14.2.12

A Vida Humana como um Projeto de Reconciliação

Reconciliação consigo mesmo:
primeiro passo.
Por Dr. Fernando Salvino
Parapsicólogo Clínico e Psicoterapeuta
ABRAP-FEBRAP-NIAC


A vida humana é um projeto de reconciliação. Estamos durante muitas e muitas vidas aprendendo a nos relacionar uns com os outros. E diante disso, vamos criando sequelas e estas nos traz marcas, feridas, e estas estão entre os relacionamentos com determinadas pessoas. Os grupos passam a se reencontrar vida após vida e como disse o amparador evolutivo: "O amor é o caminho e o sentido. É simples assim mas difícil de entender". E para rompermos pacificamente este ciclo vicioso temos em nossas mãos a escolha pela reconciliação. Movimento profundo de perdão e entendimento: em resumo um aprender sobre o amor puro.

Então, se você não sabe para quem veio ao planeta, posso responder de forma simples: para aprender a amar. E este movimento passa pela necessidade de reconciliação com aqueles que temos conflitos, mágoas, desamores, rancores, "ranços", e assim por diante. Seu pai, sua mãe, irmão, irmã, filho, filha... primo... amigos, colegas... países, civilizações, etc. Você pode ter cisma de outro povo, de outra raça... não importa, o movimento é de integração pelo amor.
A Ciência da Reconciliação tem base empírica e disso podemos extrair alguns principios básicos:

1. Toda pessoa que se reconcilia internamente consigo e com os outros sente-se melhor consigo mesma e com os outros. Isso aumenta a qualidade de vida e o prazer de viver e estar no mundo.

2. A pessoa que mantem conflitos, incongruências e rancores mal resolvidos com os outros é a primeira que sofre. Sofre porque bloqueia sua capacidade de amar. E bloqueando sua capacidade de amar, bloqueia seu contato mais íntimo com a existência. É possivel que este movimento a leve para a doença.

3. A pessoa que sente-se em paz com os outros, com um mínimo de conflito e incongruências principalmente com seus familiares e amigos próximos, sente-se mais livre internamente; sente-se mais leve.

4. A pessoa que consegue manter-se num movimento de prevenção de conflitos interpessoais e ainda consegue reconciliar-se continuamente com aqueles que conflita direta ou indiretamente, mantem-se numa aura mais constante de benevolência.

Mas não adianta acreditar nisso.

Sugiro que faça uma lista de pessoas que tem conflito ou processos emocionais/existencias mal resolvidos. Escolha uma delas, pode ser a mais fácil de se reconciliar. Pode ser seu filho onde você ofendeu ou o tratou mal e não pediu desculpas, retratando-se. Não importa quem é. Escolha uma e tente a reconciliação. Preste atenção a todo movimento que você precisa fazer para efetivar a reconciliação. E fique bem consciente de como se sente após a reconciliação.

E diante disso, nasce o sengundo princípio: quanto mais cedo começarmos a nos reconciliar, melhor.

1. Consigo: começe a se aceitar mais, começe a se criticar (bombardear) menos e a se conhecer mais; começe a se amar mais; a se cultivar mais tal como é; evite exigir ser aquilo que acha que deve ser e passe a ser quem você é; e assim por diante. Pare se se autoassediar, começe a se autoamparar.

2. Familiares: pai, mãe, irmãos, tios, tias, primos...; começe a se reconciliar com seus familiares cultivando em sua alma uma aceitação deles tal como são. Você não pode mudá-los, não adianta. Mas você pode se modificar. Pare de assediar os outros impondo a eles aquilo que julga ser o melhor. Começe a amparar as pessoas, a começar, aceitando-as tal como são.

3. Amigos: idem. Perdoe e aceite-os tal como são. Precisamos cultivar o hábito de parar de exigir que os outros se modifiquem. A vida é o que é. No entanto, podemos nos modificar naquilo que está ao nosso alcance. Pare de assediar os outros impondo a eles aquilo que julga ser o melhor. Começe a amparar as pessoas, a começar, aceitando-as tal como são.


4. Colegas: idem.

5. Inimizades: idem.

Resultados.

Os resultados que tenho desta prática contínua são realmente impressionantes na minha vida. Sinto-me cada vez mais em paz interna a cada movimento de reconciliação e de autorespeito (auto-reconciliação). E esta sensação é indescritível, a sensação de paz interna é realmente um campo transcientífico. Damos um nome para este sentimento integral, porém, parece-me inacessível ao entendimento cognitivo comum.

Questão para auto-análise:

Você já percebe os benefícios da reconciliação e de uma vida de prevenção de conflitos? Quais os benefícios no seu ponto de vista?