22.2.11

A Ciência do Perdão-Reconciliação, Psicoterapia da Autenticidade e Meditação

Por Dr. Fernando Salvino
Parapsicólogo Clínico e Psicoterapeuta

No universo quase secreto de meu consultório, onde estou semanalmente em contato com muitos pacientes, uma evidência se apresenta para mim: o nosso maior bloqueio, centro de todo distúrbio, está naquilo que chamamos de "alma" (núcleo egóico do Ser). Pela psicodinâmica do campo de energia humana, a alma se localiza na região do chacra do coração: o centro onde pulsam as emoções e sentimentos, tantos os de ódio, mágoa, como os de amor, fraternismo e benevolência. A alma é o Ego. A alma não é o Eu Real. Vivo a cada semana a oportunidade de ter encontros reais com pessoas, transcendendo as aparências e adentrando no universo da intimidade: daquilo que poucos ou ninguem mostra no dia a dia, seus mundos calados, seus universos silenciosos, medos e mesmo potenciais e qualidades virtuosas.

A grande maioria dos pacientes, e admito não lembrar de um único, apresentam fortes bloqueios no chacra emocional, localizado na região do coração. Ou seja, a raiz da psicopatologia está na existência do Ego. E podemos tradudiz Ego por aquilo que Sidartha Gautama, o "Buda" chamou de Maya (Ilusões). É neste centro que escuto ser o local da angústia, da prisão de sentimentos, da tristeza, da mágoa, ressentimento e assim por diante. E como toda angústia é algústia de alguma coisa; e como toda mágoa, ressentimento é de alguma coisa ou mais precisamente falando, de alguem, estamos aqui na dimensão dos relacionamentos. O bloqueio emocional está ligado diretamente a uma patologia dos cordões de energia emocional-sentimental que, se romperam ou se deterioraram em relacionamentos íntimos anteriores. Traições e muitos outros fatos levaram a grande maioria de meus pacientes a bloquear seu núcleo emocional. Eu mesmo estou livre deste bloqueio? Não. Todos nós carregamos processos emocionais que estão sendo a tempo integral, metabolizados, digeridos pelo chacra emocional, cardíaco. Quando inicio o trabalho de autenticidade, ou seja, de ajudar os pacientes a serem realmente quem são, inevitavelmente lhes ajudo a entrar em contato com seus sentimentos, visto que seus pensamentos estão distorcidos através de crenças que refletem o distúrbio associado ao bloqueio do chacra. Para isto uso técnicas que resumo em "explorações das paredes psíquicas", que são imagens quase arquetípicas onde o conflito é representado psicodinamicamente no palco imaginário, o qual tem por função esconder ou proteger a dor e as humilhações associadas às agressões recebidas no passado, em alguma ou algumas relações que teve. Ao explorar as imagens mentais do bloqueio, inevitavelmente, o paciente se defronta com situações onde acaba liberando pela catarse conteúdos reprimidos e mesmo, em alguns casos, acessando as vivências diretas de vidas passadas, fontes dos traumas.

Seja nesta ou em vidas anteriores, a evidência aponta que: o perdão-reconciliação contínuo é a porta para a liberdade mental, emocional, energética e existencial.

Não falo aqui do perdão religioso, o qual a pessoa pede a Deus o perdão de seus pecados. O perdão que trago aqui, como necessidade em termos de saúde mental e espiritual, é o perdão que liberta nosso próprio ser do sofrimento passado que ainda permanecemos ligados, pelo ressentimento, o ódio, a amargura, a raiva e o desejo de vingança. É necessidade de evolução e libertação íntima do sofrimento em direção da felicidade. O perdão é a libertação da alma de todo desejo de vingança e represália, através de atos contínuos de compreensão, mudança de percepção, mudança de valores pessoais, abrir mão do "Ego", da vaidade, da auto-importância e assim por diante. O perdão é uma reciclagem interna, profunda, que ocorre como uma cicatrização da ferida emocional que fora procovada por uma ou outras pessoas, num dado momento de nosso passado. O perdão é a escolha consciente pelo caminho do amor a si e aos nossos irmãos de evolução e, repito, nada disso tem a ver com religião: a psicoterapia, a clínica, o consultório vem trazendo esta ciência experimental e esta necessidade urgente.

Os relacionamentos terminam, novos são criados, e mágoas vão sendo levadas de um para outro relacionamento. Medos de entrega, repressões sexuais e afetivas vão sendo alimentadas e, a cada novo relacionamento, novas mágoas, ressentimentos vão sendo armazenados na região cardíaca, comprimindo as energias do chacra, aumentando o peso energético da região, trazendo angústia e sensações muitas vezes físicas de queimação, ardência, formigamentos, etc, sempre desagradáveis, dolorosas. Ou seja: a atitude de não perdoar só nos mantém na dor. Criamos a dor ao mantermos os ressentimentos e o orgulho. O orgulho é o nosso inimigo maior: ele mantem o Ego erguido diante da necessidade de não perdoar e, assim, nutre o ressentimento e o ódio. É um círculo vicioso: o agressor comete o dano, agride, ofende e gera a mágoa no outro. A pessoa magoada não aceita o que lhe fez e, com isto, não libera o perdão, com o medo de que se liberar o perdão estará acatando aquilo que lhe fizeram. E, esta escolha faz com que a pessoa opte por permanecer ligada a fonte da dor, a memória, as significações, os sentidos associados ao ato agressor e, com isto, decide por permanecer agredindo a si mesma. Na essência, a agressão gera no agredido a sensação da culpa, da humilhação e o ódio de si mesmo. E toda agressão, é auto-agressão.

Faça uma pausa: feche os olhos, respire lentamente, profundamente, 3 vezes. Prossiga a leitura.
Todo perdão é auto-perdão, é perdoar a si mesmo. É aceitar a si mesmo. Aliás, não existe mudança que não começe pela aceitação de quem somos agora. A auto-aceitação gera em nós a liberdade de podermos mudar. E para que possamos nos autoaceitar como somos agora, temos que revisar nosso passado e seja lá o que fizemos, nos perdoar: auto-reconciliação. Não significa "passar a mão em nossas proprias cabeças". Significa, olhar para trás, aceitar, e deixar o passado para trás: libertar-se. Assim, podemos fazer de nosso presente algo diferente, melhor e de nosso futuro algo melhor ainda.

