18.11.09

Do Cotidiano ao Infinito... do Infinito ao Cotidiano...


Por Dr. Fernando Salvino - Parapsicólogo



Algum dia, por acaso, dei-me conta que sou alguem. Primeiro fui me dando conta que tinha um corpo, desejos e depois dei-me conta que penso e sinto e vivo num mundo. Após isto, dei-me conta que já existia antes de nascer entãom dei-me conta que sou um "algo" que atravessou milhares de anos pelo planeta, num verdadeiro turismo evolutivo em direção a um lugar do universo ainda, desconhecido e por muitos, chamado de Infinito, ou Deus.

Vejo pessoas caminhando, andando de um lado a outro. Eu mesmo quantas vezes dei-me fazendo isto: andando e andando e andando. Mas para onde estamos indo? No intimo humano, pacientes me relatam dores profundas na alma, mas sempre me fica a questão: qual a verdadeira causa de todos nossos problemas?

É complexo, senão simples: eu e você estamos fragmentados. Uns mais, outros menos. Sentimos coisas e não identificamos como sendo "eu". Sentimos uma série de coisas que rejeitamos. Odiamos, amamos e ao mesmo tempo, não deixamos que tais sentimentos venham a tona, reprimimos. Optamos por um caminho de enganações e hipocrisias.

Carrões, status, poder... acúmulo de bens e todos os mais variados sonhos modernos que simplesmente mostram que o ser humano foge dele mesmo, compensa a angústia do não saber, do vazio existencial da ingnorância do sentido de estarmos vivos, por qualquer escudo barato. Mendigamos escudos, mendigamos tudo o que existe a disposição para que possamos colocar na frente e tampar o vazio que faz com que nossa companhia seja tão indesejável.

E qual é a causa da depressão, melancolia, stress, carências de dinheiro e crises existenciais, senão a fuga de si mesmo e a negação do encontro com o vazio existencial profundo que corrói a massiva maioria da humanidade? Então firma-se indústrias que exploram as doenças das pessoas e as dificuldades tantas que existem por aí afora.

No núcleo, amar parece ser a experiência das experiências. No entanto, porque optamos pelo ódio e pela raiva, pela rejeição, ao invés de perdoar e aceitar a si e aos outros tal como são? Pessoas que trazem dentro de si um vazio existencial reprimido no inconsciente, sofrendo dores horríveis na alma, compartilhando de uma cultura que cultiva o silêncio hipócrita de alimentar um modo de vida falso e ilusório.

Para mim, de tudo, o único cura tudo é a realidade. Não acredite em médicos ou em quaisquer outros profissionais que afirmar ter um remédio que cure seus males. Pois na essência, não existe doença. Na essência não temos nada. E se não temos nada, como termos doenças? Doença é uma desculpa institucionalizada criada pela sociedade para culpar "o outro" de sua desgraça. Desgraça esta que acobre o amor e sufoca a vida, privilegiando a morte e o sofrimento.

Não adianta de nada a retórica ou o acolhimento em algum sistema de crenças. Em algum dia, seja nesta ou nas próximas vidas, você encontrará em sua frente somente uma coisa: o Infinito. Num mundo sem Deus e sem Criador, encontramos um Mistério intocável e inacessível. Uma região do cosmo onde a ciência não penetra e onde a religião não alcança. Intuimos, mas não compreendemos. Damos qualquer nome para isto. Lao tzu teve a coragem de encarar tal campo, chamou de Tao esta realidade.

Um mundo sem Deus, mas inundado de espiritualidade. Eis o que as portas da percepção nos mostra. Um mundo sem Criador, mas repleto de Sentido. Um mundo povoado por onde vamos, atravessando as miríades de dimensões pelo cosmo abissal afora. Um campo infinito de possibilidades, um Universo maravilhoso se expande rumo ao Infinito da vida humana. Uma realidade que atravessa as experiências sublimes extracorpóreas de expansão galáctica de consciência. Um mundo sem tempo e espaço nos aguarda num futuro que existe fora dos relógios e dos compromissos terrenos ilusórios.

No entanto, tudo começa agora e agora e agora. E neste momento de expansão, recolho-me ao meu cotidiano, onde mais um paciente me aguarda para ser atendido.

Obrigado ao Infinito por gerar-me dentro da vastidão de um cosmo ilimitado, onde num momentum minúsculo da história universal, identifico-me como sendo eu mesmo, caminhando e caminhando e vivendo a experiência de viver.

Fernando.

11.11.09

Paranormalidade na Infância: o que pais e educadores precisam saber

Por Fernando Salvino (MSc.) - Parapsicólogo

A idéia de escrever acerca deste tema me remete a minha propria história pessoal. A pessoa que me motivou a escrever taís idéias foi uma coordenadora pedagógica de uma escola em Florianópolis, que por razões éticas não posso dar publicidade a seu nome. Chamo ela aqui de Neuza.

Num belo dia conversando com ela falei acerca de minha história pessoal e quanto as causas reais de minhas dificuldades na infância relacionadas a dislexia e hiperatividade. Ao comentar sobre minha história Neuza me comenta sobre um neto que relataria os amigos invisíveis, o que para ele seriam pessoas reais e não delírios alucinatórios ou mesmo as famosas fantasias infantis. Tal relato me deu o ímpeto de escrever sobre a paranormalidade infantil, assunto denso, polêmico e altamente necessário para a humanidade.

Desde Ian Stevenson, médico dessomado ainda neste século, temos a plena consciência da incidência de fenômenos paranormais na infância. Stevenson foi um dos maiores pesquisadores das rememorações espontâneas de vidas passadas em crianças. São centenas, milhares de crianças pelo mundo que passam por tais experiências paranormais. Outra ordem de experiências adentra no campo das experiências fora do corpo. Neste blog descrevi de forma divertida como fazia para sair do corpo aos 9 anos de idade: imitava o super-herói americano, meu ídolo infantil. Nunca tive um amigo invisível, no entanto, conheço as experiências fora do corpo desde os 9 anos e o mediunismo. Tais experiências eram as reais geradoras da minha dislexia e hiperatividade, visto ter mostrado completo desinteresse aos assuntos de escola, e tendo iniciado uma busca essencialmente espiritual pelos conhecimentos que necessitava. Apesar de estudar num colégio realmente impressionante na sua pedagogia, após tal experiência mostrou-se incapaz de me dar suporte pedagógico. E, após, quando mudei de escola, minha situação piorou. Um mundo secreto foi necessário que criasse, visto que nenhum de meus amiguinhos sabia do que falava. Eu perguntava a eles: antes de tu dormir tu sente teu corpo flutuar? É muito legal! Eles me respondiam: que? tá doido Salvino? Em resumo, nenhum deles sabia do que falava. Somente um amigo, que após anos começamos a falar sobre isto, me relatou também ter estas experiências. Na escola somente a aula de Religião poderia dar algum norte aquelas vivências, mas lamentavalmente tratavam-se de apologia ao catolicismo em oposição as demais religiões reencarnacionistas.

