10.8.10

Existe Vida Antes do Nascimento? A Experiência de Lembrar das Vidas Passadas

Por Dr. Fernando Salvino - Parapsicólogo.

Em 2009, deitei numa maca para submeter-me a uma sessão de terapia de regressão, também chamada terapia de vidas passadas. Quem facilitava o experimento eram dois parapsicólogos também, amigos. Eu já tinha vivenciado muito do fenômeno, tendo acumulado dezenas de experiências, a maioria com alto grau de lucidez e rememoração e algumas com médio e baixo grau. Mas até esta experiência nunca teria comprovado realmente com dados mais objetivos a minha existência antes do nascimento, antes desta vida. A experiência foi relatada e estudada no ensaio “O Caso de Thomas Green: Evidências Científicas sobre a Minha Vida antes desta Vida”. Esta experiência deu-me uma certeza tão sólida quanto as evidências que trouxe das dezenas de experiências conscientes fora do corpo que acumulei desde meus nove anos de idade. Eu existo fora de meu corpo, eu existia antes desta vida. Eis a base pela qual começo este texto.

E tais conclusões se dão a partir da experiência direta.

Quando iniciei meu percurso de saber “quem realmente eu sou”, naturalmente questionei-me: quem fui, como eu era e de onde vim, antes de nascer? E também naturalmente, cheguei aos procedimentos de terapia de vidas passadas. Muitos mitos envolvem a experiência, muito se tem divulgado acerca dos efeitos desastrosos de tais procedimentos. Eu sou mais realista: você é dono de sua consciência, você projeta-se para onde quiser. Se quiser sair do corpo, pois bem, saia. Se quiser projetar-se para seu passado longínquo, pois bem, faça. Você é responsável pelos resultados daquilo que escolhe. E entrar no universo íntimo em profundidade encerra uma grande responsabilidade: a responsabilidade de arcar com as conseqüências de você lembrar quem você é. Existe preço maior a ser pago? Aceito a tese de que “ser quem realmente somos” é o maior preço a ser pago.

As experiências de lembrança de vidas passadas não são como você acredita que são.

Muitos acham que irão se lembrar panoramicamente de suas vidas passadas, terem uma visão ampla e cristalina de tudo que aconteceu. Isto até pode ocorrer, mas as evidências não expõem isto. Alguns querem um vislumbre da consciência cósmica, outros querem saber tudo e tudo. Apesar deste desejo, evidências também apontam para a influência do amparo espiritual, astral, extrafísico, nas rememorações, seja de forma mais direta ou indireta. As experiências de regressão podem ser simplesmente uma sensação, um sentimento de familiaridade, fugazes cenas, parecidas com imaginações e sonhos lúcidos. Você acessa flashes, situações aparentemente sem sentido, emoções. Estas experiências são as que não acarretam muitos benefícios. Aqueles que vivenciam as vidas passadas na forma de flashes fugazes não se convencem de sua autenticidade. E mais realista ainda, não podemos garantir que uma pessoa irá projetar-se para o passado, para dentro de seu inconsciente profundo, no núcleo de sua memória, extracerebral.

De qualquer forma, as evidências clínicas apontam para o fato de que sensitivos tem maior predisposição a regredirem e vivenciarem de fato o que chamo de “estado regressivo”.

O estado regressivo é diferente de lembrar de uma vida passada. Neste estado, a pessoa realmente tem a percepção direta de estar vivendo o passado como se estivesse no presente. Noutras palavras: o passado está ocorrendo. Este é um profundo estado alterado de consciência onde poucos conseguem atingir. Estes poucos são geralmente sensitivos, pessoas dotadas de uma hipersensibilidade e capacidade inata de vivenciar fenômenos paranormais.

Neste estado, a pessoa sabe, por experiência, que existia antes desta vida.

Em meus experimentos com o fenômeno tecnicamente chamado pela parapsicologia de “retrocognição”, consegui muitos êxitos desta natureza. Tais experiências me ajudaram a ampliar meu senso universalista e cosmopolita, pois pelas evidências, estou reencarnando neste planeta desde a pré-história, como esquimó. Numa única oportunidade, lembrei de uma vida anterior noutro planeta, comprovando que realmente, nossa origem é extraterrena e pelas evidências existimos há mais tempo que a Terra.

