Fernando Salvino (M.Sc)
Um dia eu resolvi partir para uma viagem sem rumo, sem muita orientação, sem placas de sinalização, estradas de terra e esburacadas, matas fechadas, territórios obscuros e dos mais difíceis de me situar e me orientar. Porém ao longo dos tempos fui conseguindo me situar, me equilibrar e até que enfim dei início a esta jornada. E o território que pus a conhecer era eu mesmo.
Uma confusão de sinais e sintomas, insights e imagens, sensações, impressões, e determinados conhecimentos inatos, acabaram por ao mesmo tempo que atrapalhar minha vida auxiliaram-me a enfrentar-me para esclarecer todos estes fatos psíquicos que só eu mesmo e os mais chegados poderiam estar acessando e co-acessando. Explosões de humor, revolta e picos profundos de serenidade, alterações de estados de consciência, mediunismo e soma-se a isso viver uma vida humana e suas necessidades ilusórias, como dinheiro e comprar coisas.
De índio-norte americano a falso tulku tibetano, para cidadão comum chinês, aluno do mestre de yôga chinês provavelmente Chen, a vida extrafísica extraterrestre dentro de uma nave espacial onde ficávamos deitamos numa capsula e nos projetávamos em hipersamadhi para fora do corpo em consciência livre dissolvido no cosmos. Alemão judeu, médico militar norte-americano, esquimó....astrólogo na idade média... esquimó numa provável pré-história..
E qual é a charada cósmica? A universalização do espírito? Eu falo aqui por mim e não psicografo um espírito que relata suas vidas passadas. Aqui estou eu, encarnado, investigando-me profundamente, em vida, em carne e osso.
Passei por tudo nessa vida numa síntese comprimida de uma busca intensa para recordar os ensinamentos dos mestres. Onde está o mestre? Onde está a verdade? Qual é a verdade? Perguntei durante um bom tempo. Olhei muitos nos olhos e poucos encontrei. Fui enganado como todos, pela escola, pelas famílias, pelos professores, pela ciência, e pelas religiões. Uma sensação conhecida de desamparo, de solidão não raro angustiante e aflitiva de viver solitariamente dentro de uma sociedade o qual não me sentia pertencente. Olhei durante muito tempo as pessoas na rua, amigos, familiares e mesmo algumas raras inimizades que tive nesta vida e senti-me verdadeirmente estranho perante isso tudo. Que mundo é esse? Qual a origem desse estranhamento? E também para recordar quem realmente eu sou? Um estranhamento profundo sobre a realidade que me cerca, inadequação social aguda e saudade desmedida por aquilo que aos poucos fui acessando e compreendendo, além de toda e qualquer rotulação superficial psicopatológica.
Nesta vida, hoje tenho 40 anos de idade, cujo nome que me foi dado é Fernando Salvino, e filho de Paulo Salvino e Ilse Chagas, irmão de Caio Salvino e pai de Yasmin Silveira Salvino, onde passei por um casamento e duas uniões estáveis, e onde dedico-me integralmente a ajuda a esta mesma sociedade o qual estranhei desde criança, como psicoterapeuta e ensinando Yôga, e onde trabalho voluntariamente para o governo (Projeto Amanhecer - HU - UFSC) para ajudar gratuitamente a sociedade para que possam sair dessa doença social generalizada, e conseguirem se sentirem melhores consigo mesmo neste mundo.
E finalmente após uma vida realmente intensa internamente de uma investigação permanente e de um esforço descomunal de sair de minha condição de coma hoje posso dizer que o primeiro passo foi dado. Ao invés de esperar desencarnar para que eu pudesse sair da condição comatosa de esquecimento total de minha verdadeira natureza e caminho pregresso, desde minha infância algo dentro de mim nunca aceitou esta condição passivamente e nunca tive medo de enfrentar esse obscuro, esse abismo interior que escondia de mim mesmo as raízes do sentido de ser quem sou, comportar-me da forma como me comporto, gostos que tenho, preferências, inclinações, amores e desamores e anseios profundos de minha mais pura essência como alma imortal.
Esse caminho de recuperação de minha real identidade nublada por uma série de influenciações externas, como a quase impossibilidade de relacionamento integral com as pessoas em geral fazem com que viver de forma invisível seja o caminho natural daqueles que vão aos poucos despertando dentro de uma sociedade profundamente doente. A invisibilidade é o aspecto comum dos que estão despertos. Os que dormem na doença do desamor não vêem com clareza.