Em sintese, acabei sendo educado em centros de umbanda, centros espíritas e outros centros orientalistas e mesmo os xamanistas. Passei uns bocados nesta pedagogia ultrapassada destes centros. Cultivavam o mediunismo sem qualquer critério rigoroso dentro dos procedimentos científicos no trato com a multidimensionalidade. Mas minha formação cientifica da escola me levou até a Parapsicologia e as demais ciências da consciência, como a Projeciologia e a Metapsíquica. Mas como os pais e os educadores podem lidar com tal realidade, ao se deparar com alunos hiperativos e disléxicos, cujo fundo é a paranormalidade mal trabalhada?

Este é um desafio imenso para os educadores e pais. Eu sou somente mais um dentre milhares de pessoas que passam ou mesmo passaram por processos paranormais na infância.

  • A primeira coisa que os pais e educadores precisam saber, a base de tudo, é olhar para seus filhos e alunos como pessoas altamente complexas e não como doentes. E compreenderem que a base de todo distúrbio ou dificuldade evolutiva humana é da ordem da carência afetiva, sexual e mesmo uma adaptabilidade interdimensional de uma consciência recém chegada nesta dimensão: uma dimensão dominantemente hostil, dependendo do contexto familiar ou grupal onde a pessoa renasceu.
  • A segunda coisa, mais difícil um pouco, é olhar para estas pessoas com olhos clínicos, tentando compreender as razões que estão por detrás do comportamento dos filhos.
  • A terceira coisa é evitar ao máximo o uso de drogas como Ritalina e outras bombas que atingem o sistema nervoso central e destroem os neurônios e a plasticidade cerebral. Lembramos que as crianças estão com seus cérebros ainda em formação e toda a biologia do novo corpo.
  • A quarta coisa, a mais difícil de todas é: pais e educadores precisam se conhecerem mais. Cansei de ver em escolas, pelas mais de 30 em Santa Catarina e mais de 400 educadores uma carência generalizada de autoconhecimento. Sem autoconhecimento, pais e educadores são incapazes de compreenderem a si mesmos e, por consequencia, seus filhos e alunos.
  • A quinta coisa, é o esclarecimento quanto ao campo da paranormalidade. Pais e educadores precisam incluir em seus estudos interdisciplinares o campo da pesquisa avançada da consciência humana. Precisam ser mais autodidatas, irem atrás de livros e informações de ponta na área. Conversarem com vários profissionais para terem visão de conjunto, evitando com isto, conclusões precipitadas acerca do caso de seus alunos e filhos. Muitos profissionais com vestes de branco ou títulos disto ou daquilo, ainda estão amarrados no modelo médico falido da abordagem centrada na doença, no corpo e nos neurônios. Para eles, a paranormalidade é apenas delírio, alucinação ou alguma falha na estrutura dos neurônios. Farão, como fizeram comigo, exames de eletroencefalograma para averiguarem se o cérebro das crianças estão normais. Nosso desafio aqui é maior: estamos falando de crianças paranormais, e isto inclui uma provável estrutura cerebral diferenciada.
  • A sexta coisa é: dê mais ouvidos a seu filho, a seu aluno. E menos ouvido aos "doutores" de plantão que tentarão, provavelmente, levar esta criança para dentro da Indústria da Doença, maltratando sua alma. Protejam seus filhos e seus alunos contra os abusos cometidos por uma medicina e uma psicologia precária e materialista.
  • A sétima coisa é você, pai e educador, compreender a fundo o porque esta criança está passando por você. O que ela tem a te mostrar da vida. Seja qual for seu relato: experiência fora do corpo, sonhos de vôo, visões, mediunismos, incorporações inconscientes, telepatia, superdotação, certos casos de autismo, hiperssensibilidade, isolamento, fobias, hiperatividade, dislexia, etc... Esta criança manifesta antes de tudo, os anseios mais estranhos do inconsciente de si e do grupo no qual está imersa.
  • A oitava coisa é: avalie com franqueza a si e a sua familia e seus problemas escondidos, conflitos mal resolvidos, pois, como sua criança é paranormal ela age como agente captador de ondas provenientes do inconsciente das pessoas e do grupo como um todo, seja familia, escola, etc. É um para-raio desajustado. Compreenda a relação do problema desta criança com o ambiente em que ela está. O que o problema da criança diz do ambiente? O ambiente é hostil? Controlador? Regrador demais? Os alunos não gostam da aula mas todos ficam quietos? A professora é chata? Os pais brigam muito? O pai ou a mãe são agressivos com ela? Enfim, qual o sistema no qual a criança está?
  • A nona coisa: em casos específicos, levar a criança num Parapsicólogo Clínico aberto, pesquisador, para que possa ajuda-la ela, dentro de terapeutica e sem doutrinações religiosas, acerca de seus problemas existenciais. Temos que ter plena consciência que uma criança de 5 anos pode muito bem ter em seus pensamentos perguntas de alto nivel filosofico, como: o que é o nada? o que é evolução? porque o corpo cresce? o que é a vida?
  • A décima coisa é: lide com a frustração do início ao fim. Toda busca por algo leva a pessoa a incontáveis experiências, e muitas vezes, até que se chegue a algum lugar, muitos erros podem ocorrer e muitas portas erradas podemos entrar.
Pais, educadores: olhem para as crianças como elas são, pessoas complexas e de natureza milenar.

30.10.09

Parapsicologia, Projeciologia e Psicanálise: uma união possível?


Eis áreas complexas e atualmente operantes de forma independente. Minha tese é de que é necessário uma união entre estas áreas de forma a preencher lacunas que a reunião dos três modelos gerariam um novo modelo mais completo e coerente com a realidade cósmica e com a dinâmica da consciência.

Parapsicologia

A Parapsicologia atualmente se encontra numa situação delicada: tal como a Psicologia, apresenta-se em várias escolas, muitas delas autodenominand0-se de científicas, outras de católica e ainda as que se denominam de espíritas. Outros se intitulam, Psicologia Anomalística ou Pesquisa Psi. Independente do nome que damos a esta área de pesquisa, obviamente esperaríamos que se desmembrassem em escolas, tal como ocorreu com a Psicologia e com outras áreas. Tal mesmo o que ocorreu com as inúmeras religiões que se desdobraram de outras e assim por diante.

No entanto, ao analisarmos as evidências mais coerentes e de mente bastante aberta, afastando todo preconceito religioso e mesmo colocando o cetiscismo patológico de lado, chegaremos a um conjunto de premissas que nos conduzem a uma Parapsicologia de natureza multidimensional, multiexistencial, holobiogáfica, etc. E é aqui que sua correlação com a Projeciologia torna-se necessária, visto que tal ciência estuda o estado projetivo da consciência e as experiências extracorpóreas. E mais, colocando a Parapsicologia no caminho da pesquisa cientifica da "reencarnação" e outros fenômenos complexos, como as experiências extracorpóreas, une-se a Psicanálise, na medida em que a reencarnação ocorre devido a natureza sexual da vida "encarnada".

