e lembrar de minhas mortes anteriores de forma que possa investigar o que ocorreu após as mortes de minhas vidas passadas? Porque sou como sou? Porque reajo da forma como reajo? É puramente genético? Hereditário? O congênito migra para o fato de que já existíamos antes de nascer e já nascemos alguém e não uma tábula rasa? Existe a sobrevivência após a morte? Eu realmente permaneço vivo após a morte? Qual a natureza da vida? Qual a natureza da dimensão pós-morte? Os espíritos povoam o universo? O Universo é habitado em suas várias dimensões? Qual a natureza da realidade? Qual a minha verdadeira natureza? Estarei eu preso a minha condição de ser eu mesmo, individual? Ou poderei ser o próprio Universo? Eu sou corpóreo ou estou corpóreo? A morte de meu corpo faz com que eu mesmo morra? Ou eu sou de uma natureza e meu corpo de outra, razão pela qual ele morre e eu não? E onde eu vivo quando eu morro? Numa dimensão específica do Cosmo? Como estas dimensões se conectam? A natureza da consciência é não-local? Então podemos nos manifestar aqui e lá no Universo? Existem então alienígenas ou existem consciências que se movem de um lado a outro no Cosmo? A consciência se manifesta somente em corpos humanos ou em qualquer forma? Estaria o Cosmo habitado universalmente em todas as dimensões e realidades? Como eu posso responder a todas estas perguntas fundamentais?

3. A resposta é simples: conhecendo a si mesmo. E para conhecer a si mesmo é necessário um movimento progressivo de autoinvestigação. E sendo toda investigação a busca da realidade autêntica, a autoinvestigação é o movimento de busca da realidade autêntica de si mesmo: o saber interno ou svadhyaya. E como expõe claramente o Yogasutra, a realização do Yôga se dá pela autoinvestigação. Mas que tipo de autoinvestigação? A que visa revelar a natureza autêntica do ser e do universo. E esta natureza se revela numa condição muito especial, chamada samadhi. E nesta condição o eu se revela como Brahman (a unidade; Tao).

4. É certo que entramos aqui num dilema epistemológico. O conhecimento existe pelo fato de existir um sujeito, e, todo sujeito parece ser antes de qualquer coisa, consciência, consciência de “algo”. E como o sujeito pode ser ao mesmo tempo sujeito e objeto de si mesmo? Este aparente paradoxo epistemológico se resolve pelo fato autoinvestigativo de que a natureza autêntica do si mesmo é sua pura condição de sujeito sem objeto, porém, para chegar a esta condição, o sujeito necessita passar por movimentos autoinvestigativos de modo que vá discernindo o si mesmo (eu real) do não-si-mesmo (objeto ou o não-eu).

5. O que ele acreditava ser, não é. Logo, o objeto se dissolve progressivamente e o sujeito se percebe de forma autêntica, ou pura. A natureza essencial do si mesmo é holocósmica ou,  o indivíduo se sente realmente indivíduo quando sente-se inteiramente fundido universalmente, perdendo as noções do “eu”. O paradoxo eu-holocosmo se observa no movimento de autopesquisa na medida em que vamos compreendendo nossa natureza abstrata como consciência não-local, além de toda a forma, espaço-tempo e dimensão.

6. A inconsciência diante de si é o problema inicial para o sujeito, diante da angústia de não saber quem é. Eu estou aqui, porém, sou um desconhecido de mim mesmo, não inteiramente, mas pouco conheço sobre minha verdadeira natureza. E isto é o problema fundamental da existência do ser. E não importa onde está o ser, ou sua localização. Pouco importa se eu estou aqui numa condição orgânica ou numa condição extrafísica ou inorgânica. Muitos seres inorgânicos mantém sua a cegueira que nutriam quando eram orgânicos.

7. E não saber quem somos (problema fundamental), na angústia de uma espécie de coma, condição de amnésia de si ou desconhecimento em si mesmo, nos gera a perturbação fundamental (sofrimento matriz) de nossa existência, pois agimos a partir de uma zona escura, inconsciente ou mesmo subconsciente (princípio do abismal), o qual nos move sem que tenhamos entendimento ou ciência clara da força que nos move. Agimos e reagimos a partir de um campo desconhecido de si, ficamos saudáveis ou adoecemos sem a noção do porquê.

8. Então, o problema fundamental gera a perturbação fundamental e assim temos que:

PrF => PeF ou,

Desconhecimento da natureza autêntica de si mesmo (DΦ) gera a Pertubação ou Sofrimento fundamental (SΨ), assim:

DΦ => SΨ e,

O SΨ se mostra como angústia, agonia, aflição, tristeza psíquica, raiva ou ódio (em suas diversas formas de manifestação) e dor orgânica (em suas diversas formas de manifestação como doença ou simplesmente dor).

