20.12.10

Conhecendo mais a fundo sua Missão de Vida (Proéxis)

Por Dr. Fernando Salvino
Parapsicólogo, Conscienciólogo, Psicoterapeuta


A Proexometria tem sua origem no conceito trabalhado por Vieira em sua obra "Manual da Proéxis", caracterizando-se como a ciência da medida da proéxis. Desconheço se este conceito já tenha sido definido anteriormente, muito emnbora eu esteja trabalhando sobre ele há mais de 5 anos em meus escritos pessoais. Proéxis é a abreviação de Programação Existencial. Assim, a Proexometria é o estudo científico o mais matemático possível, da Proéxis ou Programação Existencial.

O que vem a ser a Programação Existencial?

A Programação Existencial  é o projeto ou como geralmente se chama, a "Missão de Vida Humana", assim escolhida pessoalmente ou escolhida por terceiros, antes desta atual existência, mas no período entre a vida passada imediata, a a vida atual. Este período é também chamado de "período intermissivo" (de intermissão, entre as missões de vida). Esta missão ou programa assumido revela a intenção de retornar a renascer no Planeta Terra, abdicando a vida extrafísica ou espiritual, e assumindo novamente a vida sexuada propria da condição animalizada da consciência ressexualizada (ressomada, reencarnada). Parto do princípio lógico de que algum motivo muito forte e importante faz com que a consciência decida por si ou por terceiros, a abrir mão da vida extrafísica e assumir novamente uma vida humana. É aqui que entra a lógica da existência objetiva de uma programação existencial.

Esta programação previamente assumida antes do renascimento e, portanto, antes da ressexualização, contém o motivo básico que fez com que a pessoa decidisse retornar para esta dimensão.


Classificação das Programações Existenciais


Geralmente, as programações existenciais podem ser classificadas de duas ordens básicas:
  1. Escolhidas por si mesmas: aquelas em que a propria consciência, ainda no estado extrafísico (espiritual), planeja com lucidez, mediante a assistência de um amparador evolutivo, sua próxima vida. Esta categoria se aplica as consciências que passaram ou não pelas aprendizagens transcendentes que ocorrem nos períodos intermissivos: cursos, excurssões projetivas de mentalsoma, aprendizagens diversas. As que não passaram, embora obtenham lucidez relativa, não se desligaram completamente da dimensão mais densa, física, do planeta (tecnicamente, não passaram pela segunda dessoma - ver  glossário de termos técnicos).
  2. Escolhidas por terceiros: aquelas que relutam retornar ou retornam sem planejamento prévio lúcido, renascendo de forma menos técnica e mais improvisada. Aqui, entram as consciências que retornam praticamente de forma compulsórias, obrigadas a retornarem para prosseguir seu curso evolutivo, mesmo sem desejarem.

Não importa em qual categoria você se enquadra. O que importa é que, tenha ou não escolhido, você acabou passando pela amnésia (esquecimento) que ocorre devido à fenomenologia da reencarnação, quando o ser ou consciência, ao se ressexualizar, ressomar, se desconecta temporariamente de sua procedência extrafísica: esquece quem é, de onde veio e o que veio fazer aqui.  Desta forma, aos que esqueceram, que é a grande maioria, acabam por sentir uma série de sintomas decorrentes do esquecimento provocado pelo renascimento:
  1. Melancolia continuada
  2. Falta de sentido na vida
  3. Insatisfação contínua com trabalho, relacionamentos... 
  4. Hiperatividade e transtornos de atenção (desinteresse pelos assuntos ultrapassados no planeta).
Outros sintomas poderia ser colocados aqui, mas numa síntese estes 4 podem ser bastante úteis para entendermos o impacto do esquecimento.


Realizando a anamnese ou a lembrança de quem somos

Anamnese, de acordo com Sócrates é a rememoração gradativa através da qual a pessoa redescobre dentro de si as verdades essenciais e latentes que remontam a um tempo anterior ao de sua existência empírica. A preocupação já remonta desde a antiguidade. Sócrates ajudava seus discípulos a lembrarem de quem realmente são. Para ele, as pessoas nasciam sabendo muitas, só que tinham esquecido. Nosso foco aqui não é exatamente o saber acumulado ao longo das muitas existências, mas o saber que nos esclarece acerca do que nos motivou retornar a esta vida.

Métodos para acesso a memória extracerebral

Um dos métodos mais fáceis de acessar a memória extracerebral é a autopesquisa. O que vem a ser a autopoesquisa? É quando a própria pessoa torna-se o pesquisador de si mesmo. Ao investigar a si mesmo a pessoa tem em sua frente dois campos prioritários para conhecer a fundo e o mais preciso possível, para o seu bem:

  1. Consciência: quem eu sou? de onde vim? para onde vou? Aqui a pessoa busca saber quem ela é até as últimas consequências, sem apelos místicos ou religiosos. Com os pés no chão e usando de métodos e recursos mais técnicos e lúcidos, a pessoa começa a se investigar, a se diagnosticar, a se enfrentar e a se superar evolutivamente. Aqui ela se estuda, mas vai além disso, ela escolhe experiências para se enfrentar e superar traços ou trabalhar virtudes já desenvolvidas.
  2. Programação Existencial: o que faço aqui? Por que decidi renascer? Aqui a pessoa busca saber com detalhes e precisão, sua missão de vida, mesmo que lhe traga muito trabalho e dedicação. Muitos querem tudo pronto, saber tudo de "bandeja". Não funciona assim. Existe uma lógica até então pouco compreendida e que fundamenta a necessidade das pessoas esquecerem de si mesmas, de suas procedências e do motivo que as levou retornar para este Planeta.

Quando a pessoa começa a pesquisar a si mesma, naturalmente conseguirá acessar informações relevantes sobre seu plano de vida. Recursos podem ser utilizados de forma complementar, como a indução de experiências de retrocognição seja ela desencadeada por si mesmo, seja por terapeuta especializado ("terapia de regressão" ou retrocognição clínica). É possível que, mediante o suporte do amparo extrafísico, a pessoa relembre de fatos que possam lhe ajudar no realinhamento evolutivo, rumo a execução e a realização plena de sua programação. Infelizmente, poucos conseguem executar de forma plena estes programas, devido as dificuldades da vida humana.






A Proexometria é o estudo preciso da Programação Existencial.

É mesmo por isto que, um estudo preciso da Programação Existencial pode atuar como agente profilático, preventivo, de distúrbios conscienciais e evolutivos no presente e no futuro próximo, no pós-morte, da consciência, quando deixa esta dimensão e migra para a dimensão extrafísica de origem. Os resultados de uma vida vazia no pós-morte já estão suficientemente registrados, por exemplo, na literatura espírita. Por outro lado, os resultados de uma vida repleta de sentido estão pouco registradas na literatura. Isto porque, me parece, que poucos realmente conseguem alcançar os picos de autorealização e o pico máximo que é a realização de seu Programa Existencial (missão de vida).

Muitas pessoas possuem programações complexas e detalhadas e que envolvem muitas tarefas simultâneas e assistência a muitas pessoas. Mais complexas ainda são as Programações que envolvem a assistência num nível multidimensional e mais universalista. Não importa exatamente como são as tarefas das outras pessoas, o que importa aqui é como é a natureza de nossa tarefa, de nossa programação existencial.

Analise se sua Programação Existencial é:
  1. Previamente Planejada ou Não: você sente, pensa e intui que planejou algo para fazer aqui nesta vida? Ou sente, pensa que não planejou nada e deixou para planejar aqui mesmo, após renascer?
  2. Raio de atuação: você sente, pensa e intui que sua Programação alcança qual raio de atuação? Mais no nível do Ego (pessoal), mais no nível da família, amigos e grupos mais próximos (grupal) ou, mais além, alcança um nível maior, universalista, planetário, cósmico?
  3. Comum ou multidimensional: você sente, pensa e intui que sua programação existencial é mais  reduzida a dimensão material, humana, ou transcende para a multidimensionalidade dos trabalhos assistenciais, pela energia, parapsiquismo e a projeção da consciência para fora do corpo?
Reflita profundamente sobre estas questões. Vá até as últimas conseqüências. A sua felicidade depende diretamente do fato de você estar alinhado, sintonizado com o propósito o qual decidiu retornar. Mas não se apavore. Caso não veja nada, não consiga nenhum tipo de insight ou idéia, rememoração ou qualquer coisa, existe uma tarefa que é comum a todas as consciências que renascem no planeta.

A tarefa comum: aprender a lidar, gerenciar e vivenciar a sexualidade e o amor de forma madura e com discernimento.

Se a vida humana ou o renascimento inicia devido a relação sexual entre o pai e a mãe (em geral), e a consciência antes assexuada torna-se sexuada devido ao processo básico da fisiologia da reencarnação, assim, cabe a todos nós, neste projeto de vida comum, aprendermos a lidar, gerenciar e vivenciar a sexualidade de forma madura. E sexualidade envolve relacionamentos, principalmente, os relacionamentos íntimos, amorosos. Assim, sexualidade caminha lado a lado com o amor. Desta forma, no mínimo dos mínimos, todos nós temos a missão global de aprendermos a amadurecer nossa sexualidade e nossa capacidade de amar, a nós mesmos e aos outros. Se você fizer somente isto, amadurecer estas duas realidades, já estará dando passos enormes em sua evolução.

Que conclusões você tira diante de tudo isto? Quais as implicações de tudo isto em sua existência?

15.12.10

Planejamento Evolutivo Pessoal: guia simplificado para a saúde integral

Sugestão: Baixe este slide em seu computador e se preferir, imprima, para que suas auto-análises evolutivas possam ser mais proveitosas para você. Dedique um tempo somente para a realização do planejamento. Prepare o ambiente, otimize o máximo que puder. Escolha um horário adequado e calmo, silencioso, onde não terá a interrupção por familiares ou telefonemas. Coloque uma música calma e relaxante, se preferir, para criar um clima o mais tranquilo e sereno possível. Lembre-se: você neste momento é o seu campo de pesquisa. Desligue a internet, o celular e tudo o que possa desviar você deste foco. Aproveite para se conectar com o amparo cósmico mais especializado na evolução consciencial a partir do contato consigo mesmo e com o propósito que fez você decidir renascer neste planeta. Ótimas experiências e um natal e 2011 de plenas realizações evolutivas!

12.12.10

A Consciência e a Psicoterapia pela Autopesquisa: da Dependência Afetiva à Autosustentação Saudável

Por Dr. Fernando Salvino - Parapsicólogo

Muito se tem falado acerca da revolução o qual a Psicanálise foi protagonista, e com todo mérito, merece tal título: a descoberta e a investigação mais criteriosa e científica do inconsciente. Freud foi um gênio e ninguem pode alegar outro mérito a ele. Sua coragem é admirável e sua obra merece ser aplaudida. Mas de que inconsciente fala Freud e a Psicanálise? Do inconsciente superficial, restrito a um paradigma que reduz o ser, a um conjunto sintomático que pode ser expresso através de três paradigmas psicanalíticos, conforme a classificação dada pelo psicanalista Renato Mezan: pusional, relacional e subjetal. Independente do paradigma trabalhado, o inconsciente é um local, uma dinâmica ou uma realidade cuja vida se dá na ausência da consciência do sujeito e cujos sintomas são a expressão desta realidade. Eis uma base pelo qual norteia a teoria e método psicanalítico. Apesar de toda coerência do pensamento de Freud, principalmente, quando defrontou os tabus da sexualidade humana em uma profundidade ainda não presente em muitos ramos da psicoterapia e ciência, não podemos nos reduzir a compreender o sujeito de forma refinada, somente olhando sua casca.

