9.5.10

Falando Abertamente sobre Experiência fora do Corpo (parte 1)

Por Dr. Fernando Salvino - Parapsicólogo Clínico


Parte 1: Noções Gerais
Inicio este texto com a intenção sincera de abordar tal assunto de forma simples, clara e objetiva, como é a proposta deste webespaço.

Você sabe o que é "experiência fora do corpo"?

Talvez saiba. O nome assusta muitas pessoas, mas o que ocorre é simples: você literalmente sai de dentro de seu corpo e permanece lúcido, consciente, fora dele. Veja a imagem que coloquei neste texto. É exatamente aquilo ali. Você sente que está meio balançando, flutuando e muitos conseguem se observar de fora,olhando seu corpo e um fino fio de luz se ligando a ele, na cabeça. Mas ocorre somente com você? Não. Milhares de pessoas passam por isto, desde a pré-história. Alguns de meus pacientes em sessões de regressão (vidas passadas), no exato momento de lembrarem de seus períodos entre-vidas (intervalo entre uma vida e outra), acabam por sairem levemente de seus corpos. A razão é simples: a memória é extracerebral, está além da carne, dos neurônios e das proteínas. E todo o dia a noite, ao dormir, seu corpo fica em repouso e você sai de dentro dele. A questão é que na grande maioria das vezes, você fica inconsciente, ou fica sonhando, devaneando, delirando sonhos ao invés de ficar lúcido.

Sair do corpo é como uma mudança de estado físico da água: de sólido passa para líquido.

O corpo físico é como a água sólida. Ao dormir ou mesmo quando aplicamos técnicas específicas, aceleramos suas moléculas, agitamos o sistema, e de sólido passa para líquido. O líquido neste caso é a expulsão do "corpo espiritual" para fora do corpo.

O corpo físico é a luva do espírito.

Tenho encontrado muitas teorias para explicar estes fenômenos. A maioria delas complica mais que ajuda. Então, depois de todas as experiências que passei desta natureza, posso explicar que o corpo físico é a luva do espírito. É uma explicação aparentemente ridícula. Mas, para quem sai do corpo com lucidez e entra nele com consciência, sente exatamente isso: a sensação é de que entramos dentro do corpo, como se este fosse uma "luva", uma "capa", uma "roupa". Vestimos esta roupa física e usamos todos os dias. Diante disso, aparece outra questão: acabamos por acreditar que somos a "roupa".

Somos a roupa ou quem veste a roupa?

Existem duas ordens de experiências fora do corpo pouco relatadas na literatura. A primeira é o momento em que saimos do corpo; o que se passa na experiência do exato momento de sair do corpo. A segunda é o que se passa na experiência do exato momento de entrar no corpo.

Tenho tido a ajuda de meus amigos espirituais, os amparadores, de forma que possa compreender melhor o fenômeno e estuda-lo a luz da experiência direta e não da teoria. Algumas vezes no momento exato da saída, ali estava o amparador me motivando a sair do corpo, diante de mim, fazendo gestos com suas mãos me chamando para fazer a impulsão da vontade e me erguer para fora do corpo. Outras vezes não. Eu saia por vontade própria. A sensação é sempre parecida, que é a de "sair de dentro do corpo". Como que o corpo fosse, numa linguagem simples, a "roupa da alma". A experiência consciente de sair do corpo comprova para quem passa por ela, a verdade de tudo isso. Um paciente me afirmou, após sair parcialmente de seu corpo dentro de minha clínica:

"foi a experiência mais intensa que passei na minha vida. Eu estava deixando de respirar, eu estava saindo do corpo. O que é isso? O que é isso? É real isso tudo! É diferente de ler a respeito, só a experiência pode dizer. Eu achei que era simples, era leve. Mas não, é intenso, as sensações são intensas, nunca passei por nada parecido assim antes na minha vida!"

Uma vez passei por uma experiência intensa, onde minha entrada no corpo - após uma experiência fora do corpo completamente lúcida o tempo todo - se deu de forma lenta e profundamente sentida. Pude sentir o "encaixe", a acomodação do espírito no corpo. Pude sentir o exato momento em que meu espírito entrou na roupa física. A sensação é intensa. As palavras mal podem expressar o que as pessoas que saem de seus corpos vivem e sentem. Sons intensos são escutados; sensações energéticas potentes são sentidas, que vibram todo o corpo.

Sair do corpo e Voltar para ele com consciência é aprender a morrer

Quando ocorre isto, várias vezes conosco, acabamos por aprender como é morrer. O medo da morte acaba. Todas as idéias erradas sobre a morte acabam de vez. Inferno, Céu, Unir-se a Deus, o fim da consciência, a morte da alma...... e tantas outras acabam. Você sente e se vê ali, vivo, comandando outro corpo, o "corpo da alma", feito de energia luminosa branca, transparente. Parecido com o corpo usado pelo personagem de desenho aniumado, o "gasparzinho". Um corpo fluido, que atravessa paredes, fluta no espaço. Este corpo é o que mais podemos chamar de "espírito". Apesar de que o espírito é ainda o que comanda este segundo corpo.

