28.9.11

Sobre o Eixo de Convergência

Chuang Tzu, sec. IV a.C
Taoista chinês

Por Dr. Fernando Salvino (MSc.)
Parapsicólogo Clínico, Psicoterapeuta, Conscienciólogo



Disse Chuang Tzu:

"Cada pessoa é o que devia ser e pode viver com igual felicidade enquanto viver ajustada à sua própria natureza. Não há pessoas que sejam superiores e outras inferiores quanto a isso.


Há pessoas cuja natureza os torna aptos a assumir cargos de chefia, outras cuja natureza as faz serem bons negociantes, bons artesãos ou bons funcionários. Há quem tenha vocação para dedicar a sua vida a ajudar os outros e quem tenha jeito para pensar ou para investigar tudo.


Desde que respeitem a sua natureza, todas as pessoas podem fazer o que têm a fazer, com igual felicidade e sucesso no que fizerem.


Mas existe um limite próprio para cada uma a partir do qual tudo mais que possa ser desejado apenas levará a lamentações. Quem quer mais do que lhe é dado sofre inutilmente sem que ninguém o esteja a castigar. Quando nos prendemos demasiado às coisas, sentimos perdas e ganhos; e a alegria e o sofrimento são o resultado de perdas e ganhos. Só quem larga essas amarras se pode sentir verdadeiramente feliz. A única liberdade a que os homens podem aspirar tem que estar inserida dentro dos limites naturais da sua condição humana e da sua natureza. Só devemos tentar fazer o que podemos realmente fazer. A nossa liberdade de acção tem limites.


Quem não gosta do que tem, porque pensa que podia ter melhor, é desagradecido e é estúpido. Abdica da única liberdade que um Homem pode ter para optar em vez disso pela ansiedade constante de tentar ter o que nunca vai ter. Quem não gosta do que é, acabará por passar a sua vida frustrado, tentando ser o que nunca vai ser.


Aqueles que aceitam o curso natural das coisas ficam sempre tranquilos quer nas ocasiões alegres quer nas tristes. Quem apenas gosta da felicidade, sofrerá com a tristeza. Quem aceita com tranquilidade a inevitabilidade da morte, sabe tirar melhor proveito da vida. De que serve não a aceitar? Querer ter o que se não pode ter é ficar preso para sempre. Quem apenas gosta da vida, sofrerá com a morte. Quem apenas gosta do poder, sofrerá com a sua perda."


A via de Chuang Tzu evidencia o método taoista e a essência do pensamento chinês antigo, especialmente o I Ching, salientando uma vida sem excessos tanto para mais, como para menos. A aceitação e a compreensão da natureza das coisas não significa deixar a coisa andar em displicência. Significa aceitar as coisas como são, não forçar mudanças quando não se pode mudar algo, nem exigir mais de alguém ou de alguma situação além daquilo que ele ou ela pode dar. Compreender os limites das coisas, os limites pessoais e os limites das pessoas, até onde podemos ir com um e com o outro, sem exigir nem cobrar: compreender e diante disso, respeitar. A atitude de gratidão aparece como central no método e pensamento de Chuang Tzu, carregando até mesmo a noção de seu conceito de justo ou injusto. Olhar para o que temos, sentirmo-nos agradecidos diante de nossoas coisas e daquilo que somos, é a profilaxia da insatisfação crônica e da distorção da mente em privilegiar o que falta e o que não se tem, motivo de insatisfações, lamentações e angústia. Quando se aceita o que se tem, nem mais nem menos, vive-se melhor. Quando não se aceita devido a um excesso praticado contra nós, sem culpa e sem remorsos, se desapega e prossegue-se no Caminho. O apego é motivo de oscilações emocionais e também aparece como ponto central do pensamento de Confúcio. Portanto, ao apegarmo-nos ao poder, sofremos com o não-poder. Ao apegarmo-nos a  felicidade, sofremos com sua ausência. Ao apegarmo-nos no amor, sofremos com sua falta. E como diz Lao Tzu: "de ondem me vem este conhecimento do mundo?". Os taoistas indicam que vem do vazio, do silêncio interno, do wu-chi em cada um de nós. Após minha experiência com o Tai Chi Chuan e Chi Kun em mais de uma década, parece-me que o Eixo se trata realmente de uma vivência direta e não de um conceito propriamente dito. O eixo não é uma teoria, mas antes disso, provém de experimentos técnicos da ciência taoista (taologia). É evidente que, após uma prática de Tai Chi Chuan sinto-me muito mais lúcido, centrado e no eixo do que antes de iniciar. Existe uma expansão da energia, do tamanho da aura e da densidade, tornando-a mais forte e mais sutil, além de aumentar a autodefesa de forma geral, através da sensação geral de serenidade.

Cosmologia Taoista.
Diante disso, vem a base do taoismo, que não é nem o viver no SER nem o viver no NÃO-SER. E o que nos resta então? Viver no Eixo. E o sintoma do Eixo é a serenidade. Os serenões nesta ótica vivem continuamente centrados, melhor, holocentrados, quem nada os perturbe ou os tire do eixo. É isto que me parece significar viver em estado de desassedialidade total e permanente.

A noção de Eixo é bastante desconhecida no Ocidente, ao menos em Heráclito de Éfeso (Grécia), porém Heráclito vive na época de Lao Tzu e Chuang Tzu, ao que parece. O pensamento ocidental é dicotômico, ora polariza na existência, ora na não-existência. Ora polariza na vida, ora na morte. Diz de Deus e de um Diabo. Diz de um Céu e de um Inferno, diz da Terra e diz das Estrelas. Ora diz somente existir o Psíquico ou noutro momento, o Parapsíquico. Mente, matéria, cérebro, consciência... Vida e morte, existência e não-existência diferem no nome, mas tem a mesma e única fonte: Tao.

Tai-Chi e, no centro, Wu-Chi (o Eixo)
Agora, Tao não é Deus nem o Não-Deus, Tao é o eixo por onde circula tanto o ser como o não-ser, a vida e a morte, yin e yang. Tao é e ao mesmo tempo, não-é. Esta premissa é inadmissível para o pensamento aristotélico ocidental que parte do principio da não-contradição. No entanto o pensamento taoista afirma que uma coisa é e não é e adiciona um item, a de que todas as coisas são e não são porém sustentam-se num Eixo. E esse Eixo que não existe e ao mesmo existe em algum local, somente é acessível pela experiência direta de si mesmo através de métodos. Esses métodos fazem parte de um sistema complexo e pouco conhecido no ocidente.

Os métodos para acesso ao eixo pertencem ao campo da alquimia interna taoista, incluindo o Tai Chi Chuan, o Chi Kun, o estudo aplicado do I Ching, pelo qual muitos se debruçaram, dentre eles Confúcio e Lao Tzu. Deixando todo misticismo de lado, por que alquimia? É a transformação da energia bruta (caráter bruto do homem inferior, na escala de Confúcio) em energia superior (caráter superior moral, o sábio para Confúcio), potente mutação dos processos internos para níveis de consciência superiores, envolvendo práticas físicas e energéticas naturais como as citadas acima, nutrição, estudo e assim por diante. Não se trata de uma mística ou de alguma religião, se trata de um método com objetivos bastante claros e definidos. O taoismo me parece ser o único ramo do saber humano que consegue se posicionar nem do lado da religião, nem do lado da ciência, visto que o local onde habita é o eixo. De um lado temos as religiões (yin) e, do outro, temos as ciências (yang) e, no centro, o taoismo. Não falo do taoismo institucionalizado enquanto religião. Isto não é taoismo, mas um sacerdócio religioso que se apropria deste nome. Ao não se fixar numa ou noutra verdade, admitindo que a única realidade imutável é a mutação, qualquer conceito, teoria ou tentativa de definir, argumentar, contra ou a favor de alguma coisa, tese ou teoria, são apenas aproximações de uma suposta realidade inatingível pela linguagem, porém, atingível pela experiência direta. Diante disso, surgiram os métodos tão científicos como os que usamos em laboratórios, como o Neidanshu - 內丹術, ou a alquimia interna, sendo um modelo de circulação interna da energia (chi) de forma a criar o suposto elixir da longevidade dentro do próprio praticante. E pela prática, parece que algo vai se modificando com o tempo, no corpo e na energia, na mente e no estado de consciência. Passo a passo, a cada prática. Não é mística, milagre ou transcendência espiritual religiosa, mas resultados de um exercício rigoroso e que exige da pessoa modificações nos modos de pensar, no diálogo interno, no alongamento, no peso corporal, nas emoções, na concentração, na atenção e assim por diante. Coloco com isso, lado a lado, a Transciência enquanto outra forma de nomear o Tao e, o Taoismo a tentativa filosófico-metodológica de acessar os domínios do eixo e mesmo do Tao cosmológico.

Hunab´ku Maia e
sua semelhança com a
representação chinesa
do Tai-Chi.
Surpreendentemente, na mesma época vai se erguendo um sistema muito parecido com o taoismo, que é o sistema maia desenvolvido pelo clã Yaqui, Maia, tal qual informado nas obras de Carlos Castaneda. O sistema se fundamenta numa cosmologia multidimensional, cuja força cósmica maior é chamada de Intento. Isso significa um universo inteligente, holofenômeno consciencial, e uma cosmologia com consciência, ao contrário da cosmologia ocidental, destituida de consciência, fundamentada no Big Bang e outras teorias, apesar de atualmente as teorias admitirem um universo multidimensional, ou pluriverso, os buracos de minhoca, universos membrana e teoria de cordas. Para tal povo, o núcleo da galáxia, irradia o kuxan-soon, fios de energia consciencial que contém informações que se irradiam por toda a galáxia e podem ser captados através de métodos. O sistema admite as projeções para fora do corpo, tendo inclusive técnicas para a sua indução. O uso da percepção extrassensorial e do parapsiquismo consciente para o acesso do desconhecido e o que chamam de encontro com o Infinito até que ocorra o toque do Infinito, parece alcançar dimensões muito além do que as ciências atualmente abordam os fenômenos paranormais, ainda sem compreender o sentido de todos esses fenômenos.