A técnica psicanalítica obviamente não é a melhor nem a definitiva. É excelente, mas não o fim. Nem abarca as profundezas do inconsciente, como conseguimos alcançar pela hipnoterapia e a retrocognoterapia, ao acesso de vidas ou séries existenciais passadas do sujeito, vidas extrafísicas ou quando fora do corpo (projeção da consciente), evidenciando a realidade da polêmica "reencarnação" e da multidimensionalidade e seus impactos na vida do sujeito, hoje, ampliando o espectro do inconsciente.

Desta forma, ocorre que um paradigma, seja ele qual for, tornou-se um dogma quando não amplia seus métodos nem revisa seus paradigmas para além do inconsciente. Para além do inconsciente já descobrimos existir a hiperconsciência das experiências de cosmoconsciência, pela projeção da consciência para fora do corpo, através do mentalsoma ou corpo mental (projeção psi-P). Da mesma forma, descobrimos que o inconsciente é estruturado como se fossem em "faixas vibratórias", cujas faixas, cada uma delas, revela experiências passadas que ultrapassam a fronteira desta vida, rumando para as vidas passadas. Assim, descobrimos também que o sujeito e sua personalidade não são realidades restritas a esta atual vida e à atual família. Existe uma dimensão inata no humano que transcende o corpo e a atual existência. Como já disse Sócrates, o ser humano esqueceu de si e necessita lembrar-se (anamnese). Para Sócrates, a palingenesia (reencarnação) era um fato normal e o esforço de um ser humano era lembrar de sua verdadeira natureza, parindo a si mesmo (maiêutica).

Na história da investigação da consciência, alguns paradigmas se separaram de forma radical: psicanálise, mesmerismo, metapsíquica e espiritismo. Naquele século, da metade de 1800 para cá, cada ramo desenvolveu um modelo próprio, porém, ao invés de trabalhando com o ser humano integral, inteiro, acabou refinando-o.

A psicanálise desviou-se e acabou se tornando um dogma centrando em Freud, Lacan e outros. O mesmerismo acabou tornando-se um ramo quase místico, onde a cura se centrava no magnetismo do curador, que detinha algum campo mágico magnético que curava a doença do paciente, este doente devido a desequilíbrios energéticos. Por outro lado, a metapsíquica, acabou se tornando um campo cético da pesquisa e foi atacada por não ter um rigor matemático e laboratorial em suas investigações, sendo posteriormente substituida praticamente em sua totalidade pelos pressupostos modernos da Parapsicologia, fundada por Max Dessoir. O espiritismo tornou-se uma igreja católica mais transcendente, cuja bíblia foi substituida pelo evangelho e os tratados de fenomenologia parapsíquica fora reduzidos ao livro dos médiuns e espírítos e outras obras, incluindo aqui o aspecto moral e ético da existência espiritual humana, sendo de todos, o sistema mais completo para a evolução da consciência. Devido ao fato da contaminação dos pressupostos religiosos dogmáticos da repressão sexual trazidas de membros católicos que se tornaram espíritas, a sexualidade tornou-se um núcleo não falado e pouco abordado, colocando a Psicanálise em posição privilegiada neste campo. Assim, embora estas áreas tenham atuado cada uma delas em diretrizes específicas e ali tendo desenvolvido paradigmas e técnicas, nenhuma delas é completa e nenhuma delas trata o ser humano de forma integral.

A tendência hoje é a investigação da consciência integral, transcendendo o inconsciente freudiano e psicanalítico com um todo, o modelo junguiano, reichiano e todos os outros que tentam abordar fatias de um ser humano irredutível a partes e indivisível psiquicamente.

A consciência apresenta uma complexidade que vai além do sujeito, reduzido a um corpo existente nesta atual vida pertencente a uma família "X" e a uma biografia limitada a alguns anos. Do ponto de vista da evidência clínica experimental da parapsicologia e da ótica das investigações avançadas da consciência, o sujeito é consciência que já existia antes de nascer na atual família e permanecerá existindo após sua morte corporal, ficando somente a consciência e seus outros organismos energéticos (psicossoma, mentalsoma) para a sua manifestação, noutras dimensões. O universo é multidimensional e a consciência acompanha tal tendência.

Dentro da moderna tendência mais avançada na superação de problemas (psicopatologias, patologias e desafios existenciais) está a autopesquisa, onde o próprio sujeito investiga a si mesmo e sua forma de funcionamento, de um ponto de vista integral, inclusive incluindo as projeções conscientes para fora do corpo para descondicionar-se de sua concepção corpóral e biológica de si mesmo, além de acessar outras dimensões da realidade e aprender antecipadamente a morrer e a perder o medo da morte. A autopesquisa é a chave da independência pessoal e do descrobrimento do motivo que nos levou a retornar a este planeta, a reencarnarmos, a ressomarmos aqui e agora, a estarmos nesta família e assumirmos tal e tal papel nesta vida. Uma verdadeira psicoterapia precisa ajudar os pacientes a se encaminharem no sentido de conseguirem por conta realizarem esta investigação de si mesmos, o mais amplo possível. Por exemplo, é o caso da paciente que relutava em estar viva, em viver, apresentando uma resistência aguda em tomar responsabilidades para sua evolução, quando em regressão, lembra que não queria reencarnar e que foi praticamente "empurrada" por amparadores para que retornasse a desse continuidade a sua evolução. Após esta rememoração, a paciente compreende-se melhor e começa um trabalho de aceitar sua condição de estar aqui e inicia um processo de descoberta de uma tarefa para sua vida, já que veio sem uma tarefa específica. Agora, está envolvida num processo de aprender na prática a realizar a autopesquisa visando o conhecimento de si, chave para a saúde integral.

A autopesquisa é o modo de se compreender e de mudar que inclui algumas fases simples, cujo centro é o desenvoilvimento de uma relação de amizade e amor consigo mesmo (sem "passar a mão na cabeça"):

1. Realização de auto-diagnósticos contínuos, que pode ser ajudado por psicoterapeuta ou não, que visa aprofundar o problema e dinamizar a evolução íntima. Aqui inclui a auto-análise o mais sistêmica possível visando uma noção geral de si mesmo, multiexistencial, multidimensional, etc.

2. Escolha consciente de experiências que poderão ser instrumentos para se superar certos traços dificultosos e mesmo dinamizar certas qualidades já desenvolvidas.

3. Análise, Síntese, Reflexões sobre os resultados das experiências e criação de novos rumos para novas experiências, análises e reflexões.

4. Experiências novas, novos testes e desafios escolhidos conscientemente para a autosuperação e evolução o mais consciente possível.

A vivência da autopesquisa traduz-se numa vida mais autêntica, segura e ancorada na realidade de si e do cosmos, e pode levar a pessoa a completar sua tarefa de vida e a obter uma morte tranquila e lúcida, feliz e serena, traduzindo num esforço para se plantar uma vida pós-morte lúcida e sincronizada.

No entando, admito que é dos procedimentos mais dificeis de se fazer e que requer muito estudo de si mesmo, horas semanais de auto-estudos, auto-análises e auto-sínteses. Muitos não têm fôlego para isto o que traduz a necessidade da psicoterapia mais branda para alguns casos e da psicoterapia mais profunda para os pacientes que têm fôlego para uma autopesquisa mais aprofundada e responsável. Esta inclui exercícios de auto-diagnóstico e sugestões de experimentos durante a semana visando a análise de resultados e a mensuração de si e dos fatos evolutivos.

Por fim, já estamos muito além da Psicanálise, o que não quer dizer que para muitos a psicanálise ainda não seja útil. Pelo contrário, a Psicanálise é bastante útil dentro dos limites que trabalha. Mas devemos ter em mente nosso discernimento de que, a pessoa humana é integral e não refinada, e quanto mais andar com suas próprias pernas e decidir por si mesmo sem necessitar de terceiros, o que obviamente nunca será uma liberdade absoluta ou uma independência total (todos dependemos dos outros em alguma coisa), melhor será para ela mesma. A Psicoterapia que se utiliza da autopesquisa visa justamente isto: dar instrumentos para o paciente caminhar com suas proprias pernas e conquistar maior liberdade de ser e estar no mundo, e com isto, vislumbrar a possibilidade real e não imaginária, de uma vida mais realizada e feliz.

11.12.10

Agradecimentos aos 26 países que acessaram este Blog e aos Parceiros

Por Dr. Fernando Salvino - Parapsicólogo

Caros(as) colegas e amigos,

Agradeço a todos deste imenso planeta que puderam se beneficiar do conteúdo deste webespaço onde publico textos, ensaios, artigos e informações relacionados à Ciência, Saúde e Evolução da Consciência.

Desde a implantação do sistema de contagem comum, alcançamos mais de 9.461 visitas. Há cerca de um mês atrás, implantamos o sistema da Flag Counter, que contabiliza os países que nos acessam, onde já contamos com 26 países nos acessando (clique aqui e veja a lista dos países). Este blog cumpre então sua proposta de ser universalista e pautado na liberdade de informação e, até certo ponto, no jornalismo independente e livre, evolutivo e priorizando as informações úteis para a evolução do ser integral.

Desde a criação deste espaço, recursos foram implantados, todos de forma autoditada, sem custo algum, porém, com muito trabalho. Nossos parceiros todos disponibilizam estes recursos gratuitamente na web e nunca me pediram qualquer contribuição por este serviço e é desta forma que disponibilizo este espaço.

Sou sinceramente grato a todos os parceiros que me ajudaram na criação deste Blog, através de contribuições gratuitas e voluntárias. Cito abaixo alguns deles, sendo que existem mais, e incluo todos os que publicaram manuais para orientação na criação e gestão destes poderosos sistemas de informação, fáceis e úteis para a evolução da consciência:

1. Blogger: por fornecer gratuitamente ferramenta tão fácil de operar e adaptável a tantos recursos.
2. Aparna Pramanik: a esta consciência de procedência da Índia, que nunca conheci, mas que criou o belo template deste Blog através da raycreationsindia e, o disponibilizou gratuitamente, inclusive, para modificações e atualizações. Demorei horas de pesquisa até achar este design bastante apropriado a proposta consciencial deste espaço.
3. Google: por fornecer gratuitamente a ferramenta de tradução multilingue deste Blog, sem esta este espaço não poderia ser acessado pelos diversos países deste planeta.
4. Feedburner/Google: por disponibilizar gratuitamente a excelente ferramenta de gerenciamento de envio de artigos diretamente nos e-mails dos usuarios cadastrados.
5. Contador de Visitas Gratis: por fornecer gratuitamente a ferramenta "contadordevisitasgratis", em design pré-definido e também gratuito, para a contagem precisa dos visitantes deste espaço. Agradeço ao criador deste design por ter disponibilizado seus serviços sem cobrar nada.
6. Flag Counter: por prover o sistema de mapeamento de todos os países que acessam este espaço, totalmente de forma gratuita.
7. Whos.amung.us: a esta empresa por disponibilizar gratuitamente recursos de contagem online de usuários em forma gráfica e mapeada.

Desejo que o ano de 2011 seja muito melhor do que foi este ano 2010 e que possamos alcançar mais degraus de autorealização, paz, harmonia, lucidez e liberdade!

Fernando Salvino
Ilha de Florianopolis,11/12/2010.

5.12.10

Os "Espíritos": pela Teoria dos Psicons e Projeciologia

Por Dr. Fernando Salvino - Parapsicólogo

"Na Teoria Psicônica, os espíritos seriam produções mentais paranormais sob dissociação e sob a ilusão da percepção sensorial." Dr. Geraldo Sarti, Parapsicólogo e Pres. ABRAP.