Todo perdão exige uma reconciliação: o fazer as pazes, seja com outra pessoa, seja conosco mesmos. A reconciliação é o voltar a sermos amigos de nós mesmos, antes de tudo. É a atitude de autenticidade mais franca, honesta e sincera, onde olhamos para nós proprios com o máximo de franqueza, no entanto, sem nos criticarmos, livres da atitude autodestrutiva de sermos autoimperdoadores. O perdão que concedemos de forma responsável a nós mesmos liberta: liberta-nos da prisão que criamos em volta de nossos ressentimentos, traumas e mágoas do passado. Liberta-nos do Ego que nutrimos: nosso eu falso, nosso eu distorcido, a auto-imagem, o auto-conceito, o narcisismo doente.

Os resultados do não-perdão, de si e dos outros, está evidenciado clinicamente também. Certa vez, em regressão, uma paciente em estado de grave perturbação emocional, em transe, apresenta os sintomas mediúnicos de uma personalidade intrusa, extrafísica, que a acompanhava desde uma vida antiga na África. Naquela oportunidade, as tribos vencedoras faziam orgias canibais com as tribos perdedoras. Ela, naquela vida, teria literalmente comido a vítima que naquele momento, estava lhe perseguindo e até certo ponto lhe torturando ainda. A consciência extrafísica, perturbada pela violência daquela vida (vingança, ressentimento, mágoa, ódio) assumiu pela psicofonia (mediúnica) da paciente e falava comigo. Eu tentava fazer a reconciliação entre ambas, enviando-lhe energias fraternas de paz e aceitação, livre de preconceitos e julgamentos de sua atitude de perseguição. O ódio pulsava em seus olhos. Mas tratei-a como um doente, e certamente, estava em grave estado parapsicose, apresentando uma parapsicopatia. Afinal, por um lado, sua atitude tinha base histórica, se justificava historicamente pelo que teria passado na mãos da paciente, noutra vida. A reconciliação foi realizada, a consciência ficou mais pacífica, expliquei a ela que estava presa neste processo há mais de 1.000 anos e assim por diante. Conversamos, enviei mais energia de paz, e ela em dado momento, se desprendeu da paciente e foi levada para tratamento extrafísico, nos hospitais astrais. Os amparadores, que são consciências de maior benevolência e equilíbrio mental e emocional, acabaram por resgatar o doente extrafísico acometido pela chaga da vingança. E a grande maioria dos assédios de natureza extrafísica, quando mais densos e patológicos, estão carregados da incapacidade de amar, perdoar e transcendermos nossos egos de nossa autoimportância, que atravessa as várias e várias vidas. Vamos expandir um pouco: a grande massa dos conflitos planetários estão enraizados na existência do Ego e, diante disso, o Ego busca defender-se de ameaças: ofendendo, atacando ou não perdoando e se reconciliando com aqueles que nos fizeram o ato danoso. E mais longe ainda, religiões matando-se entre si, lutando pela defesa de dogmas e verdades que nunca serão definitivas. Ciências brigam por paradigmas que nunca serão definitivos e completos. Nada existe de ponta, nada existe de mais avançado: na essência estes conceitos todos são produtos do Ego que, alimentando-se da vaidade e da necessidade da prepotência, arrogância e poder, subjuga outros enquanto que se vinga daqueles que o subjugaram. É um ciclo psicosociopatológico que acompanha a humanidade a milênios, vida após vida.

Não importa o que fizemos em vidas passadas, importa quem somos agora. Importa o que pensamos e sentimos agora, importa nossos atos agora. O passado somente importa para abrirmos as portas para o perdão e a autoaceitação e assim, nos libertamos do mesmo passado, em troca do presente e do futuro: os locais da felicidade. A terapia de vidas passadas, ou como chamo tecnicamente de retrocognoterapia ou retrocognição clínica, ajuda o paciente a compreender-se, auto-transcender, aceitar-se, perdoar-se, perdoar os que têm conflitos na vida, hoje, familiares, etc. A tarefa básica da regressão é proporcionar as experiências de reconciliação consigo mesmo, expandindo nosso universalismo e nossa capacidade de amar e aceitar os outros seres, outras raças, etnias, pois nós mesmos já passamos por muitos países e até outros planetas. Mas pode também, nutrir o Ego, que busca no passado a personalidade famosa que foi, o Rei ou Rainha. Nada há de mais decepcionante para o Ego, lembrar que foi abusado sexualmente no passado, quando era um garoto que fora adotado por uma família, cuja empregada cometia os abusos sexuais. Mas para o Eu Real, é rica esta lembrança, pois expande o autoconhecimento e engrandece as respostas para comportamentos e posturas atuais até então não compreendidas: geram aceitação e abre o espaço para a mudança. Da mesma forma as grandes experiências parapsíquicas: ou aumentam o Ego de volume ou ajudam o Ego a evaporar gradualmente, pelos contatos com o Eu Real. A escolha é nossa.

Se pudesse resumir o que é a psicoterapia, poderia dizer que é o espaço onde existe um encontro de duas pessoas reais, autênticas, o mais livres de máscaras, fachadas e estratégias de burlar o contato com o Eu Real que somos. Esta é a função social da psicoterapia, seja ela de que linha for, a de formar cidadãos autênticos, honestos consigo mesmos e verdadeiros consigo mesmos. Acredito que, quanto mais autênticos e verdadeiros pudermos ser com nosso Eu Real (dissolvendo gradualmente o Ego), assim estaremos semeando a futura sociedade ancorada na autenticidade. É como a profecia da Anarquia: a sociedade formada por sujeitos que se autogovernam, inexistindo o Estado e, portanto, a violência e a vingança instituída e legitimada. E a mudança interna se expressa pela maior amorosidade, expansão de percepção, consciência e autorealização. Uma sociedade assim é formada por cidadãos livres, internamente livres.