A doença humana é a doença da falta de amor. É uma profunda doença afetiva o qual corrói a alma e separa o espírito da grande família da Terra e do Universo. O amor é o caminho e o sentido, simples assim mas difícil de entender, disse a mim um espírito que não sei nem mesmo qual seu nome.
Eu sou quem? Eu sou amor. Essa resposta parece estranha e vaga. Mas é a mais objetiva e concreta que poderia dar. Eu sou o bem, eu sou tudo, eu sou a família universal, eu sou as plantas, eu sou o rio, eu sou o Sol, a Lua e as Estrelas... eu sou os cães, eu sou a chuva.. eu sou você, eu sou também eu mesmo... eu sou um vapor hiperconsciente livre de toda e qualquer violência e profundamente amoroso e num estado de um profundo êxtase pela maravilha da vida... eu sou o que fui, sou o que sou e sou o que serei... passado, presente e futuro dançam coladas a mesma dança...
Vidas e vidas e vidas e vidas se passaram. Mudam-se as roupas, a cultura... índio, yogue, mestre de tai chi chuan, tulku tibetano (na verdade falso tulku), médico militar e numa vida muito perturbada, espião russo... e o que compreendi é que tudo é necessário, tudo foi útil, a totalidade de tudo o que vivi valeu a pena ter vivido para eu ser quem sou hoje e ter aprendido o que aprendi e viver o que vivo hoje. O passado é irmão, é amigo. E o futuro meu irmão, meu amigo. No agora, tudo é necessário para o aprendizado de compreender que o universo inteiro é uma família.
O agora é um desafio de ser quem realmente eu sou, livre de todo e qualquer rótulo, de todo e qualquer certificado passado, de tudo que me rotulam, de todo e qualquer corpo físico melhor que tive, de toda e qualquer sociedade mais amorosa e evoluída que vivi, de todo e qualquer mestre que pude ter contato e que agora não tenho, de tudo que fui, passei e vivi, e que agora só me resta eu aqui, agora, lúcido, da simultaneidade do passado-presente-futuro, no que sou e no que me tornei, e no caminho a seguir.
Um dia num passado muito antigo, o chefe Urso me disse que eu iria parar de viver como índio e iria começar a viver com os doentes. Eu iria nas palavras dele, me tornar um Urso branco, um índio com pele branca, um guardião (Urso) do caminho. Isto significava que eu já sabia desde aqueles tempos que o universo é uma única família. Eu vivia aquilo, eu sentia aquilo, e viver e morrer eram tão fluidos e ininterruptos como o Tai Chi. E iniciou minha trajetória de viver várias e várias vidas reencarnadas em sociedades doentes cujo propósito era ajudar esse povo a ficar mais saudável e se curar. Pelos meus cálculos, isso foi nos anos 800 d.C numa tribo norte-americana, onde existem búfalos e ursos, rios e salmão. Essa memória se dialoga com o que vivi recentemente quando fui ao Cânyon da Fortaleza no RS-Brasil e lá um espírito índio me disse coisas sobre a vida e sobre o caminho, de forma que pudesse lembrar quem eu sou. A família, a vida e a Terra, o Universo e as vidas sucessivas. Após esta vida parece que fui para a Índia, e aprendi o Yôga indiano antigo. E depois fui raptado de minha família por monges tibetanos e rotulado tulku, por ter delírios de febre quando bebê e uma certa doença que meus pais não sabiam o que era. E nunca tinha sequer reencarnado como tibetano antes (o que comprova a falha dos métodos de identificação dos lamas). Assim fui treinado no Budismo tibetano ritualístico, e com a guerra fui para a China onde abandonei a vida insuportável do monastério e me casei e vivi como um cidadão comum. Apesar da sequencia cronológica ser um pouco imprecisa, fui treinado por um mestre Chen no Yoga chinês e nas artes marciais, em tempos de império. Mais recentemente, fui médico militar do Central State Hospital, na Nova Georgia EUA. Neste meio tempo, fui judeu e lá muito provavelmente tive os mesmos pais que tenho hoje. Muitas vidas morrendo cedo e reencarnando rápido. Em minha última vida, morri no Vietnã, era médico militar também, e reencarnei no mesmo ano, 1975, em São Paulo - Brasil. Sequencia de vidas muito perturbadas lidando com as piores doenças humanas. Nos intervalos entre as vidas uma hipertranscendência nutria profundamente minha alma e me possibilitou retornar a esta Terra para dar continuidade ao movimento de viver dentro da sociedade doente e ajudar na doença, ajudar na cura. Quando criança nesta vida as mesmas sensações me davam quando era tibetano, delírios estranhos em febre alta e eu tinha fenômenos parapsíquicos desde a idade mais remota, a começar por minha vida intra-uterina. O que me levou os pais a me levarem para centro de umbanda, o que me foi muito bom, pois os médicos eram muito retrógrados para compreenderem os fundamentos de meus delírios. A medicina é um atraso só. A situação foi ficando mais difícil decorrente do passar das vidas e meu despertamento e a expansão da doença para o planeta inteiro. A doença piorou desde antigamente e meus desafios de estar vivo e conservar minha lucidez aumentaram. As experiências nos intervalos se intensificaram e se tornaram mais e mais transcendentes, o que parece-me que possibilitaram a transcendência precoce na infância e pré-infância. Sinto que por isso fui treinado no método Chen, mais potente para lidar com a doença severa da violência moral, das agressões físicas e das entidades demoníacas, verdadeiras formas não-humanas de manifestação da maldade que interagem conosco e que podem reencarnar como humanos.