Meu ponto de vista é ainda mais radical que a dos céticos ou mesmo dos que se definem parapsicólogos espíritas, católicos ou anomalísticos: todas estas supostas escolas de Parapsicologia são pseudo-científicas. Suas investigações estão contaminadas e muitas delas prostituidas pelo dinheiro. Pesquisas avançadas nunca serão sustentadas dentro de uma universidade católica, espírita ou dentro de uma instituição religiosa, seja ela qual for. Onde existem dogmas e outros interesses de natureza monetária e mesmo dos de interesse egóico, circulando a vaidade, a prepotência e a arrogância, não existe possibilidade de encontrarmos "verdade". Assim, falo aqui de uma Parapsicologia de verdade, e não das "Parapsicologias aguadas", adoçadas, e mesmo as que são falsas, com sabores artificias e conservantes, estabilizantes. Falo aqui de uma Parapsicologia "Orgânica", ecologicamente correta, que respeita os princípios da ciência, que é o comprometimento com a verdade real dos fatos. Tudo que se desvia disto não é ciência, é outra coisa, pode ser até uma neo-religião, como é a Psicologia Anomalística ou a tal Pesquisa Psi, da suposta linha cética. Esta última atravessando critérios de dogmatização de método e estabalecimento de rígido padrão de caracterização de verdade, sendo neo-religião.

De uma coisa sei, por experiência: eu existia antes de nascer, logo "tinha" um Ego que permaneceu existente e operante até que, por dado motivo, retornei a vida humana, neste planeta. Minha memória por uma série de razões se apagou e minha vida se transformou num esforço rochoso de lembrar quem sou, nas minhas raizes cósmicas residentes num espaço-tempo passado. Renascer, pois, é um fato de ordem de uma Lei Natural Cósmica que transcende a ciência, a filosofia e a religião, estando pois num território além de qualquer tentativa de ritulação espírita, gnóstica, platônica, taoista, hisduista, etc. Reencarnar, ou melhor, voltar novamente à carne (ter novo soma, ressomar), é um fato cósmico. Assim como, sair do corpo e ainda permanecer lúcido fora dele. Tais fatos dispensam as hipóteses dogmáticas que não a do "corpo objetivo". A hipótese do corpo objetivo, ou da existência real do Psicossoma (corpo psi ou corpo extrafísico) é outro fato cósmico que representa outro fato de ordem da natureza holossomática e multidimensional do psíquico. Mas, no que ocorre hoje, é além da contaminação de tais fatos com os mecanismos de resistência a tais realidades supra-humanas, metafísicas e cósmicas mais abrangentes, está a prostituição das instituições, representadas por pessoas mal intencionadas que fazem da ciência um meio de vaidade e sobrevivência material.

Pois vou trazer algo que para mim é uma verdade: nenhum cientista que opera com investigações avançadas da consciência ganha dinheiro com isto. Este território não está na moda. Este território está na contra-corrente da ciência. Ameaça-a e tira-lhe o sedentarismo de um tipo de conhecimento embolorado pelo comodismo mental e experiencial. A nova espiritualidade é embasada na experiência lúcida e em pesquisas sérias e avançadas. O futuro está num campo lúcido e não mistificante, embreagante, religioso da consciência.
Desta forma, proponho um nome diferente para tal ciência: Investigações Avançadas da Consciência. E não uma especialidade restritiva, ou um nome delimitador, como Projeciologia ou Conscienciologia. Nenhuma dessas é mais avançada que outra, mas hoje temos um sistema, um complexo de investigações avançadas que precisam ser colhidas em todas as áreas e sistematizadas num todo cada vez mais coerente. Caso não agirmos assim, de forma universalista, estaremos plantando os caminhos de uma ciência religiosa, tal como está ocorrendo com a Conscienciologia, que já nasce contaminada.

Projeciologia

As correlações entre tais campos é direta. A Projeciologia, não a que Waldo Vieira codifica tentando se colocar num patamar competitivo diante de Allan Kardec, mas a que representa o conjunto coerente de todas as investigações da natureza extracorporal da consciência, tal como tentou fazer Sylvan Muldoon, é uma área altamente importante para as Investigações Avançadas da Consciência. Como disse acima, para mim e todas as experiências que passei desde pequenino, estou convencido plenamente que Eu existo fora de meu cérebro, fora de meu corpo e ainda assim, consigo permanecer raciocinando e vivo fora dele. As retrocognições rememoradas tornam tais experiências ainda mais sólidas. A coerência de tal assertiva se torna impactante na medida em que ao reunirmos sistemicamente os dados paranormais de outros fenômenos num todo sistêmico, chego a conclusão preliminar que o Ego existia antes desta atual "vida" ou "existência" e pode sair temporariamente do corpo, permanecer lúcido fora dele e, após, voltar e lembrar das experiências. O potencial transformador de tais experiências dispensam comentários. Todos os pesquisadores sérios sabem o quanto uma EQM gera de transformação num sujeito.

A união da Projeciologia com a Psicanálise, na minha modesta visão, se dá de forma impactante na negativa de Sigmund Freud, quando, ao analisar as experiências de vôo relatados por seus pacientes, afirma ser incapaz de explicar tais experiências. Sua teoria dos sonhos apresenta enorme coerência quando aplicada num extrato de realidade que não incidem os fenômenos paranormais ocorrentes no campo dos sonhos e os fenômenos relacionados as experiências fora do corpo, como o são os sonhos de vôo. A sua interpretação mais no âmbito sexual são altamente aplicáveis, embora restritas, visto Freud não operar com a realidade metaorgânica do psíquico, ou o holossoma. Freud operava somente com a noção de um soma e uma psiqué. Ao trabalharmos com a realidade de que o psíquico opera em mais de um soma e, inclusive, em certas condições pode sair deste soma e usar de outro soma para se manifestar, atravessamos outro campo. Desta maneira, a Psicanálise se interconecta para um campo mais abrangente, ao integrar a Projeciologia dentro da lacuna de Freud. É exatanente nesta lacuna que entra um novo conjunto de investigações que podem levar a Psicanálise a um novo estágio de conhecimento. A isto, porém não chamaria de Psicanálise, mas, como disse, de Investigações Avançadas da Consciência, onde a Psicanálise faz parte deste sistema. O proprio Freud interessou-se pela Telepatia e, apesar de ter vivido na época de Carrignon, não efetivou a investigação paranormal. Seu intento foi outro, investigou de forma sábia outros campos psíquicos, o inconsciente e a sexualidade humana, por exemplo.