É o momento de ultrapassarmos as fronteiras da religião e da ciência, e trazermos o perdão e a reconciliação como aspectos centrais de todo processo de evolução pessoal. Posso até dizer que a missão de todos nós está na reconciliação conosco mesmos e com tudo e todos, a família, sociedade, culturas, etnias, raças, preferências sexuais, tabus, planeta e universo. É o aprendizado do amor real, puro. É o processo de tornar-mo-nos novamente cidadãos do cosmo, do universo. É a reconciliação total, com o Holos; é a cosmoterapia, holoterapia e a religião verdadeira: o voltarmos a nos sentirmos conectados ao Universo como um todo em clima interior de paz, fraternidade e amizade.

Venho colhendo experiências maravilhosas neste caminho, quando uma paz que surge de meu interior, uma alegria serena, um estado mental sereno e lúcido de vez enquando enobrece meu espírito e inunda minha consciência de sentido. Admito que este estado mental de serenidade e paz de espírito não é assim tão fácil de se conseguir, mas somente o conseguimos se começamos a dar passos de perdão e reconciliação sinceras em nossa caminhada. Começo a compreender finalmente, pela experiência, a essência daquilo que no Oriente é chamado de estado meditativo ou meditação, como o estado mental de alerta pacífico, sereno, sem esforço, e não concentrado. Uma alegria sem razão. Uma serenidade sem motivo.

O resultado do perdão-reconciliação é o estado meditativo, porque a cada perdão-reconciliação, partículas de Ego são evaporadas até que todo o Ego se dilua naturalmente no espaço cósmico. É isto que podemos chamar de moksha, ou estado de consciex livre, espírito puro, libertação de samsara, ou o do ciclo das reencarnações. Pressuponho que o dia em que estivermos em paz profunda consigo mesmo e com o universo, com a vida e com a essência divina que gerou-gera Tudo, viveremos permanentemente lúcidos, serenos, em contínuo estado meditativo, livres de Ego e, portanto, da necessidade de renascer, reencarnar. Não seremos afetados por nada, porque nestas alturas nem existirá ego e portanto perdão e reconciliação, pois estes últimos são parentes do Ego e não do Eu Real. O Eu Real não se sente ofendido. Para o Eu Real não existe patologia, assédio, obsessão e todos estes estados psicopatológicos, porque toda psicopatologia está associada intimamente aos desafios do espírito em evaporar gradativamente a parte que chamamos de Ego (Eu Irreal). Esta libertação é a própria evolução e o motivo de todos estarmos aqui, neste momento, reencarnados e mesmo desencarnados: o aprendizado de amar.

Qual a sua opinião diante de tudo que escrevi? Que resultados você colheu até o momento não perdoando a si e aos outros? Que resultados teria a sua vida caso começasse a se reconciliar-perdoar consigo e com aqueles que possui algum conflito? Vale a pena começar?

17.2.11

Sobre o Perdão, Fraternismo, Benevolência e outras questões práticas

Por Dr. Fernando Salvino
Parapsicólogo Clínico e Psicoterapeuta


Pergunta: Praticar o perdão sincero compreendi, mas poderia comentar mais sobre isso quanto à dinâmica social?
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O perdão sincero ocorre quando eu consigo compreender e alcançar a profundidade do outro de um ponto de vista do outro e não do meu e, com isto, cicatrizar minhas feridas emocionais que sempre estão ancoradas tanto em fatos como nas fantasias associadas a estes. Fantasias estas que são as distorções criadas pela minha mente de forma a me convencer de que tenho a razão e a outra pessoa é culpada pelo erro abomivável que cometeu, e merece ser julgada, criticada ou culpada, sofrendo penalidades.

Esta dificuldade está associada, ao meu ver, a múltiplos fatores, mas posso resumir na seguinte palavra: egoísmo. O egoísmo é a expressão mais direta da auto-importância. Nos julgamos importantes a ponto de acreditar, fantasiar, que aquilo que o outro nos faz e que julgamos errado, feio e pecaminoso, é dirigido para nós; ou seja, é algo pessoal. O ponto de vista que trago aqui é diferente: em geeral, não somos importantes coisa nenhuma para os outros. Para os outros, quem é importante é o si mesmo e resumo na seguinte frase: "eu sou importante". A auto-importância  não é a auto-estima ou o amor próprio. A auto-importância é a crença da superioridade aos demais e que fortalece o significado que os atos dos outros tem perante nós. Assim, quanto mais importante creio que sou, quanto maior é meu narcisismo, maior será o ressentimento, a raiva, o rancor, o ódio da pessoa que cometeu um ato que eu mesmo julguei abusivo. Detalhe: o significado de abusivo está relacionado diretamente com o nível de auto-importância que alimento. Por outro lado, se alimento uma percepção franca, honesta e sincera de mim mesmo, continuamente, com os pés no chão da realidade de mim mesmo, tal atitude age como vacina contra as emoções tóxicas. E, as emoções tóximas intoxicam a quem? A quem cometeu um dano contra mim? Em termos. Até intoxica devido ao fato de que as ondas mentais e emocionais se propagam no espaço como a energia que atinge a outra pessoa, que acaba sentindo a pressão do conflito instalando em meu interior. Mas, em termos mais precisos, o único maior prejudicada pelas toxinas emocionais sou eu mesmo, porque é dentro de mim que tais emoções negativas pulsam e corroem meu interior, afastando-me de meu núcleo. A auto-importância então é a fachada, a máscara da crença da auto-desvalorização: aqui eu creio que no fundo não valho nada ou muito pouco. a dificuldade do perdão está justamente na crença de que não valho nada ou não merceço valor. Para resolvermos definitivamente tal dilema de profundo sofrimento, da alta psicopatologia que se manifesta de múltiplas formas em muitos distúrbios, precisamos criar o sentimento sincero de que merecemos e que somos dignos de estima e valorização. Assim, passamos a olhar gradualmente os agressores como pessoas que alimentam dentro de si mesmas potentes sentimentos de auto-desvalorização. O perdão é mais que o libertar o outro, é antes de tudo, auto-libertação de toda toxina emocional derivada do ódio e da raiva que alimentamos perante outros que julgamos que nos fizeram o mal. É necessário aqui revermos nossas crenças e experiências de vida a fundo. Pode ser pela psicoterapia, pode ser sozinho. De qualquer forma, uma mudança de percepção é necessária para que o sentido do perdão seja compreendido mais em sua essência. O perdão além de perdoar o outro, agressor, liberta a si mesmo, como auto-perdão. Aos poucos temos que gradualmente perdoar a nós mesmos por erros cometidos no passado, por imaturidade e ignorância, ou mesmo por má intenção que tivemos. E dar passos adiante no caminho da maturidade mais integral e lúcida.