E diante de tudo isso é que finalmente vou me despertando do coma. E este é um coma diferente, não é um coma neurológico, fisiológico, mas um coma do espírito.
Eu estou aqui, acordado, consciente em muito do que houve em meu passado muito antigo numa sequência de vidas encarnadas e intervalos até chegar aqui, agora, eu sentado aqui, digitando este ensaio. E minha vida se moveu de uma forma que fui abandonando tudo o que fosse supérfluo e não necessário para que eu pudesse lembrar, acessar, quem eu realmente sou. E a lembrança do passado guarda o enigma de seu casamento com o presente e com o futuro, pois o acesso ao passado é uma modificação do presente e do futuro. O passado está agora acontecendo de alguma forma que pouco compreendemos. E quando eu acesso o que fui e dependendo do que eu acesso, algo é acessado agora, no presente. Então que a experiência de acessar a memória do coma gera influenciações profundas no presente. Acessar as experiências de intervalo de vidas humanas me pareceu ser as experiências de maior alteração e influência benigna de minha vida humana agora. Assim como acessar as vidas benignas que tive me geraram profundas alterações de sensações no agora que contribuem positivamente para que eu possa me curar cada vez mais e ajudar cada vez mais pessoas e a me manter ligado à grande família.
O fato de eu trabalhar como psicoterapeuta, com regressão de memória, com Yôga, com Tai Chi Chuan, dentro de um consultório, em minha casa na floresta, no rio, e em um Hospital público, coordenando um Laboratório de Autopesquisa, pesquisando Holocosmologia, e todas as ideias que tenho sobre as coisas e o modo como sempre quis viver e cada vez mais vivo é a síntese coerente de muitas vidas e aprendizados que além de ter nascido com isto, coloco em prática nesta vida.
É a prova científica definitiva de que as raizes da personalidade são pré-uterinas e se extendem ao infinito passado e se conectam ao presente e futuro; de que a alma é imortal e de que vivemos sim sucessivas vidas humanas na Terra e sucessivas vidas não-humanas nos intervalos entre as vidas. E é a prova científica para mim de que a humanidade quase inteira vive um estado de coma. E concluo isto baseado em meu despertar do meu coma.
Yôga, Tai Chi Chuan, Qi Gong do fio da seda, ensinamentos dos índios norte-americanos, como venho ultimamente falando e as retrocognições confirmaram, são o mesmo e único sistema, um só Yôga, um só movimento de união à grande família universal.
Tudo foi útil. Tudo é útil. Tudo será útil.
Cada membro da família tem seu espaço e precisa ser respeitado. Não intervir, não forçar. Fazer somente o necessário. Intervir somente o necessário. Fazer somente o necessário, sem forçar, sem pressionar, sem excessos. Isso é o Tao. A medida do necessário é dada pelo amor e pelo profundo entendimento de que o universo inteiro é uma família.
E pelo fato da quase absoluta humanidade não compreender isso, sofre da doença da família, da doença do espírito de desamparo universal.
A cosmoinclusão significa a cura da doença da humanidade e a inclusão à grande família universal.
É isto que significa hipersamadhi, kaivalya, união com Tao, Brahmam, amor universal.
Eu sou Brahmam, você é Brahmam, tudo é Brahmam.
A doença é uma. O caminho é um. O retorno é um. A família é uma.
