20.8.11

"Também é Psíquica a Gravitação?": Algumas Implicações da Projeciologia, Física Moderna e Psicons


Por Dr. Fernando Salvino (MSc)
Parapsicólogo Clínico, Psicoterapeuta, Conscienciólogo

Por Dr. Geraldo Sarti (MSc)
Parapsicólogo, Psicobiofísico, Físico e Engenheiro


(ABRAP - NIAC - IPRJ - IPPP)



I - Implicações da Projeciologia (por Dr. Fernando Salvino)



"Também é Psíquica a Gravitação?"

Eis a questão levantada pelo Dr. Geraldo Sarti no recente artigo publicado nesta revista. As implicações desta tese nos coloca sob um escrutínio abismal diante da natureza da realidade, da vida e da "fisiologia do cosmos".

Pois bem, se a gravitação é psíquica, então, o que nos mantém aqui, pressionados no chão, impedidos de flutuarmos por aí afora, estaria na alçada de uma constelação ideoplástica condicionativa, ou seja, um potente condicionamento mental, produto de um sistema de crenças tão potentes que nos faz crer que a gravidade é uma força física, de uma suposta natureza independente da consciência (psi, psiquico).

Assim, ressussito o problema que levantei em artigo publicado em minha biblioteca, cujo ponto central é a "Técnica da Simulação Gravitacional Projetiva", onde a experiência gravitacional de base é utilizada como critério diferenciador da manifestação projetiva (extrafísica) da consciência fora do corpo, pois extrafisicamente a consciência parece não sofrer a potente ação do que chamamos de "campo gravitacional". Assim, a experiência humana é uma experiência gravitacional e, como bem colocou Sarti, estando demonstrado o Modelo Organizador Biológico tal como delineado pelos pesquisadores e parapsicólogos Carlos Tinoco e Hernani Andrade, a realidade física, ordinária é tão somente uma derivação dos campos morfopsicobiofísicos do MOB.

Desta forma, sendo o universo um Cosmos, ou seja, uma totalidade cósmica indivisa organizada (o holomovimento de David Bohm), a ordem implicada seria o MOB universalmente manifesto e essencialmente psíquico, inteligente e consciencial.

Estamos aqui praticamente grudados, fundidos ao pensamento Taoista. O MOB universalmente manifesto é aquilo que foi e é tratado pelo taoismo de Tao. E tal ordem implicada universalmente manifesta está além de nossa capacidade cognitiva, estando pois, na alçada do que chamei de transciência. O taoismo é uma tentativa humana de elaboração de uma transciência em que, fenômenos naturais, cósmicos e conscienciais organizam-se, flutam-se e expressam-se como uma mesma e única realidade.

As implicações Projeciológicas são profundas e quero trazer aqui dois fenêmenos parapsicológicos, de ordem da consciência e da projeciologia praticamente intrafísica, que são: (1) transporte ou teleportação; (2) desmaterialização. Ambos fenômenos estão relacionados, então ficarei somente com o primeiro.

O fenômeno de transporte é simplesmente o fim da física, da química e de tudo que nosso condicionamento vem tentando nos mostrar. É o fim do cérebro. Porque uma pessoa se desmaterializa completamente num dado local e se rematerializa noutro, sem perder sua identidade, sem mudar de forma, mantendo sua aparência, sendo ainda ela mesma. A existência da 4ª dimensão, como cita Sarti, coloca o Modelo Organizador Biológico como uma realidade básica da vida, donde possibilita a desmaterialização, uma espécie de retenção das partículas orgânicas em psi-partículas (modelo psi-atômico de Hernani Andrade) num espaço-tempo não-ordinário, noutra dimensão do cosmos, e sua consequente liberação, transformação das psi-partículas em partículas orgânicas e total rematerialização do corpo. Tudo isto ocorrendo noutra dimensão e obedecendo a outras leis do espaço-tempo. Seria uma espécie de projeção da consciência intrafísica, sem sair do corpo. Onde está a consciência no fenômeno de transporte? Não sei, até mesmo porque pessoalmente nunca passei por tal fenômeno.

Outro fenômeno concomitante a este e relevante citar aqui é o da levitação. A levitação, conforme a casuística, é fato evidenciado no oriente e famoso, donde yogues e outras pessoas treinadas, conseguem suspender seu corpo no ar, flutuando, sem sofrer a ação do campo gravitacional. Seria uma projeção consciente com o próprio corpo, em coincidência holossomática completa e potente domínio mental sob o condicionamento gravitacional e a pressão do campo.

Em analogia, quando estamos fora do corpo conscientes todo nosso condicionamento mental é levado à dimensão extrafísica e é impressionante como uma das evidências da precariedade de lucidez extrafísica é justamente o fato presenciado por muitos e muitos projetores, de consciências que mesmo fora do corpo, ainda assim, caminham e sentem a pressão da gravidade tal como sentem enquanto intrafisicalizadas. Da mesma forma, estaríamos aqui nesta dimensão tão condicionados, mas tão condicionados a ponto de estarmos presos ao chão simplesmente pela ação potente de um condicionamento mental profundamente enraizado na psiqué?

Seria este o fundamento dos fenômenos de transporte, desmaterialização e levitação? Todos estes fenômenos de ordem da projeção da consciência sem que a mesma saia do corpo, mas o leve por inteiro?


II - Implicações da Física Moderna e Psicons (por Dr. Geraldo Sarti)



A Teoria Geral da Relatividade, elaborada por Einstein, confirma todas as expectativas do Dr. Fernando Salvino em suas experiências  fora do corpo ou de Projeção da Consciência.

Efetivamente, com base em 4 dimensões de natureza espacial, uma das quais embute o tempo universal e a velocidade limite da luz, a TRG afirma, peremptoriamente, que a escolha do referencial observador é uma escolha de quem está fazendo a teoria. Certamente, com a comprovada expansão do universo a velocidades spacelike ou maiores que a velocidade da luz, através de uma 4ª dimensão, se esta não  for  a dimensão  x0= ct, estará automaticamente demonstrada a  hiperfisicalidade do observador neste referencial. Entretanto, sendo uma questão de escolha, a velocidade escolhida, para manter o status de materialidade, será tal que envolva o que está dentro desta dimensão.

Mesmo do ponto de vista comumente aceito da TRG, não há uma explicação razoável para a gravidade que sentimos, a não ser com  a retirada dos referenciais espaciais e introdução de potencial newtoniano na coordenada ct. Isto vem claramente descrito em Landau e sua Téorie du Champ, um paradigma da ciência.
Na TRG, os corpos flutuam no espaço em trajetórias geodésicas e apenas isto. Os corpos não caem.

A matéria é considerada um “milagre”. Isto é dito, explicitamente, por  Sir Arthur  Eddington em sua “ The Mathematival Theory of Relativity”, uma obra pioneira no entendimento da TRG.  Assim, não há nenhum  esoterismo nisto.Talvez, um exoterismo.

Mas, como diz o próprio Einstein sobre o tempo como sustentáculo da realidade, “o tempo é uma ilusão aborrecida e persistente".  Pergunto eu : “Ainda bem?”