25.11.11

Evidências de Precognição Extrafísica no momentum da Delocagem Lúcida para fora do Corpo e Retrocognição Espontânea relacionada ao fenômeno da automimese dispensável.

Por Dr. Fernando Salvino (MSc.)
Parapsicólogo Clínico, Psicoterapeuta, Conscienciólogo



Considerações iniciais

A precognição extrafísica é um acontecimento raro dentro do espectro de fenômenos parapsíquicos que já vicenciei. Pelo que me lembre, somente duas vezes pude ter um tipo desse de visão, quando previ num sonho, a separação conjugal de meus tios antes deles se separarem. A segunda vez, embora não tenha ainda ocorrido o fato para comprovar a veracidade precognitiva e nem o quero que ocorra, foi a precognição de suicício de pessoa próxima a mim, ente querido. Diante disso procuro avisar a pessoa, ainda viva, para que se estiver pensando em fazer isto, que não o faça porque os familiares ficarão muito arrasados. A pessoa, no sonho, se suicida com medicamentos anti-depressivos. Fora isto, não me lembro aqui neste momento.

De qualquer forma, a precognição é sempre um evento estranho, sempre estranho para mim. Não me importa realmente seu conceito, porque sua vivência é completamente impactante, porque mostra que o futuro está ocorrendo agora. Não sei exatamente como explicar isso nem como isso se dá, provavelmente a física moderna e pricipalmente a psicobiofísica, poderá explicar isso através de conceitos como curvatura do espaço-tempo e outros desta natureza, como a teoria de psicons (Sarti), buraco de minhoca e teoria holográfica. A visão é clara e é acompanhada de uma sensação de certeza. E diante desta certeza intuitiva, parapsíquica, que tem relação com alguma informação captada em bloco, relevante, sem intermediários racionais e analíticos, ocorre à decisão perante o fato.

Por outro lado, a vivência da retrocognição é também sempre estranha para mim, apesar de estar acostumado e a tratá-la como normal dentro de minha vida. É uma experiência parecida com a precognição, só que ocorre o inverso, a curvatura do espaço-tempo para o passado, ao invés de para o futuro. A minha consciência se desperta noutro momento e ali vê, sente e percebe a cena viva e num realismo realmente absurdo, dando a impressão que o passado está acontecendo neste momento. Da mesma forma, não sei como explicar o como o passado está acontecendo agora. Posso estar pensando a partir de referenciais cognitivos que não sustentam este tipo de vivência, assim como os físicos tentavam aplicar referenciais newtonianos para fenômenos quânticos.

Os fatos abaixo são exemplificativos. Minha memória, por enquanto, elenca somente estas vivências significativas, mas se por ventura abrir-se mais campos de memória associadas a tais fatos, estarei atualizando este texto periodicamente.

1. Da evidência de retrocognição espontânea

Há cerca de pouco mais de 1 década atrás, sofri um grave acidente. Eu praticava meu ciclismo de rua, como de rotina, pedalava de 8 a 10km por dia e ritmo forte. Tinha uma rotina atlética, associando ao ciclismo, a prática de surf rotineira, tai chi chuan e corrida de rua. Neste dia, estava descendo uma rua central, com a bicicleta a cerca de 40 a 60km/h, e, ao saltar uma lombada (como sempre o fazia), o garfo dianteiro da bicicleta avariou-se, quebrando a borboleta que segurava o eixo da roda dianteira. O resultado foi um salto no ar e uma queda que me levou a um traumatismo craniano e perda conseqüente de minha memória total. Fui socorrido pelo SAMU e posteriormente, para Hospital e assim que tive alta, fui para casa. A retrocognição ocorre quando minha namorada na época, junto com minha subitamente em transe retrocognitivo e vi a cena de um acidente similar ocorrido em meu passado antigo, provavelmente na Idade Média, em algum canto da Europa. Estava andando velozmente a cavalo no meio de um bosque quando diante do cavalo tinha um tronco de árvore no chão e o cavalo não viu. O animal leva uma rasteira do tronco e eu sou arremassado para frente. As duas pessoas que me socorrem são exatamente as mesmas pessoas que me tratam nesta vida. A cena era praticamente igual. Estávamos nós três, num bom clima, rindo e nos divertindo, enquanto elas me tratavam. Na época, não as conhecia. Compreendi de imediato a relação entre o atual acidente e o acidente antigo. Antes mesmo do atual acidente, sentia oscilações estranhas na minha região facial, da têmpora esquerda, uma leve dor e incômodo. A região coincide com o mesmo local do acidente em vida passada e se repete, no mesmo local, na atual vida. Esta evidência aponta para a realidade das repetições de traumas de vidas passadas na atual vida. Diante desta predisposição a acidente, passei a tomar cuidado maior diante desta tendência.