Estamos convergindo para um mesmo e único núcleo, o mesmo Eixo; estamos sendo sugados para o mesmo e único "buraco negro", independentemente de qual linha estamos atrelados, e na essência as linhas são a mesma e única coisa: fios de um tear cosmo-consciencio-lógico de proporções icomensuráveis e incompreensíveis pela cognição humana, em nosso atual momento evolutivo. O reconhecimento deste limite, parece-me ser a base da modéstia e da atitude não-defensiva de qualquer sistema científico, religioso ou filosófico, mutante por natureza e impermanente. Neste sistema não existe verdade de ponta ou qualquer coisa do gênero, existem conceitos, idéias, teorias, representações, imagens, porém, tais são mutantes, como o são os hexagramas. E todas elas orientam-se a partir do mesmo e único Eixo. A criação de uma estrutura psiquica interna que sustente uma vida em que o paradigma é não ter paradigma, parece-me que nos direciona para uma vida mais livre e flexível, possibilitando o universalismo e a transversalidade, a aceitação da mutação, assim como a verticalidade, os relacionamentos entre diversos povos, crenças, religiões, ciências, pessoas, assim por diante, no respeito prático às diferenças e formas de ver a vida, pois todos tentamos falar das mesmas coisas com símbolos diferentes, cada qual em respeito às suas limitações e modos de ser e estar no universo, a natureza interna de cada um, nem mais, nem menos. Este modo ajuda na compreensão do Caminho (Tao) dos filhos, das(os) companheiras(os), amigos(as), familiares e assim por diante. Com isso termina progressivamente a imposição de caminhos e inicia a descoberta do caminho de cada um (Tao) a partir da virtude de cada um (Te).


Concluo neste momento com as palavras de Chuang Tzu: "Cada pessoa é o que devia ser e pode viver com igual felicidade enquanto viver ajustada à sua própria natureza."

26.9.11

Considerações sobre a Etiologia Extrafísica da Melancolia e Angústia na Parapsicologia Clínica (parte 1)

(fonte: IAC)
Por Dr. Fernando Salvino (MSc.)
Parapsicólogo Clínico, Psicoterapeuta, Conscienciólogo


Este artigo nasce motivado por um caso clínico especificamente. A paciente que aqui chamo Neuza (pseudônimo) manifestava um quadro agudo de angústia e melancolia não identificada a etiologia naturalmente formada pela vida atual, incluindo a vida intra-uterina. Após algumas sessões de retrocognição clínica (regressão) a paciente adentra em seus núcleos traumáticos, compreende motivos que a deixavam com raiva em relação a mãe, reviveu sua vida intrauterina e ajudei-a a ultrapassar a fronteira entre as vidas passadas e a atual vida. Ela consegue lucidamente rever o que houve nos momentos imediatos antes de renascer, compreende-se em outro nível e, após retornar da experiência, inicia uma reciclagem sem precedentes em sua existência. Mas, alguns sintomas começaram a aflorar após a regressão. Sintomas estes no dizer de Neuza, que "sempre existiram mas somente agora tomei mais consciência deles, após resolver os outros problemas mais sérios que tinha". Os sintomas eram uma saudade de alguém que não localizada e, começou a sessão afirmando sua dúvida a respeito de sua sanidade mental. A princípio, o modelo científico e psicoterapeutico tradicional poderia considerar se tratar de alguma distorção de percepção ou mesmo sintomatologia de ordem psicótica e mesmo neurótica, no nível de fantasias edípicas ou algo desta natureza. O caso clínico pareceu-me parecido com a paciente Gilvana, que após várias vidas vivendo com o mesmo homem, num dado momento, renasce como irmã do mesmo e inicia um conflito que a acompanha até hoje, visto ela ter renascido, na vida atual, e o mesmo ter ficado. A separação de ambos provocou nela uma melancolia constante e uma angústia sem causa aparente, ou o que chamo de "angústia do nada". Diante do caso de Neuza, parti para a investigação desta mesma hipótese, visto que, a vida atual já ter sido explorada em um nível profundo, e a etiologia me parecia pertencer ao domínio palingenético.

Em regressão cronotópica, induzo um estado de hipnose brando, conduzindo a paciente para o momento de aproximadamente 15 a 30min antes de renascer. O tempo neste caso é uma referência simbólica, para que a mesma não atravessa cronotopicamente para outra região de sua memória. Neuza inicia a experiência no exato momento do pico da angústia e começa a chorar. Ela diz: "é ele... temos que nos separar". Não vou expor a intimidade deste caso, mas saliento que, Neuza conseguiu reunir internamente evidências experimentais de que a pessoa que sente falta, saudade, o carinho, o toque, o ser, a alma, se trata de uma outra pessoa que por orientação evolutiva dos amparadores, ficou, e, ela, retornou, devido a tarefa de vida de resgate que teria de empreender em sua família.

É aqui que me defronto com este caso de etiologia extrafísica da melancolia e angústia, cujas raizes remontam ao período não das vidas sucessivas no estado de renascimento (intrafísicas) mas, o trauma se fixa justamente no período extrafísico. Com a fixação pré-edípica do trauma, a pessoa desenvolve sistema de defesa de retorno, não conseguindo se fixar satisfatoriamente na Terra, reencarnada, em corpo presente. Esta dificuldade de fixação nesta dimensão foi descrita de forma precisa por Barbara Ann Brenan, através da estrutura de defesa esquizóide, forma esta também estudada pelo psiquiatra, aluno do Dr. Wilhelm Reich, Dr. John Piearrkos. Através deste sistema de defesa, a pessoa não fica presente no aqui e agora, mas vive em algum lugar distante, apresenta parapsiquismo diferenciado dos demais e os traços de melancolia, racionalização e desvios da realidade para um mundo ideal, via fantasias, apresenta-se mais central. Evita o contato para manter-se inconscientemente fixada no trauma, neste caso, no contato com a dimensão extrafísica.

O trabalho clínico psicoterapeutico neste caso é a compreensão vivencial e reflexiva do que está ocorrendo facilitando o realinhamento consigo e com a vida, com o planeta e com a condição atual de reencarnada, ressexualizada, ressomada. A aceitação das condições e dos reais motivos que fizeram a separação uma medida evolutiva necessária é vital para o realinhamento.

24.9.11

Paramicrobiologia e Comunicação Extrassensorial: micro-organismos, suas relações com PSI nos humanos e pacificação das relações microecológicas

Por Dr. Fernando Salvino (MSc.)
Parapsicólogo Clínico, Psicoterapeuta e Conscienciólogo


A Paramicrobiologia, embora ainda não exista tecnicamente, servirá para o estudo de PSI em bactérias, vírus e outros micro-organismos, no complexo e intrincado processo de comunicação, reprodução e compreensão das relações entre estes seres, principalmente, mutações e PSI humana, especialmente a PK e Telepatia.

A presença de Percepção Extrassenrial na relação entre humanos e outros animais como aracnídeos, cães, gatos e assim por diante, nos leva a expandir PSI para o universo microbiológico, nas interações de campo existentes entre o humano (hospedeiro) e as colônias de micro-organismos que povoam o planeta há cerca de 3,8 bilhões de anos, localizados em rochas antigas. Existem mais bactérias, por exemplo, em nosso corpo do que células, e chega a ser 10x mais bactérias que células, o que torna o corpo humano mais um conglomerado bacteriano do que celular, um ecossistema complexo e plurihabitado. De acordo com a microbiologista Anne Maczulak (clique aqui), temos mais de 200 espécies de bactérias vivendo em nossas peles, o que torna impossível que possamos viver sem bactérias, devido sua função de defesa. O corpo, assim, é um intrincado ecossistema. O microbiólogo Gerald Callahan, enfatiza que "uma colônia de Staphylococcus aureus vivendo no braço pode ficar se conectando ao longo dele, povoando-o e impedindo a entrada de invasores sem prejudicar o corpo. Mas, se você se cortar ou se seu sistema imunológico estiver comprometido, essas bactérias podem causar uma infecção". Ou seja, o comportamento bacteriano varia conforme o estado do sistema imunológico humano, e este, conforme os estados psíquicos.