O impacto disso tudo em nível social e parassocial (extrafísico) pode ser percebido nas guerras, genocícios, lutas entre doutrinas, religiões, pensamentos, filosofias, linhas de ciência, na família e num nível mais micro, no casal e na relação com os filhos, na escola, e assim por diante. Manifesta-se na dificuldade com o diferente, com aquilo que é diferente de nós mesmos. É fácil não ter conflito num grupo de iguais, mas num grupo de diferentes, a coisa complica. O ecumenismo está aqui para tentar transcender as forças que separam os diferentes, na busca do comum. São manifestações da agressividade, juntamente com a ganância, a sede de poder e humilhações de nações, escravidão e subjugação de um povo inteiro a um sistema de castração da sexualidade madura e digna e assim por diante.

Por outro lado, cabe-nos sublimar, transcender todas as forças que modelam nosso núcleo que tentam nos direcionar para a agressividade, sempre danosa. Cabe-nos trabalhamos nosso interior para termos atitude fraterna e não-agressiva, porém, o mais lúcida e o menos inoscente. Os danos da inoscência também são nefastos, vide aquela pessoa humilde da roça que acredita nas palavras bonitas e sedutoras do político de que o mesmo irá ajudar as pessoas e acaba votando nele. Após, o político desvia milhares de reais das contas públicas e não aplica o que prometeu. O cidadão de bem fica revoltado, naturalmente, com tal ato.
Cabe ao Estado, nas mãos de pessoas de bem, mais lúcidas, proteger, amparar a sociedade num sentido de aplicar corretamente o Direito diante destes casos de corrupção, por exemplo. Um dos maiores problemas sociais hoje é a corrupção: ela corrói todo o sistema, abre margens para o intrusão dos estados paralelos no governo e a contaminação do Estado, tornando-o doente. Na raíz, está a auto-agressão: os corruptos plantam as sementes de sua própria desgraça ao realizarem tais atos, diante do impacto que geram nas pessoas de bem, pagadores de tributos.

Cabe-nos ampliar a compreensão sociológica e mesmo a psicológica, parapsicológica em níveis mais profundos, pelo autoconhecimento e pelo interesse no humano, para que possamos estar aqui no mundo, sem rancor, sem arrependimento, sem vontade de fugir daqui e, por fim, literalmente encarnarmos e aceitarmos o fato de estarmos aqui, num mundo ambínguo e plural, diverso e complexo, e que foge ao nosso entendimento completo e definitivo, por mais que nos esforçemos para tal. E lidar com esta falta, este "nada", esta "impotência" em saber tudo, em conhecer tudo, parece-me que é a porta da liberdade e do estarmos vivendo na realidade mais próximo de como ela é.

De um ponto de vista prático, vale compreender o nível de egoísmo que estamos. Vale começar, como já coloquei, a realizar algum tipo de serviço voluntário, humanitário, com vistas a cicatrizar as feridas do egoísmo e a abrir o espaço para a fraternidade, expandindo as energias afetivas e unindo-as às energias mentais e mesmo as sexuais, equilibrando o campo de energia (aura). Necessário praticar continuamente o perdão para filtrar a agressividade e abrir os canais do afeto sincero por si mesmo e pelos outros.



Se você não sabe o que faz no mundo, não importa: começa a ajudar as pessoas. Tente fazer o movimento de sair de seus próprios problemas. Muitas pessoas têm muito mais problema que você e você pode ajudá-las. Pode ser um pouco, mas você pode. Certamente se conseguir fazer um movimento como este, começará a sentir-se mais feliz. A vida, por um lado é complexíssima de compreendermos, mas por outro é simples.

15.2.11

Diálogo Franco e Reconciliação Contínua: a chave para a Saúde Afetivo-Sexual do Casal

Por Dr. Fernando Salvino
Parapsicólogo, Psicoterapeuta

Como estar inteiro(a) em corpo e alma na relação sexual e alcançar um nível de alta satisfação no sexo, com orgamos intensos em ambos parceiros se existe alguma "coisa" que situa-se entre o casal? Vou ser mais direto ainda.

Parece-me impossível que um casal alcance a saciedade afetivo-sexual profunda, com saciedade bioenergética, corporal e emocional conjunta, caso exista algum conflito (ou problema) entre ambos. Este conflito está entre o casal e impede a entrega ao amor que tem como conseqüência o orgasmo profundo. Esta idéia de que orgasmo e capacidade de entrega ao amor estão unidas não veio somente de minha experiência pessoal, mas antes disso, das investigações clínicas do iminente psicoterapeuta Wilhelm Reich. Para Reich, a psicopatologia ou o sofrimento mental-emocional-físico estão diretamente ligados à incapacidade de amar e, por conseqüência em distúrbios orgásticos. Estou de acordo com Reich neste ponto central. Mas o que impede a capacidade de amar? O que impede do casal estar entregue um ao outro ao amor e por consequencia à experiência das experiências que é o orgasmo?

Os conflitos interpessoais de um casal são reflexos de alguns fatos comuns a praticamente todas as pessoas que se arriscam se relacionar, seja de forma evolutiva ou não:

1. Conflitos pessoais: neste caso, cada um dos cônjuges possuem conflitos internos mal resolvidos; pendências de seus passados mal cicatrizados; feridas emocionais, mentais e existenciais desta e de vidas anteriores que contaminam a vida atual e a percepção da realidade do parceiro(a), impedindo uma entrega efetiva e saudável. Aqui, adentra o poderoso conflito advindo do Complexo de Édipo, tal como mapeado por Sigmund Freud. É fundamental que ambos os parceiros resolvam o máximo possivel de seus conflitos com seus pais e familiares diretos (irmãos, irmãs), pois caso contrário, cairão fácil na armadilha da projeção do pai, mãe, irmãos no próprio parceiro, confundindo as percepções e prejudicando a saúde da relação.