E continuamos. Quando você lembra de suas experiências de vida noutros países, culturas e povos, como a China antiga, Europa, Ásia, pólo Norte, América indígena você se percebe um único Ser que, nômade, passa de um lugar a outro, acumulando experiências e evoluindo pelo cosmo afora. Se você for mais a fundo e relembrar de suas experiências entre as vidas, tomará consciência de que sobreviveu após a morte muitas e muitas vezes e permaneceu vivendo, noutra dimensão do universo, dando prosseguimento em seu caminho de evolução e iluminação íntima.

E chegou num dado momento em que estava entre a vida anterior e esta, na dimensão espiritual, também chamado mundo astral, extrafísico...

...onde decidiu retornar para este planeta e dar continuidade a sua trajetória de auto-realização. Definiu de uma forma ou de outra, mais ou menos planejado ou veio sem muito planejamento, o norte de sua próxima experiência na Terra. E num dado momento, sexualizou-se como homem ou mulher, dento de algum útero de algum mãe, em algum lugar do planeta. E provavelmente, sexualizou-se (reencarnou) numa família afim a você e hoje, após anos, você está aqui, agora, lendo estas palavras.

E de onde você veio? Como você era? Quem você foi?

Estas questões são simples, mas variam de pessoa a pessoa. Você veio de um passado onde atravessou ciclos de idas e vindas, ora encarnado, ora desencarnado, em tese, há milhares e milhares de anos de existência. Não sabemos até agora quando e como você surgiu, passou a existir. Ora como homem, ora como mulher. Ora assumindo tarefas negativas, ora tarefas positivas. Você era como é hoje: uma consciência que tinha virtudes e defeitos a superar. Você era muito parecido(a) como o que é hoje. Seus problemas são similares, mudando somente o palco onde ocorrem. Você foi a mesma pessoa que é hoje, apesar de ter trabalhado com coisas muito diferentes das que faz hoje, ou trabalhava com coisas similares. Para navegar pelo mar de seu inconsciente, pela sua memória profunda, você precisa ter uma coragem sólida, assumir a responsabilidade por tudo que acessar e digerir o máximo que puder das experiências. Lembrar não ajuda por si só. O que ajuda é o que você faz com aquilo que lembra e vivencia. Você pode lembrar e ainda assim, nada ocorrer de prático em sua vida. Ou você pode instalar em sua vida uma profunda mudança devido as lembranças de suas vidas passadas.

Você é o maior interessado em lembrar de suas vidas passadas, pois seu passado pertence a si mesmo. O que você vai encontrar nestas experiências? Você mesmo, sempre.

Uma dica: não use a regressão como uma fuga de suas responsabilidades hoje. Não adianta ficar remoendo o passado, seja o passado desta vida ou de vidas anteriores, quando seu desafio é viver no aqui e agora, em direção ao futuro, lidando com seus atuais problemas. Regressão não é medicamento. Não aplique a lógica médica para a experiência de regressão, do tipo: "regressão vai resolver meu problema", como se esta fosse um medicamento. A rememoração, seja ela qual for, não garante melhora alguma ou diminuição de sintomas. Muitas vezes uma experiência regressiva gera crises de crescimento, perturbação temporária das percepções e mudança de visão de mundo. Temos que pensar que, lembrar de vidas passadas é algo extremamente sério e não uma aventura para curiosos de plantão. Você pode entrar dentro de si através de muitos métodos que desencadeiam a rememoração ou o estado regressivo. Um deles é a meditação, outro são as técnicas de auto-hipnose, mais eficientes. Outro recurso é estar amparado por profissional competente que lhe ajudará a entrar na experiência. Mas saliento, a experiência bem sucedida de regressão depende muito mais do experimentador do que do facilitador, seja ele quem for. Tal evidência vem sendo alertada desde os trabalhos pioneiros do Dr. Eliezes Mendes, pela psicotranseterapia e parapsicologia clínica. Por outro lado, é sempre mais prudente o interessado procurar profissional confiável, ético, com caráter aberto e com experiência na área. No Brasil acredito que existam muitos desta natureza, apesar de existirem os "picaretas" como em toda profissão da saúde.

Deixo aqui as palavras sábias de Sylvan Muldoon:

EXPERIMENTE E ENTÃO SABERÁS.