Assim, onde está a relação entre Projeciologia e Psicanálise? Na sexualidade, no inconsciente e na teoria dos sonhos. Na sexualidade está que, há algo de sexual nos experimentos extracorpóreos, há um forte princípio de prazer envolvido no fenômeno e em sua busca. Há algo de edípico em tais fenômenos, na medida em que muitos procuram e mesmo tem tais experimentos devido a conflitos francos com a família, especificamente com os pais, no processo do complexo de édipo. Ademais, a vida humana inicia a partir da relação sexual com o pai e a mãe, e a ressomatização da consciência só se torna possível a partir de tal realidade sexual. Sendo a vida humana a sexualização da consciência, a Psicanálise é intimada a adentrar nas investigações mais avançadas da consciência, sendo ainda uma força de ponta nas pesquisas psicológicas.

A Projeciologia, ou as investigações avançadas dos fenômenos projetivos da consciência, necessita da Psicanálise, na medida que, investigando o Ego se manifestando fora do corpo, coloca o Ego como uma realidade extrafísica da consciência ou mais, como sendo talvez, a própria consciência. Ao adentrar em investigações das memórias de vidas anteriores, pela retrocognição, a Projeciologia traz novos rumos para o entendimento da vida humana ordinária, visto que o Ego pode permanecer lúcido de si mesmo, ainda fora do cérebro e do corpo. Novas respostas para o entendimento de casos complexos como os que misturam paranormalidade com sexualidade e com problemas familiares, etc.

Psicanálise
A sexualidade é o ponto central da necessidade de integração de tais pesquisas nas Investigações Avançadas da Consciência. O modelo multidimensional de ciência enfatiza estar a "reencarnação" submetida a leis terrenas. A principal lei é a de que, um ser humano nasce a partir da relação sexual de um homem e uma mulher, ou mais precisamente, da união de gametas sexuais masculinos e femininos. O zigoto, a protocécula que pela embriogênese dará forma ao novo soma humano, é a essência biológica da vida sexual de um ser humano. Assim, a Parapsicologia "orgânica", "integral" que não é a refinada, enfatiza que a sexualidade é a essência da vida humana "encarnada" e mais, que todo distúrbio psíquico de um ser humano sempre atravessará a sexualidade deste indivíduo. Tal conhecimento já apresenta sinais da união entre Parapsicologia, Projeciologia e Psicanálise.

Além de tal afirmativa, outro ponto essencial é integrarmos o conhecimento de Freud em sua "teoria dos sonhos", para o entendimento dos conteúdos psíquicos e de seu método de interpretação. Integrar para que possamos compreender exatamente ou o mais exato possível quando se trata de sonho propriamente dito de outras vivências paranormais, como as experiências fora do corpo e os sonhos paranormais de natureza retrocognitiva e mesmo as precognitivas. Precisamos saber que a memória contém não somente fragmentos de experiências reais, mas também, memórias de fantasias e de outras criações mentais que não ocorreram numa realidade dos fatos, mas somente numa realidade psíquica subjetiva. A vida humana é uma vida de desejos sexuais, de busca por prazer e por compensações por frustrações nesta área. De forma resumida, ou integramos a sexualidade como um dos aspectos essenciais do ser humano, ou teremos uma ciência capenga, uma religião, visto estar castrada na sua base daquilo que mesmo a fez surgir: um religioso só existe para estar na religião, porque veio ao mundo por uma relação sexual e saiu da vagina de sua mãe (ou pela cesária). Preciso ser mais sincero?

Parapsicologia, Projeciologia e Psicanálise: Uma União Possível?

Sim. E mais, é necessário que se unam, visto que tratam separadamente de realidade que são interconectadas e presentes de forma unificada nas vidas das pessoas. Mas para se unirem, instituições precisam ruir. Idéias precisam mudar e formas diferentes de se ganhar dinheiro precisam surgir. Muitos irão contra o que digo aqui pelo simples fato de estarem ganhando dinheiro com suas profissões e teriam de mudar, caso acatassem tal necessidade de integração das investigações e métodos terapêuticos.

De que lado você está: do compromisso cósmico com a "verdade" ou do acobertamento e ocultamento de "verdades"?

2.10.09

Manicômio Global: A insanidade social silenciosa


Caro leitor


Lembro muito bem que quando me formei em Direito elogo peguei minha carteira com a Ordem dos Advogados do Brasil fui fazer uma visita a 2 instituições famosas dentro dos corredores e das salas das universidades de Direito: o Presídio e o Manicômio Judiciário.



Pois bem... peguei a carteira da OAB e lendo o estatuto, vi que teria direito de entrar sem quaisquer autorizações judiciais nestas instituições.



Meu interesse era ver por dentro, como funcionava o processo da "execução penal".



Hoje, o leitor deve saber, caso um cidadão cometa um crime e dependendo do tipo de crime, tal como está em nosso Código Penal, este irá para o Presídio, aguardar vaga para a Penitenciária.



Não sei se o leitor sabe ou se lembra, mesmo pelos filmes por aí afora, que antigamente a execução das penas era pública, ao ar livre. Os enforcamentos, os estrangulamentos, as guilhotinas..... tudo era realizado ao ar livre, diante de telespectadores. Era a TV da época...... hoje temos coisas mais decadentes na TV, como a cobertura ao vivo das guerras do golfo, Faustão, Ratinho....... Big Brother...... e por aí afora.



Em dado momento da história, sabe se lá porque, a execução das penas tornou-se privada. Ou seja: o cidadão era maltratado as escondidas da sociedade. A sociedade tornou secreta tal execução, onde somente pessoas autorizadas de tal sistema pode saber o que lá dentro acontece.



E eis que eu, um novato advogado, era uma dessas pessoas autorizadas pelo sistema.



E lembro bem o que encontrei lá. Já na entrada, um insano me recebe grosseiramente tentando me impedir de entrar, mesmo mostrando a carteira da OAB, o cidadão tentou me impedir. O insano estava sentado na cadeira na guarita. Era um insano vestido de policial, fumando horrores. Os dentes de sua boca exalavam mal trato, placas bacterianas, tártaro e nicotina grudada em seus dentes amarelos e sua gengiva avermelhada, inflamada. Seu rosto era de um insano com barba mal feita. Bom, num dado momento, sentei-me em sua frente e após uma negociação, ele me levou a conhecer as 2 instituições no qual comandava. Nestas alturas, eu tinha criado um clima de liberdade com ele, tendo confiado em mim nos poucos minutos da negociação.



Ao adentrar no presídio, encontrei celas minusculas, apertadas, lotadas e os rapazes presos, todos parecendo normais, comparados ao insano que estava comigo. Os rapazes eram de boa índole. Todos eles, conforme informara, eram crimes pequenos, de bagatela, furtos, etc. Nada comparado ao "crime" que o tal ser vestido de policial cometera ao tentar me proibir de entrar na instituição. Coisas que os ricos fazem só que em escala menor. Coisas que todos fazemos, ao sonegar nossos triibutos impedindo que os setores de nosso governo corrupto arrecadem nosso dinheiro para sustentar suas orgias promiscuas por aí afora.