2. Carência de Autoconhecimento: esta carência é a consequencia natural do primeiro item. Quando menos autoconhecimento; quanto menos os cônjuges sabem quem são e procuram um caminho de vida de autorealização pessoal, em primeiro lugar, menores são as chances de uma relação conjugal saudável e satisfatória. Ao contrário, quanto maior é o envolvimento dos parceiros consigo mesmos, numa entrega a seus próprios universos interiores, maiores serão as chances de transcenderes conflitos, alcançando o diálogo honesto e manterem uma reconciliação contínua como a dinâmica básica do casal que mesmo após anos de relação, mantém a "aura de paixão/amor" acesa tão sonhada pela imensa maioria dos casais.

3. Pudores sexuais: sexo é sujo; sexo é coisa de puta; esposa precisa ser santa; mulher que trepa é puta; calcinha enfiada na bunda é vulgar; sexo oral, anal... é nojento e pecaminoso; ter fantasias sexuais é pecado; e assim por diante. Quanto maior for o bloqueio mental relativo aos conceitos que cada um dos parceiros têm do sexo e também do orgasmo, maiores serão os conflitos, sejam estes conflitos ocultos, escondidos no silêncio da relação, sejam conflitos abertos, francos entre ambos. Não importa, a solução aqui é a alfabetização sexual contínua e cada vez mais aprofundada. Pesquise sobre sexo, sexualidade... pesquise o que for importante para ambos parceiros libertarem-se de pudores castrantes da felicidade de ambos, da vivência do amor mais puro e da sexualidade madura e saudável. Quanto maior é a repressão dos desejos sexuais que ficam ancorados em conceitos e crenças irracionais diante do sexo, menor é a satisfação emocional, sexual e existencial de ambos cônjuges e a probabilidade de traições e distúrbios da relação aumenta bastante.

4. Aresta poligâmica: a aresta poligâmica é a área subjetiva ou objetiva onde um ou ambos cônjuges se relacionam, sejam via fantasia ou pelas vias de fato, com uma terceira pessoa, mantendo algum tipo de relação sexual e alcançando alguma saciedade que não está sendo possível na própria relação real, dia a dia, de ambos. Convém aqui a noção de que, quanto maior é medo à intimidade de um ou ambos cônjuges; quanto maior é a resistência à uma relação honesta, franca, sincera e autêntica entre ambos, menos serão as chances de uma relação feliz e satisfatória. Aqui neste caso, o egoísmo prepondera. Voltamos aos primeiros itens desta lista: conflitos internos e carência de autoconhecimento.

5. Carência de comprometimento consigo mesmno. Um casal onde o comprometimento de cada um consigo mesmo é fraco, produzirá uma relação fraca em comprometimento. E comprometimento consigo significa um compromisso pela reforma interna, pela reciclagem de nosso interior e de nossas existências numa direção mais evolutiva e sincronizada com o universo e com o bem, com a assistência, com algum envolvimento em práticas humanitárias de ajuda ou algo nesta direção, anti-egoísta (transpessoal).

Assim diante destes itens, alguns pontos podem ser trabalhados, cultivados em todas os relacionamentos onde ambos cônjuges desejam uma relação mais evolutiva, adotando uma postura crescente de ajuda mútua e evolução a dois (esta lista é o oposto da lista acima):

1. Reconciliação consigo mesmo: ambos comprometem-se numa prática contínua de auto-reconciliação, onde cada um inicia e mantém um modo de vida onde torna-se aos poucos um amigo fiél de si mesmo; deixa pouco a pouco, as atitudes de ódio de si mesmo, inaceitação, imperdão por erros e omissões, autocrítica negativa e autodestrutiva; e passa a alimentar uma atitude de amizade e amor próprio crescente; lidando com os lados sombrios da personalidade, as falhas, faltas, fraquezas e carências de forma sincera, honesta, franca, porém, amiga e fraterna.

2. Autoconhecimento contínuo: ambos comprometem-se em trilhar o caminho do conhecer a si mesmo, cada vez mais, ininterruptamente, sem paradas. Encaram o autoconhecimento como o pilar da felicidade pessoal e da relação; compreendem que quanto maior é o conhecimento de si, menores serão os conflitos na relação que possuem relação com trumas e problemas pessoais de cada um dos cônjuges.

3. Liberdade sexual: ambos comprometem-se com a alfabetização sexual, libertária e madura, livre de promiscuidade e com o máximo de liberdade com fins à saciedade profunda afetivo-sexual de ambos parceiros; livre dos pudores castradores da liberdade sexual e da felicidade orgástica; ambos comprometem-se em ajudarem-se no sentido de alcançarem os orgamos conjuntos intensos, verdadeiros agentes profiláticos de psicopatologias e patologias de ordem fisiológica (aumento da imunologia). Ambos unem cada vez mais sexualidade com maturidade e espiritualidade, sem conotações promíscuas ou pseudo-tântricas.

4. Fidelidade conjugal franca: ambos compreendem os fundamentos evoltivos da fidelidade conjugal reciproca como agente dinamizador do amor puro e da felicidade mais duradoura da relação, numa parceria evolutiva, honesta e amorosa, respeitando o microuniverso do casal ante a intrusões de ordem invejosa, sexual e mesmo as espirituais (assédios extrafíscos de bases energívoras). Aqui adentra o ortopensene, ou os pensamentos-sentimentos-energias centrados no cônjuge amado, afetivo e sexualmente, sem possibilidade de inclusão de um outro (amante virtual ou real) na relação, mantendo a aura protegida e amparada multidimensionalmente a partir da base: os pensamentos sinceros de amor ao parceiro(a). Tal prática franca e honesta é das mais difíceis nos casais. Aqui entra o senso de assistência e fraternismo entre ambos, onde cada um ajuda o outro a superar suas fraquezas, ao invés de priorizar as críticas destrutivas que são resultado das espectativas frustrantes de que o parceiro é um principe ou uma princesa encantada. Quanto maior é a fidelidade natural do casal, maior é a entrega ao amor e à felicidade e, por consequencia, maiores serão as chances de uma relação sexual de profunda satisfação.