É bem exatamente aqui que inicio a desafiante tarefa de definir o que é um "Espírito". Espíritos são aqueles seres que apesar de existirem, não possuem um corpo físico como o nosso aqui e agora. São seres que manifestam-se, apesar da ausência de um corpo físico, carnal e sexual, a partir de uma plástica similar a de um corpo humano, sexuado, ora similar a uma mulher, ora a um homem. Eis uma das dificuldade de se aceitar que os "Espíritos" sejam em sua aparência como o são as pessoas humanas, de carne, osso e sexo.

É a partir da teoria psicnônica que irei observar tal fato e também pela ótica projeciológica, especificamente a partir de minhas experiências extracorpóreas, a partir daquilo que se chamou: projeções pelo psicossoma e pelo mentalsoma (ou como prefiro chamar projeção psi-P).

Os Espíritos conservam a forma humana devido ao condicionamento mental. Vou partir desta premissa básica de uma das funções próprias da consciência (o sujeito em si), que é a ideoplastia ou a capacidade que a mente tem de modelar formas de energia carregadas da fantasia que lhe for mais adequada. Assim, uma pessoa humana, vive uma vida inteira olhando-se no espelho físico ou no espelho d'água e, mesmo após a desativação do sexossoma (corpo humano biológico) com a morte, ainda conversa a forma humana no pós-morte, por uma simples ideoplastificação do 2º veículo da consciência: psicossoma ou corpo psicônico.

Assim, Espíritos são produções mentais paranormais, visto ser uma expressão típica de uma [auto]para-psicocinesia para a modelagem energética da fantasia corpórea que está operante na mente (transcendente) do sujeito. Extrafisicamente, o sujeito ou pessoa humana, fora de seu corpo biológico, pelo psicossoma, pode plasmar-se como um cão, como um outro (falsificação paraideológica) e mesmo manifestar-se como uma núvem de energia sem forma humana definida, ambas experiências que já presenciei fora do corpo.

O psicossoma como o corpo extrafísico mais comumente usado nas viagens extrafísicas, possui propriedades parafisiológicas bastante peculiares, como a capacidade imediata de responder aos desejos e aos impulsos da vontade, intenção e fantasias mentais do sujeito que ali se manifesta. Assim, numa definição objetiva, os "Espíritos" são aquelas consciências que, mesmo após terem passado pela morte do corpo ou sexossoma, ainda conservam o apego à forma humana, sexualizada e expressam-se ora numa forma sexuada masculina ora feminina. São estes "Espíritos" que manifestam-se nos fenômenos de aparição ou são vistos por clarividentes como pessoas quase reais e, inclusive, usando roupas, trajes humanos. "Espíritos" são consciências que possuem em suas mentes uma auto-imagem humana, condicionada pelas precárias experiências que anulam a natureza intrinsecamente humana do Ser.

O rompimento definitivo da auto-imagem ou o conceito de si como sendo um corpo se dá pelas experiências de projeção psi-P (psi-Pura) ou pelo mentalsoma (corpo mental). Nestas experiências a consciência sente-se numa condição vividamente livre de corpo, não enxerga qualquer apêndice corporal ou extensão energética que parece colocar-se como um objeto de si mesmo (como ocorre quando olhamos para nossas mãos ou para nossas para-mãos). Nas experiências de projeção pelo mentalsoma o ser vive sua natureza mais intrinseca, subjetiva, pura, livre de corpo, massa, tempo e espaço como o conhecemos aqui. Por outro lado é possível a expansão do "si mesmo" para um nível transcendente onde a pessoa neste estado sente como sendo ela mesma, mais que qualquer outra experiência. Esta vivência mostra pela experiência direta que o Eu é incorpóreo e livre de forma: o Eu é na verdade, pura Consciência. O pico da dissolução da auto-imagem e auto-conceito corporal do Ser se dá nas experiências de cosmoconsciência. Nestas experiências o Eu sente-se irradiando para o Infinito, numa direção cósmica vasta, icomensuvável, que transcende qualquer noção humana e sexuada. Ultrapassa as barreiras de qualquer noção e conceito acerca do humano e migra para as vivências cósmicas e galácticas, estelares da irradiação consciencial hiperlúcida; anulação temporária de toda neurose a partir da religação do ser com seu eu real incorpóreo, pura consciência operante e livre de forma, espaço, tempo e matéria, convenções e paradigmas. Neste hiperespaço, a consciência é transparadigmática: a consciência pura é o próprio paradigma, vívido.

E é esta Consciência que se opõe à idéia de que somos "Espíritos". Como disse, "Espíritos" são as consciências que ainda detém uma autoimagem de que são Corpos e não Consciências. "Espíritos" são as consciências que ainda preservam em si, em suas representações mentais e fantasias, a autoimagem sexossomática. Eis a distorção de percepção básica: os seres sexuados somente são aqueles que nascem e morrem e que iniciaram este ciclo a partir de um ato sexual, da fecundação, embriogenese e todas as fases de crescimento biológicas, a vida humana e a morte propriamente dita. Quando uma consciência passa deste estado, chamado "intrafísico", para outro estado, chamado "extrafísico", a consciência se dessexualiza, pelo simples fato cósmico de ter saído deste ciclo sexuado que carrega o fenômeno da morte como fenômeno central. E ao se dessexualizar (também chamado de dessoma ou desencarnação), a consciência geralmente permanece como crendo que é um corpo, mas agora, um corpo espiritual. Assim, não percebe que o centro doador de significados, sentidos e conceitos, geradora das fantasias é justamente quem ela é: a Consciência. E como Consciência pode alterar sua forma e desidentificar-se sexossomaticamente e retornar a sua origem mesma de um campo de energia informe, quando pelo psicossoma.

Os condicionamentos são graves para a consciência que se dessexualiza ou morre (desencarna, dessoma). Ela pode voar, mas caminha como se estivesse ainda viva, em corpo e carne, sob o julgo do campo gravitacional. Ela pode atravessar estruturas densas materiais com facilidade, mas não o faz, crendo ainda que precisa abrir portas e subir escadas. Ainda crê que precisa de comida, onde não raro, são lhe servidos "sopas" para alimentar as consciências. A questão é complexa e encerra um processo de distorção de percepção bastante aguda.

Assim, como é o objetivo deste pequeno ensaio, defino "Espíritos" como as consciências que, ao passarem pela morte (desecarnação, dessoma) ainda conservam o condicionamento mental e a necessidade de manifestarem-se a partir da plástica sexuada, como homem ou mulher, usando vestes, roupas, chapéus, plasmando-se corporalmente como uma réplica humana, embora sutil e "vaporosa".

Por outro lado, posso definir "Consciência" como o núcleo real do Ser, o que realmente sobrevive e existe, não sendo produto de qualquer condicionamento mental mas, antes disso, apresenta-se como o núcleo doador de sentido e representações da realidade, moldando-a como bem entender, expressando-se como lhe é melhor e mais conveniente aos seus condicionamentos e crenças.

E por fim, estou de acordo com a teoria psicônica quando Sarti afirma que "Espíritos" são "produções mentais paranormais sob dissociação e sob a ilusão da percepção sensorial."

4.12.10

A Reconciliação Consigo Mesmo: Voltando a ser seu Melhor Amigo

Por Dr. Fernando Salvino - Parapsicólogo

O título parece até apelativo, ao estilo "auto-ajuda" ou algum best-seller internacional propagandista. Entretanto, o título encerra uma profunda necessidade humana, talvez a maior de todas. O ser humano tornou-se ao longo de suas vidas um inimigo de si mesmo e, por consequencia, alimenta, nutre pensamentos, sentimentos e energias de raiva, rancor, ódio, vingança, guerra, tristeza profunda, depressão, melancolia e dentre outras emoções desarmônicas. Não quero dizer com isto que temos de parar de sentir. Não. quero dizer com isto que, hoje, talvez nossa maior necessidade seja a de voltar a sermos amigos de nós mesmos. E isto implica uma profunda reconciliação consigo, cujo resultado é a tão sonhada paz interior.

Venho ao longo de minha vida buscando este estado interno e, como você bem sabe, leitor(a), não é tarefa das mais fáceis de se empreender. Por outro lado, não existe caminho mais fácil do que aquele em que buscamos sermos amigos de nós mesmos. Significa isto que "passarei a mão em minha cabeça"? Ou que "colocarei panos quentes" em mim mesmo? Isto não é ser amigo, isto é ser conivente. Ser amigo de si é olhar e se relacionar consigo mesmo com uma profunda honestidade, sinceridade e franqueza. Esta profundidade a cada passo no caminho de evolução se aprofunda e se intensifica, a ponto de cada um de nós conseguir gerenciar nossas vidas internas e externas com o máximo de honestidade e incorruptibilidade. A pessoa deixa de aceitar a autocorrupção: a sabotagem interna que é a pura expressão da inimizade que temos conosco.

Em nossa cultura, vemos aprendendo desde crianças e, indo mais a fundo, desde os tempos antigos da vida humana neste planeta, em nossas vidas ou encarnações passadas, que ser "esperto", "ganhar vantagem", sobressair-se sobre nossos semelhantes, pisoteando-os, subjugando-os, numa luta de poder sem precedentes, numa competição que descola nossa condição interna para o contexto da insanidade mental em massa, produzida em série, ao longo de muitas vidas, é o sentido de estarmos aqui. Somos os herdeiros milenares desta cultura que usa da falsa religião, falsa ciência e falsa filosofia para manipular povos e direcionar as massas para um modo de viver e pensar a vida destituida do sentido maior que permeia a existência e do autoconhecimento puro e livre.

No núcleo mesmo da alma humana encontra-se uma solidão sem precedentes. Encontra-se um conflito cujo núcleo mesmo é uma auto-rejeição, um certo ódio de si ou de áreas significativas de si mesmo, raiva e ressentimento por sermos a pessoa que somos. Eis a necessidade urgente de uma reconciliação profunda conosco, retornando a sermos os nossos melhores amigos.

Você pode começar fazendo uma coisa simples: uma lista com tudo o que odeia, rejeita ou não gosta de si. Ao fazer a lista poderá sentir uma série de coisas negativas sobre si mesmo. Ao começar a sentir estas coisas reprograme-se com pensamentos bons sobre si. Seja seu amigo, veja seu pior lado, tua pior face, seus piores defeitos com um olhar mais fraterno, sem negar qualquer parte de si nem "colocar panos quentes". Mas desenvolva uma capacidade progressiva de olhar para si, sentir-se em sua totalidade sem rejeitar-se por ser quem você é, agora.

Se você não se ama suficientemente para aceitar, como digo a meus pacientes, sua "coluna da esquerda" (a lista de defeitos, vícios e traços-fardos), então, será incapaz de amar com profundidade. Sem uma entrega profunda a si mesmo, não existe possibilidade de uma entrega profunda ao outro. Uma profunda crise assola o planeta: as pessoas perambulam carentes e vazias, em profundo conflito consigo mesmas, exteriorizando uma cultura de guerras e criminalidade. Eis a base espiritual ou consciencial da crise atual, sem precedentes.

A base da reconciliação consigo e da auto-amizade é o amor a si mesmo. O amor a si mesmo é a base da paz interior e da autorealização e o núcleo irradiador da energia capaz de criar uma nova sociedade e uma reforma integral nos governos e na política.

30.11.10

Diagnóstico da Sociopatologia pela Hipocrisia Midiática

Por Dr. Fernando Salvino (MSc)
Parapsicólogo, Psicoterapeuta, Projeciólogo, Conscienciólogo
Bel. Direito, MSc. Educação (UFSC)



Antes de prosseguir, sugiro ler: SALVINO, F. Diagnóstico da Sociopsicopatia pela Indústria de Armas no Brasil e a Criação de uma Cultura de Paz, Evolução e Saúde no Planeta. In Revista Digital de Experimentos Avançados da Consciência. Edição de Maio/2011. NIAC. (acesse aqui).





Hipocrisia é o "ato ou efeito de fingir, de dissimular os verdadeiros sentimentos, intenções; fingimento, falsidade" (HOUAISS).