Visitei o presídio e após, fui ao Manicômio Judiciário. E lá encontrei várias pessoas interessantes. Aliás era um sistema social muito rico em cuidados. A lei de execução penal brasileira prevê bons tratos e uma reeducação para levar o sujeito ao bom convívio social novamente. Os insanos criaram esta lei, obviamente. E lá, colocaram pessoas normais. Porque normais? Porque é normal alguem ter ódio de outra pessoa. A diferença é que, por exemplo, "serrote", expressou seu ódio e serrou o pai inteiro. A energia do local era algo extremanente positiva, imagine você leitor, como eu saí de lá! Algo como uma uva passa, sugado até o osso. Nada mais estranho era o Manicômio: a moeda dos internados era cigarro. Eles intercambiavam cigarro entre eles. Esta era a moeda. Fumavam muito e quem tinha mais cigarro era rico. Você conhece este sistema? É o nosso sistema insano, apelidado de normal. O segurança, um rapaz delicado de quase 2m de altura, intimidador e de caráter altamente agressivo. Provavelmente era amigo dos internos e os tratava de forma amorosa como prevê nossa lei inaplicável de execução penal. Não que seja contra um sujeito ser preso e ser responsabilizado por seus atos. Mas o que sou contra é o Estado demonstrar seu caráter criminoso ao prender um sujeito no presídio e no manicômio. O estado é criminoso. A existência de Estado é a prova da insanidade mental humana.



Muitos politicos são piores que "serrote". Os politicos são mais insanos que "serrote". Pelo menos "serrote" serrou somente uma pessoa. Os políticos corruptos "serram" as pernas de milhões e milhões de pessoas com a prostituição social que patrocinam. Cooperam com o tráfico de drogas, mulheres, crianças, órgãos, armas........ Faltaria lugar para eles. Não existe como amontoar todos os politicos num lugar só. E mesmo se o fizesse o Estado, este faltaria com sua coerência. A Lei de Execução Penal é a prostituição máxima do Direito. É a insanidade máxima de um sistema legal prostituido.



A insanidade social é silenciosa. O interior das pessoas corrói de um vazio existencial agudo. Aprederam a fingir, a mentir, a se enganar. Estas pessoas não são todas meus pacientes, infelizmente. Não chegam até mim. Param nas instituições que mencionei. Param em psiquiatras, em tratamentos de choque, em "tarjas pretas". Perdem-se, em pânico, caminham pelo mundo tentando encontrar algum sentido em estar vivo nesta sociedade insana. A insanidade beira ao colapso: os insanos estão matando o planeta com seus dejetos consumistas. O planeta agora atravessa sua maior crise ecológica da história. A água está contaminada, os alimentos, a TV. Assisto as pessoas adorarem Big Brother e outros programas insanos desta natureza. Outro dia num taxi no Rio de Janeiro o taxista me fala abertamente: "sabe doutô, outro dia um meganha daqui, meu camarada, me disse que os artistas da Globo tudo cherador.... que não sobra um, só os antigo não... e esse cara é confável, meu camarada". A insanidade é silenciosa.........



O planeta é um Manicômio Global. As pessoas vão enlouquecendo aos poucos, silenciosamente.....



Já li que o Planeta é um Hospital-Escola... mas como é romântico tal afirmativa! O planeta é um organismo vivo, que em sua superfície fora construido um "Asilo para Insanos".

Saímos das dimensões extrafísicas evoluidas e reencarnamos simplesmente por um único motivo: ajudar as pessoas. Porque se não fosse desta forma, se não houvesse este recurso da evolução, as pessoas não se encontrariam e não evoluiriam.

O que adianta internarmos as pessoas? Já estamos internados e este local se chama: Terra.

9.9.09

Existe vida passada? O ego morre?


Por Dr. Fernando Salvino - Parapsicólogo
Estas perguntas são realmente simples porém complexas. De forma bastante objetiva e simplificando o máximo, digo sim, para a primeira, e não para a segunda.

Ao lermos por aí o que existe de "ponta" em Parapsicologia talvez nos debruçaremos com teorias pseudo-científicas que tentam provar com hipóteses que a realidade das "vidas passadas" não passa de criação do inconsciente ou sejá lá qual argumento. Decididamente, defendo que, tal ciência não é Parapsicologia e sim Psicologia.

Recebi outro dia uma carta do Conselho de Psicologia me esclarecendo a respeito dos limites de atuação do Psicólogo e os argumentos favorecem que, a Psicologia é uma ciência oficiamente declarada como "ciência do ego encarnado". Portanto, se tal ciência conhece somente do "ego encarnado" e, crendo que, nada existe antes do nascimento e após a morte, isto só favorece a Parapsicologia que se fundamenta nos vários estados de consciência do Ego, seja ele no estado "desencarnado", "fora do corpo" ou ainda, "encarnado".

A verdadeira Parapsicologia deve, indubitavelmente, partir do principio da sobrevivência do Ego. O eu, o self, ou espírito ou seja lá que nome damos ao que sobrevive. Podemos chamar da realidade "parapsíquica" ou somente "consciência".

Então, posso aplicar o mesmo método que a ciência ortodoxa aplica em seus estudos e conclusões a respeito de suas verdades:

1. Muitas pessoas dizem que sonham a noite. Tais sonhos manifestam como imagens vívivas, ora nem tanto, com algum significado claro ou confuso. Muitos estudaram o mecanismo, o mais lúcido deles, FREUD. Apesar de muitos sonharem, muitos dizem que não sonham. O argumento é que "não se lembram, mas sonham". Dizem que os sonhos foram provados em laboratório e tem correlação com a ondas cerebrais.

2. Muitas pessoas dizem que saem do corpo a noite e ainda assim, permanecem lúcidas fora do corpo físico, que fica deitado na cama, enquanto que a pessoa, fora dele, fica lúcida usando outro corpo. Este outro corpo, é brilhante, quase esbranquiçado e muito leve, podendo com a vontade, sair do chão e flutuar, atravessar paredes, etc. Muitos estudaram o mecanismo, o mais lúcido deles, MULDOON e VIEIRA. Apesar de muitos sairem de seus corpos com lucidez e rememorarem as experiências, muitos dizem que não saem de seus corpos. O argumento é que "não se lembram, mas saem de seus corpos". Dizem que as projeções para fora do corpo foram detectadas em laboratório em possuem alguma correlação com as ondas cerebrais.