Em relação ao sistema imunológico e suas relações íntimas com os processos psíquicos, temos que “as emoções, sejam elas positivas ou negativas, são transmitidas a todas as células do corpo humano. O cérebro conta com mensageiros que levam aos órgãos os nossos sentimentos. São compostos químicos, os neurotransmissores, que reproduzem em códigos todas as nossas emoções. Assim, cada célula retrata o que estamos sentindo e como estamos vivendo” (Patrícia Prigol, Psicóloga). Tal realidade é demonstrada inclusive matematicamente, diante da realidade de que os PSICONS (Dr. Geraldo Sarti), através da mente, cria a matéria/energia, o que significa que as funções mentais psíquicas através do efeito PK, geram ressonâncias sistêmicas no corpo, seja através de idéias e/ou emoções, todo o corpo é inundado pelos processos psíquicos ininterruptamente. Basta fazermos o teste simples, de evocarmos uma lembrança traumática da infância ou outra fase da vida e perceber as alterações no corpo, como nos batimentos cardíacos e ritmo respiratório. O efeito PK é automático (ver a tese dos PSICONS aqui). Expandindo, toda a atividade psíquica gera ressonâncias não só no sistema integral de células do corpo, mas, no ecossistema bacteriano 10x superior ao número de celulas no corpo. Acontece que aqui ocorre uma diferença: as bactérias são seres vivos, enquanto as células são micro-sistemas de um organismo maior, o corpo unificado, incluindo a psiqué. E, sendo seres vivos, são consciências e, sendo consciências, apresentam atividade psíquica, de uma forma ou outra. A paramicrobiologia é também, neste sentido, o estudo da consciência (mente, psiqué) dos micro-organismos.

E como se dá a comunicação entre o psiquismo humano e as trilhões e trilhões de bactérias e outros micro-organismos que nos povoam? Por hipótese, dá-se pela Percepção Extrassensorial, telepatia, psicocinesia ou outra forma de comunicação ainda pouco compreendida (mas, PSI), capaz de gerar reações sistêmicas em populações de bactérias ocasionando as mutações. E, se bactérias reagem a um estímulo de forma inteligente, desafiando as mentes de microbiologistas, então, bactérias também são consciências, mas consciências pertencentes a outra ordem evolutiva nas escalas tanto espiritométricas (Kardec) como conscienciométricas (Vieira).

A paramicrobiologia, por exemplo, precisará estudar os efeitos da irradiação de energia pelas mãos, por exemplo, nas populações de bactérias e outros micro-organismos, apresentando íntima ligação com áreas ainda polêmicas como a Hemeopatia e Floralterapia. Como reagiriam as bactérias num dado sistema entrópico, uma infecção na pele, por exemplo, às irradiações de energias amorosas e serenas exteriorizadas por sensitivos treinados, como o são os profissionais capacitados e experimentes atualmente trabalhando em clínicas holísticas, centros espíritas, os profissionais do reiki, e assim por diante? E como reagiria este mesmo sistema que a pessoa modificar seu modo de pensar e sentir, suas crenças associadas psicossomaticamente à entropia? As populações de bactérias reajariam diferentemente ao estímulo amoroso? Se o sistema imune responde à atividade psíquica e se a resposta é negativa (baixa do sistema, entropia), as populações precisam se rearranjar, pois um abalo emocional no sistema gera reações contrárias ao sistema, visando a preservação das bactérias (10x-pop.células) - hipótese. Doenças como câncer e outras, apresentam etiologia básica nos processos psíquicos causadores das somatizações. Obviamente, se a consciência ou psiqué humana se comunica ininterruptamente pela telepatia e psicocinesia com as imensas populações de bactérias no corpo, assim, quando nos agredimos com pensamentos e sentimentos tóxicos, geradores de estados depressivos, por exemplo, que comportamento poderíamos esperar das bactérias a não ser o ataque ao nosso corpo como forma instintiva de defesa contra a depressão do sistema? E como reabilitar o organismo sem que precisemos matar as bactérias? Qual o impacto de uma mudança sistêmica na forma de pensar-sentir nas patologias microbiológicas de etiologia psicossomática? Por dedução, pressuponho que qualquer ser vivo gosta de ser "bem tratado", respeitado, e, uma rede de pensamentos-sentimentos harmônicos, dirigidos a si mesmo, num ato de amor próprio contínuo, faz com que as populações se reorganizem em retornem ao equilíbrio ou a homeostase do sistema.

Com a evolução da Paraciência poderemos alternar o foco: sair do belicismo de tentarmos lutar contra as bactérias e micro-organismos, matando-as, aniquilando-as (paradigma da guerra, do belicismo e da violência) e adentrar noutra esfera, relativa a autotransformação visando o fortalecimento contínuo do sistema imunológico, a partir da homeostase psico-orgânica, numa comunhão pacífica com os ecossistemas hiperpopulosos que coabitam nosso corpo. A relação entre o amor a si mesmo parece ser direta no que diz respeito a homeostase pessoal e ao equilíbrio das populações de micro-organismos no corpo. E esta comunicação é extrassensorial.

22.9.11

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDHA): Uma Visão Parapsicológica e Evolutiva

Conexão cérebro-paracérebro
Por Dr. Fernando Salvino (MSc.)
Parapsicólogo Clínico, Psicoterapeuta, Conscienciólogo


Em 1986, creio eu, estava na quarta ou terceira série do primeiro grau e estudava um livro de ciências, deitado em minha cama, e precisava entender um conteúdo bem complexo, que falava da antropologia, australoptecus e assim por diante. O assunto era a evolução do homo sapiens sapiens e seus antepassados. Gostei do assunto, porém, foi a primeira vez que me lembro de ter de ficar um tempo grande diante de um livro e diante de um assunto extenso e da necessidade de ter de saber do assunto, para fins de ser testado numa avaliação pela escola. Minha atenção voava longe... lia a primeira linha e mal conseguia prestar atenção... Ia longe e longe... Tinha de ler em voz alta, bem forte, fazia uma força intença para me concentrar e nada... Mal conseguia prestar a atenção no que lia, quando percebia, já se passara o texto todo e não sabia nem o que tinha lido... era como se houvesse dois Fernandos, um que lia e outro que viajava, um que falava o que lia e outro que pensava em uma, duas, três, quatro, cinco coisas ao mesmo tempo. Minha mente era capaz de raciocinar simultaneamente muitas coisas ao mesmo tempo, mas, o texto, nada. Foi a primeira vez que me lembro de ter tido essa dificuldade. Ao longo dos anos minha dificuldade foi se intensificando. Da 6ª série em diante, começei a pegar recuperação em matérias na escola. Não conseguia prestar atenção em praticamente nada que os professores explicavam em sala de aula. Nada daquilo me interessava, achava chato, fadonho, desestimulante. Começei a praticar desenho no meu caderno, enquanto simulava prestar atenção. Adorava ficar desenhando, coisas complexas, projetos de carro, e outras coisas que me interessavam. Na época sonhava em ser projetista de automóveis avançados de corrida, e desenhava protótipos, obviamente, rudimentares para uma criança de pouco mais de 10 anos de idade. No entanto, conseguia ficar simplesmente horas a fio desenhando e com a atenção completamente focada naquilo. Mas, na sala de aula, nada. Minhas notas eram o mínimo necessário, e tratava de administrar bem isso para não repetir de ano. Ficava em recuperação simplesmente em todas as matérias geralmente e, em uma semana, estudava obsessivamente todo o conteúdo escolar, para ao fim, passar em todas as matérias. E foi assim até o fim do 2º grau. Minha incapacidade de prestar atenção era latente. Talvez pelo meu problema de visão, o estrabismo, que me incapacitou de conseguir uma boa focalização nos objetos visuais, o que me parece tornar mais complexa a concentração auditiva ainda mais em coisas desinteressantes.

Mas descobri ao longo de minha existência que não tinha exatamente problema de concentração, mas antes disso, de que se tratava de um traço potente de minha personalidade, onde eu geralmente fazia somente aquilo que me interessava. E o que não me interessava eu não fazia ou mostrava-me muito resistente a fazer, e fazia de tudo para não fazer e mesmo ausentar-me de situações onde era obrigado a fazer algo que me desestimulava.

Sem entrar muito a fundo, os sintomas que eu apresentava e certamente os ainda apresento diante de minha dificuldade de me concentrar até mesmo em coisas que me interessam muito, porém diante destas coisas minha concentração é mais ativada pelo interesse e motivação, podem ser descritos através de TDAH. E realmente, por experiência própria, é uma transtorno, porque gera sofrimento devido a visceral incapacidade de focar minha concentração em coisas desinteressantes. E nada mais desinteressante para mim que uma sala de aula onde tem um professor que fica falando e falando acerca de um assunto desinteressante e sem qualquer aplicabilidade prática, sem sentido para o aluno. Mas para um TDAH convicto como eu, até que fui longe, consegui obter meu diploma de mestrado em educação numa universidade federal. E o fiz como desafio existencial, onde quis me colocar em prova para superar meu problema. E o consegui em muito, mas também, colhi alguns problemas de relacionamento com professores devido a minha não obediência em fazer aquilo que diziam para eu fazer e, principalmente, ler. Eles desistiram de tentar.

O desinteresse é o ponto central de TDAH. E o desinteresse possui uma razão bastante simples para muitas pessoas que apresentam os sintomas deste transtorno: viemos de dimensões mais evoluidas que este planeta, onde os cursos, os aprendizados, as matérias, as ciências, são muito, mas muito mais avançadas que o que as escolas atualmente ensinam. As escolas ainda não ensinam projeciologia, física quântica, parapsicologia, evolução, cosmoética e assim por diante, os assuntos mais relevantes para nossas vidas. As escolas ensinam justamente conteúdos ultrapassados que pouco servem para vida real, multidimensional, a evolução da consciência e o sentido de estarmos vivos. Aos 13 anos, entrei para a umbanda kardecista, na realidade uma espécie de centro espírita alternativo, onde começei a estudar O Livro dos Médiuns. Aquilo sim tinha sentido. Na sala de aula, tinha que aprender logarítmo. Eu pensava: para que? Qual o sentido de saber isso? Até hoje a pergunda encontra-se sem resposta. O resultado era um desinteresse geral pelas aulas e, obviamente, minha atenção estava dirigida para aquilo que me interessava: desenhar e meninas, paquera, namoros, e assim por diante. Paralelo, estudava os assuntos transcendentes. A experiência fora do corpo aos 9 anos de idade tornaram a escola algo realmente insuportável. Ficar dentro de uma sala era uma tortura, nada tinha sentido. Eu saia da sala, e acabei ficando anos e anos, fora da sala. Os motivos disso também tinham relação com minha vida passada como médico psiquiatra (ver estudo), onde trabalhei num asilo muito parecido com o colégio onde estudei nesta vida, piorando meu TDAH e minha tendência em me ausentar das salas e visitar outras salas e amigos, colegas, caminhar pelos corredores, etc.