Um dia eu resolvi partir para uma viagem sem rumo, sem muita orientação, sem placas de sinalização, estradas de terra e esburacadas, matas fechadas, territórios obscuros e dos mais difíceis de me situar e me orientar. Porém ao longo dos tempos fui conseguindo me situar, me equilibrar e até que enfim dei início a esta jornada. E o território que pus a conhecer era eu mesmo.
Uma confusão de sinais e sintomas, insights e imagens, sensações, impressões, e determinados conhecimentos inatos, acabaram por ao mesmo tempo que atrapalhar minha vida auxiliaram-me a enfrentar-me para esclarecer todos estes fatos psíquicos que só eu mesmo e os mais chegados poderiam estar acessando e co-acessando. Explosões de humor, revolta e picos profundos de serenidade, alterações de estados de consciência, mediunismo e soma-se a isso viver uma vida humana e suas necessidades ilusórias, como dinheiro e comprar coisas.
De índio-norte americano a falso tulku tibetano, para cidadão comum chinês, aluno do mestre de yôga chinês provavelmente Chen, a vida extrafísica extraterrestre dentro de uma nave espacial onde ficávamos deitamos numa capsula e nos projetávamos em hipersamadhi para fora do corpo em consciência livre dissolvido no cosmos. Alemão judeu, médico militar norte-americano, esquimó....astrólogo na idade média... esquimó numa provável pré-história..
E qual é a charada cósmica? A universalização do espírito? Eu falo aqui por mim e não psicografo um espírito que relata suas vidas passadas. Aqui estou eu, encarnado, investigando-me profundamente, em vida, em carne e osso.
Passei por tudo nessa vida numa síntese comprimida de uma busca intensa para recordar os ensinamentos dos mestres. Onde está o mestre? Onde está a verdade? Qual é a verdade? Perguntei durante um bom tempo. Olhei muitos nos olhos e poucos encontrei. Fui enganado como todos, pela escola, pelas famílias, pelos professores, pela ciência, e pelas religiões. Uma sensação conhecida de desamparo, de solidão não raro angustiante e aflitiva de viver solitariamente dentro de uma sociedade o qual não me sentia pertencente. Olhei durante muito tempo as pessoas na rua, amigos, familiares e mesmo algumas raras inimizades que tive nesta vida e senti-me verdadeirmente estranho perante isso tudo. Que mundo é esse? Qual a origem desse estranhamento? E também para recordar quem realmente eu sou? Um estranhamento profundo sobre a realidade que me cerca, inadequação social aguda e saudade desmedida por aquilo que aos poucos fui acessando e compreendendo, além de toda e qualquer rotulação superficial psicopatológica.
Nesta vida, hoje tenho 40 anos de idade, cujo nome que me foi dado é Fernando Salvino, e filho de Paulo Salvino e Ilse Chagas, irmão de Caio Salvino e pai de Yasmin Silveira Salvino, onde passei por um casamento e duas uniões estáveis, e onde dedico-me integralmente a ajuda a esta mesma sociedade o qual estranhei desde criança, como psicoterapeuta e ensinando Yôga, e onde trabalho voluntariamente para o governo (Projeto Amanhecer - HU - UFSC) para ajudar gratuitamente a sociedade para que possam sair dessa doença social generalizada, e conseguirem se sentirem melhores consigo mesmo neste mundo.
E finalmente após uma vida realmente intensa internamente de uma investigação permanente e de um esforço descomunal de sair de minha condição de coma hoje posso dizer que o primeiro passo foi dado. Ao invés de esperar desencarnar para que eu pudesse sair da condição comatosa de esquecimento total de minha verdadeira natureza e caminho pregresso, desde minha infância algo dentro de mim nunca aceitou esta condição passivamente e nunca tive medo de enfrentar esse obscuro, esse abismo interior que escondia de mim mesmo as raízes do sentido de ser quem sou, comportar-me da forma como me comporto, gostos que tenho, preferências, inclinações, amores e desamores e anseios profundos de minha mais pura essência como alma imortal.
Esse caminho de recuperação de minha real identidade nublada por uma série de influenciações externas, como a quase impossibilidade de relacionamento integral com as pessoas em geral fazem com que viver de forma invisível seja o caminho natural daqueles que vão aos poucos despertando dentro de uma sociedade profundamente doente. A invisibilidade é o aspecto comum dos que estão despertos. Os que dormem na doença do desamor não vêem com clareza.