5. Comprometimento consigo, com o cônjuge e com a evolução: o tópico fala por si. Quanto maior é a honestidade e franqueza dos cônjuges para consigo, maiores as chances de um casal alcançar picos de profunda felicidade (para-orgasmos) e satisfação cósmica e existencial. O comprometimento consigo é o ato de interrompermos continuamente a prática de nos corrompermos, mentirmos para nós mesmos e para o cônjuge; "tampando o sol com peneira"; "esconder poeira embaixo do tapete"; fingir; ocultar fatos importantes a serem falados; evitar conflitos importantes para a reconciliação completa; medo da franqueza e verdade; e assim por diante. Quanto maior é o compromisso dos cônjuges consigo mesmos maior é o respeito para consigo e, por consequencia, do respeito para com o parceiro(a). Quanto maior é o respeito maior é a ética entre ambos. E quanto maior é a ética, os cônjuges aos poucos vivenciam a cosmoética na relação, passo a passo, como algo natural, não-dogmático. O compromisso aqui transcende o eu, e ruma para a evolução planetária e cósmica mais abrangente e do papel de cada um dos cônjuges na vida, na existência e no universo. Quanto maior é a sintonia de ambos com o universo, maiores são as chances de uma relação feliz e mais plena de amor e sentido.

Portanto, os distúrbios na área da sexualidade são complexos mas posso resumir o assunto inteiro no título deste texto: do diálogo franco e a reconciliação contínua do casal passam a ser a chave para uma relação conjugal saudável, afetivo e sexualmente.

Em uma escala de 0 a 10, que nota você dá, honestamente, para a capacidade de diálogo pacífico e maduro, assim com as reconciliações contínuas em sua relação, com seu cônjuge?

Independente da nota, aproveite e reveja todos os itens das listagens acima num auto-exame honesto, pacífico e franco de si mesmo e de sua relação. Identifique suas fraquezas de forma fraterna e procure formas de supera-las. Não fuja de si mesmo. Enfrente-se com naturalidade, sendo amigo de si. Seja íntimo de si mesmo, para depois, conquistar a intimidade com sua (seu) amada (o). E assim por diante. O desafio é imenso, mas os resultados são duradouros. Vale a pena todo o esforço neste sentido. A liberdade está em suas mãos.

12.2.11

A Ciência Universal da Benevolência e do Amor

Por Dr. Fernando Salvino
Parapsicólogo Clínico, Psicoterapeuta, Conscienciólogo


A biografia de um homem chamado K'ung Ch'iu ou como foi conhecido no ocidente por Confúcio é um pouco obscura e muito rodeada por mitos.De qualquer forma, são os pensamentos e métodos destas pessoas sábias que passaram pelo planeta, verdadeiros fulcros de sabedoria e modéstia humana operante, que me interessam. A começar por Confúcio.

Confúcio renasceu exatamente neste planeta no ano 552 ou 551 a.C, ficando órfão muito cedo e era certo de que era muito pobre e era inclinado desde criança aos estudos. Sua história é complexa e sabe-se que pode ter sido o primeiro do mundo a criar uma escola privada onde ensinava seus pensamentos e métodos para se alcançar a benevolência. Para Confúcio, o caminho que leva o humano ao Tao é o cultivo da virtude. Para Confúcio, o cultivo da virtude chama-se praticar a benevolência.

Fan Ch'ih, um jovem que estava a partir para uma batalha, perguntou a Confúcio sobre a benevolência. Confúcio disse: "Ame seus semelhantes". Ainda, perguntou sobre a sabedoria. Confúcio respondeu: "Conheça os homens".

Ainda, Confúcio esclarece para Chung-kung acerca do significado da benevolência: "Não imponha aos outros aquilo que voce não deseja para si próprio".

Para Confúcio, o método para a benevolência é simples e objetivo: chung e shu. Chung significa fazer o melhor de que se é capaz, dar o melhor de si mesmo. Shu é usar a si mesmo como medida. Para esclarecer acerca de shu, o aluno de Confúcio, Tseng Tzu disse:

"Todos os dias examino a mim mesmo sob três aspectos. Naquilo que fiz pelo bem estar do outro, falhei em ser chung? Ao tratar meus amigos, falhei em ser fiel em minhas palavras? Ensinei aos outros algo que eu próprio não tenha experimentado?"

O usar a si como medida (shu) significa que a pessoa adentra numa contínua avaliação honesta de si mesmo, principalmente numa direção de evolução do caráter de si mesmo. O caráter ideal para Confúcio era o homem benevolente. O caráter mais evoluído e que possuia a virtude por excelência era o homem sábio.

O pensamento prático e o método shu coloca aquilo que mais tarde seria chamado por Jesus de Nazaré de "caridade" como o centro metodológico de Confúcio para que o homem alcançasse a benevolência. O conceito de caridade foi bem definido e acolhido por Allan Kardec, em meados de 1800, na questão 886, em seu "Livro dos Espíritos", senão vejamos o significado de caridade:

"886. Benevolência com todos, indulgência com as imperfeições dos outros, perdão das ofensas."

No Evangelho segundo o Espiritismo (Kardec) temos a citação de Mateus, 7:12, onde Nazaré vem a esclarecer a base de seus ensinamentos para a evolução:

"Fazei aos homens tudo o que gostaríeis que eles voz fizessem"

Em Lucas, 6:31: "Tratai todos os homens da mesma maneira que gostaríeis que eles voz tratassem"

Podemos aqui perceber as semelhanças nos ensinamentos de ambos, Confúcio e Nazaré.

Nos comentários do Prof. Revail (Allan Kardec), temos que "amar o próximo como a si mesmo; fazer aos outros o que gostaríamos que fizessem por nós é a expressão mais completa da caridade" (p. 127). Assim, o amor torna-se o centro do pensamento e método de Confúcio e Nazaré, a base de todo pensamento de Allan Kardec e daquilo que se chamou de doutrina espírita. Como não sou espírita, tenho a liberdade de falar livremente sobre ela.

Modernamente, quem dedicou extenso trabalho neste campo foi Louise Hay, que bebeu do saber de Ernest Holmes, criador do que foi chamado de "Ciência Mental", cujo centro é a evolução pela mudança global da estrutura de pensamento, ancorado numa atitude prática de amor a si mesmo e ao próximo. Holmes veio a desenvolver métodos de reciclagem da estrutura do pensamento direcionando-os para o bem, para o amor a si mesmo e aos demais (universalismo).