TDAH e indícios de tarefa complexa de vida

Conforme citei acima, partindo de minha experiência pessoal, sustento a tese de que determinados casos de TDAH, porém, não todos, possuem relação direta com indícios de que a pessoa portadora do transtorno apresenta tarefa de vida complexa, relacionada aos assuntos profundos da existência e da evolução da consciência. O núcleo real do interesse necessita ser compreendido e estimulado pelos pais para que a criança passo a passo vá conseguindo identificar seus interesses e sua real tarefa de vida nesta existência.

TDAH e SEST (Síndrome do Estrangeiro)


As relações entre TDAH para os casos aqui citados apresentam relação direta com SEST ou a Síndrome do Estrangeiro, tal como definida e estudada pela consciencióloga Malu Balona. A SEST é a síndrome associada a perda de lucidez relativa a procedência extrafísica e sintonia com aquela, gerando inadaptação dimensional com esta realidade atual. Geralmente portadores de SEST apresentam problemas de adaptação social e, nesta hipótese, podem apresentar TDAH também. Devido a isto, a falta de sentido das coisas em geral percebidas ano após ano pelo portador de TDAH, gerando o desinteresse geral pelas coisas, pode se agravar até a eclosão da SEST. Aqui pode coincidir o envolvimento com arte, psicotrópicos e outros meios de fuga para a suposta sociedade cujos flashes de memória incidem na mente da pessoa neste estado. As memórias são de uma sociedade evoluida, pacífica, justa e assim por diante. Não se trata de um ideal, se trata das sociedades extrafísicas mais avançadas, verdadeiros celeiros das ciências avançadas da consciência. Esta melancolia geral associada a TDAH e agora com SEST, pode predispor a pessoa a outros tipos de transtornos, agora, psicóticos. Devido a paranormalidade da pessoa envolvida e associada a esta sequencia de transtornos, pode além disso, se instalar a SPI - Síndrome da Personalidade Intrusa, onde a pessoa, sensitiva, é acometida pela intrusão de espíritos ou consciência extrafísicas perturbadas, suicidas, para-psicóticos e assim por diante. Mas não é suficiente. A pessoa possui noção e lucidez relativa para continuar adiante até que consiga compreender a natureza do sofrimento que a acomete e que a levará a estar alinhada com seu verdadeiro motivo que a fez retornar a esta dimensão.

Descobrindo a tarefa de vida e superando TDAH, SEST, SPI e outros distúrbios associados

Aqui inicia uma jornada cujo fim se dará com a execução satisfatória desta tarefa de vida. A alinhamento se dá pela exploração lúcida, honesta e amorosa do núcleo de interesse, a partir de uma investigação profunda, envolvendo retrocognições, projeções conscientes para fora do corpo e muito estudo, mas somente de estudos que estão sintonizados com o núcleo de interesse da pessoa.

Algumas considerações

O TDAH não é um transtorno simples nem fácil de se resolver. Pode sim, ter fatores biológicos, mas neste caso, o fator central está na pessoa estar vivendo no seu núcleo de desinteresse, fora de alinhamento, temporário. A resolução de TDAH se dá quando SEST é eliminada gradualmente a partir do interesse que a pessoa vai tendo em viver aqui, nesta dimensão humana, com tudo o que é oferecido aqui para evoluirmos.

Precisamos compreender profundamente que vivemos num planeta que pode ser em grande medida considerado um imenso asilo para tratamento da sanidade mental humana. E aqui viemos para cumprir a tarefa básica de prestar auxílio geral para dinamizar a evolução principalmente, a partir de um trabalho de elucidação, ajudando as pessoas a tornarem-se mais lúcidas de si e de onde estão, expandindo a amorosidade, o respeito e o cultivo de valores práticos mais profundos.

Qualquer problema de aceitação das reais condições aqui, deste planeta, poderá gerar um alheamento da realidade e, com isso, aumentará as chances de algum distúrbio mental grave, como um surto psicótico ou mesmo um surto de pânico. Por outro lado, são manifestações do desalinhamento e podem ser corrigidas pelo ajuste da percepção multidimensional, progressiva, gradual.

19.9.11

Sexometria e Dessexualização Permanente: Sobre o Fundamento Sexométrico da Teoria da Consciência Livre ou Espírito Puro (moksha)

O orgasmo cósmico da cosmoconsciência.
Por Dr. Fernando Salvino (MSc.)
Parapsicólogo Clínico, Psicoterapeuta, Conscienciólogo



Na proposta da Sexometria ressurge o pensamento de Confúcio, quando disse: “estou para ver um homem que ame mais a virtude do que a beleza feminina”. A recíproca parece ser verdadeira, no sentido de estarmos para ver uma mulher que ame mais a virtude do que a “beleza” masculina.

Assim, enquanto uma consciência estiver colocando diante de si a valorização da beleza, relativa neste caso ao corpo e ao sexo tão somente - tanto feminina quanto masculina - sobre a virtude, então, podemos vislumbrar relacionamentos pertencentes à zona de transição para baixo.

A aresta poligâmica é proporcional a este desequilíbrio. Quanto maior for à predominância das questões relativas ao sexo/sexualidade sobre a virtude, maior será a aresta poligâmica e, portanto, distúrbios no relacionamento. É necessário colocar aqui que nem todas as pessoas se preocupam com esta incongruência entre a virtude e a pulsão. A virtude não é o superego freudiano, mas, o caminho da benevolência, que inclui uma série de atitudes, incluindo a coerência, o dar o melhor de si e o “ame seus semelhantes”. A incongruência entre a PSS e VIR evidenciam a incoerência interna da consciência que caminha para duas direções simultaneamente. A Virtude está para Tao, assim como Tao está para o Caminho. Caminho e Virtude são realidades, daí sim, interconectadas e interdependentes.

Assim, temos que, quanto maior é a PSS sobre a VIR, maior é a AP.

PSS > VIR > AP
PSS: pulsões sexuais/sexualidade/desejo sexual/sexo
VIR: virtude
AP: aresta poligâmica

Diante do fato de ser a pulsão sexual básica, de natureza poligâmica, biológica e socialmente evidenciada, assim, cabe a outra instância da consciência dar direção correta a esta pulsão. Esta instância é a virtude, o campo superior do discernimento que se manifesta como a priorização de escolhas lúcidas, cujo amor, o respeito, o dar o melhor de si, o usar-se como medida para o “julgamento” alheio, o colocar o “coração” como o centro do discernimento e orientação, o “não impor ao outro aquilo que não farias para si mesmo” e assim por diante. Estes norteamentos dão corpo à Virtude, enquanto orientação cósmica da evolução da consciência, o Tao da Evolução.

A superação do nível da Zona de Transição, onde a maioria de nós se encontra - visto que a virtude e as pulsões sexuais encontram-se em tensão crônica, onde o desejo aponta para uma direção e a virtude para outra, onde ocorre a priorização da primeira em detrimento da segunda, que acaba sendo uma castração necessária em prol do princípio “que aconteça o melhor para todos”, atitude anti-egoísta e mais universalista – ocorre a partir da atitude de sincronia com o campo da benevolência, a generosidade por excelência, o respeito por si e pelo outro, a amorosidade na prática sincera dos atos intencionais da consciência. O resultado desta tensão é, obviamente, dentre tantos sintomas: angústia, ansiedade e culpa.

Sobre a relação entre o trinômio angústia-ansiedade-culpa e a Zona de Transição.

A Zona de Transição é a zona da culpa, da angústia e da ansiedade, tal como classifica Freud na categoria das neuroses. Este trinômio se dá como disse acima, pela tensão entre PSS e SPE (superego, ou supereu). Quero trazer aqui que a tensão é mais profunda, pois aspectos do SPE pertencem a VIR (Virtude) e, sendo virtude, caracteriza-se como Caminho natural da evolução da consciência, como o é a prática do amor puro, do perdão, das reconciliações, e assim por diante. Então, a tensão entre PSS e VIR evidenciam a relutância do ser em não posicionar-se no Caminho. O Caminho é o Tao de cada um, enquanto o centro, o eixo interno que se manifesta como o Eixo cósmico comum da totalidade indivisa (holomovimento), que a cada passo da existência torna-se mais sincrônico com a ordem cósmica maior, inteligente e benevolente por excelência. Não se trata de Deus, mas do fundamento mesmo de Deus, do que o possibilita existir e ao mesmo tempo não-existir. É o Deus-Não-Deus do Cosmos: é o que possibilita o SER e o NADA, o EXISTIR e o não-EXISTIR. Pertence pois à Transciência.

A transcendência da Zona de Transição se dá progressivamente conforme a pessoa coloca como valor maior a VIR sobre tudo o mais. Assim, a própria prática, conhecimento, trabalho sobre e reflexão acerca da VIR torna-se o Caminho pessoal e intransferível de cada um de nós pelo Universo, sem começo, sem fim.

