26.9.11

Considerações sobre a Etiologia Extrafísica da Melancolia e Angústia na Parapsicologia Clínica (parte 1)

(fonte: IAC)
Por Dr. Fernando Salvino (MSc.)
Parapsicólogo Clínico, Psicoterapeuta, Conscienciólogo


Este artigo nasce motivado por um caso clínico especificamente. A paciente que aqui chamo Neuza (pseudônimo) manifestava um quadro agudo de angústia e melancolia não identificada a etiologia naturalmente formada pela vida atual, incluindo a vida intra-uterina. Após algumas sessões de retrocognição clínica (regressão) a paciente adentra em seus núcleos traumáticos, compreende motivos que a deixavam com raiva em relação a mãe, reviveu sua vida intrauterina e ajudei-a a ultrapassar a fronteira entre as vidas passadas e a atual vida. Ela consegue lucidamente rever o que houve nos momentos imediatos antes de renascer, compreende-se em outro nível e, após retornar da experiência, inicia uma reciclagem sem precedentes em sua existência. Mas, alguns sintomas começaram a aflorar após a regressão. Sintomas estes no dizer de Neuza, que "sempre existiram mas somente agora tomei mais consciência deles, após resolver os outros problemas mais sérios que tinha". Os sintomas eram uma saudade de alguém que não localizada e, começou a sessão afirmando sua dúvida a respeito de sua sanidade mental. A princípio, o modelo científico e psicoterapeutico tradicional poderia considerar se tratar de alguma distorção de percepção ou mesmo sintomatologia de ordem psicótica e mesmo neurótica, no nível de fantasias edípicas ou algo desta natureza. O caso clínico pareceu-me parecido com a paciente Gilvana, que após várias vidas vivendo com o mesmo homem, num dado momento, renasce como irmã do mesmo e inicia um conflito que a acompanha até hoje, visto ela ter renascido, na vida atual, e o mesmo ter ficado. A separação de ambos provocou nela uma melancolia constante e uma angústia sem causa aparente, ou o que chamo de "angústia do nada". Diante do caso de Neuza, parti para a investigação desta mesma hipótese, visto que, a vida atual já ter sido explorada em um nível profundo, e a etiologia me parecia pertencer ao domínio palingenético.

Em regressão cronotópica, induzo um estado de hipnose brando, conduzindo a paciente para o momento de aproximadamente 15 a 30min antes de renascer. O tempo neste caso é uma referência simbólica, para que a mesma não atravessa cronotopicamente para outra região de sua memória. Neuza inicia a experiência no exato momento do pico da angústia e começa a chorar. Ela diz: "é ele... temos que nos separar". Não vou expor a intimidade deste caso, mas saliento que, Neuza conseguiu reunir internamente evidências experimentais de que a pessoa que sente falta, saudade, o carinho, o toque, o ser, a alma, se trata de uma outra pessoa que por orientação evolutiva dos amparadores, ficou, e, ela, retornou, devido a tarefa de vida de resgate que teria de empreender em sua família.

É aqui que me defronto com este caso de etiologia extrafísica da melancolia e angústia, cujas raizes remontam ao período não das vidas sucessivas no estado de renascimento (intrafísicas) mas, o trauma se fixa justamente no período extrafísico. Com a fixação pré-edípica do trauma, a pessoa desenvolve sistema de defesa de retorno, não conseguindo se fixar satisfatoriamente na Terra, reencarnada, em corpo presente. Esta dificuldade de fixação nesta dimensão foi descrita de forma precisa por Barbara Ann Brenan, através da estrutura de defesa esquizóide, forma esta também estudada pelo psiquiatra, aluno do Dr. Wilhelm Reich, Dr. John Piearrkos. Através deste sistema de defesa, a pessoa não fica presente no aqui e agora, mas vive em algum lugar distante, apresenta parapsiquismo diferenciado dos demais e os traços de melancolia, racionalização e desvios da realidade para um mundo ideal, via fantasias, apresenta-se mais central. Evita o contato para manter-se inconscientemente fixada no trauma, neste caso, no contato com a dimensão extrafísica.

O trabalho clínico psicoterapeutico neste caso é a compreensão vivencial e reflexiva do que está ocorrendo facilitando o realinhamento consigo e com a vida, com o planeta e com a condição atual de reencarnada, ressexualizada, ressomada. A aceitação das condições e dos reais motivos que fizeram a separação uma medida evolutiva necessária é vital para o realinhamento.