Não interessa o que os neurologistas dizem. Não interessa o que os parapsicólogos radicais dizem, os padres ou o que os psiquiatras falam. Não importa se já te chamaram de psicótico, esquizofrênico, louco, maluco ou alucinador. O que importa é que você agora SABE pela experiência prática que você pode morrer temporariamente; saber como isto ocorre e, após, voltar para sua roupa física. Em resumo: você sabe que sobrevive.

Morrer é sair do corpo de vez e não voltar para ele.

Assim temos que morrer é sair do corpo de vez. É sair do corpo e não voltar para ele. A luva, a roupa fisica está velha ou rasgou (acidente, doenças). E o espírito não pode mais usa-la. Mas o espírito não é o corpo, ele continua vivo fora dele. Mas, se você vem saindo de seu corpo enquanto esta viva na Terra, então, quando morrer as coisas ficam mais simples. Afinal, você já apendeu ou tem experiências práticas com morrer.

Temos duas maneiras de investigar o que ocorre no pós-morte, diretamente:

1. Tirar a roupa física, sair do corpo e ver com nossos próprios olhos o que ocorre no "outro lado".
2. Lembrar nas experiências de vidas passadas quem morremos e o que ocorreu após a morte.

As duas experiências se completam. Tenho tido provas pessoas sólidas a respeito de minha existência antes de nascer. Numa delas, consegui provas documentais acerda de uma vida passada onde vivi nos EUA e era médico. Noutras se resumiram em memórias reais e vívidas de minhas vidas anteriores. A experiência fora do corpo consciente completa estas provas. Por que? Porque é uma experiência no AGORA. Não é passado, é presente. Você sai do corpo, e sente isso, e depois volta. E ainda lúcido, consegue manter-se vivo dentro de sua roupa física.

Mas agora tudo mudou: você SABE que não é sua roupa física.

Após sair de seu corpo, agora você não mais está "esquizofrênico", confundindo a realidade com a ilusão. Você sabe que não é seu corpo, você sabe que ele é a roupa de sua alma, a roupa de si mesmo. É você quem habita esta roupa, quem a utiliza todos os dias. É você quem acreditou e criou teorias para explicar seu erro de acreditar que o corpo é você mesmo. Agora, você sabe. O corpo é sua roupa. Você é o espírito que o habita. Agora você sabe que sobrevive, mesmo fora do corpo. Agora você sabe, que não é o cérebro, os neurônios e que seus problemas continuam mesmo quando morre. Sabe que as causas não são químicas e que os remédios psiquiátricos não curam sua depressão. Porque agora você sabe, que você mesmo não é seu corpo. Então, é você quem se sente deprimido e não uma química. Agora você sabe.

Este saber não é religioso ou científico. É um saber da vida. É um saber da prática. Você, por ter saido de seu corpo uma, algumas ou muitas vezes, sabe, que não é seu corpo. Se antes você se identificava 100% com ele; se antes você se achava feio, medonho ou mesmo o "rei da cocada preta" por ter este corpo, agora você sabe: você não é ele. Assim, acaba parando de perder tempo investindo tanto neste corpo, embelezando tanto ele, plastificando-o ou enchendo-o de botox, anti-rugas, etc. Você não é seu corpo. Agora você acordou da ilusão. Agora você deixou de ser "esquizofrênico".

Não acredite em nada que escrevo aqui. Experimente por si mesmo.

Este recado foi dado por Sylvan Muldoon, uma pessoa comum que passou por centenas de experiências conscientes para fora do corpo. Muldoon acreditava que somente pela experiência uma pessoa poderia ter a prova direta do que ele falava. Este príncipio hoje é a base da "ciência da experiência fora do corpo". Muitas técnicas foram expostas, mas quero passar uma em especial que tem me dado muitas experiências desta natureza. Ela é simples: começe a ficar lúcido o maior tempo possivel a partir de agora. Faça de tudo para ficar lúcido. Trabalhando, namorando, comendo......... tudo. Fique lúcido. Perceba como sua mente tende para a divagação, para as fugas do momento presente da lucidez. E se esforçe para retornar a lucidez. Afirme também: eu estou aqui, agora. E sinta isto, sinta o estado de espírito de estar lúcido. Olhe para suas mãos, observe-as como elas são. As mãos do corpo espiritual são quase brancas, então grave como é sua mão física. Porque, quando estiver fora do corpo e olhar suas mãos, vera  outras mãos e, assim, saberá estar fora do corpo.

Aplique técnicas, como a da TSGP - Técnica da Simulação Gravitacional Projetiva, que desenvolvi ao longo de anos de experiências.

O caminho é: experimente! Arrisque-se! Se eu saí e continuei vivo, você também continuará. Não tema. Tente sair do corpo quantas vezes forem necessárias.

Para que, afinal de contas, é importante sair do corpo?