E esta prática vai tornando a vida desta pessoa mais liberta do trinômio angústia-ansiedade-culpa libertando-a para uma vida gradualmente mais madura afetiva e sexualmente. No entanto o processo parece oscilante. Não consigo ver evolução da consciência sem uma correspondente evolutiva no âmbito sexual e da sexualidade. É aqui que ocorre uma junção, aparentemente estranha, dos pressupostos da Psicanálise e outras áreas que se debruçaram sobre a sexualidade, sobre com as pesquisas avançadas da consciência multidimensional.

Se numa relação, a pulsão sexual-sexualidade (PSS) está acima da Virtude (VIR), então, diante da primeira crise ou diante de novas PSS mais atrativas um dos parceiros se vê diante da abertura da aresta poligâmica, que, conforme já classifiquei, embora introdutoriamente, pode se manifestar ou pelas vias de fato, aqui ou na dimensão extrafísica, ou através de sonhos ou devaneios de natureza sexual-sexualidade, esboçando a vida, neste último caso, de poligamia oculta e, no primeiro, de poligamia expressa. A monogamia sexual enquanto referência de maturidade afexual humana, quando natural e escolhida pelo discernimento, sem esforço ou pressão de moralismos repressores, coloca a poligamia assistencial como a referência mais ampla e cosmoética da assistência, transcendendo a promiscuidade. As leis biológicas parecem blindar a promiscuidade e o sexo como fundamento dos relacionamentos. Senão vejamos o alto grau de doenças venéreas que impedem das pessoas se associarem livremente uns com os outros sem proteção e cuidados. HIV, HPV e as demais doenças parecem apontar como sistemas biológicos de amparo à promiscuidade humana e apoio às relações ancoradas pelo fraternismo. O próprio incesto é blindado pela Biologia como atitude que poderá acarretar problemas genéticos caso houver filhos da relação. Os efeitos colaterais da pílula anticoncepcional e, ao contrário, a facilidade em controlar a gravidez, faz com que mais e mais mulheres e homens se aventurem livremente e acabem contraindo doenças venéreas por aí afora, colocando em risco a vida de seus cônjuges, futuros parceiros e mesmo filhos. Chamadas de DST – doenças sexualmente transmissíveis, torna as relações mais delicadas, mais necessitadas de escolhas conscientes do parceiro, indo além da beleza e aparência. Por outro lado, depoimentos por aí afora colocam que é comum ainda hoje em dia, apesar do esclarecimento em massa, pessoas terem relações sexuais com prostitutas sem qualquer proteção, configurando prática de tentativa de suicídio, em médio e longo prazo.

A blindagem biológica quanto ao comportamento promíscuo humano - porque o comportamento promiscuo dos cães, por exemplo, não apresenta inconvenientes – caracteriza-se como algo anti-biológico, e leva a espécie a sua dizimação e contaminação. Se a PSS é poligâmica e se não gerenciada pelo discernimento maior, leva a pessoa a uma vida promíscua, colocando assim, em risco a sociedade com as DSTs, assim nos resta aprender o sentido da sexualidade e suas relações com a evolução da consciência. Prefiro dizer que a PSS básica é poligâmica, mas não sexual restritamente falando. Ela é poligâmica sexualmente falando numa direção de fraternismo, de assistência coletiva, de uma rede de pessoas ligadas umas as outras por laços fraternos. E sendo o renascimento ou reencarnação um fenômeno também de ordem da ressexualização da consciência, qualquer relacionamento é, em grande medida, relacionamento sexual. E isto não apresenta problema quando a forma como os relacionamentos são estruturados a partir de laços de fraternidade, transcendendo o desvio da PSS para a promiscuidade. Por outro lado, parece natural que pelo ponto de vista darwinista básico, haja uma seleção da espécie mantendo os mais aptos vivos e os menos aptos fora do planeta. Isso explica a PSS desviada para a promiscuidade, a imensa contaminação social e os desencarnes relacionados a isso, como forma de manutenção da homeostase ecológica do planeta.

Por outro lado, como disse acima, existe uma lógica de ser PSS poligâmica, devido a natureza mesma da VIR. Se a pessoa consegue deslocar sua PSS para o campo universalista da assistência mais fraterna, então, ocorre uma maturação da PSS, em direção do que posso aqui chamar de Fenômeno da Assistencialização da Pulsão Sexual-Sexualidade. Assim, podemos vislumbrar uma unificação entre a sexualidade e a evolução da consciência.

Sobre o Fenômeno da Assistencialização da Pulsão Sexual-Sexualidade (FAPSS).

O FAPSS significa que a pessoa está trilhando um caminho de reversão da função da PSS, básica, poligamicamente estruturada para o sexo, a procriação, proliferação da espécie, promiscuidade, assim por diante, como forma de manter a homeostase e a sobrevivência dos mais aptos no planeta. Esta reversão se dá pela abertura da aresta poligâmico-fraterna, ao invés da aresta poligâmico-sexual. Esta abertura fraterniza o centro de consciência, equilibrando as energias, inclusive gerando saciedade afetivo-sexual reversa. Tal fato evidencia algumas pessoas da humanidade que adotam o celibato (no sentido de não ter relações sexuais) não por opção castradora e anti-evolutiva, repressiva, religiosamente imposta e anti-natural, mas por opção lúcida e natural da reversão poligâmico-fraterna progressiva, direcionando toda a energia, incluindo a sexual já amadurecida, para a assistência em larga escala, através do cultivo do amor puro amplo e universal. É o cultivo da pura espiritualidade sem hipocrisia. Tal processo progressivo de amadurecimento gera a transcendência da existência de casais monogâmicos sexualmente estruturados para a reversão completa da PSS (FAPSS) em direção ao maxifraternismo vivido.

Assim, como hipótese, nos níveis mais elevados da Escala Sexométrica temos a ausência de dupla evolutiva e de sexo, cujo sintoma básico da maturação da PSS se manifesta pela assistencialização integral de toda energia consciencial em prol do bem estar de todos. Quando uma consciência encontra-se neste grau evolutivo, podemos dizer que está terminando os ciclos de ressexualizações (renascimento) e dessexualizações (morte), e migrando para a condição de espírito puro ou consciex livre (moksha): consciência pura, sem sexo. Este fato pode ser comprovado pelo contato com os amparadores mais evoluídos, que manifestam uma aparência assexuada, sem pender para a energia masculina ou feminina; é algo neutro, equilibrado, as energias yin e yang mais ajustadas e harmônicas, serenas e fraternas num nível agudo.

Desta forma, podemos vislumbrar a unificação, embora preliminar, da evolução da consciência com o sexo/sexualidade. O sexo/sexualidade impõe que precisamos de um “outro” para nos satisfazer, nesta condição natural anti-egoísta, tirando-nos do isolamento. Mas, em dado momento, tal pulsão torna-se puro egoísmo quando podemos fazer contínuas reversões da PSS em prol do bem estar dos demais, ao invés de priorizar a satisfação da pulsão somente pela via sexual, o que gera a promiscuidade e os desastres dos relacionamentos.

Esta serenização consciencial íntima pacifica a energia geral, a consciência, a mente, os pensamentos e sentimentos e atitudes, os chacras e os colocam em harmonia, diminuindo a ansiedade sexual e aumentando a saciedade evolutiva geral. Um dos métodos mais eficientes para iniciarmos esta reversão é o voluntariado em alguma área libertária das consciências e a prática integral de assistências às pessoas, onde podemos aprender a olhar e nos relacionar com os outros a partir do nível do fraternismo (corono-fronto-cardio-chacra) e não do sexo (sexochacra).

Sobre as Zonas de Holomaturidade Afetivo-Sexual

Adiante da Zona de Transição, temos a Zona de Holomaturidade Afexual, donde se divide em duas micro-zonas. A primeira é a zona da saúde afetivo-sexual contínua, destituída de quaisquer carências desta natureza. Aqui necessariamente os parceiros deste relacionamento realizam a reversão consciente continuamente, a não colocam a PSS como ponto central, mas a VIR, na prática de alguma tarefa assistencial libertária. Ocorre sexo, vida sexual e sexualidade em altíssimo nível, provavelmente, incompreensível para nós, mas a relação está ancorada noutro eixo: o amor puro e a assistência às pessoas e ao cosmos, numa ligação consciente com a vida e a existência maior em alto nível. Não existem notícias destes casais nos jornais e revistas. São os casais que inspiram os filmes e ficções em relacionamentos.

Mais para frente, temos a zona da holossaúde afexual (afetivo-sexual), donde inexistem relações conjugais tal como a conhecemos. Aqui ocorre a reversão profunda que pode ser classificada em 3 graus de profundidade:

1. reversão moderada, onde a consciência ainda está se acostumando com a vida livre da PSS e totalmente revertida e assistencializada para um raio universalista de alta amplitude.

2. reversão alta, onde a consciência está acostumada com a vida livre da PSS e diante da reversão completa prepara-se para a total transcendência da dimensão humana ou sexualizada. A consciência neste degrau evolutivo prepara-se para tua total dessexualização ou estado de dessexualização completa. Nesta condição as expansões universalistas das tarefas assistenciais libertárias se intensificam e o grau evolutivo associa-se aos serenões.

3. reversão final, quando a consciência está no exato momento da evolução da consciência em que se dessexualiza integralmente, vivendo tão somente como uma consciência livre de qualquer referência de forma e tempo, próprio da condição sexualizada do espírito.

