Por Dr. Fernando Salvino
Parapsicólogo Clínico, Psicoterapeuta, Conscienciólogo
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Antes de prosseguir, sugiro a leitura/estudo de:
- O Poder da Reconciliação (parte 1)
- O Poder da Reconciliação (parte 2)
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A reconciliação familiar abre a porta para a Vida.
A alma se aprisiona dentro de si, através das emoções angustiogênicas, como o medo, mágoa, rancor, amargura, ódio, sede de vingança e assim por diante. E um dos motivos mais sérios desta prisão são os conflitos com a família.
Família é você, seus irmãos, mãe, pai, primos próximos, tios próximos, avós, e assim por diante. Conflitos sérios com estas pessoas geram pendências que permanecem mesmo após a morte, devido ao fato de que a consciência (eu, você), continuamos existindo após esta estada temporária neste planeta.
Diante disso, a paciente de pseudônimo Maria, com sérios conflitos com pai e tia, e não conseguindo realizar a reconciliação em vida, começa a ter experiências fora do corpo (projeções reconciliatórias) com estas pessoas. Acontece que a tia já é falecida, então a reconciliação ocorre com a pessoa na condição extrafísica, extracorpórea, na vida consciencial (espiritual), enquanto com o pai, ambos estavam projetados para fora do corpo. Os resultados foram impressionantes, Maria após tais projeções consegue abrir-se ao relacionamento com o pai e dar prosseguimento a um movimento de reconciliação que permanece até o presente e desliga-se da tia.
Um movimento intenso de reconciliação ocorre nas vias extrafísicas, quando a pessoa aqui, não consegue reatar pelo perdão o relacionamento com o familiar ou familiares. Tenho o caso o paciente de pseudônimo César, onde após sessões de digestão de conteúdos emocionais cujo conflito era com o irmão, começa a ter projeções conscientes para fora do corpo e, percebendo a real condição do irmão, começa a perdoá-lo e a não expressar as pesadas críticas diante de sua pessoa e suas limitações. Um processo sério de aceitação começa a se instalar, onde apesar de seu relacionamento com ele ainda não estar num nível satisfatório de reconciliação, um movimento foi dado início. Este movimento incluiu o retorno mais direto com a relação com a mãe a pai, potencializando a reconciliação familiar num nível profundo.
O nome este artigo é proposital, pois a reconciliação tem o poder de mudar a vida de uma pessoa. Então, se você não se sente bem de alguma maneira seja lá o que esteja sentindo, pare e reflita sobre seus conflitos com seus familiares e começe agora a se reconciliar, por mais difícil que seja esta tarefa.
A reconciliação é a base de uma vida serena, pacífica e feliz. A reconciliação é um ato de puro discernimento.
Esteja você num casamento insatisfatório, então, começe a se reconciliar com seu amado ou sua amada. Esteja você numa família insatisfatória, então, se reconcilie com seus familiares, pai, mãe, irmãos, tios e assim por diante. Reconcilie-se com seu filho ou filha. Esteja você bem por dentro com estas pessoas, mesmo que elas, com você, não esteja. O melhor é que ambos se reconciliem, cara a cara, face a face, olho a olho, alma a alma, consciência a consciência, mesmo que para isso tenha que haver catarses emocionais de choros e expressões de angústias, raiva ou mágoas guardadas a "sete chaves", no baú da amargura até a total reconciliação.
Sem reconciliação não existe liberdade e paz interior
Se você não se sente em paz dentro de você, dentro de sua alma, então é no mínimo sinal de que precisa se reconciliar com alguém ou com várias pessoas. Não importa se estejam em vida física ou extrafísica, as almas ou consciências existem além do espaço e do tempo e carregam tudo aquilo que são, para onde vão.
Você pode fazer uma listagem simples de todas as pessoas. Sugiro que a primeira seja VOCÊ. A segunda sejam seus PAIS. A terceira seja seus IRMÃOS. E assim por diante...
Nos outros textos sugeri reconciliações internas e estas são poderosas. Neste sugiro a reconciliação direta com a pessoa. Se ela está aqui, nesta dimensão, ótimo, mais fácil de encontrá-la. Se ela já foi para a outra dimensão, extrafísica, então sugiro que deseje muito se reconciliar com esta pessoa e que entre em contato com os conteúdos conflituosos pendentes, para que os amparadores extrafísicos possam facilitar o processo. Mesmo que acredite que sejam somente sonhos e meras fantasias expressas pelos desejos recalcados, não importa. Um resultado será evidente mesmo assim.
Na reconciliação com você mesmo, sugiro também que começe a trabalhar dentro de si a CULPA através do amor próprio. O monte de culpa que existe dentro de você. Aprendemos desde criança e desde há muitas vidas e nos sentirmos culpados quando erramos, quando cometemos faltas com os outros. Então, aprendemos a nos castigar, a nos impor penalidades para que a culpa diminua ou termine. Mas o ciclo vicioso somente piora a situação. Porque somos seres errantes e acertantes, não somente um ou outro, mas ambos.
O remédio definitivo e preventivo é o PERDÃO e a AUTOACEITAÇÃO. Aceite quem você é. Se eu não aceitar quem sou, como sou, com as minhas virtudes e faltas, como poderei dar passos adiante na evolução? Existem momentos que cometemos erros graves que podem provocar sérios danos psíquicos em outras pessoas, principalmente, nos familiares e pessoas próximas de nós. E mesmo que esta pessoa atingida tenha nos perdoado, pode ocorrer que nós mesmos não nos perdoamos. Aqui se assenta o ódio que vamos alimentando de nós mesmos: o sentimento de aversão, de rejeição e de inaceitação de quem somos. No fundo existem crenças, como a de acreditarmos sermos pessoas horríveis e não merecedoras. A manutenção destas emoções potencializa o desvio de rota evolutiva e a psicose e neurose pós-morte (parapsicose e paraneurose).
E tudo isto não tem relação com a religião. As religiões de forma geral são fábricas de pessoas culpadas e envergonhadas por serem quem são.
E pessoas culpadas são pessoas enfraquecidas pela vergonha. E a vergonha deixa as pessoas mais vulneráveis e abertas a receber críticas negativas, aumentando o ciclo vicioso do auto-ódio e da auto-inaceitação.
É também na compreensão sincera de si e das nossas atitudes que podemos encontrar serenidade diante dos atos que praticamos.
Confúcio dizia que sua única preocupação era diante dos momentos em que não conseguia ser coerente com aquilo que falava ou quando ensinava algo que não praticava, quando não conseguia praticar a benevolência e quando não conseguia dar o melhor de si.
Se conseguirmos aplicar estas três orientações simples e práticas (1) coerência; (2) benevolência e (3) dar o melhor de si, então não existe erro ou acerto, arrependimento ou culpa. Porque a essência da vida não está neste mundo e na aquisição de coisas materiais (embora seja importante), está na evolução interna, no nosso crescimento em maturidade e no metabolismo das emoções em direção aos sentimentos de serenidade e paz interna, progressivamente, ad infinitum.
Para você, qual a essência da Vida?
19.7.11
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O Poder da Reconciliação (parte 3)
By Fernando Salvino (M.Sc) 09:34