Neste sentido, hipócrita é aquele que pratica a hipocrisia, ou "que ou aquele que demonstra uma coisa, quando sente ou pensa outra, que dissimula sua verdadeira personalidade e afeta, quase sempre por motivos interesseiros ou por medo de assumir sua verdadeira natureza, qualidades ou sentimentos que não possui; fingido, falso, simulado" (HOUAISS).

A mídia pode ser considerada como o 4º poder dentro de nosso sistema brasileiro marcado pela tripartição dos poderes em Legislativo, Executivo e Judiciário. Mesmo que na constituição da república não tenhamos expressamente a mídia como sendo tal poder, na prática vemos obsdervando tal fato. É neste sentido que falarei aqui acerca da atuação da mídia e de seu discurso na atual cobertura da guerra civil ocorrendo no Rio de Janeiro/RJ nestas últimas semanas.

O discurso é o que colocar os traficantes como os grandes responsáveis e os grandes malvados. O telecpectador ingênuo não consegue discernir a hipnose condicionativa realizada pela mídia quando, não publica junto com o noticiário os dados de seus próprios artistas de TV e funcionários, muitos e muitos deles usuários de drogas, ou seja, consumidores e mantenedores da guerra civil e da indústria do flagelo humano.

É focando no usuário que quero falar aqui. Aquele que compra e que mantém com seu consumo a indústria de tráfico de drogas e, por consequencia, do tráfico de armas e porque não, da prostituição e exploração infantil.

A mídia e seu discurso hipócrita mantém a crendice de que o produtor e o vendedor de drogas são os malvados, os vilões. Eis o discurso da polícia e dos políticos também. Por que será?

Senão vejamos:

Ninguem vende um produto se não existe aquele que compra. Então, quem são os compradores das drogas lucrativas vendidas pelo tráfico ilegal? Lembramos que o álcool, uma droga, era traficado antes de ser liberado para vendas em supermercados.

Os compradores são aquelas pessoas que têm dinheiro para comprar drogas como:

1. Maconha
2. Cocaína
3. Heroína
4. Crack
5. Extasy
6. LSD
7. Anfetaminas e outras drogas psicofarmacológicas contrabandeadas

Lembramos também que o Brasil é um alto consumidor de drogas psiquiátricas, receitadas medicamente.

Quanto a primeira e a segunda, principalmente esta, a cocaína, é droga largamente usada pela classe chamada média. Sendo que uma grande parcela de usuários são artistas.

Os artistas, no caso os que trabalham nas TVs, muitos deles são usuários de drogas, mesmo que seja somente um baseado de maconha num fim de semana ou uma cheirada. Não importa: comprou e usou e assim, tornou-se o patrocinador da guerra civil e da sociopatologia.

Esta hipocrisia remonta-se nas raizes do narcotráfico e do tráfico internacional de armas. O cidadão comum precisa ler a CPI do Narcotráfico, publicada na internet, e ver a rede de pessoas que estão envolvidas neste esquema. Sair da consciência ingênua e cultivar mais o discernimento pessoal frente a tantas tentativas de lavagem cerebral pela mídia. O Estado, o governo hoje, sobrevive e depende desta indústria de drogas para sobreviver.

Lembramos que as mesmas armas que o exercito utiliza, as mesmas armas que o BOP utiliza, os carros blindados da marinha e outros, são fabricados por alguma industria de armas no mundo. E esta mesma indústria vende as armas para os traficantes. Se existem armas sendo produzidas, elas precisam ser vendidas. Esta é a logica da criação falsária de guerras pelo mundo sob o pretexto de movimentação de estoques de armas e vendas, lucros, uma verdadeira indústria da carnificina e genocídio legalizado inclusive pela ONU - Organização das Nações Unidas.

Eis o diagnóstico simples e objetivo da condição sociopatológica atual. Eis também o discurso: vamos exterminar os traficantes! A hipocrisia instala-se justamente neste ponto: se exterminar os traficantes teremos bilhões de usuários de drogas perambulando por aí afora em abstinência química e lotando todas as instituições para recuperação de dependentes químicos. Não teríamos estrutura. A droga mais consumida do Fórum da Capital é o café (cafeína). Iríamos ter uma sociedade de zumbis, pessoas humanas escravas de químicas para fugirem da realidade da vida e da evolução da consciência.

O máximo da hipocria encontra-se na frase: "Guerra contra o terrorismo". Pois vejamos, como se a guerra em si não fosse uma prática terrorista. Muitos cidadãos de bem e que pensam acabam se revoltando com a situação. A crise é total, o sistema está a beira de um colaspso interno grave. Hoje, não temos mais 1 Estado. Temos múltiplos Estados: Estados dentro de Estados. E todos eles coexistem e interdependem um do outro.

Num sistema sociopatológico temos de nos ater primeiramente a nossa saúde mental e não deixar que esta sociopatologia infecte nossos lares, nossos filhos e nossas famílias: nossas mentes. Ao compreendermos que o fundamento próprio da sociedade atual é a hipocrisia, ou seja, uma forma de governo e de sociedade pautada em relações falsas e não-autênticas, poderemos migrar para dentro de nós mesmos, para dentro de nossas consciências, mentes e iniciar a revolução a partir deste núcleo: a consciência e sua autenticidade, perante si, e perante o outro.

Como poderemos saber realmente quem patrocina as campanhas políticas? O caixa 2 é formado pelo dinheiro de quem? Eis aqui também a fonte da miséria social: a corrupção e a prostituição de si mesmo e do caráter por votos, poder e prestígio. Lavagens de dinheiro, Ilhas Cayman, Uruguay... Exploração tributária pelo governo... A indústria do tráfico e de armas é, de uma forma direta ou indireta, patrocinadora do governo corrupto instalado no Brasil. E os consumidores de drogas são, direta ou indiretamente, os patrocinadores da guerra civil e do flagelo humano que as cidades se encontram hoje.

Lembro bem, aqui em Florianopolis, crianças brincando de amarelinha no cadáver de um traficante morto por outros traficantes, no Morro da Queimada, em 2005, quando eu dava curso para professores numa escola pública.

Não acredito em política. Não acredito em governo. Não acredito em campanhas. Enquanto postos de saúde não forem construidos em favelas devido ao desvio de verba pública para as orgias políticas e as contribuições de impostos pagos pela classe trabalhadora não for usada de forma ética e respeitosa para com a sociedade; e tais verbas forem usadas para falsear licitações, campanhas e esquemas corruptos, nada feito. Não existe discurso que consiga mais falsear a realidade da corrupção e suas ramificações sociopatológicas no Brasil e mesmo no planeta.

Enquanto existir a consciência bélica na mente e nos sentimentos de um cidadão, teremos o consumidor de armas. Enquanto existir a consciência doente e carente de sentido de vida, teremos o cidadão usuário de drogas, perdido e perambulando pelo mundo a procura de si mesmo, que comprará drogas de um traficante, o varejista, que comprou a droga do produtor. Se alguem produz, alguem consome. E quanto existir tudo isto, existirá a polícia para atuar como falso super-herói.

Uma mudança de consciência é a única solução coerente, e esta se dá pela educação. Então vejamos como está a educação brasileira: sinceramente, um lixo.

A evolução está acontecendo, passo a passo, mas tenhamos paciência e sabedoria para compreender que a verdadeira revolução terá que se dar dentro de nós mesmos, na reforma e reciclagem de nossa própria consciência e maturidade ética, num sentido de uma responsabilidade cósmica e cosmocrática.

O Universo é nosso lar. Todos os países nossos vizinhos. O planeta é uma vila de interior. Sem um cultivo diário da paz mental e no esforço diário de reciclarmos o belicismo impregnado dentro de nossos pensamentos e intenções, não haverá mudança social significativa alguma. Tudo começa no pensamento e na intenção que carrega sua energia.

24.11.10

A Função Social da Parapsicologia Clínica e o Futuro da Psicoterapia

Por Dr. Fernando Salvino - Parapsicólogo


Recentes levantamentos, realizados nos EUA e Europa, mostraram que mais da metade da população pesquisada relata ter vivenciado, pelo menos uma experiência que aos olhos de um parapsicólogo, sugere a possibilidade de ser uma experiência paranormal. A mais comum delas são as experiências conhecidas como PES - Percepção extrassensorial (Pallú, 1996). Estas vivências incluem sonhos premonitórios, experiências de telepatia, clarividência, lembranças de vidas passadas (mais raras), deja-vú. Em algum casos pessoas tem relatado sairem de seus corpos a noite; visualizando seus corpos dormindo e eles ali, flutuando lúcidos. Noutros casos avistam-se diante de imagens estranhas porém reais, onde posteriormente, descobrem que tinham visto exatamente aquilo nos seus sonhos e devaneios. E as experiências não param. Centenas, milhares de pessoas neste momento estão de alguma maneira vivenciando experiências psi, ou paranormais.

Defendo a hipótese de que, com a democratização da tecnologia da web, pessoas do planeta estão de fato conectadas numa rede global, um holocampo psíquico onde os fenômenos psi ou paranormais ficam mais expostos a ocorrência. Tem chego até mim muitos relatos de pessoas que sabem por exemplo, quando receberam mensagens no orkut, ou mesmo e-mail ou facebook, twiter. Os processos extrassensoriais estão sendo chamados à ação devido a tecnocomunicação, onde por exemplo, a pessoa comunica-se com outra pelo chat do msn e, mesmo não vendo ou lendo suas verdadeiras letras ou sua imagem real (vívida numa webcam), ainda assim "sente" de alguma maneira como a outra está (acoplamento a distância, telepatia). Esta experiência é mais comum que podemos imaginar. Até a pouco tempo, pessoas têm relatado experiências de telepatia usando o aparelho do telefone, quando, de alguma maneira sentem, sabem intimanente, que uma determinada pessoa irá ligar, ou a mesma lhe vêm na mente na forma de uma imagem de seu rosto, quando, o telefone, instantes depois, toca. Hoje mesmo ouvi em meu consultório no hospital um relato sugestivo de transcomunicação instrumental, quando o pai (falecido) comunica-se com a filha pelo telefone.

Sylvan Muldoon, o iniciador da pesquisa científica da projeção da consciência para fora do corpo, ainda em meados da década de 30 do século passado, já dizia que as experiências de projeção, que na época se chamava projeção astral (astral projection), eram mais comuns que imaginava. Sua trajetória inicia quando lê a obra do parapsicólogo Hereward Carrington, especialmente o capítulo sobre a projetabilidade da consciência para fora do corpo. E dali surgem muitos diálogos por cartas, quando, ainda morimbundo de doença, entrevado numa cama, Muldoon publica sua obra científica sobre o assunto. Após a publicação, centenas de pessoas escrevem para ele, fornecendo relatos das mesmas experiências e uma carência aguda de informações sobre o assunto. Muldoon nos traz a universalidade das ocorrências paranormais e a necessidade de socialização deste campo, para fins de assistência a pessoa que vivencia o fenômeno e sente-se de alguma forma perturbada ou carente de trocas e contatos acerca dos mesmos.

Centenas, milhares de pessoas sentem de alguma forma a realidade das "energias negativas" ou "energias positivas". Da mesma forma, sentem presenças espirituais, mesmo que não saibam o que são e sua natureza. Cham de encosto, anjos da guarda e enredam-se numa confusão conceitual que prejudica o discernimento e o trato com o assunto, a interpretação correta do fato vivido e a melhor forma de lidar com as vivências e consigo mesma. A Parapsicologia vem, passo a passo, retirado do núcleo religioso o monopólio da assistência ao paranormal, sensitivo ou pessoa que passou por algum tipo de experiência sugestiva de psi (paranormalidade). As religiões têm, em sua maioria, atrapalhado mais do que ajudado nesta área. No Brasil temos religiões multidimensionais que acabam muito mais confundindo a pessoa necessitada de assistência psi, do que ajudando-a de forma eficiente. A Umbanda, Camdomblé, Evangélicos, Catolicismo, Espiritismo, Budismo e outros trazem abordagens antigas e consoladoras em sua maioria, sem o cultivo do discernimento no trato dos fenômenos e das vivências paranormais. Isto pode gerar muitos problemas para quem está solicitando ajuda, podendo sair mais perturbado do que entrou, mais confuso ou em casos mais graves, prejudicado.

