12.1.11

O que é a "evolução da consciência"?

Por Dr. Fernando Salvino
Parapsicólogo, Psicoterapeuta, Conscienciólogo

Este texto parte da questão enviada a mim por Valmir Brito, do Rio de Janeiro/RJ, e devido a sua relevância publico por aqui algumas considerações que considero importantes dentro deste imenso tema que podemos chamar aqui de "evolução da consciência", subtítulo também deste espaço.

Valmir pergunta:

"Bom dia Dr. recebi : Os "espíritos" entre nós: fato, mito ou realidade? Surgiu a dúvida: Se existimos independente desses veículos de manifestação da consciência(corpos meta, emocional e físico) o que é evolução da consciência? É de "lá pra cá" ou de "cá" pra "lá"? Qual a necessidade dessas experiências com esses veículos? Ou a consciência por sí é evoluída, e nossa manifestação no plano tridimensional é que não conseguimos manifestar seus atributos...? Grande abraço e obrigado."

Numa resposta simples e prática, a "evolução da consciência" existe para tornar os seres mais aperfeiçoados que ontem, sendo que o ontem era mais desconfortável, mais sofredor. Numa outra linguagem, a evolução da consciência existe exatamente como um recurso cósmico que atua de uma forma específica em cada consciência (ser) para dinamizar a extinção definitiva do sofrimento (pathos). Obviamente estas respostas são hipóteses. Não tenho como ter certeza de algo tão icomensurável. O que é a evolução da consciência afinal? É um processo cósmico integral onde o Universo inteiro se aperfeiçoa continuamente, amadurece, ad infinitum.

A sua questão parte da realidade de que pelas evidências científicas existem duas realidades, interconectadas e interdependentes: consciência e energia. Pelo esquema estrutura do Conscienciograma, magistralmente organizado pelo conscienciólogo Waldo Vieira, temos que a consciência se manifesta através dos atributos ou qualidades internas, intrinsecas; e a energia se manifesta como os corpos e campos o qual a consciência os utiliza para seu aperfeiçoamento. A sua questão pode ser respondida de forma objetiva assim: não existem evidências de que existimos independentemente dos veículos. Por outro lado, experiências transpessoais, holotrópicas ou parapsíquicas têm nos trazido algumas evidências bastante interessantes, senão vejamos:


1. As experiências onde o "Eu" (consciência) sente que está fora do cérebro, do corpo físico, mostram que este mesmo "Eu" não é, exatamente, o cérebro ou o corpo físico. É uma realidade diferente deste órgão fisiológico. Por outro lado, sair do corpo não basta para termos a prova de que a consciência existe independente do corpo. Esta evidência vem de outros campos, especialmente o "mediúnico".


2. A pesquisa científica mediúnica, já completando mais de cem e cinquenta anos, desde basicamente as investigações de Allan Kardec (pseudônimo de Hipolitté Léon Denizard Revail), já trouxe a comprovação científica e até mesmo laboratorial (pelas pesquisas dos físicos Zelst e Malta pelo dinamistógrafo), de que os "Eus" daqueles que viviam aqui continuaram existindo mesmo no pós-morte. Mas estas evidências não são suficientes. Aqui entra a pesquisa da memória de vidas passadas ou retrocognição (retrocognologia).


3. A retrocognição ou a capacidade de vivenciar mnemologicamente fatos que extrapolam a vida atual, comprova para quem experimenta a vivência que o "Eu" existia antes desta vida e as rememorações de "mortes" anteiores, comprova para quem assim relembra, que o "Eu" permaneceu vivo após as mortes anteriores, o que fundamenta a sua existência objetiva hoje.


4. Todas estas experiências não evidenciam que o "Eu" existe independentemente de algum corpo ou veículo. Pelo contrário, as evidências têm mostrado que mesmo quando o "Eu" morre, este ainda permanece usando um corpo, que chamamos de "psicossoma" (corpo psi ou psíquico). A única evidência que mostra que o "Eu" existe sem um suposto corpo ou veículo, são as chamadas projeções da consciência pelo mentalsoma ou como chamo, psi-P (psi-Puras), onde a consciência não consegue observar corppo algum e tem a percepçãod e ser somente um "Eu" (consciência).