3. Muitas pessoas dizem que lembram de uma ou vários momentos de vidas anteriores a esta. Seja de forma espontânea ou de forma induzida em terapia de regressão. Muitos dizem lembrar inclusive da vida no pós morte, cujos relatos são similares a das pessoas que saem de seus corpos. Tais pessoas afirmam que possuem as mãos meio brancas e são leves, voam e frequentam locais de um explendor maravilhoso da existência cósmica. Outros relatam outros ambientes ou ainda que ficam presas em suas antigas casas até que alguém venha resgata-los. Alguns chegam a comprovar tais fatos lembrados com fotos ou outros documentos. Da mesma forma que comprovamos certas lembranças da infância com fotos. Poucos pesquisam este assunto com profundidade, não temos nenhuma referência mais lúcida. Temos somente o trabalho de ALEGRETTI, mas ainda, muito introdutório.

Assim temos que a diferença entre o número 1, 2 e 3 é somente o campo de experiência. No 1, temos que o campo é considerado "sonho", o território subjetivo da consciência, considerado também como "não realidade" até mesmo para os pesquisadores. É comum ouvirmos: "não passa de um sonho". Para FREUD, os sonhos eram um dos materiais mais ricos do inconsciente.

O 1 e 2, o campo de experiência atravessa a MULTIDIMENSIONALIDADE.

Como mesmo já afirmou LODGE, no século passado, a sobrevivência do EGO está provada. E uma Parapsicologia que não parte deste início é, no meu ver, Psicologia.

Defendo pois, que o EGO existia antes do nascimento. Defendo também que o EGO sai do corpo e depois pode retornar (experiência fora do corpo). Defendo também que o EGO sobrevive a morte do corpo. Em síntese, apesar de toda coerência indiscutível de um dos maiores cientistas da consciência, FREUD, a formação do EGO se dá não a partir do nascimento, mas já vem sendo formado ao longo de várias e várias existências.

Existe EGO dentro do útero. Existia EGO antes do mesmo optar por renascer em tal e tal família. Os fatos são estes. Da mesma forma que todos sonham e os que não lembram não podem dizer que não sonham, defendemos teorias materialistas porque ESQUECEMOS.

ESQUECEMOS quem realmente somos: EGOS. A formação do EGO é mistério irresoluvel até o momento. Como, quando e onde, quem? Não sabemos. Criamos a hipótese "CRIACIONISTA" ou a "EVOLUCIONISTA"... Quem está certo? Ninguem.

O que a melhor evidência mostra é que existíamos e continuaremos a existir no além túmulo. E mais, que em determinadas circustâncias, podemos sair de dentro de nossos corpos físicos, e permanecer lúcidos fora dele, usando outro corpo, mais leve e mais agradável. Sugerindo que a morte passa a ser motivo de festa e não de tristeza.

O que é a "vida"?

Para que existe "reencarnação"?

O que sabemos é que existe.

FREUD hoje, provavelmente deve estar pensando: porque repetimos vida após vida o "Complexo de Édipo"? Porque a "reencarnação" ocorre a partir da energia sexual, da relação sexual e da sexualidade?

O mais brochante para os pesquisadores materialistas da consciência deve ser morrer. Ao morrer percebem que sobreviveram e percebem o quanto jogaram fora mais uma vida defendendo os ÁTOMOS.

Então caro leitor, não precise crer, avalie tudo com o máximo de seu rigor, pesquisa a fundo. Se tiver mente aberta chegará na mesma conclusão ou em conclusão parecida com a minha.

Eu já sonhei. Eu já saí do corpo. Eu já lembrei de muitos eventos em vidas passadas. Para mim, fato comprovado. Para muitos de meus pacientes, também.

O que falta então?

Vontade política. Aqui nos esbarramos muito mais na vaidade, na politicagem e na picaretagem do que em qualquer outro motivo mais lúcido. A política quer o povão dormindo, sonhando.

Fernando

6.9.09

Decepções.... (basta o autoconhecimento?)


Por Dr. Fernando Salvino - Parapsicólogo

Quando penso se existe uma coisa do campo psíquico difícil para qualquer pessoa lidar, na prática orgânica de uma vida vivida organicamente, trago aqui a realidade da "decepção".

Quem de nós nunca de decepcionou com alguém, por alguém? Como se o mundo caisse de uma hora para outra... Como se a pessoa que ora se apresentava uma coisa, num dado momento apresenta-se diferente. Mas este diferente possui um toque de um comportamento que nos é agressivo. E eis que surge a decepção.

Algo como: "achei que era outra pessoa..." ou... "não esperava que você fosse assim"... ou... "eu tinha a esperança que nunca mais agisse desta forma".... e assim vai....

Decepção é um sentimento, mas não qualquer um deles. É sentimento de tristeza que acompanhada um descontentamento e frustração aguda, em relação a um fato inesperado. Tal fato representa um "mal". Decepção também se relaciona quando alguém tem um comportamento em que faz algo de ruim, imperfeito e reprovável.

A palavra tem origem no latin "deceptio-onis" e sugere a etimologia "engano, dolo". Enganar é mentir, iludir, fazer-se de algo que não se é. Farça... e assim por diante.

Portanto, a decepção é um estado psíquico, alterado de consciência, onde nos sentimos vítimas de um "enganador", de alguém que se fez passar por algo que não é, na realidade.

Muitos casais se decepcionam uns com os outros. No entanto, a decepção é mais complexa do que imaginamos, pois carrega dentro dela, nossas fantasias e projeções em relação ao parceiro ou parceira.

No território das fantasias, os conteúdos apresentam-se como reais a pessoa que sente que foi decepcionada. A fantasia que o parceiro ou parceira não era o que esperava, significa um tipo de "traição".

Assim, na complexidade do funcionamento do sistema psíquico, temos que a fantasia muitas vezes é mais real, do que a pessoa real que comporta-se de forma divergente da fantasia. Parece estranho isto, mas é o que ocorre. É um fenômeno estranho que a fantasia seja vivenciada como um fato mais real do que a pessoa real. E isto tem uma razão simples: a fantasia é mais prazerosa ou serve para evitar dor. Assim fantasia-se dor, para evitar dor. Fantasia-se fracasso para evita-lo. Fantasiar a felicidade é angustiante para a maioria das pessoas, devido a crença de que é algo quase impossível. Então, o que sobra, parece-me que é fantasiar fracasso. Numa visão simples, parece mais ou menos assim. No entanto, esta é somente mais uma camada do sistema multidimensional psíquico.

Como mesmo Freud já salientou, nem todo distúrbio tem correlação com um trauma, mas pode ter correlação com uma fantasia. O recalque de uma fantasia gera uma série de problemas na pessoa. Uma fantasia de fecilidade recalcada é a represália de energia vital, que impulsiona a pessoa para a vida. Uma fantasia de dor represada pode ser a porta de entrada da resistência ao coágulo traumático que, de acordo com a clínica parapsicológica, ultrapassa a fronteira da atual vida e ruma para as experiências de vidas passadas.

O mais difícil do campo da "decepção", é o retornar para dentro de nós mesmos e investigar minuciosamente nossas fantasias e nossos traumas, compreender como funcionamos, como nossa mente se opera, nossos pensamentos e nossa forma de reação. É necessário coragem para olhar no espelho de si e tirar dali o conhecimento necessário para a compreensão da decepção e do parceiro ou parceira.