E os fatos não cessam de ocorrer. Todos os dias milhares e milhares de pessoas reencarnam, se ressexualizam, se ressomam novamente nesta dimensão, adentrando num útero materno, se materializando e atuando pela Pk - psicocinesia num novo corpo humano, e tendo mais uma vida humana. Da mesma forma, milhares e milhares e milhares de pessoas neste momento estão desencarnando, se dessexualizando, se dessomando e retornando para a dimensão extrafisica afinizada com seu estado interno de espírito. Este vaivém marca a existência da consciência e sua evolução pelos séculos e milênios afora. Milhares e milhares de pessoas sentem que possuem algo a fazer neste planeta, alguma tarefa, missão ou projeto de vida. Esta sensação não é a toa, visto que antes de voltarmos para a Terra, muitos de nós realizamos planejamentos de nossas próximas vidas e acabamos por esquecer. Os dilemas associados a tal esquecimento leva a pessoa a fardos distúrbios de comportamento e de sua existência. Livros vem sendo escritos abordando com cada vez maior clareza este assunto visando prestar a assistência à humanidade neste ponto. Mas não basta. Quando o desvio deste projeto de vida acomete consequencias desastrosas na vida de uma pessoa, melancolia crescente a persegue, depressão e mesmo tentativas e fantasias de suicídio. Noutros graus a pessoa sente que tem algo a fazer e acaba não compreendendo porque sente um vazio e uma melancolia mesmo tendo "tudo" em sua vida. É o caso de um médico que, aos seus 30 e poucos anos, acaba se dando conta que têm tudo mas uma melancolia e uma angústia o acomete, sendo que em seu íntimo sabe que não está fazendo o que deveria estar: executando sua missão de vida que vai além de ser médico. Eis o dilema que milhares de pessoas adentram. É necessário neste século de uma Psicoterapia que aborde de maneira aberta e científica, as noções de espirtualidade e vida humana em suas conseqüências existenciais numa escala que engloba o ser humano integral que somos.

É aqui que entra, neste século atual a função social da Parapsicologia, no caso a Clínica, cada vez mais crescente e em franco desenvolvimento e que é a área socialmente especializada na psicoterapia que aborda o ser humano integral (e não "refinado"). Com o uso de técnicas complementares projecioterápicas, como a apometria científica e outros recursos como a tenepes e outros, poderemos hoje falar abertamente que a Parapsicologia Clínica ruma para a assistência em escala maior, unindo a seriedade da pesquisa científica e seus critérios mais lúcidos como uma maior universalidade de sua assistência a pessoas com condições cognitivas para uma psicoterapia propriamente dita, que envolve uma capacidade para o paciente realizar a auto-pesquisa contínua de si, e também para pessoas sem condições para tal, envolvendo uma assistência multidimensional num nível mais silencioso, porém técnico, com outros recursos técnicos e terapêuticos, ainda em desenvolvimento e reorganização metodológica e epistemológica.

No centro da Psicoterapia está a simplicidade de ajudar o paciente a empenhar-se num caminho seguro para sentir-se feliz, realizado e em paz, numa perspectiva de auto-responsabilidade e auto-transformação.

No futuro, Hospitais terão o Parapsicólogo e o Parapsicólogo Clínico como um membro necessário na equipe de assistência à saúde, como já temos aqui em Florianópolis, no Hospital Universitário - Projeto Amanhecer. E como será o futuro da Psicoterapia?

18.11.10

Aresta Poligâmica e Considerações sobre o Adultério Mental, Ética, Comprometimento no Relacionamento Conjugal e Dupla Evolutiva

Por Dr. Fernando Salvino - Parapsicólogo

Este texto é um breve ensaio e merece maior aprofundamento e precisão de seus conceitos, mas é uma introdução ao conceito de aresta poligâmica que serve para fornecer um mapa para o entendimento geral dos relacionamentos conjugais e os fenômenos associados; a ética nos relacionamentos, o comprometimento conjugal, o amor puro, a sexualidade madura e a questão da dupla evolutiva. Sabemos que toda teoria é muito bela, mas na prática o laboratório é outro. Ou adentramos no tema com toda nossa franqueza, extraíndo o fenômeno como ocorre no universo mental, ou nunca compreenderemos muitas condições de falências de relacionamentos e sucessos de outros. O amor puro e o cultivo continuado de pensamentos positivos parece-me que sempre serão o começo de tudo em termos do campo da sexualidade.

O que significa "Aresta Poligâmica"?

Poligamia é o termo criado em 1682 (polygamia) para designar o estado no qual a pessoa é unida conjugalmente com várias outras, podendo ser duas até um número relativamente grande.

A "Aresta Poligâmica" é o nome que acabei criando para designar o espaço, a "brecha", a lacuna, o campo aberto, o traço-fardo da relação, os pontos mal trabalhados, conflitos não resolvidos atuando todos em conjunto, sistemicamente, em bloco, num relacionamento monogâmico que acaba levando um ou ambos cônjuges a inicialmente praticar o adultério mental e a vida poligâmica fantasiosa persistente, através do universo da fantasia de natureza afetivo-sexual ou puramente sexual e, posteriormente, ao adultério propriamente dito, no nível da realidade física. Com isto, efetiva-se um sistema multidimensional de intrusões de ordem extrafísica que acaba penetrando o universo do casal através da aresta. Esta aresta, como poderei expor noutro ensaio, forma-se, abre-se devido a múltiplos fatores associados.

Adultério mental: a primeira abertura da aresta poligâmica

É importante colocar que, em hipótese, cerca de 90% de todos os animais humanos (consciência humana ressexualizada) em relação conjugal monogâmica do planeta possuem a região da aresta poligâmica aberta num nível patológico, ou seja, que gera sofrimento para o relacionamento. Esta abertura abre espaço para as intrusões inicialmente ocorridas dentro do universo da consciência, na intimidade mental: o adultério mental que dá força para o adultério emocional e início a vida poligâmica propriamente dita. Desta forma, posso me arriscar dizer que a natureza íntima do animal humano é a poligamia, primeiramente fantasiosa (adultério mental - vida mental poligâmica) e, em segundo lugar, no nível da realidade (adultério de fato -  vida poligâmica oculta e posteriormente, vida poligâmica expressa).


Esta aresta dirige-se para a poligamia, quando o(a) adúltero(a) mental trai sua(seu) companheira(o) com um(a) terceiro(a) ou terceiros(as) e com este(a) ou estes(as) tem relações afetivo-sexuais - com ou sem culpa associada. É importante frisar aqui que o conteúdo fantasístico, puramente mental, pode esboçar uma "novela" onde é inclusive permitida fantasias de incesto, pedofilia, e outras fantasias de conteúdos mais pesados, como estupro, agressões, etc.

A poligamia em todas as suas manifestações é o estado evolutivo de relacionamento afetivo-sexual próprio da consciência humana que não se libertou de sua animalidade em direção à vivência do amor puro de um relaciomamento evolutivo (dupla evolutiva).

A poligamia é o estado evolutivo de relacionamento próprio do animal humano. Este animal, quando recalca os intintos sexuais poligâmicos, comprime a energia básica da espécie e direciona o fluxo de desejos sexuais para três níveis básicos da mente (ou consciência):

1. Vigília: em vigília (estado de consciência onde a consciência acha-se intrafisicalizada ou ressexualizada) quando a pessoa cria uma fantasia poligâmica, ou o adultério mental propriamente dito, consciente, acompanhado de culpa ou não.

2. Sonhos: em sonho quando, em vigília o conteúdo fantasioso mental (adultério mental) é recalcado, reprimido e abolido pela moral do sujeito que, mesmo assim, acaba vivendo a condição poligâmica nas imagens pictóricas dos sonhos, caracterizando o adultério mental subconsciente propriamente dito.

3. Sonambulismo Projetivo: fora do corpo, inconsciente, a consciência vaga sonâmbula e acaba tendo relações afetivo-sexuais com outras consciências, neste caso, projetadas ou extrafísicas.

4. Projetado: fora do corpo, consciente ou semi-consciente, o sujeito acha-se numa condição, extracorpórea, desdobrado astralmente, onde tem relações afetivo-sexuais com outras consciências, neste caso extrafísicas ou projetadas de seus corpos, caracterizando o adultério projetivo propriamente dito.
Este último pode ser caracretizado como um adultério de fato, ou a concretização da poligamia, embora se dando no universo multidimensional extrafísico da consciência.

Não podemos esquecer que a reencarnação ou ressoma somente ocorre, biologicamente, quando um animal humano macho faz sexo com um animal humano fêmea. Daí forma-se o zigoto e daí toda a embriogênese para a posterior formação do corpo humano que é, essencialmente, um corpo sexual ou sexossoma. A consciência liga-se a este corpo sexual através da energia própria de um segundo corpo: corpo psi, psicossoma e mentalsoma, corpo mental (apesar da existência deste último ser uma hipótese ainda a ser testada por um número maior de projetores conscientes).

O sexossoma é tão dominante na vida da consciência que, sua forma domina as impressões da auto-imagem que a consciência tem de si e, mesmo fora do corpo, conserva a imagem física do corpo sexual ou humano. A forma humanóide do psicossoma é a imagem mental do sexossoma, conservada e priorizada. Sendo assim, consciências mais evoluidas e lúcidas, dispensam a forma humana e sexualizada da consciência, pois transcenderem o corpo e o sexo.

Amor puro, sexualidade madura e dupla evolutiva

O que é uma sexualidade madura? É aquela que transcende pois o modelo instintivo próprio da sexualidade animal humana imposta pela genética, instintos da espécie e pressão do campo mórfico do planeta.

E no que trancende este modelo? Na fidelidade vivenciada num casal evolutivo, unido por laços abertos e francos, em clima de autenticidade crescente visando a evolução a dois, numa direção da vivência do amor romântico mais puro e de uma vivência saudável e madura da sexualidade, priorizando os orgasmos naturais purificadores das bioenergias e da saúde mental, afetiva e sexual. Uma parceria mais lúcida priorizando a higiene mental continuada e a evolução autoprovocada, auto-induzida, quando ambos se ajudam na evolução e na autorealização mútua. Diálogo aberto, sinceridade exposta ao máximo possível, principalmente no que diz respeito às questões sexuais, afetivas, existenciais, financeiras e evolutivas. E assim por diante.

Tal modelo de relacionamento transcende o modelo do animal humano, preso no instinto da poligamia e da necessidade inconsciente de perpetuar a espécie pela distribuição fantasiosa ou realista do espermatozóide pelos óvulos afora.

O casal, dois animais humanos que, antes disso, são consciências humanizadas, ressexualizadas, possuem laços de intimidade que transcendem o reino animal, pautado no amor mais puro conquistado e amadurecido ao longo de muitas existências e experiências. Este amor transcende teorias e a sexualidade transcende o sexo.

10% de todos os animais humanos em relacionamento monogâmico podem ser este tipo de casal

Esta é nossa esperança básica: a de que o colapso sexual, a epidemia maior da humanidade, já está com seus dias contados. Por hipótese, 10% da humanidade em relacionamento monogâmico tem potencial para pertencer ao que foi chamado por Vieira de "dupla evolutiva".