Assim podemos situar, mesmo que ainda introdutoriamente, a relação direta entre amadurecimento sexual e evolução da consciência. Assim temos o princípio de que:

Quanto mais evoluída é a consciência mais transexuada (no sentido de ter ido além do sexo) ela é e; por conseguinte, e naturalmente, mais amorosa, cosmoética, fraterna, benevolente, serena e harmônica cosmicamente ela se manifesta em altíssimo nível de discernimento e amorosidade hiperlúcida. Não por repressão, mas por transcendência natural da evolução, por não precisar mais da sexualidade para evoluir, de corpo, forma e espaço, e por tê-la dispensado e transcendido-a lucidamente em prol da evolução de si e de todos. Os orgamos aqui são cósmicos, produtos das projeções avançadas de mentalsoma, com a consciência livre, expandida omnidirecionalmente, irradiada cosmicamente pelo universo, espalhada e diluida, transcendendo a experiência restrita do orgasmo sexual, pertencente aos níveis abaixo da escala sexométrica. O sexo, se podemos assim chamar, aqui é com o cosmos, numa experiência de unicidade com a existência e com a Vida em sentido profundo e incompreensível para nós. Sua vida sexual e amorosa é com o Universo, num "casamento" permanente com o cosmos. Assim, as experiências parapsíquicas colocam o prazer transcendente como o orgasmo maior ao nosso alcance, além daquele obtivo pela via da relação sexual. O prazer aqui é amplo, profundo e adentra nas profundezas da estrutura psíquica da consciência inteira. Atravessa não somente as células, mas todos os psicons, as partículas mais elementares do self. Quando a consciência ultrapassa ainda esta fronteira, ela não mais se sexualiza, torna-se um centro de amor puro hiperlúcido. Ela está livre, vivendo tão somente no ser.



12.9.11

Homo Sapiens Sapiens: Estrangeiros de Si Mesmos e do Mundo

Por Dr. Fernando Salvino (MSc)
Parapsicólogo Clínico, Psicoterapeuta e Conscienciólogo



Existe algum critério seguro para definirmos sonho, ilusão, loucura e fantasia de REALIDADE?

Sempre que tenho uma experiência consciente fora do corpo, reflito sobre a natureza da consciência. Seria a vida humana uma extensão de nossos sonhos? Ou a vida humana seria a vida REAL enquanto que a vida no sonho, IRREAL? Qual a natureza da realidade? Se posso ficar lúcido mesmo fora do corpo, despertando-me no meio de uma atividade onírica, sonhando e, após, perceber-me lúcido fora do corpo, então: quando eu estou devaneando aqui, na vida humana comum, "viajando" em imagens oníricas caminhando e, em dado momento tomo minha lucidez e percebo-me da condição de "viajante" devaneador; assim, qual a diferença essencial entre a vida aqui, humana e, a vida possível no universo dos sonhos (extrafisicalidade)? A minha tese é simples: somos consciências e, como consciências, o que predomina é o estado de consciência em que nos situamos, independente de "onde estamos", mas, o importante é, o "comos estamos". Estou lúcido ou sonhando? Estea aqui ou "lá", a realidade nos mostra proporcional ao nosso grau de lucidez. Quanto maior a lucidez, maior a noção de realidade. Quanto menor a lucidez, menor a noção de realidade. E estados de menor lucidez incluem o devaneio (devaneio diurno) e o sonho comum (devaneio noturno). Se eu acordo de um devaneio comum (diurno), dizemos que estamos lúcidos no estado intrafísico da consciência. Se acordo de um devaneio noturno (sonho), dizemos que estamos lúcidos no estado projetivo da consciência. Porém, a maioria das pessoas encotram-se numa condição de contínuo devaneio, extendendo sua atividade sonhadora para a noite, impossibilitando a expansão da consciência para a realidade multidimensional consciente. Em casos mais agudos, ocorre a crise onde a pessoa sente estar perdendo a sanidade mental, por questionamentos agudos acerca da natureza da realidade. Podemos ver esta condição como psicopatologica, o que não é errada, pois é um sofrimento psíquico. Por outro lado, podemos ver como uma situação natural de evolução em direção a uma vida mais lúcida de compreensão da natureza da realidade.

O limite da realidade é a própria fronteira psíquica que delimita até onde uma pessoa em sã consciência, lúcida pode ir, sem perder totalmente sua noção de si mesma e da realidade. Cabe a cada um saber exatamente onde se localiza este limite para que crie dentro de si referência de segurança, como atitude de autorespeito e prevenção de problemas mais graves.

No entanto, como conheceremos tal área psíquica?

A geografia interna, ou a topografia da consciência, indica que determinados estados emocionais intensificados podem apontar para esta área limite, como por exemplo, os estados de pânico extremo, quando a pessoa tem a sensação percebida como REAL, de que está ficando louca, insana e perdendo o controle sobre tudo, inclusive acerca de suas fantasias e processos mentais sem controle e percebido como sem sentido. Além desta fronteira, encontramos os estados mais sérios de desestruturação psíquica, as psicoses instaladas e mesmo as mais complexas psicopatologias, ou melhor, parapsicopatologias: as parapsicoses e paraneuroses (distúrbios associados aos espíritos ou consciências extrafísicas).

Muitos oscilam, vão e voltam do limite da realidade, este ir e permanecer durante um tempo específico (curto ou mesmo longo), é o surto. Vão e voltam. Quando vão, estão em estado de surto. Quando voltam, retomam o sentido relativo de realidade. Mas em qualquer momento, podem perderem-se por dentro de suas mentes, como um estrangeiro se perde num território desconhecido e, ali, amedronta-se e vive num universo paralelo, tal como um viajante perdido noutro país, esperando alguém salva-lo e guia-lo no caminho.


90% da humanidade, numa estatística hipotética, vive sem conhecer satisfatoriamente o mundo interno onde vive, acreditando que viajar para outros continentes ou outros locais irá fazer com que se sintam mais confortáveis dentro de si mesmos. A probabilidade de que muito pouco se altere é grande. O território interior é território pouco explorado e conhecido.

Somos, como disse, estrangeiros de si mesmos.

E como somos estrangeiros neste território interno como não haveríamos de sentir medo diante de uma condição de labirinto, quando nos sentimos perdidos e desamparados dentro de nós mesmos, dentro de nosso próprio território mental, espiritual, interior?

Nós - eu, você - precisamos do mundo para nos situarmos dentro de nós mesmos, antes de vivermos permanentemente como consciências livres de espaço, tempo, corpo e geografia, no futuro próximo inevitável, na condição de liberdade cósmica permanente, em paz eterna, ou como o vedanta chamou há milênios atrás: o estado de moksha.

Para isso precisamos conhecer este território.

É aqui que remonta o sentido dos transtornos psicóticos, principalmente, como a fronteira, o limite da realidade, da insanidade e da perda ou ameaça de perda do controle de si e das coisas. Um medo irracional da não-existência, de que a insanidade tome conta e se aposse de todo o Ser da pessoa, sendo que a pessoa começa a sentir a pressão de seu Não-Ser, sua não-existência. Essa percepção ou medo, parece-me ser a base de todo e qualquer transtorno mais grave, como a esquizofrenia, a bioplaridade, e assim por diante.

O caminho é sempre o mesmo: o viajante precisa conhecer seu território interior, a fundo, senão será uma "vítima" de si mesmo, de estar caminhando por um local desconhecido e exposto a acidentes de percurso. Porque o caminho de conhecer este território, tanto o emocional, o existencial, o espiritual, o mental... necessita método, orientação. Dispõe de método confiável aquele que, algum dia alcançou o conhecimento mais integral de si mesmo.

Neste universo, inexiste normal, certo ou "o correto". Em cada um existe um território específico, um país interior, um mundo, um universo, diferente de todos os demais. E é tarefa de cada um conhecer esse local, esse mundo. Esse mundo se chama: Ser, Consciência, Espírito. Esta tarefa de conhecer a si mesmo é o motivo básico pelo qual estamos aqui neste planeta, experimentando a vivência de sermos humanos.

Como um sangue trafega pelas veias e artérias, a consciência trafega por dentro de si mesma procurando saber quem mesma ela é. Conhecendo sua "fisiologia interna", suas áreas sombrias e iluminadas, aumentando a segurança nesta caminhada e descobrindo que o processo mesmo de descobrimento torna-se o próprio sentido de existir, da mesma forma que a resultante desta decoberta progressiva, iniciada na atemporalidade cósmica, mostra-se como pacificação íntima, serenidade e harmonia interna conquistada pela dedicação ou evolução.

Você, é um estrangeiro de si mesmo?

7.9.11

Os Amparadores Extrafísicos: breve relato de caso clínico e outras considerações

Por Dr. Fernando Salvino (MSc.)
Parapsicólogo Clínico, Psicoterapeuta, Conscienciólogo
Espaço do Ser e Projeto Amanhecer (HU-UFSC)


(antes de começar este texto, quero compartilhar a presença de dois pássaros pica-pau aqui, em minha casa, no alto do morro do Canto da Lagoa da Conceição, cujo canto exótico, tirou minha atenção desde escrito, cuja beleza e ainda existência, toda vez que os vejo, faz sentir-me muito agradecido).

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Obs: o relato abaixo é modificado para evitar exposições indevidas do paciente aqui chamado de Edevaldo.
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As queixas de Edevaldo são múltiplas e se resumem à enorme dificuldade em lidar com seu processo de hiperssensibilidade, parapsíquico, medíúnico, paranormal. Ele procurou-me através do Hospital Universitário (UFSC), pelo Projeto Amanhecer (clique aqui).