O caminho da benevolência também foi traçado por Sidartha Gautama, o "Buda", através do caminho óctuplo que incluia uma prática intensiva de meditação e exame de si mesmo, estudo e prática.

Modernamente, a ciência que se dedica a benevolência e ao amor na prática é de forma geral a Psicoterapia, na atitude de ajudar as pessoas em suas questões, distúrbios e autotransformação. Da década de 80 para cá, uma nova ciência começou a ser estruturada, chamada Conscienciologia, ou o estudo da consciência integral, que embora o seu nome tenha sido cunhado pelo filósofo Miguel Reale, a ciência foi proposta pelo médico Waldo Vieira, ex-espírita e ainda permanece (2011) no caminho da ajuda humanitária. Uma de suas áreas especializades chama-se Assistenciologia, ou a ciência da ajuda e amparo às consciências, intra e extrafisicas. Operando num modelo hipotético chamado homo sapiens sereníssimus, ou a consciência serena que alcançou um nível de evolução avançada, traduzindo-se pela extrema benevolência e amor puro fraterno em todos os atos e manifestações, o paradigma aproxima-se da idéia de homem benevolente e mesmo o sábio em Confúcio.

Diante do exposto, é possivel perceber a convergência dos saberes de áreas tão aparentemente distantes e afirmarmos que a ciência da benevolência e do amor é universal, independente da civilização e daquele que a pronuncia. E, como saber universal, parece-me que é o epicentro de todo fenômeno sociológico e parassociológico, do sentido mesmo da ciência e da psicoterapia, onde o amor puro e a benevolência, apesar das diferenças entre raça, credo, filosofia, religião e linha científica, poderemos caminhar em convergência, respeitando as diferenças e cooperando para o universalismo.

A ciência sem sentimento; a ciência sem amor, é ciência sem alma, sem consciência. É como se fosse um cérebro caminhando sozinho sem consciência e sem a ética maior, universal, cósmica que ampara e direciona os movimentos celestes para a propulsão da evolução.

A crise planetária é o resultado direto da incapacidade de amarmos a  nós mesmos e aos demais seres vivos, humanos e não-humanos: animais, insetos e tantos outros seres viventes no planeta, formando a ecosfera de uma infinidade de formas e seres, numa diversidade icomensurável.


Se existe uma verdade relativa de ponta, de fato, podemos chama-la de amor. Como disse o amparador evolutivo: "O amor é a verdade e o caminho. É difícil de entender, mas é simples assim". De fato a evolução é o caminho do aprendizado de amar e tudo o mais parece derivar dessa premissa simples e complexíssima. Modernamente, temos na Assistenciologia a ciência do amparo interconsciencial, e cujo amor é o epicentro do fenômeno assistencial. Sem amor não existe assistência. Sem amor não existe discernimento. Discernimento sem amor é como uma árvore sem raizes: ela procura água no solo e não encontra. Sem amor não existe possibilidade de vida social. Sem amor não existe evolução. Sem discernimento até existe ajuda. Mas ajuda sem amor não é possível. Fazer ciência sem amor é possível. Mas ajudar alguem sem amor não. E o que precisamos é expandir nosso universalismo para níveis cada vez mais globais, romprendo nossos limites de preconceitos contra o diferente, rompendo, pois, de vez, com nosso narcisismo. Não somos mais do que poeiras conscienciais autoconscientes vivendo juntos num cosmo infinito e incogonoscível. Esta é nossa base segura de modéstia diante de nossa ignorância perante a nós mesmos, a vida e a existência.


O universalismo tem sua lógica que transcende nosso narcisismo: o amor puro como método de autosuperação, profilaxia e tratamento de toda psicopatologia sempre derivada do egoísmo.

10.2.11

Resultados assistenciais da Biblioteca Digital de Investigações Avançadas da Consciência (2010): 2.931 downloads de ensaios científicos

Dr. Fernando Salvino (MSc.)
Agradecimento


Há cerca de 10 anos atrás, começei a organizar idéias e experiências em textos e aos poucos fui organizando na forma de ensaios científicos. Minha intenção em fazer isto se devia ao fato de não suportar mais ficar com tudo aquilo depositado em meu computador e em minha mente sem compartilhar com ninguém ou de certa forma contribuir com outras pessoas a partir de minha modesta e, admito, dificílima experiência de vida. Minha intenção era (e é) a de publicar um livro, não um best-seller, mas uma gestação substancial, de conteúdo, como faziam os antigos ao publicarem os ensaios científicos sem se preocuparem se iriam agradar, desagradar ou ganhar dinheiro ou fama com isto. Fui aos poucos observando como os livros eram escritos, especialmete os filosóficos. Senti afinidade com os densos "ensaios". Então, decidi começar a ensaiar minhas idéias ao invés de publicar "artigos". Não gostava da idéia de artigos e sim de ensaios. Ensaios são ensaios, nada definitivo, nada absolutamente verdadeiro e fechado. Ensaios são sistemas abertos e imperfeitos. Esta é a base no qual fundamenta toda minha publicação: são Ensaios. O livro então será formado pela reunião coerente de ensaios, formando um grande Ensaio. Entrei numa reciclagem interna, superei alguns medos (como o de receber pesadas críticas, represálias, de ser "queimado na fogueira") e fui adiante. Tratava-se de uma completa reconciliação comigo mesmo e com a vida, já que meu passado na área das publicações científicas não fora muito favorável. Diante também a dificuldade de se publicar artigos em revistas especializadas, acabei criando uma Biblioteca Digital pessoal, que acabei chamando inicialmente de NIAC - Núcleo de Investigações Avançadas da Consciência, que fazia parte da estrutura de meu consultório aqui em Florianópolis. Assim, muitos ensaios científicos foram organizados e publicados nesta biblioteca de acesso livre e gratuito. Contratei uma empresa que desenvolveu exatamente o que precisava e o resultado foi excelente. Os textos inicialmente obedeciam a um formato simples e aos poucos foram sendo melhorados conforme fui aumentando meu conhecimento em informática e no conhecimento de publicações. O trabalho é totalmente livre e independente, sem qualquer vínculo com instituições ou subsídios governamentais, sendo completamente financiado a partir de meu trabalho clínico, fazendo parte de uma retribuição fraterna e desimpedida à sociedade. O objetivo dos textos está dentro da esfera da assistência e esclarecimento mais amplo à comunidade científica, aos pacientes e ao público geral interessado em ciência avançada. Não é de minha intenção fazer média e sim dar livre acesso à estas idéias sem interferências, censuras ou licenças de todas as ordens. A era digital permite esta liberdade e a sociedade exige este direito atualmente e até constitucionalmente. Para expandir a assistência ao público menos especializado como os que lêem ensaios científicos, dei continuidade através do Blog "Ciência, Saúde e Evolução da Consciência" este projeto (hoje com mais de 10.000 acessos).