Somente 5% de todos os animais humanos em relacionamento monogâmico são, de fato, este tipo de casal.

Neste sentido, se você está num relacionamento monogâmico, analise consigo mesmo(a) três variáveis para o autoconhecimento:

1. Fantasias: eu ando tendo fantasias afetivo-sexuais com outra pessoa ou pessoas? Qual a natureza destas fantasias? Que desejos estão sendo satisfeitos através dela que não consigo satisfazem com o parceiro(a)? Anote todas as fantasias (adultérios mentais) e estude-as a fundo, para tentar resolver o problema específico da carência afetivo-sexual no relacionamento.

2. Sonhos: eu ando tendo sonhos afetivo-sexuais com outra pessoa ou pessoas? Qual a natureza destes sonhos? Que desejos estão sendo satisfeitos através deles que não consigo satisfazem com o parceiro(a)? Anote todos os sonhos (adultérios mentais inconscientes) e estude-os a fundo, para tentar resolver o problema específico da carência afetivo-sexual no relacionamento.

3. Projeções: eu ando tendo projeções afetivo-sexuais com outra pessoa ou pessoas? Qual a natureza destas projeções? Que desejos estão sendo satisfeitos através delas que não consigo satisfazem com o parceiro(a)? Anote todas as projeções (adultérios mentais extrafísicos de fato) e estude-as a fundo, para tentar resolver o problema específico da carência afetivo-sexual no relacionamento.


Os dados são imprecisos e hipotéticos, mas deixo aqui esta reflexão inicial.

31.10.10

A Ressexualização da Consciência [Espírito]: um Esboço.

Por Dr. Fernando Salvino - Parapsicólogo
NIAC/ABRAP


O que marca exatamente a existência humana e a diferencia da existência extra-humana ou extrafísica, espiritual? A existência sexualizada do espírito em detrimento com a existência dessexualizada própria da vida psíquica, propriamente dita.


Muitas evidências apontam para esta premissa, a começar pela Biologia e a classificação dos seres em bióticos e abióticos. O ser humano, homo sapiens sapiens, é um ser biótico, vivo, pertencente a classificação dos seres sexuados, em oposição aos seres assexuados como os que se reproduzem por bipartição, as amebas, por exemplo. Assim, como seres sexuados que somos o processo emergente que caracteriza tal classe de seres vivos são os processos de nascer e morrer.

Um ser sexuado é aquele que num dado momento nasce e morre. Mas o que a Biologia aponta como morte? A morte do corpo, a decomposição biológica, a cessação definitiva da vida humana e a continuidade deste corpo na ininterrupta cadeia ecológica alimentar e manutenção da vida doutros seres vivos, sexuados ou não. A morte de um ser sexuado, no caso, o animal mamífero humano, é simples de compreender pela Biologia. O problema surge quanto ao nascimento. Mas o que a Biologia aponta como nascimento?

Aqui adentramos na embriogênese, a formação do embrião, a genética, a reprodução humana e os processos todos interconectados até a formação do feto dentro do útero e o nascimento propriamente dito. Apesar de não existir consenso relativo aos fatos do fenômeno “consciência”, a Biologia em geral aponta para estes dois processos de nascer e morrer nestas óticas resumidas. Em síntese, para este ensaio, resta afirmar que o que marca um ser sexuado é justamente o fato biológico de que este nasce e morre num dado momento histórico-temporal.

Em relação ao animal sexuado humano, este nasce, pela hipótese da Biologia, a partir da fecundação do espermatozóide vindo do animal sexuado humano, macho, e do óvulo do animal sexuado humano, fêmea. Assim, desta fecundação ocorre uma intensa troca de material genético até a formação do ovo ou zigoto. Temos o início de um complexo processo chamado embriogênese. Não importa agora, neste início de ensaio, como que a partir desta troca de material genético o zigoto formará todo o corpo humano até que este possa sair do útero e dar início da vida animal humana sexuada propriamente dita. O que importa aqui é que este corpo formado que caracteriza o animal sexuado humano é o ser humano tal como considerado pela Biologia e é este mesmo animal sexuado que morre (correspondendo à morte do corpo). Este paradigma é o que é praticado, teorizado e amplamente defendido pela moderna Medicina e mesmo pela Psicologia. Para a Medicina, embora isto esteja mudando a passos de tartaruga, o psíquico é o corpo, ou radicalmente, o cérebro e qualquer disfunção são compreendidos como neuroquímica e destituído de uma essência, um núcleo: a alma ou o espírito. A consciência tornou-se uma substância tal como um hormônio e quando o cérebro, a grande glândula secretora de consciência fica inabilitado, morre, da mesma forma, a consciência, sendo um produto cerebral, morre conjuntamente como todo o Eu, a personalidade e toda a memória existencial. A concepção da Biologia e da Medicina está errada neste ponto. E mais, a concepção tanto da moderna Medicina como da Psicologia são falhas neste aspecto, trazendo-nos referenciais limitados para a compreensão da experiência humana, muito mais profunda e ampla que a ciência e seus dogmas. E a lacuna está justamente nos extremos da experiência humana, a saber:

1. Vida antes do nascimento: existência do Eu antes do nascimento.

2. Vida além da vida: existência do Eu mesmo fora do corpo em estados de expansão da consciência.

3. Vida após a morte: existência do Eu após a morte do corpo animal humano sexuado.

A vida antes do nascimento (VAN) é evidenciada pelas experiências transcendentes das lembranças e revivências das chamadas “vidas passadas”, tanto nos momentos em que o Eu acha-se “encarnado”, como nos momentos em que o Eu se acha “desencarnado” ou “projetado fora de seu corpo”. A vida além da vida (VAV) é evidenciada pelas experiências profundamente transcendentes das projeções conscientes para fora do corpo, contatos espirituais pelo mediunismo, clarividência, telepatia e outros meios como a transidentificação. A vida após a morte (VAM) é evidenciada pelas lembranças das mortes anteriores em vidas passadas e pela continuidade da vida até a atual vida, conjuntamente pela rememoração do período entrevidas. Da mesma forma é evidenciada pelos contatos com parentes que se comunicam pela psicografia, mediunismo e aparições de forma direta e vivenciada amplamente pela humanidade desde a antigüidade. A reunião sistemática das evidências psi-theta, representadas pelos conjuntos VAN, VAV e VAM, produz uma única evidência global, holística, a da existência comprovada do Espírito (ECE). Assim temos que, numa matemática sintética:

VAN + VAV + VAM = ECE

O Espírito é a Consciência. O Espírito é o Eu Real, a realidade psi-Pura, diferente da energia, que existe, pré-existe, sobrexiste e transexiste. A comprovação científica definitiva da existência da Consciência (ECE) e, por conseguinte, das realidades VAN, VAV e VAM, cabe à decisão subjetiva do sujeito em considerar as evidências como suficientes para se erguer o paradigma da consciência.


A realidade psíquica (espiritual) apresenta-se como o “paraíso bíblico” ou mundo céu das escrituras, o local para onde vamos após morrer e de onde viemos antes de nascer. Apresenta-se também como o inferno astral propriamente dito, os umbrais do universo, mundo psíquico puro retrato da vida mental de seus habitantes, onde perambulam as almas inconscientes de si e de onde estão, perdidas e desorientadas.
Mas, quero centrar-me aqui no mundo psíquico positivo, astral superior, onde habitam os espíritos mais lúcidos e despertos. As possibilidades de vida são muito mais amplas que as que atualmente fazemos aqui neste mundo. O sexo ou o contato íntimo corporal máximo é sentido pela pele da consciência (perispíritos) e não pela pele do corpo humano. As relações são muito mais profundas e os sentimentos mais intensos. Existem prazer e desejos muito mais aguçados. A natureza da ecologia psíquica ou espiritual conjuntamente com a natureza do corpo psi do ser, possibilitam o mesmo a gozar de uma experiência de pesar poucas gramas, superar a força do campo gravitacional e flutuar volitando pelo espaço cósmico num mundo sem fronteiras, limites e espaço e tempo, numa velocidade acima da luz, obedecendo às forças do pensamento, imaginação livre e da intenção volitiva do núcleo gerador, ou a inteligência-consciência (espírito).
A partir das sessões de retrocognoterapia (regressão a vidas passadas) pude testemunhar as alternâncias dimensionais a partir dos relatos de meus pacientes quando no transe regressivo autoconsciente. Em comum, as vidas encarnadas em pouco foram vidas de plenitude e gozo, e muito de sofrimento e restringimento de lucidez e discernimento. As pessoas gozam de suas mazelas. Ao passarem pelo desencarne, praticamente todos os pacientes, com exceção de alguns poucos, relatavam acessar uma dimensão de gozo de uma vida de paz, amor e fraternismo, amparo e luz. As pessoas vestidas de branco num mundo sereno e pacífico. Muitas dessas pessoas passavam por períodos de recuperação de sua então vida encarnada e a partir poderiam assumir tarefas dentro deste novo ambiente e morada cósmica. Muito prazer, paz e plenitude encontramos nestas dimensões.

Assim, o ser espiritual ao atravessar o campo fronteiriço que separa a dimensão psíquica da dimensão animal ou o útero materno, será acometido pelo processo de “sexualização” da consciência. Antes, um ser parassexual (sexualidade consciencial parabiológica), agora um ser sexual, cuja porta de entrada fora aberta a partir da fecundação resultado de uma relação sexual. É provável que a qualidade da relação sexual que possibilita a passagem do ser de um estado a outro, determine até certo ponto sua carga energética e o sentido sexual que dê para a vida que prosseguirá. No entanto, o ser se sexualiza mas, antes de qualquer coisa, para que ele reencarne ele deve abdicar de viver o gozo da vida espiritual. O que move o ser a abdicar do gozo da vida espiritual e aceitar a castração reencarnatória e, com isto, uma nova experiência evolutiva reencarnado é o que move este ensaio. Mesmo que o ser escolha a opção reencarnar, tal opção sempre será uma castração. Independente de a vida encarnada ser boa ou sentida como algo bom, a vida animalizada não se assemelha a vida espiritual em termos de qualidade e possibilidades de manifestação psíquica. De qualquer forma, a reencarnação propriamente dita ou a alteração de estado objetivo de manifestação expressa-se como uma “castração do gozo da vida espiritual”.

A castração inicia com o esquecimento ou o apagão mnemônico da procedência espiritual do ser. O ser reencarna e para que reencarne, ele precisa atravessar um processo inerente à reencarnação, que é o esquecimento de si mesmo. O esquecimento de si mesmo faz parte da primeira etapa que o ser vai ter de vivenciar, ou seja, viver sem a plena consciência de si. É um estado de amnésia, um black-out mnemônico, provocado pelo próprio processo de travessia interdimensional. O útero como espécie de câmara biológica de materialização. Com seu auto-conceito limitado, o ser forma nova personalidade e possivelmente novos sistemas de defesa e novos tipos de caráter. Esta evidência consta em mim mesmo, quando noutras vidas apresentava sistemas de defesa diferentes dos que uso hoje. A cada vida encarnada podemos dizer que uma nova personalidade é formada, cada qual em sua faixa correspondente. No entanto, o mesmo Eu atravessa as multivariadas existências assumindo multivariadas personalidades. Algo permanece vivo, e este algo é o núcleo inteligente que atravessas as dimensões em busca de sentido, realização, plenitude, etc. Este algo é o Espírito ou Consciência.

O esquecimento temporário - pois ao desencarnar o ser tende a voltar a lembrar-se - parece ser a maior castração que a reencarnação gera a este ser, visto ser a abdicação da autoconsciência e das memórias das experiências de gozo profundo espiritual. Qual o sentido de esquecer? Seria um sinal de imaturidade de manutenção da memória tal como esquecemos de situações da infância atual? Tal como não lembramos de experiências intra-uterinas e mesmo de ontem? Esta é minha posição, a de que o esquecimento não é uma lei propriamente dita do universo, imposição divina ou lei evolutiva, mas antes de tudo, de sinal de imaturidade pessoal em lidar com o Eu Real, tal como ele é, com tudo o que é.