2. Da evidência de precognição extrafísica

Em 2006, aproximadamente, compro uma moto Honda CBX 250cc e, devido a meu passado anterior a esta vida, gostava bastante deste veículo, deste uma vida como índio, onde andávamos a cavalo em bandos, até vida recente, na Inglaterra, onde andávamos de moto e fazíamos corrida nas ruas. Tal retrocognição se deu espontaneamente num semáforo, no meio de uma acelerada no motor, lembrei subitamente desta época, muito agradável de meu passado.

Por outro lado, isto intensificou meu interesse por moto até que quase sofri um acidente, nada grave, onde uma motorista de carro fechou-me e, por estar devagar, consegui controlar a moto e evitar a queda. Isto deixou-me com medo, sinceramente, e lembrou-me do acidente de bicicleta, acima descrito, onde escapei de ficar tetraplégico por cerca de milímetros em minha coluna cervical, região do pescoço. De qualquer forma, a partir dali comecei a andar de moto com muito cuidado.

O fato ocorreu numa madrugada de sábado para domingo, não me recordo o dia, mas foi no fim de 2010. Em meu caderno de registros acabei não colocando a data do experimento. Estava decolando para fora do corpo, lúcido, quando um outro estado de consciência se sobrepaira a lucidez projetiva e, do “nada” aparece uma moto que, ao bater em mim, faz-me acordar e, isto, interrompe a decolagem extracorpórea.

Após a vivência, acabei esquecendo-a completa que mente. Terça-feira seguinte, lembro da vivência e a rememoração vem acompanhada de entendimento, e decido vender a moto. O entendimento direto me dizia a relação entre a decolagem e o aparecimento de uma moto que me acidentaria, colocou a projeção consciente como um ensaio da morte propriamente dita e, a imagem da moto que “do nada” aparece e me pega, acidentando-me, atua como fator precognitivo para a prevenção do acidente. É importante dizer que após o quase-acidente que sofri de moto, narrado acima, fiquei bastante medroso e comecei a pressentir da possibilidade de acidente. Interpretei a experiência parapsíquica como um aviso para que vendesse a moto.

Esta experiência coloca a complexidade da fenomenologia projeciológica, especialmente a relação entre o realismo da decolagem lúcida para fora do corpo, o qual conheço bem o fenômeno e, o aspecto simbólico de ensaio da morte biológica, associado a uma imagem onírica, no caso, precognitiva, de acidente de moto. A precognição parece ocorrer no exato momento da decolagem consciente, ainda saindo do estado hipnagógico em direção à projeção consciente propriamente dita. A sensação de alteração de lucidez se dá pela convergência de um duplo fenômeno espaço-temporal: um, a projeção que ocorre no presente e, outro, a precognição que ocorre no futuro. Pude sentir esta alteração dimensional no momentum da vivência.

Das Considerações finais.

Nas experiências de precognição e retrocognição, ainda mais quando estas ocorrem numa condição extracorpórea, quando a consciência se acha fora do corpo, a situação se complexifica mais ainda. Apesar disso, em ambos casos, é necessário um transe onde a pessoa acaba encontrando-se ou semi-descoincidente ou totalmente descoincidente. Assim, ambos fenômenos são projeciológicos por natureza.

O sentido destes fenômenos é geralmente o aprendizado de alguma questão central na vida. Após estes acidentes e experiências tornei-me uma pessoa muito mais precavida e preventiva. É interessante que o laço afetivo parece atuar como coadjuvante essencial para a ocorrência do fenômeno parapsíquico e, temas como prever morte antecipada para que possa ser evitada, vendo os resultados do fato antes mesmo deles estarem ocorrendo no presente, é uma chance de mudança, de reciclagem antecipada para a pessoa. Assim como, é possível que haja uma maior reconciliação diante de conflitos mal resolvidos a partir da precognição, por exemplo. Desta forma, fica evidente existir uma relação direta entre fenômeno paranormal ou parapsíquico com evolução da consciência. Outro fato é a relação direta entre a ocorrência de tais fenômenos como preventivos de automimeses dispensáveis e mesmo as psicopatológicas, que são repetições de vidas improdutivas evolutivamente assim como continuidades de vivências improdutivas para nosso futuro de experiências. Assim, deixo registrado a princípio da função preventiva de danos conscienciais como fator gerador nuclear de fenômenos precognitivos e retrocognitivos quando associados à automimeses dispensáveis.

O princípio da economicidade de psi, tal como salienta o parapsicólogo Tarcísio Pallú, atua aqui como central, levando psi pelo caminho mais econômico e produtivo para se alcançar a informação mais precisa, visando resultados mais eficazes. Se psi precisa de experiência fora do corpo para acessar a informação, ocorre o fenômeno projeciológico. E assim por diante.