9. A recíproca é verdadeira. O conhecimento da natureza autêntica de si mesmo gera a pacificação íntima ou serenização causal do espírito (samadhi) e a dissolução de todo o sofrimento. O samadhi é a condição de autopercepção da natureza autêntica de si mesmo.

10. O fato de nos movermos não é suficiente para que possamos compreender o porquê estamos aqui, agora, neste planeta, dentre incontáveis outros em incontáveis outras galáxias em um universo infinito e incognoscível.

11. A tomada de lucidez da ignorância quanto a nossa real natureza é o ponto de partida da autopesquisa parapsíquica, profunda, causal: o svadhyaya do Yôga. É nosso problema fundamental de investigação. A sua justificativa se dá pelos efeitos da ignorância em nossa vida e pelo sofrimento que a ignorância nos acarreta. Diante disso, o movimento de pesquisar a si mesmo na direção do conhecimento de si é ponto fundamental deste ensaio.

12. O conhecimento de Yi - Jin é fundamental para a vida. Localizar a benevolência e o poder interno e saber usá-los de forma correta é fundamental para nossas vidas. E sendo o poder interno pertencente ao campo abstrato da potência, necessitamos compreender o fenômeno da conversão do Jin. E isto tudo envolve autoinvestigação. A conversão se dá pela correta intenção. O centro de inteligência localiza Yi (benevolência pura livre) e a partir de Yi localiza Jin (potência pura livre). Unindo Yi Jin, passa a converter potência benevolente em ato. Porém este movimento exige autoinvestigação e conhecimento de si.

13. O conhecimento de si é gerado pelo movimento de autoinvestigação o qual é orientado a partir de pressupostos epistemológicos e mesmo ontológicos que dão a direção hipoteticamente correta para o saber interno. O saber interno é o medicamento definitivo para curar a ignorância. E viver de acordo com o saber interno é a solução para uma vida vazia e destituída de sentido. É a solução para o coma, para a perturbação interna. E por mais estranho que pareça, chegamos por nosso modo, ao mesmo postulado fundamental do Yôga tal como consta no Yogasutra: “Krya Yôga é Tapas, Swadhyaya e entrega ao Içvara”.

14. A autopesquisa parte do autocomprometimento (Yi). O comprometimento consigo mesmo no sentido de conhecer a si e dissolver a auto-ignorância e por consequência o sofrimento, que em resumo podemos tranquilamente chamar de comprometimento com o samadhi, é a terra pelo qual a autopesquisa permanente está plantada.

15. Este movimento de autopesquisa profunda ou parapsíquica envolve a deflagração das funções psi ou parapsíquicas o qual possibilitam ao autopesquisador o conhecimento real de si mesmo, além das restrições corporais desta dimensão e das limitações mentais e intelectuais.

16. A autopesquisa parapsíquica nos leva a autopesquisa holocósmica, na medida em que a natureza real do si mesmo ultrapassa as fronteiras rígidas do eu encapsulado pela ignorância.

17. A ignorância fundamental, a confusão quanto a nossa verdadeira natureza.

18. No caminho da autopesquisa existem alguns saberes necessários para que possamos nos dar o suporte para uma autopesquisa parapsíquica ou holocósmica, saberes estes limitados obviamente, porém podem nos servir como mapas do território interno e externo do Universo integral (Holocosmo). A autopesquisa é o eixo do Yôga e o profundo comprometimento consigo mesmo, o centro. Ambas as realidades são movidas por duas forças complementares, o Jin e Yi.

19. Yi – Jin pode ser considerado como o fundamento prático do Yôga. Da harmonia de Yi – Jin temos a unidade necessária para o samadhi. A liberação de Yi se dá principalmente pela reconciliação, por um lado, e por outro, pela emancipação da autenticidade.

20. O Jin é a potência interna livre. Yi é a intenção benévola livre e ao mesmo tempo a mutação, a alteração, a conversão. Yi-Jin formam a unidade fundamental prática do Yôga e portanto do movimento de autoinvestigação.

21. Yi-Jin ou a potência livre benevolente. Yi está relacionado com a polaridade Yin primária, e Jin com a polaridade Yang primária. Yi não pode estar em conflito com Jin e vice-versa. Quando Yi está forte mas Jin está fraco não existe ação, existe benevolência passiva, fraca em poder. Quando Yi está fraco e quando Jin está forte, existe violência em ato. Quando Yi está unido a Jin existe potência de ação benevolente.

22. Yi-Jin para ir à ação precisa passar pela conversão: conversão de Yi-Jin.

23. No Yôga avançado primeiro refina-se Yi. Yi é ahimsa, a não-violência ou a benevolência pura. E Jin é a potência livre, pura, direcionada pela intenção, seja ela qual for. Por isso Jin pode ser dirigido por intenção malévola. Mais vale excesso de Yi do que excesso de Jin. Excesso de Yi provoca benevolência sem ação. Excesso de Jin provoca ação violenta.