Obviamente, na fenomenologia da experiência espiritual, psíquica, nem todos participam deste rol de experiências, permanecendo na esfera dos processos de para-psicoses, para-neuroses, para-transtornos mentais. Muitos atravessam as dimensões sem consciência da travessia. Muitos não são resgatados para os centros de reabilitação espiritual, as colônias, hospitais e cidades espirituais de elucidação e acabam por reencarnarem sem consciência alguma: são sonâmbulos evolutivos.

Assim, a reencarnação parece ser a experiência em que o ser abdica de si mesmo (do gozo de ser em plenitude no espaço cósmico livre) em prol de algo mais importante. Ao esquecer-se de si, se vê diante do outro. Assim a relação interpessoal parece ser uma das essências da vida encarnada. O ser existe para se relacionar com o outro. No entanto o ser esquecido de si e de sua origem cósmica, também acaba por esquecer o motivo pelo qual intentou reencarnar, ressexualizar; do motivo pelo qual decidiu abdicar do orgasmo espiritual pela castração ressexualizatória. Um motivo relativamente importante fez com que o ser decidisse pela castração. A castração é a sensação de perda de regiões do Eu Espiritual, eu Real, qual seja, a memória espiritual que enraíza o ser na sua procedência cósmica de origem imediata.

Um fato praticamente unânime é que o ser esquece o que veio fazer no planeta. A maciça maioria da humanidade me parece sofrer de da Síndrome da Existência sem Sentido (SES). Pessoas vivem e não sabem o que fazem aqui. Sofrem sem saber porque sofrem e morrem sem consciência de onde vieram, fizeram e para onde irão. São os futuros pacientes das colônias espirituais de tratamento e recuperação.  Mas porque esqueceria? Qual o sentido de esquecer-se de tal ofício se a felicidade e o prazer podem ter relação com tal tarefa? Complexa tal questão. Antes de renascer, o Eu (espírito, consciência) tinha maior noção de si. Conhecia-se mais. Diria que era mais “Eu” que após renascer. Após renascer torna-se um Eu restringido e sua autodefinição distorcida. Novas crenças, novos modelos condicionantes tornam o Eu crente de uma realidade básica: “eu sou o corpo”. E como o corpo é o representante da condição animal sexuada do ser humanizado, a sexualidade torna-se um dos centros da manifestação humana. Uma nova experiência evolutiva. A identificação com o corpo sexual (sexossoma) coloca o Eu Espiritual numa condição de Eu Sexualizado. O corpo dói, adoece, sente prazer e possibilita uma gama de experiências. O corpo morre, os parentes morrem; muitas perdas, valores e poder atravessam a vida espiritual humanizada. Com o esquecimento do Eu Espiritual, o Eu distorce sua percepção e orienta a vida conforme as fases de desenvolvimento impostos pela Embriogênese. O porquê da demora do desenvolvimento embriológico que impõe ao ser humanizado passar por fases de maturação sexossomáticas não se sabe ainda. Experiências intra-uterinas, fases de amamentação, período anal e fálico, e toda a complexidade das pulsões sexuais já vividas desde a tenra infância, a masturbação, os desejos incestuosos pelo pai e pela mãe, o amor um tanto sexual entre irmãos e irmãs, deixam a vida ressexualizada do Eu mais complexa que imaginávamos. A vida encarnada é mais complexa que imaginamos.

Talvez se a vida encarnada iniciasse diretamente num corpo adulto, o black-out mnemônico sendo minimizado; a consciência poderia conservar com maior energia a si mesma (Eu Espiritual), diminuindo erros e acertando mais na evolução. No entanto, algo de inteligente existe no processo de renascimento. É possível que o renascimento seja uma porta de acesso direto ao inconsciente menos trabalhado, razão pela qual o esquecimento leva os seres humanos a se sintonizarem com os padrões ressonantes das imaturidades e campos traumáticos. Mas isto não é uma Lei. É uma lei psíquica na medida em que o Eu não querendo superar seus traumas acabam por enterrarem no baú do inconsciente carregando vida após vida suas feridas espirituais na esfera da inconsciência. Compreendo que o Eu tem responsabilidade direta no esquecimento. O esquecimento é uma expressão de seu desejo: do desejo de esquecer de si mesmo. Quanto mais evoluído o Eu, mais torna sua reencarnação um processo de lucidez contínua, sem espaços para lapsos de memória e inconsciência. Por dedução, vejo a possibilidade concreta de um Eu atravessar os ciclos de forma completamente lúcida, sem perdas de memória alguma e noções de si mesmo, mantendo conexão direta com o universo espiritual e animal numa sinergia perfeita, denotando traços de sabedoria de vida conquistada ao longo de sua infinita caminhada desde a conscienciogênese. Assim, surge a necessidade de lembrar-se para Ser.

Se a vida gozante espiritual existe devido ao ser estar mais próximo de sua essência como ser psíquico que é, a vida humana reencarnada necessita aproximar-se desta mesma essência.

27.10.10

4.000 acessos do Brasil e Exterior.

AGRADECIMENTO

Aos 4.000 acessos, que vêm de todos os lugares do Brasil e exterior, ficam nossos agradecimentos.

Equipe NIAC.

26.10.10

A Cura Definitiva da "Neurose" pelas Experiências de Hiperconsciência: Breve Ensaio

Por Dr. Fernando Salvino - Parapsicólogo


"Não desejo que acredites em nada que escrevi. Digo: experimentai e então saberás" (Sylvan Muldoon)





A vida humana é uma vida predominantemente neurótica. Neurótica porque grande parte da humanidade não tem o menor interesse em saber, na teoria e na prática duas coisas prioritárias:


1. Saber acerca de si mesmo (conhecer a si, como consciência integral, multidimensional)

2. Saber acerca de seu projeto de vida, do real motivo que a faz estar aqui e agora neste planeta, pré-definido no período entre a vida passada imediata e a vida atual.

E os sintomas de uma coletividade neurótica já foram mapeados de forma bastante interessante por Wilhelm Reich, quando disse que a neurose tornou-se uma “epidemia”.

A vida neurótica é uma vida predominantemente vazia. Uma vida em que a pessoa sente faltar algo; sente-se melancólica, deprimida, triste e perdida.;sente que tudo o que faz não tem sentido ou tem pouco sentido; ou engana-se criando um mundo de fantasias, como defesa do mesmo Infinito. Mas prende-se para não sair do lugar. Aprisiona-se num mundo seguro defendendo-se das forças que a cercam: o incomensurável cosmos multidimensional em toda sua Infinitude. O sintoma básico é a impotência orgástica a que acomete a esmagadora maioria. Pelas estatísticas a impotência orgástica alcança a margem de mais de 70% tanto em homens como mulheres.

Teme o orgasmo, porque o orgasmo a coloca diante do Infinito, da dissolução do Eu, do Ego. Ela quer ter o controle, então, tenta controlar as pulsões da sexualidade e de sua libido. Teme os estados de consciência alterados porque teme a expansão em direção ao Infinito. Grof chamaria este movimento de holotropia, o movimento em direção da Totalidade. Teme também as alterações de emoções, as alterações de humor, as alterações de percepção... e assim por diante. Qualquer alteração é temida. Criaram-se drogas que visam reprimir estas alterações e tornar a pessoa normal novamente. Por normal entende-se a pessoa neurótica, adaptada a uma sociedade neurótica. À beira disso estão os “psicóticos”, perdidos num mundo à parte, sonambúlicos semi-conscientes, caminhando por aí afora.

O sistema básico de defesa então tornou-se ao longo das eras uma defesa do próprio universo: uma defesa que esconde o medo do Infinito. O universo tornou-se ameaçador. Um enigma perigoso de confiar. Os bloqueios dos chacras superiores, principalmente o chacra cononário evidenciam tal fato: a grande maioria de meus pacientes e de todas as pessoas que venho conversando possuem seus centros coronários fechados, com o medo do Universo e das experiências multidimensionais mais transcendentes.

O medo do Infinito parece ser o medo básico da humanidade em massa. Tal conceito pode parecer abstrato para você, mas vou aprofundar. O medo do Infinito é o que faz existir as religiões e as ciências ortodoxas, as práticas esotéricas fechadas e ritualísticas. O medo do Infinito é o que faz rezarmos pedindo a Deus proteção, porque há algo tão ameaçador que foge ao nosso controle que temos de evocar a Deus para nos proteger e nos amparar. É o que fundamenta todo mecanismo de defesa contra qualquer idéia, realidade ou prática mais evoluída. É o que faz com que a política exista como está. É o que faz com que a ética seja o colapso que se encontra. É o que produz as guerras e os genocídios em massa. Ao mesmo tempo, os que adentraram na esfera do Infinito e sentiram o medo advindo de tais experiências, acabaram criando as religiões e seus sistemas de rituais. Acabaram criando os degraus de iniciação. Os símbolos, os mitos e todos os recursos para amortecer o que Castañeda chamou de “Toque do Infinito”.

Uma vez escrevi aos 19 anos numa letra de música:

“Matérias radiando a força primitiva que rege nossos destinos... que o homem não vê, não entende, mas reza e tem fé, quando se vê, na beira do Infinito”.

E hoje aos 34 anos é exatamente isto que volto a dizer, mas em uma linguagem menos poética e mais científica: o medo do Infinito parece ser a base psicogenética de todo distúrbio pessoal e, por outro lado, o contato gradual com o Infinito parece ser aquilo que podemos chamar de EVOLUÇÃO DA CONSCIÊNCIA.

O momento em que o “Infinito” toca uma pessoa faz com que algo modifique completamente suas estruturas cognitivas em profundidade. Uma nova percepção começa a se abrir e o Universo modificou-se, porque algo em nós mudou realmente.

Experiências como esta são difíceis de colocar em palavras. Já foram chamadas de “experiências místicas”, mas nada tem de místicas. Pelo contrário, as experiências cósmicas em que a pessoa acessa o Infinito ou noutras palavras, toca-o, são de uma hiperlucidez, hiperconsciência, trancendendo concepções e palavras humanas, religiões e ciências. São experiências trans-simbólicas e trans-linguísticas.

A cura definitiva da neurose depende da capacidade crescente, progressiva, da pessoa ir se abrindo para o Universo; abrindo seus centros para o Cosmo, para a multidimensionalidade; para o Grande Outro; para o Universalismo vivenciado; totalizando-se. A neurose é o estado de consciência de “fragmentação”. A sua cura assenta-se na “totalização” ou “cosmificação” do ser. Dão podemos fazer de que toda terapia é antes de tudo uma “cosmo-consciencio-terapia”.

Relatos e mais relatos de pessoas que atravessaram experiências transpessoais e cósmicas, parapsicológicas evidenciam o acesso às realidades transcendentes do Universo e lá encontraram vida, existência e consciência. E quando voltaram sentiram-se profundamente tocados e modificados internamente.

O potencial curativo das experiências holotrópicas, cósmicas, levam o ser a expandir seu interesse para a humanidade, saindo dentro de si mesmo, libertando-se mais de seu Eu, raiz de toda neurose. E neurose é o estado de consciência onde a pessoa acha-se presa a si mesma. Por outro lado, quando começa a libertar-se de si, expande-se para além de seu “Eu” e encontra seu verdadeiro Eu.