1. Para você lembrar quem você é.
2. Para você se desidentificar de seu corpo (roupa) e lembrar que é o que está dentro dela.
3. Para você aprender a morrer.
4. Para você perder o medo de morrer.
5. Para você expandir sua consciência e sua vida além deste mundinho e desta vila terrestre.
6. Para você resgatar o sentido de estar viva.
7. Para você comprovar suas dúvidas sobre a espiritualidade.
8. Para você se comunicar diretamente com espíritos conhecidos ou não, dispensando o medium.
9. Para você experimentar a experiência das experiências: voar livremente no espaço.
10. Para você experimentar a segunda experiência das experiências: voar livremente no espaço e sair do planeta e avista-lo de fora.
11. Para você experimentar a terceira experiência das experiências: expandir-se flutuante no espaço cósmico e sentir-se novamente uma parte da vida, da existência.

Minha primeira experiência de tentar sair do planeta, fora do corpo.

Relato descrito no artigo científico publicado (clique aqui)

"A primeira projeção consciente resultante da aplicação dessa técnica configurou-se de forma um pouco
diferente. Autoconscientizei-me já fora do corpo, numa rua deserta, de asfalto, simplesmente estava ali e num dado momento me vi lúcido naquele ambiente. E pensei: será que estou projetado? Fiz força para volitar. Volitei. A euforia foi imediata. A sensação de êxito foi realmente impressionante. Foi então que, a saturação mental aplicada na TSGP simplesmente apareceu, ou seja, o movimento de olhar para cima e
desejar volitar rumo à exoprojeção. Eu olhei para cima, feliz, realizado e pensei é agora. Comecei a volitar para cima e voei para o alto de um prédio, passando pelos fios do poste de luz que tinha na rua deserta. Quando pousei na cobertura do prédio a sensação de liberdade foi imediata somando-se a absorção de energia que realizei durante o vôo inicial. Quando cheguei no alto do prédio, me preparei e fui, voando a
alta velocidade, atravessando as nuvens. Era noite. Fui atravessando e fui sentindo que estava saindo da Terra, me libertando do planeta e de mim mesmo, quando algo ocorreu. Senti-me espalhado pelo cosmo. No auge do vôo eu me permiti expandir-me, me abrir ao cosmo. A sensação foi de irradiação de consciência. Durou muito pouco. Perdi a consciência, retornei ao físico. Ao retornar, a sensação era critica. Estava simplesmente realizado com o experimento e com o mundo que se abriu em minha existência. Consegui. A experiência de exoprojeção seguida de alta expansão da consciência me fez pensar ter me projetado rapidamente pelo corpo mental."

Avistando o planeta Terra, fora do corpo.

Relato descrito no artigo científico publicado (clique aqui

"O êxito desse experimento projetivo foi também diferente do citado acima. A autoconsciência surgiu quando estava fora do planeta. Era noite, quando se vi fora do corpo, estava a Terra em meu campo de visualização, magnífica, linda. A África estando banhada pelo Sol da manhã, enquanto o Brasil dormia na escuridão da noite. Uma visão magnífica, irracional, e intraduzível em palavras. Não sei por quanto tempo permaneci observando a cena maravilhosa. O tempo não existia. Estava ali, flutuando, livre, fora do planeta e observando o belíssimo fenômeno do nascer do Sol na África. Meu amor pelo planeta e pela humanidade surgiu instantaneamente com a vivência transcendente. A sensação de ter me liberado da egrégora da Terra também foi marcante. A sensação era de ter me liberado da “panel de pressão”, do campo gravitacional e do egrégora terrestre. A liberdade, a sensação de poder ver as coisas de fora, num todo global, inundou minhas percepções instantaneamente. E a sensação interna de êxito me possibilitou autoconfiança aguda
quanto aos experimentos extracorpóreos e a possibilidade real dos contatos extraterrenos, da vida extraterrena e da natureza cósmica do ser humano. Essa vivência abriu-me ao cosmopolitismo, a percepção direta da Terra como uma pequena vila no incomensurável cosmo. Um único país. Uma única comunidade unida pelo sentido único de estarmos vivos no cosmo. Uma família global, onde todos são irmãos de evolução. Onde as religiões, as seitas, as ciências, as filosofias são aspectos superficiais do ser humano, não importando para a condição de parentesco cósmico e de família planetária que todos estão sucumbidos. Um sentido maior para a vida atravessou meu ser inteiro."

Eu me esforçei muito para passar por estas experiências. Eu me esforço desde os 9 anos de idade, data de minha primeira experiência. Hoje trabalho como Parapsicólogo e pesquisador, esforço-me diariamente para expandir minhas experiências pessoais neste sentido. Agora resta a você, esforçar-se, estudar o assunto e arriscar-se a mudar radicalmente suas percepções sobre a si mesmo, a vida e o universo. Nunca é tarde para começar. Não importa a idade que tem agora. Começe. Persista. E, colha seus resultados pessoais, frutos de seu esforço.

Ótimos experimentos!!