Na realidade, se formos bem a fundo, não sabemos porque de fato existe a evolução da consciência. Temos hipóteses, algumas evidências práticas, suposições, especulações, mas tudo, ao meu ver, não responde a grande pergunta, ao contrário, nos coloca diante de mais questões acerca do tema. Por outro lado sabemos que a evolução da consciência é um fato, um fato praticamente inconteste.

Há alguma "coisa", alguma "realidade", algum núcleo cósmico maior, que podemos chamar do nome que for: Tao (Taoismo), Brahman (Hinduismo), Deus (Cristianismo), Alah (Islamismo), Jeovah (Judaismo), Hunabk'u (Maias) e assim por diante, até mesmo na ciência como Holomovimento (Bohm), Campo Unificado (Einstein), etc. Não sabemos o que é, como é... atua como se "puxasse" ou mesmo "empurrasse" todos os seres a se aperfeiçoarem, ou seja, a evoluirem.


A pergunta mais dificíl, no meu ponto de vista, não vem a ser o que é a evolução da consciência, mas, antes disso: para que existe a evolução da consciência? Porque os seres necessitam evoluir? Aperfeiçoarem-se? Tornarem-se melhores, benignos, cosmoéticos? Realmente não sei.


Adentramos aqui na esfera do que chamo de "transciência". Transciência é o campo do conhecimento que é inacessível ao nosso atual nível de discernimento.


Por outro lado, para nossa vida prática, operacional, no dia a dia, na vivência prática da evolução de nós mesmos, cabe a noção mais simples, no meu ponto de vista, de que a evolução da consciência é o processo cósmico que atinge a todos os seres e ao cosmo integralmente, cujo centro é o aperfeiçoamento, a melhora e o desenvolvimento: auto e heterodesenvolvimento. Diante desta definição, quem sou eu? de onde vim? para onde vou? o que faço aqui neste planeta? Estas questões são mais prioritárias e ao pratica-las estaremos respondendo dentro de nós mesmos: o que é a evolução.


E diante disso surge a consciência exata da existência daquilo que Waldo Vieira chamou de "holossoma" ou os vários corpos e campos unificados que fazem parte da constituição daquilo que chamamos de "consciência integral". A consciência (eu, você) vivemos num universo de muitas dimensões. A dimensão humana é sexual. Assim, a experiência de viver com o sexossoma é a de aumentarmos a nossa maturidade na área da sexualidade e, portanto, dos relacionamentos, dinamizando o cultivo do amor mais puro, transcendendo o sexo e adentrando na esfera da fraternidade universal. Penso que este desafio é comum a todos os seres humanos, espeficicamente.


Não sabemos como e nem exatamente qual a utilizade e como se formam os corpos do holossoma. Mas sabemos que temos somente 2 "corpos" e alguns "campos". Usamos como corpo, o sexossoma (corpo físico) e o psicossoma (corpo psíquico). Já aquilo que foi chamado de energossoma, não se trata de um corpo, mas de um campo. E da mesma forma, o mentalsoma, pelas escassas experiências que temos, não podemos trata-lo como corpo, e sim como sendo a consciência em si. Até hoje nunca tive e nem nunca li um relato sequer de alguem que tenha se projetado para fora do mentalsoma. Assim, não podemos chama-lo de corpo. Corpo e campo é somente aquilo que não é a consciência.

De qualquer forma, o consenso mesmo é de que, mesmo quando a consciência se chama projetada para fora do psicossoma (portanto, de mentalsoma), o "Eu" acha-se ainda com um corpo (corpo mental). Esta hipótese parece coerente, pois é possível à consciência colocar como objeto de si mesma seus pensamentos, quando projetada com este corpo. Assim, mesmo invispivel, parece que o mentalsoma é um corpo incorpóreo, cuja fisiologia é formada pelos puros pensenes organizados e flutuantes. A imagem deste texto representa uma pessoa projetada de mentalsoma e as "bolas de energia flutuantes" são outras consciências ali, de mentalsoma, projetadas ou não (consciências livres) vivendo numa dimensão transcendende (dimensão mentalsomática, ciclo mentalsomático).


Deixo a questão aberta para posteriores reflexões.