Pessoas têm relatado experiências fora do corpo e outras experiências como a lembrança de vidas passadas (encarnadas ou desencarnadas) onde podem desconstruir seu conceito de um Eu corporal físico e substituir pelo conceito de um Eu fluido e energético. Noutros casos, a pessoa pode libertar-se deste corpo fluido e alcançar as experiências de projeção psi-Pura ou também chamada de projeção de corpo mental ou mentalsoma, onde se acha livre de corpo, espaço-tempo e formas. Estas experiências levam a pessoa a um pico de hiperconsciência e anulação de toda neurose possível e vivência de todo potencial puro da consciência sem corpo.

O orgasmo é a hiperconsciência no estado encarnado (ou intrafísico). Reich tinha razão quando afirmou que o orgasmo anularia os sintomas básicos da neurose. E aqui quero expandir este conceito de Reich, quando afirmo que a anulação plena de todo sintoma neurótico está na experiência de Hiperconsciência propriamente dita, provocada pela projeção da consciência para fora de todos os corpos: físico e psíquico (psicossoma). Digo a anulação plena porque mesmo quando a consciência se acha fora do corpo físico, em psicossoma (perispírito) ainda sim, manifesta neurose ou melhor, a paraneurose ou a parapsicose.

A sincronização das experiências de pico e o aprendizado de sustentar a felicidade, anulando por definitivo qualquer atitude auto-obsessiva e auto-sabotadora, fará com que a vida vivida seja uma experiência de contínua Hiperconsciência. Esta é a hipótese mais lógica que posso formular. E como Hiperconsciência é orgasmo e, orgasmo é prazer, tal evolução atravessa a Hiperconsciência na sexualidade, no trabalho, na relação com a vida, com o planeta, com o Universo e assim por diante. Inclui a reconciliação como uma das práticas habituais mantendo os laços “cármicos” trabalhados e sadios. Supomos que existam pessoas (ou consciências) que vivam tão somente no estado de Hiperconsciência e não mais reencarnam neste planeta, tal como compreendemos reencarnação. Supomos que tais consciências não sintam mais a necessidade, libertam-se naturalmente dos ciclos, pois os ciclos existem justamente devido a Não-Hiperconsciência e a necessidade da Evolução e de todo aprendizado.

Diante disso, começar por onde? Na mudança de interesse e motivação: começe por si mesmo cultivando-se em profundidade. Interessar por si e pelos outros; pelos assuntos multidimensionais, vivenciar experiências multidimensionais como as de projeção da consciência fora do corpo; sair do mundo de simplesmente sonhar e no máximo sonhar lucidamente. Ajudar e ajudar pessoas. Uma única experiência fora do corpo lúcida vale mais que uma vida inteira de sonhos lúcidos e sonhos comuns a serem interpretados. Conheça-se por completo, saiba por experiência própria que você não é este corpo que você vê todos os dias no espelho. Saiba que nem mesmo é o psicossoma, o corpo espiritual, astral. Afinal de contas, quem somos nós? Para que evoluímos? Para que estamos aqui?

Tomemos como exemplos aqueles que conseguiram êxito em suas tarefas de vida, que completaram; que conseguiram nadar contra a corrente da neurose social e conseguiram maior lucidez multidimensional que antes. Faça uma lista destes exemplos: Oliver Lodge, Charles Richet, Allan Kardec, Eusápia Paladino, Barbara Brennan, Louise Hay, Waldo Vieira, Chico Xavier, Ernesto Bozanno......... Na prática, não adianta adorarmos a um “guru”. Na prática, adianta sabermos quem somos nós e realizarmos nossa missão nesta vida e, no final, comemorar por mais uma vida vivida em prol da(s) consciência(s) e da evolução. O resto é secundário e fica no caixão, é cremado ou torna-se herança.

Mas como disse Sylvan Muldoon, em seu clássico "The Projection of the Astral Body", na década de 30:

"Não desejo que acredites em nada que escrevi. Digo: experimentai e então saberás"

20.10.10

O Discernimento Aplicado ao Fenômeno Parapsíquico-Mediúnico (Versão 2 - atualizada))

Por Dr. Fernando Salvino (MSc.)
Parapsicólogo Clínico, Psicoterapeuta, Conscienciólogo


Introdução

Este artigo foi publicado no dia 20/10/2010, portanto, após mais de um ano desta publicação e mais de 180 acessos, mais e mais experiências ocorreram comigo e com meus pacientes, assim como das pessoas pelos quais me relaciono, incluindo relatos enviados para meu e-mail através desta revista ou mesmo os publicados aqui como comentários a algum artigo. E o discernimento torna-se um aspecto central na vivência da mediunidade, ou seja, da relação interdimensional entre nós e as consciências extrafísicas (espíritos, agente theta). O recado já tinha sido dado pelo Prof. Revail (Allan Kardec), mas como advertiu o Sr. Muldoon: "experimentai e então saberás". Somente a experimentação direta do fenômeno nos traz conclusões que nos levam a observar a teoria parapsíquica sob uma outra ótica. E falo aqui da experimentação pessoal, não a indireta, popularizada desde a metapsíquica, no estudo de médiuns por aí afora e corroborada pela parapsicologia ortodoxa desde Rhine. Eis o que Hernani Andrade disse quando previu o surgimento de uma ciência que operasse tanto no aspecto quantitativo, como no aspecto qualitativo, um misto entre metapsíquica e parapsicologia moderna. Podemos chamar de parapsicologia contemporânea ou a conscienciologia (no sentido do estudo integral do ser operando em metodologia múltipla e integrada). Kardec ao escalonar os espíritos numa escala descendente, do menos evoluido moralmente para o mais evoluído, estava tentando preparar os médiuns para o exercício seguro do parapsiquismo, no que diz respeito a identificação do caráter da consciência extrafísica que estaria por se manifestar. Creio ter sido este o fator que o impulsionou a escrever o "Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas". Tal obra, junto com outras da mesma categoria, como "O Livro dos Médiuns" e com o estudo do Prof. Kun'g Fu Tzu (Confúcio), "Os Anacletos e outras", nos dá um panorama para identificarmos o caráter a partir da energia consciencial, sentimentos e tipo de pensamentos que o espírito está operando.

Todo médium, e isso já foi dito anteriormente, necessita aprender antes a incorporar sua própria consciência dentro de seu corpo, e isto equivale a dizer, autoconhecer-se. Somente a partir desta base, pode ele, incorporar outra, sabendo que se trata de outra e, assim, discernir o que não é sua consciência, a partir de seu discernimento. O espírito intruso apresenta-se como forçador de barra, quer incorporar, quer usar o médium como "cavalo" ou forçosamente. Não tem noções claras de limite e identifica o sensitivo como aquele que poderá lhe servir para comunicar-se comos vivos. O sensitivo precisa aprender primeiro a se respeitar, para não colocar-se na posição de "cavalo", de "burro", exercitando sua mediunidade lucidamente, escolhendo quem quer que se aproxime e quem quer que se afaste. Para isso é necessário treinamento e uma mudança de temperamento, de crente para cientista/filósofo. O espírito amparador apresenta-se como núvem sutil de lucidez, higienizando o ambiente com sua simples presença, leve, porém, aglutinadora de elevação ética e de consciência. A benevolência é traço marcante destas consciências acompanhada de alta lucidez, portanto não só manifesta-se pela bondade, mas pela lucidez e centramento de sua consciência no eixo. O médiun precisa conhecer progressivamente o seu eixo para permitir sair dele para que outro possa operar a partir de seu corpo e fala (no caso da psicofonia). É importante que o médium seja clarividente para que possa avistar além da via extrassensorial a consciência extrafísica presente, possa avista-la, expandindo seu conhecimento sobre o caráter do espírito presente, evitando o máximo a crendice sobre seu caráter e pressupostos sem fundamento experimental.

Sobre o Discernimento aplicado ao Parapsiquismo e Mediunismo

Este texto é um esboço que trata da aplicação do DISCERNIMENTO para a compreensão pessoal na perspectiva da autopesquisa da experiência pessoal com o fenômeno mediúnico, especialmente um ponto:

O fenômeno das vozes mentais internas ou pensamentos (orientações amparadoras e assédios/obsessões) e sua relação com a ação da inteligência theta (espírito, consciência extrafísica) ou o fenômeno mediúnico, parapsíquico.

Muitos médiuns que atendo em meu consultório vem expressar na intimidade clínica a dúvida permanente quanto a "voz interna" em tese proveniente de seu "mentor", "amparador" ou "guia espiritual". A maioria deles atua em centros espiritistas, umbandistas e mesmo os mediuns naturais que não atuam em local algum mas que todos apresentam distúrbios associados ao processo parapsíquico, também chamado mais tecnicamente de SPI - Síndrome da Personalidade Intrusa, SCV - Síndrome da Contaminação Vibratória ou algo similar. Muitos têm dúvidas quando se trata realmente de "vozes mentais" de amparadores ou se são realmente de si mesmos. Dúvidas se trata de alucinações, delírios ou realmente são "vozes mentais" provenientes de fontes theta (extrafísicas).

1. Como identificar se a "voz interna" provém da intimidade do universo consciencial?
Identificação através da pesquisa de si mesmo do padrão pessoal de pensamentos (junto com as emoções e sentimentos). Inicie um processo de autoconhecimento, perceba continuamente seus pensamentos e se o quiser, anote numa espécie de "diário de pensamentos, emoções". Este diário lhe servirá para compreender como funciona sua dinâmica mental e que pensamentos-emoções provém realmente de si mesmo, de seu universo interno, consciencial.

2. Como identificar se a voz interna provém da exterioridade do universo consciencial?
Tudo que não se sincriniza com o seu padrão pessoal de pensamentos-emoções deve ser colocado entre parêntesis de forma a captar a real fonte da informação sentida internamente. A princípio você pode sentir e presenciar os pensamentos-emoções como se fossem seus, mas com o passar do tempo poderá captar através dos recursos extrasensoriais (telepatia, transidentificação, clarividência...) donde provém as ondas mentais-emocionais. Pergunte: "Este pensamento-emoção é meu?" Sinta a resposta interna e faça a varredura extrassensorial visando achar a fonte. Você que é médium, sensitivo, compreende bem o que quero dizer por "varredura extrassensorial" que é um estado de consciência em que você permanece atento porém lúcido tentanto captar, encontrar quem está e donde vem a informação mental-emocional. Ao identificar a fonte e, se no caso for extrafísica (espiritual, theta), convém decidir:

a) Prestar assistência via telepática e permitir o acoplamento com fins de prestar a assistência à consciência extrafísica (espírito, agente theta);
b) Instalar a autodefesa energética pela mobilização de energia consciencial ou estado vibracional;
c) Criar circuito interno potente de pensamentos positivos, fraternos, visando a elevação do padrão vibratório da psicosfera e, portanto, instalando a autodefesa energética pelas vias mentais.

Ao instalar a autodefesa energética pela mobilização da energia e estado vibracional, você repele o intruso extrafísico de sua psicosfera e, com isto, suspende temporariamente as contaminações vibratórias emitidas pelas ondas mentais do sujeito extrafísico.

Ao prestar a assistência via telepática, você além de realizar a parapsicoterapia realizará o afastamento do sujeito sem precisar instalar o estado vibracional.

Ao criar o cirtuito interno de pensamentos você afastará o sujeito pela impossibilidade deste permanecer acoplado diante do choque de freqüências vibratórias geradas pelo pensamento fraterno potente e continuado, gerando psicosfera positiva e aura de saúde e equilíbrio.

Tudo isto evidencia o discernimento prático aplicado na experiência direta com o parapsiquismo ou a paranormalidade. Você pode estudar profundamente a si mesmo, mapear seu padrão pessoal de pensamentos e com isto elevar sua saúde integral e conviver melhor com sua paranormalidade aproveitando a sua sensibilidade em prol de sua evolução, saúde e autoconhecimento, além de ajudar os demais.