28.6.12

Um Caso de Histeroprojeção ou Projeção Lúcida da Consciência para fora do Útero

Por Dr. Fernando Salvino (MSc.)
Parapsicólogo e Psicoterapeuta
Conscienciólogo/Projeciólogo
NIAC/ABRAP/FEBRAP




I - Introdução


Eu, nesta vida, renasci no dia 22 de outubro de 1975, na cidade de São Paulo/SP, dentro de uma maternidade. Minha mãe teria tido contrações ainda dentro do carro, a caminho da maternidade. Eu sabia por informações de meu pai que eu tinha sofrido uma fratura na clavícula no momento do parto propriamente dito (matriz perinatal IV). Não sabia nada além disso. O parto fora normal e ocorrera esse acidente.

Em minhas autopesquisas projeciológicas, no sentido de identificar a primeira projeção consciente ocorrida nesta atual vida e início de minha vida multidimensional eu mesmo apontava a idade de 9 anos de idade, momento onde ocorreu uma projeção forçada devido a uma febre alta acompanhada de supostos "delírios". Essa experiência, devido à marca psicopatológica que ficou em mim, direcionou minha vida para a investigação do fenômeno, anos e anos a fio, até hoje, o qual tornei-me em tempo integral, parapsicólogo e parapsicólogo clínico. Mas com o tempo, comecei a escrever sobre o assunto e lembrei de projeções conscientes ainda anteriores aos 9 anos de idade, quando assistia a série Super-herói Americano na rede SBT. Ao pesquisar a série e a época em que passava na TV, datava quanto tinha aproximadamente 5 anos de idade. Eram projeções conscientes e as induzia pela vontade quase que diariamente durante determinado tempo. Não me lembro até quando, mas as sensações de volitação extracorpórea eram meu maior motivo de sair do corpo. Eu naquela época, discernia as dimensões quando dizia para mim mesmo: "lá pode isso, aqui não, mas tudo é real", ou "porque aqui não posso voar e lá posso?".

Em determinada época de minha vida decidi realmente viver em tempo integral o campo parapsíquico. Já tinha saído da advocacia e estava migrado para o campo da educação e psicoterapia de grupo. Fui em muito, treinado por minha ex-mulher, a psicóloga Ana Pozza nos assuntos psicológicos o qual atuamos juntos durante alguns anos. Particia Abuhab e Gilherme Blauth, treinaram-se no campo experimental em grupos também, o qual sou muito grato. Fui realizando formações e, após, realizei uma formação em parapsicologia para formalizar minha profissão que já estava ocorrendo (sem certificado), desde 1997, quando abri minha clinica ainda nos fundos da casa de meus pais. Meu aprendizado parapsiquico, como o leitor já deve saber, começa institucionalmente desde 9 anos de idade, indiretamente por minha mãe que trazia recados de centros espíritas e, aproximadamente, aos 13 anos, quando eu mesmo os frequentava. Porém, meu reconhecimento público como parapsicólogo, tal como eu mesmo considero, foi pela outorga do título de habilitação como parapsicólogo dado pelos eminentes parapsicólogos Dr. Geraldo Sarti e Carlos Tinoco, ambos presidentes da ABRAP - Associação Brasileira de Parapsicologia e FEBRAP - Federação Brasileira de Parapsicologia, após apresentação da pesquisa "Projeciotron: Ensaio sobre a Indução Mecânica de Experiência fora do Corpo". Antes disso fui treinado pela academia no campo da pesquisa, quando finalizei o mestrado em educação pela UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina.

Ao final deste curso de parapsicologia, ocorrido em Joinville/SC, nas dependências do IPCM - Instituto de Parapsicologia e Ciências Mentais, realizávamos treinamento em regressão de memória. Em meu experimento, lembrei de minha primeira projeção consciente ainda nesta vida, quando estava dentro do útero de minha mãe, e ainda identificado com minha personalidade anterior, na época em que vivia nos EUA, século XIX, como médico militar. A experiência fora impactante para mim mesmo e passo a relatar abaixo.

II - Sobre minha primeira projeção consciente: histeroprojeção ou projeção consciente para fora do útero.

O experimento foi narrado no ensaio chamado: "O Caso de Thomas Green: Evidências Científicas sobre a Minha Vida antes desta Vida" (In Biblioteca Digital de Artigos Científicos, em fase de migração para a Revista de Experimentos Avançados da Consciência - clique aqui):