A doença humana é a doença da falta de amor. É uma profunda doença afetiva o qual corrói a alma e separa o espírito da grande família da Terra e do Universo. O amor é o caminho e o sentido, simples assim mas difícil de entender, disse a mim um espírito que não sei nem mesmo qual seu nome.
Eu sou quem? Eu sou amor. Essa resposta parece estranha e vaga. Mas é a mais objetiva e concreta que poderia dar. Eu sou o bem, eu sou tudo, eu sou a família universal, eu sou as plantas, eu sou o rio, eu sou o Sol, a Lua e as Estrelas... eu sou os cães, eu sou a chuva.. eu sou você, eu sou também eu mesmo... eu sou um vapor hiperconsciente livre de toda e qualquer violência e profundamente amoroso e num estado de um profundo êxtase pela maravilha da vida... eu sou o que fui, sou o que sou e sou o que serei... passado, presente e futuro dançam coladas a mesma dança...
Vidas e vidas e vidas e vidas se passaram. Mudam-se as roupas, a cultura... índio, yogue, mestre de tai chi chuan, tulku tibetano (na verdade falso tulku), médico militar e numa vida muito perturbada, espião russo... e o que compreendi é que tudo é necessário, tudo foi útil, a totalidade de tudo o que vivi valeu a pena ter vivido para eu ser quem sou hoje e ter aprendido o que aprendi e viver o que vivo hoje. O passado é irmão, é amigo. E o futuro meu irmão, meu amigo. No agora, tudo é necessário para o aprendizado de compreender que o universo inteiro é uma família.
O agora é um desafio de ser quem realmente eu sou, livre de todo e qualquer rótulo, de todo e qualquer certificado passado, de tudo que me rotulam, de todo e qualquer corpo físico melhor que tive, de toda e qualquer sociedade mais amorosa e evoluída que vivi, de todo e qualquer mestre que pude ter contato e que agora não tenho, de tudo que fui, passei e vivi, e que agora só me resta eu aqui, agora, lúcido, da simultaneidade do passado-presente-futuro, no que sou e no que me tornei, e no caminho a seguir.
Um dia num passado muito antigo, o chefe Urso me disse que eu iria parar de viver como índio e iria começar a viver com os doentes. Eu iria nas palavras dele, me tornar um Urso branco, um índio com pele branca, um guardião (Urso) do caminho. Isto significava que eu já sabia desde aqueles tempos que o universo é uma única família. Eu vivia aquilo, eu sentia aquilo, e viver e morrer eram tão fluidos e ininterruptos como o Tai Chi. E iniciou minha trajetória de viver várias e várias vidas reencarnadas em sociedades doentes cujo propósito era ajudar esse povo a ficar mais saudável e se curar. Pelos meus cálculos, isso foi nos anos 800 d.C numa tribo norte-americana, onde existem búfalos e ursos, rios e salmão. Essa memória se dialoga com o que vivi recentemente quando fui ao Cânyon da Fortaleza no RS-Brasil e lá um espírito índio me disse coisas sobre a vida e sobre o caminho, de forma que pudesse lembrar quem eu sou. A família, a vida e a Terra, o Universo e as vidas sucessivas. Após esta vida parece que fui para a Índia, e aprendi o Yôga indiano antigo. E depois fui raptado de minha família por monges tibetanos e rotulado tulku, por ter delírios de febre quando bebê e uma certa doença que meus pais não sabiam o que era. E nunca tinha sequer reencarnado como tibetano antes (o que comprova a falha dos métodos de identificação dos lamas). Assim fui treinado no Budismo tibetano ritualístico, e com a guerra fui para a China onde abandonei a vida insuportável do monastério e me casei e vivi como um cidadão comum. Apesar da sequencia cronológica ser um pouco imprecisa, fui treinado por um mestre Chen no Yoga chinês e nas artes marciais, em tempos de império. Mais recentemente, fui médico militar do Central State Hospital, na Nova Georgia EUA. Neste meio tempo, fui judeu e lá muito provavelmente tive os mesmos pais que tenho hoje. Muitas vidas morrendo cedo e reencarnando rápido. Em minha última vida, morri no Vietnã, era médico militar também, e reencarnei no mesmo ano, 1975, em São Paulo - Brasil. Sequencia de vidas muito perturbadas lidando com as piores doenças humanas. Nos intervalos entre as vidas uma hipertranscendência nutria profundamente minha alma e me possibilitou retornar a esta Terra para dar continuidade ao movimento de viver dentro da sociedade doente e ajudar na doença, ajudar na cura. Quando criança nesta vida as mesmas sensações me davam quando era tibetano, delírios estranhos em febre alta e eu tinha fenômenos parapsíquicos desde a idade mais remota, a começar por minha vida intra-uterina. O que me levou os pais a me levarem para centro de umbanda, o que me foi muito bom, pois os médicos eram muito retrógrados para compreenderem os fundamentos de meus delírios. A medicina é um atraso só. A situação foi ficando mais difícil decorrente do passar das vidas e meu despertamento e a expansão da doença para o planeta inteiro. A doença piorou desde antigamente e meus desafios de estar vivo e conservar minha lucidez aumentaram. As experiências nos intervalos se intensificaram e se tornaram mais e mais transcendentes, o que parece-me que possibilitaram a transcendência precoce na infância e pré-infância. Sinto que por isso fui treinado no método Chen, mais potente para lidar com a doença severa da violência moral, das agressões físicas e das entidades demoníacas, verdadeiras formas não-humanas de manifestação da maldade que interagem conosco e que podem reencarnar como humanos.