Compreender-se é compreender o outro.

É possível que a decepção seja um sinal dado pelo outro de que estamos errando em nossa percepção. Quando o outro diz: "não, eu não sou este que imagina que sou... eu tenho este lado que é um pouco feio também".

Todos nós escondemos áreas psíquicas dolorosas tanto de nós mesmos como dos outros. A decepção é antes de tudo, com a gente mesmo. Porque, ao confundir uma fantasia com a realidade, estamos nos enganando, antes de nos sentirmos enganados. Ao insistir que a fantasia seja a realidade (e o parceiro e parceira insistem em dizer que não), somos como "ditadores da fantasia" impondo-a no parceiro ou parceira, que obviamente poderão repeli-la.

E, como tudo nesta vida humana e organicamente formada pela sexualidade, acabaremos nos defrontando com o campo da sexualidade em sua complexa natureza transversalizante. A sexualidade atravessa todos os campos da vida humana. Pais com filhos, filhos com pais, filhos com filhos, pais com pais, filhos com amigos, pais com amigos, amigos com filhos......... Os zigotos se relacionam, eis um fato muito prático.

Muitas vezes também nos decepcionamos quando o outro, num dado momento acaba mostrando que é diferente de nós. Algo como um narcisismo...

Quem sou eu? Eis a máxima socrática. Mas basta pararmos na sexualidade? Não. Antes de renascermos estavamos do "Jardim do Éden", o "mundo-céu", o "plano das idéias" como diria Platão, nossa dimensão extrafísica de origem. E tal vida extrafísica é orgástica por natureza e o renascimento será sempre uma espécie de "castração". É o que apelidei de "castração reencarnatória", ou o abir mão do "mundo céu" pelo "mundo cão". Morrer é mais prazeroso que nascer. Grande parte dos nascimentos encarram algum tipo de "trauma". Grande parte das mortes encerram alívio espiritual. Há algo de sexual nisso, diria: morrer é orgástico.

Aqui vem a famosa relação da morte com orgasmo. Mas uma morte boa. A morte não decepciona. A vida humana sim. Senão vejamos: em mais de 90% das regressões de vidas passadas os traumas se localizam nos períodos "encarnados". Os períodos "desencarnados" são relatados como momentos de paz e prazer espiritual.

Então, a primeira decepção natural é conviver com a "reencarnação". E depois com os pais. E depois com toda a fantasia que criamos sobre o que é a vida adulta e sobre muitas outras coisas. Então temos que, a decepção faz parte do aprendizado evolutivo humano.

Enquanto teimarmos em fantasiar (e crer que a fantasia é real) ao invés de viver no chão lúcido da realidade, estaremos fadados a nos decepcionar.

O autoconhecimento é a solução para todos nossos males. Mas basta? Deixo a resposta para ti.

2.9.09

Loucos, insanos, anormais, normais ou, afinal, paranormais?


Fernando Salvino


Observação: Achei este ensaio perdido em meus rascunhos e eu achava que o tinha publicado. Escrevi faz mais de uma década e como está atualizado! Deixo aqui publicado para que possamos ser quem realmente somos, livre de rótulos, nomes e preconceitos!
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Loucos, insanos, anormais, normais ou, afinal, paranormais?
Esta é uma pergunta muito complexa. Faltou ainda: esquizofrênico, borderline, bipolar ou autista?

Tantos nomes e tantos rótulos.

O problema, caro leitor, é que acabamos por nos confundir com tais rótulos e esquecemos quem somos.

Pois que, se um esquizofrênico pinta quadros e os vende e ganha dinheiro, é gênio. Se por acaso ele se perde e fica improdutivo, é pirado da cabeça e vai para colônia de insanos.

A cultura é estranha, realmente estranha. Antigamente mulheres gordas eram as desejadas. Hoje as magras. As gordas são colocadas a deriva social. As supermagras também. Os extremos são colocados como anormalidade, anomalia.

Fala-se hoje de "Psicologia Anomalística", o ramo preconceituoso da Psicologia. O que é normal?

Insisto nesta pergunta: o que é normal? Para que possa denominar algo de "anômalo"... preciso saber o que é normal.

No entanto, não sabemos o que é normal, nem o que é anormal. Sabemos o que é culturalmente aceito como normal e o que é definido como anormal, ou ainda, paranormal. A Parapsicologia vem dizer o que é o "paranormal". É pois um conceito didático, porque não existe na essência nem a loucura nem a sanidade, nem a normalidade nem paranormalidade.

Existem capacidades, potencialidades que nuns aparecem, noutros não. As pessoas são diferentes, os morcegos não vêem mas captam ondas sonoras. Da mesma forma, existem seres humanos que captar frequencias que outros não captam.

Dizer que isto é "paranormal" é realmente estranho. Eu uso este nome, porque não temos outro para designar tal realidade. Mas que é uma bobagem é. Paranormal é o que "está além do normal". Que transcende para cima, para os lados, para frente e para trás. No tempo e no espaço, na consciência e na energia.

Paranormal não é somente quem levanta copos com a mente. Todos os grandes inventores do mundo são paranormais, pois estão além da normalidade. E por estarem além da normalidade encerram fenômenos que poucos vivenciam. Intuições de inventos, idéias inatas, etc.

Mas para mim, o problema maior é a confusão de rótulos: sou neurótico ou psicótico? Sou autista ou portador de síndrome de estrangeiro? Sou esquizofrênico ou bipolar? Bom, você não é nada disso.

Tudo isso são rótulos, e rótulos, além de não ser a embalagem inteira não é nem perto, seu conteúdo.

O primeiro rótulo, chama-se "corpo". O segundo, chama-se "nome". E assim vai...

Antes de nascermos, éramos psicossomáticos. Consciências extrafísicas operando noutro rótulo: Psicossoma.

Rótulos e mais rótulos...

A questão sempre será: quem sou eu?

Fernando

1.9.09

Sou Normal? Sou Anormall? Sou Louco? Quem Eu Sou?


Por Dr. Fernando Salvino - Parapsicólogo

Hoje vou dispensar introduções... muitas vezes eu penso o porque de muitas coisas, inclusive a de assumir a função da Parapsicólogo.

Muitos pensam que opero com coisas "loucas" ou que eu mesmo possa ser um "louco". Pois bem, entendo que minha vida é uma tarefa de decodificação da "loucura" e da "sanidade".

Um paranormal é aquela pessoa que, por uma série de razões, apresenta uma sensibilidade fora do comum. Por "comum", quero dizer, o "normal", a "regra", a "norma".

Na minha estatística hipotética, 90% são normais, 10% paranormais. Então é para os 90% que escrevo este pequeno texto.