Diante disso adentra em uma série de questões pessoais, conflitantes, donde o paciente não aceita como é e encara a questão toda de sua sensibilidade aguçada no sentido de não ser merecedor de tal "poder" ou "função". Não compreende o porquê ele possui tal capacidade.

Estudamos juntos, sessão após sessão,  a questão das "armadilhas mentais" assim como o estudo dos artigos que publiquei nesta revista lhe proporcionou maior clareza do assunto e de sua condição, complementando tudo o que é trabalhado em psicoterapia, aqui, parapsicologia clínica (uma modalidade de psicoterapia transpessoal ou consciencioterapia).

Na 3ª consulta ocorre um fenômeno não tão raro na minha prática clínica, porém, a raridade se dá porque o próprio paciente precebe o que eu percebo, ou seja, a livre presença dos amparadores extrafísicos em verdadeira aula de multidimensionalidade. Geralmente tal fato é presenciado por mim, quando sinto (PES - percepção extrassensorial, telepatia) e muitas vezes vejo-escuto (clarividência-clariaudiência-telepatia), os 2 amparadores que sempre me favorecem o suporte energético e o amparo nos atendimentos clínicos e extraclínicos. Tenho evidências pessoais hoje suficientes para informar que estou constantemente amparado por duas consciências extrafísicas, ao modo de 2 auxiliares invisíveis, e que, estes são coordenados por amparadores mais lúcidos que aparecem em momentos necessários quando minhas capacidades pessoais mostram-se insificientes ou precárias para determinadas tarefas assistenciais, tanto nos consultórios como na vida em geral, incluindo e principalmente a tarefa ampla de esclarecimento através desta revista. O acoplamento neste último caso é consciência-consciência, através de um acoplamento exclusivo pela cabeça, expandindo as energias do coronochacra e serenizando minhas emoções num nível acima daquilo que conheço como sendo "eu mesmo", evidenciando a presença inconfundível do amparo, mais lúcido e equilibrado, traduzindo-se sempre em aulas multidimensionais e oportunidades práticas de vivenciar a serenidade e o equilíbrio íntimos destas consciências que já pertencem a outra linhagem na escala da evolução das consciências. Mas até o momento, somente uma paciente teve a capacidade de captar e mesmo ver os amparadores ao meu lado, durante uma sessão clínica. Até então, eu julgava esta paciente como a mais sensitiva até hoje encontrada, paciente que entrava em transe espontâneo, fazia transidentificações livres e sem esforço algum, cujo aprendizado clínico centrou-se nela aprender a dar corpo, a incorporar a si mesma, antes de se arremeçar na mediunidade e no universo extrassensorial amplo e infinito.

Acontece que durante esta 3ª sessão, instala-se um campo parapsíquico, campo este energético com características de facilitar toda percepção extrassensorial mais ampla, irradiando-se para outras dimensões, donde se manifestam aí ao meu lado, os dois amparadores e mais uma amparadora mulher que fica ao lado da paciente. A percepção começa quando sinto a mudança na sintonia energética-consciencialda do consultório. É difícil explicar, verbalizar isso. Mas, ocorre uma alteração súbita do clima, alterando-se subitamente de um nível denso para outro, leve, cristalino, evidenciando a presença dos amparadores. Na minha prática, ao longo dos anos, fui aprendendo vivenciamente que quando um clima num ambiente está denso, pesado, é sinal de presença no local ou próxima de pessoas desencarnadas (espíritos, consciências extrafísicas) denotando insalubridade consciencial e toxidade no nível dos pensenes (pensamentos-sentimentos-energias e mesmo nas atitudes). Mas neste caso, ocorre o inverso, quando o clima altera-se de súbito é sinal de presença de amparadores. É leve, sutil, mais leve que o ar, é muito sutil. Mas o tipo de assistência parapsicológica potencializa estes aprendizados. É como uma malha limpa, cristalina, serena, de energia lúcida, consciente, poré, muito fraterna e destituida de qualquer traço de agressividade, distorções e desarmonias. É como um campo orquestrado, limpo, bem regido, sem interferências, o que possibilita uma expansão da consciência e um laboratório para a experiência direta com a realidade multidimensional, além das teorias, especulações e hipóteses.

Assim, fui aos poucos expandindo minha consciência e fui percebendo nitidamente a presença inconfundível destes 2 amparadores extrafísicos ao meu lado. Incialmente, apesar de percebê-los, não dou crédito por completo, onde fui tentando aumentar ainda mais minhas percepções para não cair em autosugestões, comuns, ou algum tipo imaturo de alucinação mental, também tão comum. Mas não, a presença era quase física, podia senti-los ao meu lado, vestindo-se com roupas brancas e mantendo continuamente a mente livre de ansiedade e de pensamentos antagônicos. Esta característica dos amparadores é impressionante, a maneira como conseguem manterem-se continuamente centrados em si, ajudando as consciências, porém, mantendo seus pensamentos e sentimentos num eixo contínuo de equilíbrio e serenidade, além daquilo que compreendemos aqui, nesta dimensão.

A percepção em dado momento é confirmada pelo paciente que, espontaneamente, relata o que observa, devido a seu olhar fixo e sensação leve de insanidade mental. Ele também percebe a presença ao seu lado direito, da amparadora mulher, assim, mesmo eu não falando nada a respeito do que eu mesmo estava percebendo, fui perguntando o que estava lhe chamando a atenção, e ele de pronto, apesar de achar estar ficando insano, relata suas percepções, que, imediatamente, são confirmadas por mim, atuando como verdadeira profilaxia de loucura e insanidade mental. Os fenômenos e percepções quando parapsíquicas são reais e constituem o mais amplo espectro da realidade perceptível, sendo a dimensão física, observável a olho nú, o pequeno e restrito espectro.

Informações são dadas a ele de que "que bom que ele [no caso, eu] está trazendo ele [o paciente] de volta...". O paciente reluta em dizer o que estão telepatizando no campo do consultório, e esclareço que possui relação com o "voltar de volta para casa".

O paciente sai revigorado, tranquilo e sereno. Ao contrário de seus sintomas agudos de ansiedade e medo. Após 4 sessões, ao fim, digo a ele que é merecedor de tal função, de tal qualidade, e que ele não é totalmente poderoso para desequilibrar o campo. Esta era uma crença potente nele, a de que ele era causador de entropias energéticas por onde passava, o que o levava para o isolamento das pessoas e mesmo do trabalho. Com a experiência, ficou comprovado que, mesmo ele estando em entropia, desequilibrado, isto não foi capaz de alterar o equilíbrio do amparo ali presente, que manteve-se coeso energeticamente e sereno o tempo todo da experiência.

Os fenômenos parapsíquicos vivenciados pelo pacientes eram extensos, mas incluia a mediunidade (contatos diretos com espíritos ou consciências extrafísicas amparadores ou não); clarividência (observação visual, mental, da dimensão extrafísica); telepatia/clariaudiência (ouvir o pensamento, sentimentos dos amparadores e outras consciências extrafísicas ou mesmo aqui, intrafísicas); precognição (pressentimento, visões, de morte de pessoas próximas, o que o deixava em constante estado de tensão).

Os fatores etiológicos do sintoma geral, ou a constelação de causas, levaram o paciente e migrar para sua vida na infância, cujo medo da morte, medo de perder seus entes mais próximos e pessoas amadas, medo de ficar a só e sentir sua solidão, fazia com que seu processo parapsíquico fosse desencadeado para as dimensões extrafísicas, como uma forma, tanto de comprovar a realidade extracorpórea do espírito, como para manter-se "colado" aos parentes já falecidos, agora, numa condição extrafísica. Assim sendo, muitas vezes as capacidades parapsíquicas são estimuladas e potencializadas devido a fatores puramente internos, da ordem da insegurança diante do "vazio", da solidão e do contato com o "nada", e com a "não-existência".

Como conclusão inicial, evidencia-se que o contato mais direto com os amparadores extrafísicos é essencial para a parapsicologia clínica e a psicoterapia toda envolvida. Os recursos importados aqui da terapia cognitiva, tal como elaborado pelo Dr. Robert L. Leahy, e aplicados na assistência psicoterapeutica para pacientes envolvidos com distúrbios associados a paranormalidade mostraram-se altamente eficazes, obviamente, dentro dos limites possíveis de serem aplicados. O pressuposto do Dr. Eliezer Mendes, criador da parapsicologia clínica, de que o psicoterapeuta necessita ele mesmo ser portador das faculdades extrassensoriais, transidentificantes e parapsíquicas se evidenciam neste caso-exemplo, onde facilita toda assistência e torna o psicoterapeuta mais independente de equipes de médiuns-auxiliares, facilitando o trabalho e potencializando a ajuda. Estamos dando passos adiante da proposta do Dr. Eliezer que separava ainda, em sua época, a função do parapsicólogo clínico da do psicoterapeuta. Aqui, procuramos unir ambas as coisas devido a possibilidade de integrar o campo da psicoterapia dentro do uso pessoal das capacidades naturais do parapsiquismo no trato assistencial de qualquer paciente. O caso-exemplo, mostra as correlações entre fatores etiológicos puramente psíquicos (intrapsíquicos) com parapsíquicos (amplos, extrassensoriais), o que mostra que toda parapsicologia carrega em si, essencialmente, uma psicologia, sendo esta um sub-campo da parapsicologia e não o oposto, porque o menor não pode conter o maior, no caso, a parapsicologia (o que é, está além, contém e transcende a psiqué ou a psicologia). Assim, a parapsicologia clínica, coloca-se como campo independente da psicoterapia, ficando classificada, inicialmente, como uma modalidade de psicoterapia transpessoal e mesmo de consciencioterapia (para diferenciar da consciencioterapia trabalhada pela OIC).