24. O Jin quando é orientação por um fraco Yi (Yi perturbado ou desamoroso) produz desastres de todas as ordens, nos níveis individual, social e cósmico. E quando Yi governa Jin então temos harmonia.

25. Yi está para a consciência enquanto Jin está para a energia. Refinar Yi é dissolver a violência interna a partir do amor. Yi é intenção amorosa, benévola, retidão benevolente.

26. Refinar Yi e localizar Jin. Unir um ao outro. É o primeiro movimento. Este ensaio versa sobre exatamente como fazer isso, apesar de sua dificuldade. Este método está dentro da grande sistemática da Ciência do Yôga.

27. O Yôga como já expus noutros ensaios, é a ciência universal, holodimensional, que visa dissolver o sofrimento ou perturbação íntima e assentar o espírito no Samadhi, ou o si mesmo real (eu real, anatta, atman, purusha), condição de consciência extásica, livre, amorosa, cósmica e universalmente conecta à existência como um todo. Este último estágio é chamado de Kaivalya. Na nomenclatura taoista, o Samadhi é o estado Tai Ji (suprema polaridade, além das dualidades Yin Yang), e Kaivalya, o retorno a Wu Ji (o não-dual, a não-existência). Na perspectiva mais científica e Parapsicológica, refere-se a dissolução progressiva do corpo-psi, psicossoma ou corpo astral (dissolução do desejo, emoção) até sua dissolução completa, ou a liberdade definitiva na condição não-local e holocósmica (holofusão). Neste aspecto ocorre o que já expus noutro ensaio sobre o paradoxo eu-holocosmo, onde a verdadeira natureza do eu se intensifica quanto mais o eu deixa de se perceber um eu (na nomenclatura Budista: anatta ou o não-eu) e o eu se revela para si mesmo em sua verdadeira natureza quando está no estado de holofusão (não-eu, ou o eu holocósmico).

28. O sofrimento é causado pela ignorância, e a ignorância se assenta no não-entendimento do princípio da mutação e não-mutação, da confusão do eu com o não-eu. Ao exigirmos que o que tem por natureza mudar permaneça o mesmo (imutável) geramos sofrimento atrás de sofrimento, na tentativa de nos agarrar ao inagarrável.

29. Assim, a perturbação fundamental está assentada no desejo. E de que desejo estou falando? No desejo de mudar; no desejo de mudar exatamente o que por natureza tem seu próprio ritmo de movimento e mudança (tempo correto). Do desejo de forçar o avanço do tempo correto da mudança, do desejo de ser o que se coloca diante de nós diferente do que se mostra. Do desejo de forçar, de intervir e alterar quando não é necessário. Do desejo de intervir quando não é necessário vem o sofrimento. Esta é a gênese básica de toda perturbação.

30. Porém nem todo sofrimento decorre do desejo, isto porque, o desejar não desejar é o tipo de desejo orientado do Yôga que faz com que calibremos o desejo para o desejo correto, ou, o tipo de desejo que não impacta a si e aos demais. O desejo correto pois é desejar o samadhi. E desejar o samadhi significa empreender o caminho de desejar não mais desejar, ou não desejar que mude (o desejo correto, desejar não intervir, agir pela não-ação, wu-wei).

31. Desde uma antiguidade que nos escapa a contagem do tempo, inteligências não-perturbadas foram auxiliando inteligências perturbadas a saírem de suas perturbações. O Yôga está fora do tempo, justamente porque o samadhi, a razão primária de ser do Yôga, residir fora do tempo. Este modo de ajuda, é o Yôga.

32. O Yôga é justamente a correção do discernimento diante do real. Corrigir o discernimento para que possamos compreender o sofrimento, a razão do sofrimento e como dissolver o sofrimento e viver no êxtase e orgasmos cósmicos e hiperconscientes permanentes, na serenidade causal do espírito. E diante do fato de que todo sofrimento é sofrimento (independentemente do tipo), então, o caminho para sua dissolução é um e o mesmo: Yôga. E não falo aqui das escolas indianas, chinesas, tibetanas, indígenas, ocidentais, mas antes disso, falo do Yôga como o caminho para Samadhi e Kaivalya, o caminho para a imortalidade ou hiperlucidez permanente e total. A vida infinita, livre da miséria emocional e desamparo psicológico, e repleta de vida, amor e transcendência.

33. Em suas diferentes escolas e métodos, Yôga é Yôga aqui ou noutras dimensões, pois engana-se aquele que acredita que o Yôga tem sua origem na história. Como disse, o Yôga tem sua origem no não-tempo, sempre existiu e sempre existirá enquanto houver sofrimento, perturbação, neste planeta ou noutros, nesta ou noutras dimensões do Holocosmo. É neste aspecto que se disse que o criador do Yôga é Shiva.