E diante de tudo isso é que finalmente vou me despertando do coma. E este é um coma diferente, não é um coma neurológico, fisiológico, mas um coma do espírito.
Eu estou aqui, acordado, consciente em muito do que houve em meu passado muito antigo numa sequência de vidas encarnadas e intervalos até chegar aqui, agora, eu sentado aqui, digitando este ensaio. E minha vida se moveu de uma forma que fui abandonando tudo o que fosse supérfluo e não necessário para que eu pudesse lembrar, acessar, quem eu realmente sou. E a lembrança do passado guarda o enigma de seu casamento com o presente e com o futuro, pois o acesso ao passado é uma modificação do presente e do futuro. O passado está agora acontecendo de alguma forma que pouco compreendemos. E quando eu acesso o que fui e dependendo do que eu acesso, algo é acessado agora, no presente. Então que a experiência de acessar a memória do coma gera influenciações profundas no presente. Acessar as experiências de intervalo de vidas humanas me pareceu ser as experiências de maior alteração e influência benigna de minha vida humana agora. Assim como acessar as vidas benignas que tive me geraram profundas alterações de sensações no agora que contribuem positivamente para que eu possa me curar cada vez mais e ajudar cada vez mais pessoas e a me manter ligado à grande família.
O fato de eu trabalhar como psicoterapeuta, com regressão de memória, com Yôga, com Tai Chi Chuan, dentro de um consultório, em minha casa na floresta, no rio, e em um Hospital público, coordenando um Laboratório de Autopesquisa, pesquisando Holocosmologia, e todas as ideias que tenho sobre as coisas e o modo como sempre quis viver e cada vez mais vivo é a síntese coerente de muitas vidas e aprendizados que além de ter nascido com isto, coloco em prática nesta vida.
É a prova científica definitiva de que as raizes da personalidade são pré-uterinas e se extendem ao infinito passado e se conectam ao presente e futuro; de que a alma é imortal e de que vivemos sim sucessivas vidas humanas na Terra e sucessivas vidas não-humanas nos intervalos entre as vidas. E é a prova científica para mim de que a humanidade quase inteira vive um estado de coma. E concluo isto baseado em meu despertar do meu coma.
Yôga, Tai Chi Chuan, Qi Gong do fio da seda, ensinamentos dos índios norte-americanos, como venho ultimamente falando e as retrocognições confirmaram, são o mesmo e único sistema, um só Yôga, um só movimento de união à grande família universal.
Tudo foi útil. Tudo é útil. Tudo será útil.
Cada membro da família tem seu espaço e precisa ser respeitado. Não intervir, não forçar. Fazer somente o necessário. Intervir somente o necessário. Fazer somente o necessário, sem forçar, sem pressionar, sem excessos. Isso é o Tao. A medida do necessário é dada pelo amor e pelo profundo entendimento de que o universo inteiro é uma família.
E pelo fato da quase absoluta humanidade não compreender isso, sofre da doença da família, da doença do espírito de desamparo universal.
A cosmoinclusão significa a cura da doença da humanidade e a inclusão à grande família universal.
É isto que significa hipersamadhi, kaivalya, união com Tao, Brahmam, amor universal.
Eu sou Brahmam, você é Brahmam, tudo é Brahmam.
A doença é uma. O caminho é um. O retorno é um. A família é uma.