Os primeiros ensaios sério que escrevi foram "A Gênese do Cosmodireito: Ensaio sobre os Fundamentos da Ordem Cósmica" e "Tornar-se Consciência: Ensaio sobre a Autopesquisa da Autenticidade Consciencial". Após muitos ensaios deram seqüência a este, como "A Angústia do Nada: Ensaio Inicial sobre a Para-etiologia da Angústia Humana". Depois vários ensaios clínicos foram escritos e os ligados à Projeciologia, como "Breve Ensaio sobre a Comunicação Telepática com o Agente Theta". Após veio o "Breve Ensaio sobre a TSGP: Técnica da Simulação Gravitacional Projetiva", quando após meses consegui esquematizar a técnica que desenvolvi ao longo de anos para a projeção consciente para fora do corpo. Em seguida, veio a "Técnica da Simulação de Queda-Livre Projetiva", "Aprendizagem Extracorpórea" e dezenas de outros ensaios. Mas para me surpreender, foi o ensaio "A Mariposa e o Arquétipo da Autotransformação: Evidências Clínicas da Dimensão Arquetípica e Transpessoal na Etiologia de um Caso de Motefobia [Fobia a Mariposa]" que alcançou 500 downloads em 2010. Espero poder ter ajudado de alguma forma todas estas pessoas com este ensaio.

Após finalizar ontem a tabulação dos dados, venho agradecer publicamente a todos os que acessaram a Biblioteca, sejam para "bombardear" ou criticar os ensaios ou a mim mesmo (como ocorream muitas vezes), permanecerem neutros diante deles ou para aqueles que aproveitaram o conteúdo dos textos para sua evolução pessoal, buscando suas próprias experiências pessoais e auto-superações. Aqui se evidencia a função social deste espaço livre e independente, produto também de meu trabalho voluntário e não-institucional como pesquisador, em primeiro lugar, de mim mesmo; em segundo, de meus pacientes; em terceiro, da consciência e do Cosmos.

Os resultados chegaram a um total de 2.931 downloads realizados em 2010, conforme a tabela abaixo. Você pode acessar gratuitamente a biblioteca digital clicando aqui.


ARTIGOS ACESSADOS EM 2010
DOWNLOADS
A Mariposa e o Arquétipo da Autotransformação
500
Cordão de Prata
332
Projeciotron
319
Caso clinico 3
228
Tenepes e Reurbanização
157
Caso clinico 2
144
Visita a um Hospital Extrafísico
121
Tornar-se Consciência
117
Angústia do nada
117
Ensaio TSGP
110
Agente Theta
110
TSQLP
107
Gênese do Cosmodireito
99
Diss. MSc.
95
Caso clinico 1
87
Caso de Thomas Green
80
Monografia Esp.
76
Cosmodireito (Cosmanálise)
53
Aprendizagem extracorpórea
49
Caso clinico 5 (dimensões da parapsicologia clinica)
16
Caso clinico 4 (3 estudos de casos)
14
Total de downloads
2931

4.2.11

Universalismo na prática: agradecimento aos 39 países que nos visitaram

Por Dr. Fernando Salvino (MSc.)
Parapsicólogo, Psicoterapeuta e Conscienciólogo


Agradeço, também em nome da equipe extrafísica que me ampara neste blog, às mais de 11.000 pessoas proveniente dos 39 países listados abaixo puderam acessar este espaço "Ciência, Saúde e Evolução da Consciência" e esperamos que a proposta universalista, fraterna e assistencial deste espaço tenha ajudado de alguma forma a todos.

Saudações fraternas e universalistas a todos!

Lista dos países
................................................................................................................................
1. Brazil1,491February 4, 2011
2.
Portugal271February 4, 2011
3. United States97February 2, 2011
StateUnique VisitorsLast New Visitor
3.1.California41February 1, 2011
3.2.New York31February 2, 2011
3.3.Florida7January 31, 2011
3.4.Arkansas6December 8, 2010
3.5.New Jersey4January 26, 2011
3.6.Ohio2December 9, 2010
3.7.District of Columbia1December 6, 2010
3.8.Maryland1December 15, 2010
3.9.Hawaii1January 16, 2011
3.10.Michigan1January 25, 2011

Unknown2January 23, 2011

10 out of 51 collected.
4. Russian Federation9January 19, 2011
5. Spain5February 1, 2011
6. Argentina5January 19, 2011
7. Italy3February 1, 2011
8. Belgium3January 8, 2011
9.
Mozambique3November 18, 2010
10. Switzerland2January 30, 2011
11. Germany2January 24, 2011
12.
India2January 6, 2011
13.
Hungary2January 2, 2011
14. Poland2January 1, 2011
15. Japan2December 22, 2010
16.
Ireland1February 3, 2011
17. Netherlands1February 2, 2011
18.
Indonesia1January 31, 2011
19.
Angola1January 21, 2011
20.
Colombia1January 17, 2011
21.
Costa Rica1January 3, 2011
22.
Libyan Arab Jamahiriya1December 30, 2010
23. Canada1December 24, 2010
24.
Kuwait1November 30, 2010
25.
Uruguay1November 27, 2010
26. France1November 25, 2010
27.
United Kingdom1November 21, 2010
28. Mexico1November 16, 2010
29.
Puerto Rico1November 15, 2010