"“[respiração ofegante]... Tô no útero de minha mãe... saio e entro no corpo o tempo inteiro... tenho angústia de ficar ali dentro do útero. Por isso as vezes saio do corpo. Minha mãe tá agoniada com a barriga. Tô agoniado... paro de sentir agonia quando eu saio do corpo... to sufocado lá dentro... to quase nascendo... me sinto adulto, dentro do útero, tenho   pressa,   não   posso   perder   tempo...   tá   tudo   escuro...   tudo   escuro.. angústia... (...) to lúcido dentro do útero, quando saio da barriga da minha mãe vejo ela do lado de fora sentada. Ela sente a minha agonia dentro do útero...quero sair dali logo.... (...) eu estou bem consciente. Parece que sou adulto... estou maior fora da barriga   da   minha   mãe..   minha   mãe  sente  dor   porque   tenho   vontade   de   estourar   a barriga   dela.   Eu   sei   sair   dali...   eu   sei   sair   do   corpo,   porque   não   consigo   sair   da barriga... estou nascendo é ruim. Quebro alguma coisa em mim... acho que é o braço quebrado...   eu  sabia  que  iam  me quebrar... tinham que ter cortado a barriga...  eu tentei avisar.   O   médico   não   me   ouvia...eu  olhava   com   raiva  pro médico...   ele   não sabia  fazer  parto...  sala  é   azul,  uma  luz...  tipo   uma  máquina,  com  uma luz   que  se move... ele não fez o que eu falei que era para ele fazer... médico  muito   teimoso...   o   médico  se  sentiu   culpado   depois...  doeu  muito...   ninguém  sabia que eu estava com o braço quebrado... tem algum problema no olho... eu chorava e gritava  no   Hospital.. o   que   essa   criança  tem?   Que   não  para  de  chorar?   [enfermeira falava]. Eles não sabiam que eu estava acordado, eu estava mais lúcido do que todos. Eu sentia a enfermeira como minha filha. Eu me sinto adulto no corpo de bebê. Como se tivesse 44 anos...  [mudança de  espaço-tempo]... estou de farda  agora.  Tenho  44 anos, sou médico... [respiração ofegante].  Estou em 1837... To de farda cinza, meio verde...     parece     que    sou    oficial   do    exército..."

III - Considerações finais

As possibilidades projetivas são realmente impressionantes. Apresento aqui uma modalidade de projeção que, em minhas revisões, nunca encontrei, a histeroprojeção ou a projeção lúcida para fora do útero, na fase da matriz perinatal III para IV.

A experimenta evidencia a existência de personalidade formada já dentro do útero com o bebê ainda lá dentro, com fisiologia ainda em formação. Evidencia também a possibilidade de interação com o ambiente hospitalar semelhante ao que ocorre nas EQM - experiências de quase morte, com exceção de que após ocorre uma perda potente de memória, devido a precariedade do sistema neurológico do soma do bebê.

Raciocínio, intelecto, inteligência, personalidade, briga de "ego", mediunismo entre consciência histeroprojetada e consciência intrafísica, raiva, emoções gerais, enfim, tudo que é uma pessoa já se encontra no útero, independente da fase da embriogênese. O relato acima, propositalmente, consta o fim, onde continuo a rememoração para uma vida anterior, em 1837, onde eu mesmo, como mesma personalidade já existia antes de estar no útero.

A experiência evidencia o problema da memória, especialmente o acesso a memória histeroprojetiva, e sua dificuldade de acesso ordinário, o qual só pude acessar em transe hipnótico heteroinduzido tecnicamente por um parapsicólogo e acompanhado por outro parapsicólogo. Pressuponho que esse extrato de memória não teria sido recuperado por outro meio, mas é uma hipótese.

Por outro lado, a fenomenologia é complexa e de difícil tradução, as sensações são vívidas e a sensação de rememoração e de realidade do conteúdo acessado foge à dúvida de se tratar de criação fantasiosa da mente ou delírio imaginativo. O projetor, mesmo experimentando a retrocognição, sabe pela experiência acumulada se tratar de realidade ou de retrocognição semi-consciente, o qual esta última podendo misturar devaneios e conteúdos oníricos com "realidade". Mas nesse caso narrado, fora uma retrocognição consciente, lúcida, clara, cristalina, do início ao fim, como as projeções de consciência contínua.

Assim, fica aqui registrado que o útero é um ambiente de um corpo em formação (embriogênese), mas não de uma consciência em formação (conscienciogênese), esta que já existia enquanto ser existente e com personalidade, antes de nascer e mesmo dentro do útero, o qual é evidenciado pela histeroprojeção. Desta forma, a histeroprojeção é o meio de auto-averiguação da nossa existência como consciência, mesmo ainda em formação fetal. Isto atualiza todas as teorias da personalidade, em virtude de a personalidade já estar formada mesmo não estando o bebê ainda formado. A embriogênese parece obedecer uma matriz quase independente do funcionamento extracorpóreo da consciência. A evidência aponta para o MOB - modelo organizador biológico e sua pulsão inconsciente de agente modelador do novo corpo, independente da vida extrafísica da consciência em histeroprojeção.

Em síntese, o assunto é muito pouco pesquisado e, diante disso, deixo-o para reflexões e sugestão de experimentos para outros projetores, até mesmo a retrocognição lúcida do período intra-uterino a fim de averiguar se houve histeroprojeção.