6.9.11

Minha Experiência com o "Estado Vibracional" e a Técnica de Instalação Direta

Representação visual do
Estado Vibracional (EV)
Por Dr. Fernando Salvino
Parapsicólogo Clínico, Psicoterapeuta, Conscienciólogo


O Estado Vibracional não é um conceito ou uma teoria. É quando a pessoa instala em si mesma, pela ação da vontade e intenção, uma ativação vibracional uníssona em seu campo de energia, fazendo com que haja uma espécie de campo de força protetor que mantém por mais tempo a lucidez e a não-interferência de outras pessoas, ambientes, energias e mesmo consciexes (espíritos). Somente os amparadores são capazes de manterem próximos, pois também dominam em geral a instação deste estado.

Par ao leitor não conhecedor do assunto, pode parecer difícil, pois o Estado Vibracional, como disse, é uma experiência e, por ser uma experiência de alteração volitiva e intensional da vibração do campo pessoal de energia, torna-se de difícil explicação e elucidação. Assim, somente a prática poderá facilitar seu entendimento teórico. A técnica é verdadeiro Chi Kun (Kun - treinamento e Chi - energia) ou treinamento energético, sendo sua origem provavelmente extrafísica e tendo sido praticada desde a China antiga, nos primórdios da ciência taoista até os dias atuais, embora sua popularização tenha sido feita pelo médico e conscienciólogo brasileiro Dr. Waldo Vieira.

A técnica está completamente explicada neste site especializado, do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (clique aqui). Você pode fazer cursos nesta instituição e assim poderá aprender como fazer, depois é com você.

A minha experiência com o Estado Vibracional começou exatamente em 1997, quando realizei o módulo 1, antigo P1, do Curso de Projeciologia do IIPC. Nesta época passava uns bocados para lidar com meu processo mediúnico. Os recursos que usava para libertar-se de intrusões eram precários. Neste ano então, começei a exercitar a técnica do Estado Vibracional (leia no site acima). Minha primeira experiência concreta com a aplicação da técnica fora do curso levou-me a uma saída lúcida para fora do corpo, com precepção clara sobre uma série de fenômenos, dentre eles, a presença consciente de amparador assistente da projeção e do exercício, do cordão de prata (embora não o tenha visto), da decolagem consciente, saída e retorno lúcido, simultaneamente, em rápida projeção de consciência contínua. Esta projeção é aquela em que a pessoa fica lúcida o tempo todo. Naquele instante senti vivencialmente a poderosa técnica que me acompanha há mais de uma década de práticas, praticamente, diárias. Nos últimos anos, desde 2002 até agora, houve uma intensificação das práticas, mas foi este ano, que os resultados foram mais evidentes.

Durante estes anos todos acabei criando um conceito distorcido de Estado Vibracional, deixando-o somente para o potente estado que entrei em 1997, que culminou com a projeção lúcida. Criei uma referência que prejudicou meu desenvolvimento energético e vibracional. Porém, com o passar dos anos, tive uma projeção consciente onde um amparador mostrou-me experimentalmente como se instalava o Estado Vibracional de pulso, de imediato, pela ação da vontade e intenção. O ensinamento deu-se a partir de uma tentativa de acoplamento energético que tentava fazer nele, fora do corpo, e o amparador não permitia, mantendo-me a distância somente pelo Estado Vibracional, sem agredir-me, mantendo o fraternismo próprio destas consciências mais evoluídas. Ele me mantia sob distância, sem agredir-me, mantendo sua paz interna, serenidade e benevolência. Observando ele e como ele fazia, fui treinando ano após ano, esta maneira de instalar o EV.

Nos ultimos meses, percebi que estava conseguindo a instalação direta do EV pela vontade, com muito maior domínio da energia, movimentando-a mais livremente e mais facilmente, sentindo os efeitos da autonomia energética. Fiz experimentos seguidos, em tentativas de instação direta do EV, todas bem sucedidas, tirando a instalação logo após despertar, onde sinto-me com menor domínio energético até um despertar relativo.

É algo difícil de ensinar, mas a prática diária, ano após ano, leva você e todos nós a termos maior controle, domínio e segurança das nossas energias, facilitando descontaminações vibratórias e aumentando a segurança, autonomia, autoconfiança e autodefesa parapsíquica contra intrusões de várias ordens.

Fica o incentivo para o experimento.

2.9.11

Sexometria e Escalas Evolutivas: primeiros estudos

Por Dr. Fernando Salvino (MSc.)
Parapsicólogo Clínico, Psicoterapeuta, Conscienciólogo


Observação: antes de prosseguir neste esboço, sugiro ler os seguintes artigos, por ordem de publicação, para maior intimidade com o assunto (clique nos textos):


1. Aresta poligâmica e considerações sobre o adultério mental, ética, comprometimento no relacionamento conjugal e dupla evolutiva.
2. Sexometria: ensaio inicial sobre a escala da holomaturidade afetivo-sexual
3. Livres reflexões sobre Sexometria e outras questões evolutivas

Esta temática está sendo desenvolvida também como verbete da Conscienciopedia - Enciclopédia Digital da Conscienciologia (clique aqui e acompanhe)
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Introdução

Este ensaio, não ainda um artigo, se posiciona no campo da Taxonomia ou melhor, Para-Taxonomia da ciência avançada da consciência no que diz respeito às relações entre escalas evolutivas, tal como elaboradas pelo pesquisador Dr. Hipolitté Revail (Allan Kardec) e Dr. Waldo Vieira (médico e conscienciólogo), e a escala sexométrica, tal como o que proponho. A palavra sexometria é ainda o melhor conceito que encontrei para designar a escala da holomaturidade afetivo-sexual humana. Talvez a melhor pavara seja "afexometria", sendo uma junção do neologismo afexual (afetivo+sexual) + metria (medida, escala). Por enquanto, deixarei a palavra sexometria, sendo desde já afexometria seu sinônimo imediato. Meus estudos a respeito do pensamento e método do filósofo chinês Kung Fuzi (Confúcio) também indicam que ele tenha elaborado uma escala evolutiva diferente ainda das escalas acima, espécie de "cosmoeticometria", semelhante a elaborada pelo Dr. Revail, o que posteriormente fará marte da matriz comparativa para-taxonômica, ampliando assim a transdisciplinaridade.

Matriz comparativa entre escalas evolutivas e a hipótese inicial da escala sexométrica ou a escala da holomaturidade afetivo-sexual humana.




Espiritometria
(A.Kardec)
Consciencio-
metria (W.Vieira)
Sexometria
(F.Salvino)

Serialidade Multiexistencial (Ciclos de Ressexualizações e Dessexualizações)
3ª ordem
9ª Classe:
Espíritos Impuros
Consréu transmigrada
Zona da Animalidade
6ª Zona:
Animalização Sub-humana
Nível 1: Pedofilia/Incesto com culpa: Estuprador consciente.

Nível 2: Pedofilia/Incesto sem culpa: Estuprador consciente

Nível 3: Estágio animalizado: Estuprador semi-consciente e inconsciente.

Nível 4: Consciência animal sub-humana vivendo em com corpo humano

Consréu ressomada

8ª Classe:
Espíritos Levianos


Pré-serenão vulgar
Zona da Aresta Poligâmica
5ª Zona:
Promiscuidade Crônica
(Psicopatologia afetivo-sexual grave II)
Nível 3: Prostituição: Carência psicopatológica; mercantilização do corpo e do sexo;

7ª Classe:
Espíritos Pseudo-Sábios
Nível 2: Pré-prostituição: Relações sexuais de escambo; trocas de interesses ocultos e dissimulados de natureza sexual.

6ª Classe:
Espíritos Neutros
Nível 1: Vida promiscua aberta: relações casuais animalizantes; outro como puro objeto sexual descartável.

4ª Zona:
Poligamia Instalada
(Psicopatologia afetivo-sexual grave I)
Nível único

Isca inconsciente
Zona de Transição
3ª Zona:
Carência ou Aresta Poligâmica
(Psicopatologia afetivo-sexual leve a moderada)
Nível 3: Aresta poligâmica instalada: zona 4.

2ª ordem
5ª Classe:
Espíritos Benévolos
Tenepessista

4ª Classe:
Espíritos de Ciência
Projetor consciente
Nível 2: Aresta poligâmica crônica: Eventuais poligamias

Epicon lúcido
Nível 1: Aresta poligâmica passageira:

Conscienciólogo
Zona da Holomaturidade Afetivo-Sexual
2ª Zona:
Saúde Afetivo-Sexual Contínua
Nível único

Desperto

Semiconsciex

Teleguiado autocrítico

3ª Classe:
Espíritos de Sabedoria
Evoluciólogo
1ª Zona:
Holossaúde Afetivo-Sexual
Nível único

2ª Classe:
Espíritos Superiores
Serenão

Novo Ciclo Evolutivo
1ª ordem
1ª Classe:
Espírito Puro
Consciex livre (CL)
Zona da Cosmossaúde
Dessexualização
Permanente
(Espírito Puro ou Consciex Livre)