Você que é "normal" precisa compreender que faz parte de 90% da humanidade e que, 10%, não é normal, ou seja, "foge a regra". Além de fugirem da regra, "rompem a regra", "quebram a regra", criam outras geras, vivem outras regras.

Os 10% estão dispersos pelo planeta. Os 10% apresentam um desafio de processar e gerenciar uma gama a mais de informações que os 90%, os "normais". A quantidade de informações que um "paranormal" ou a pessoa que se encontra no grupo dos 10%, precisa processar coloca-o numa condição em que fica mais suscetível a confusões de ordem psíquica.

90% da humanidade rejeita os 10%. Esta é minha estatística hipotética. Os 10% da humanidade são distribuidos mais ou menos assim:

90%:
10%: normais que envolvem-se com a criminalidade e com a antiética, corrupções, etc.
70%: normais que formam o modelo social vigente e o conceito de saúde.
10%: normais que estão migrando para o grupo dos 10% restantes.

10%:
- 5%: em busca de orientação à paranormalidade e orientação evolutiva multidimensional e multiexistencial
- 3%: paranormais mais lúcidos que ajudam mais e pedem menos ajuda.
- 1%: paranormais muto lúcidos
- 1%: paranormais extralúcidos

Obviamente é uma explicação simplista. Mas é de propósito que faço desta forma, para simplificar o compléxissimo numa escala evolutiva compreensível.

Os 90% da humanidade por serem "dominantes" por razões óbvias, rejeitam os 10%, "recessivos".

Há de se existir uma "terapia paranormal", focada especificamente para os 10% do grupo dos 90%, e os 5% do grupo dos 10%.

Assim, a Parapsicologia Clínica é uma terapia focada principalmente ao "paranormal", ou seja, didaticamente falando, aos 5% da humanidade que sofrem distúrbios associados a paranormalidade.

Não tem como eu provar esta estatística, mas serve como orientação didática.

Muitos proporam escalas evolutivas, tal como Waldo Vieira e Alan Kardec, assim como muitas linhas esotéricas e mesmo religiosas, em anjos e demônios... seres de luz, cristos ou Saint Germains.

No topo da minha escala simples, estão os "serenões" ou os 1% extralúcidos. E assim vai abaixando. Os 70%, são os pré-serenões vulgares, como define Waldo Vieira. Os 5% do grupo dos 10%, são os pré-serenões mais despertos e paranormais.

Muitos do grupo dos 90%, pertencentes aos 10% próximos a fronteira, acabam por perderem-se em "asilos manicomiais". Muitos dos que pertencem aos 5% do grupo dos 10%, acabam por estarem presos a rótulos de esquizofrênicos ou outros apelidos psiquiátricos, pelo simples fato de não conseguirem gerenciar a enorme quantidade de informações paranormais que captam o tempo todo. Como um rádio multifrequencial desregulado, não sabem discernir mais o que é AM, FM ou ondas curtas. Nem se é russo ou árabe.

Ao leitor, a Parapsicologia Clínica é a terapia para os "paranormais" e não para os "normais". Aos normais, existem as terapias para isso, como a Psicologia Clínica, a Psiquiatria, etc.

Fernando.

28.8.09

O paciente olha para mim, seriamente e me diz: "Olha Fernando, não tenho nada a dizer"....


Caro leitor deste modesto parablog,

Quando um paciente me olha seriamente nos olhos e me diz:

- Fernando, não tenho nada a te dizer hoje.

A primeira coisa que penso é:

O que está tentando me dizer ao dizer que não tem nada a dizer?

Passo ao significado que o "nada" tem: O que é pois o "nada" para o paciente?

Assim obviamente pergunto:

- Bom... o que é então o "nada a dizer" para você? O que significa para você não ter nada a dizer? Significa que quer dizer algo que chama de "nada"?

Ora nada existe no cosmo que pode ser chamado de "nada". O "nada" é um objeto e, sendo objeto é alguma coisa. E sendo alguma coisa o paciente quer dizer algo. Sendo o nada algo, cabe ao terapeuta descobrir junto com o paciente que conteúdos encerram sob o nome de "nada".

E assim as sessões se caminham.... de camada a camada.... em se tratando de regressões a vidas passadas... muitos "nadas" vêm a superfície e tornam-se "tudos".

O melhor da terapia é a oportunidade de se ter uma relação franca, no nível que trancende a máscara ou a fachada social e moral, de pessoa a pessoa.

Aprendo muito com meus pacientes. Eles me ensinam a manter-me no caminho da franqueza. Sem franqueza não existe evolução.

Fernando.

Aviões X Transporte: o que será de nosso futuro?


Caro leitor corajoso que consegue suportar este "parablog"!

Bom... olho daqui e vejo aviões parado no pátio do aeroporto Hercílio Luz em Florianopolis/SC. E sabem porque? NEBLINA.

Obviamente, e já deixo meus pêsames aos céticos de carteirinha, pseudo-cientistas crédulos da incredulidade da anomalística psi psicológica psicologiquês....

O nosso futuro é o Transporte: ou, a auto-desmaterialização e re-materialização noutro local. Poderia eu agora, se pudesse fazer tal procedimento de ordem "psi-quântica", sair desta cadeira dura, com minha bunda quadrada... e aparecer lá no Rio de Janeiro, já deitado na cama e tirar uma soneca.

Tirando a piada de lado, é nosso futuro: dominar as leis psi-quânticas e vencer a barreira da matéria e do espaço-tempo.

Há algo mais lógico que isso?

Mais lógico que isso só 1 + 1 = 2.

Fernando.

26.8.09

Técnica da Indução de Projeção Consciente pelo Sonho para Crianças


Por Dr. Fernando Salvino - Parapsicólogo


Aconselho as crianças que queiram sair do corpo que façam como fazia quando pequeno: assista bastante desenho animado de superheróis..... leia revistas disso..... vejam filmes de superheróis voadores..... e numa certa ingenuidade romântica.... acredite que você também pode fazer isso tudo, ou mais que eles mesmos..... mas não va vida "real", no "sonho".

Deseje pois ardentemente voar como o Superherói Americano em seu sonho.... e simplesmente, num dado momento de seu sonho sentirá que está voando..... e faça igual ele mesmo fazia: começe correndo feio um doido desvairado...... e aos pouco vai lançando-se em vôo..... subindo e subindo.... sinta a leveza do vôo..... Quando acordar saberá que a experiência fora tão real.... mas tão real..... que colocará a realidade e seu conceito em questão! As minhas primeiras projeções datam da infância e as fazia diariamente.

Bom, se eu fiz, você também pode! Ensine a seus filhos! Eles merecem lembrar quem são desde cedo! O pior da infância é ter de aturar os professores na escola, falando em Isaac Newton e força de atrito e mesmo arredondamento da força gravitacional..... sendo que a noite podemos sair do corpo e viver o mundo quântico!

A escola é um sonho! Voar é realidade!

Fernando - 26/08/2009