34. Diante disso e me ausentando dos postulados epistemológicos do Yôga, entraremos nos detalhes técnicos do Yôga adaptado a vida humana no planeta Terra, o que nos faz compreender que o Yôga em um planeta gasoso ou aquático se manifesta de um modo singular, como nos casos da condição extrafísica da consciência, porém, manifestando os mesmos princípios.

35. As evidências da prática do Yôga avançado mostram a coexistência dos aprendizados além desta dimensão, a partir da orientação de mestres mais avançados de Yôga, que já vivem mais permanentemente na condição do Samadhi. Esta orientação se dá de forma direta, indireta ou mesmo inspiradora, como mesmo já expôs em seus estudos sobre o fenômeno mediúnico, H. Revail e outros pesquisadores da área parapsicológica.

36. O Yôga avançado evidencia o mediunismo também avançado, na orientação para o samadhi e para fenômenos parapsíquicos de escala psi-ómicron, como o contato direto com os Yôgues alienígenas (“regeneradores”), que já uniram a evolução íntima com a evolução tecnológica e estão bastante adiantados em relação a condição humana geral e a este planeta.

37. O caminho do aprendizado no Yôga vai aprofundando de uma tal forma que os 8 movimentos ou métodos vão se refinando para um espectro cada vez mais amplo, cósmico e de uma benevolência universal, a grande família cósmica: Brahman, Tao.

38. Neste caminho observamos a deflagração de capacidades latentes de percepção e cognição, para além deste mundo e num retorno hiperlúcido ao holocosmo, nossa casa verdadeira, nossa única família, nosso lar comum, nossa realidade.

39. O Yôga nos leva ao que chamamos de Brahmam, Tao ou Deus, ou a unidade inteligente infinita que é tudo, permeia tudo e transcende tudo em seu holomovimento infinito e eterno.

Agradecimento aos 160.000 acessos!



Agradeço a você meus amigos e amigas leitores deste espaço pelos 160.000 acessos, onde tento contribuir com o autoconhecimento através de minhas modestas experiências, conhecimentos e reflexões, no campo científico, filosófico e puramente experimental.

A unidade do todo indivisível, fundido, é um fato para mim. A vida antes desta vida, a vida fora do corpo e a vida após a morte são fatos e não mais hipóteses. E a unidade universal, holocósmica, é fato para mim que é inteligente em sua natureza mais essencial: Brahman, Tao, Deus, Viracocha...

A unidade cósmica inteligente e transcendente, ou o holocosmo, a unidade fundamental da vida e da existência, que transcende nossa capacidade de entendimento, apresenta-se ao universo sensitivo por uma via extrassensorial, parapsíquica, como uma presença invisível não-local, por trás da harmonia e da beleza da natureza e do universo. A harmonia oculta a inteligência benevolente. E a beleza da natureza expõe a beleza do oculto que a gera. Eu vi isto na Cordilheira dos Andes em minha viagem pela Expedição Bons Ventos pela América: Viracocha, como chamavam os Incas.

Este espaço já completou 15 anos de existência e as ideias e experiências se moveram e se transformaram como tudo na existência e sua eterna lei de mutação, a impermanência. Porém, apesar de toda a mutação, de toda minha mudança, eu mesmo permaneço eu mesmo. Eu mudei, eu vivi, eu me movi, porém, eu sou eu mesmo apesar de ter mudado e continuar mudando.

E é para este centro que convido você a observar: que apesar de toda a nossa mudança, o si mesmo permanece o mesmo. Algo permanece o mesmo apesar de tanto modificar-se e refinar-se e transformar-se.

E este si mesmo imutável, que podemos dar o nome que quisermos (alma, consciência, espírito, self...) é o mesmo si mesmo que existia antes de nascer, projeta-se para fora do corpo e permanece vivo após a morte. O si mesmo, quem realmente somos, o que não muda dentro da mutação, não nasce e não morre. É não-local e puramente abstrato. Invisível e eterno, move-se através de, porém, não é o veículo que usa para se mover.

É em sua natureza essencial, o fundamento da existência. E paradoxalmente, é o não-existente que fundamenta o que existe. É o que habita os espaços vazios da matéria e não é a matéria. É o que habita os vazios do universo, mas não é o universo. Se move através de tudo, e não é o tudo propriamente dito, já que o tudo é o tudo que se move, o holomovimento universal.

E, por fim, o si mesmo que somos é um campo abstrato em holofusão, é o holocosmo em sua natureza indivisível, infinita e eterna. É Brahman.

Gratidão!

OM SHANTI