17.11.22

Mais Reflexões sobre o Paracoma Evolutivo

        O paracoma é o esquecimento, a perda de acesso a informação sobre si mesmo, a memória ampla de múltiplas experiências de vida intrafísicas e extrafísicas, atravessando os milênios da evolução pelo holocosmo.

        O que faz sentir que uma inteligência saiu do coma evolutivo? Ou o paracoma?

        Após um esforço intenso, um tapas radical, hiperfocado, num arranjo complexo de retrocognições, projeções lúcidas para fora do corpo, precognições e autopesquisa parapsíquica potente, eis que num dado momento, ocorre um ponto de parasaturação.

        O ponto de parasaturação, ou holossaturação ocorre quando o autopesquisador lúcido de sua própria necessidade de dissolver sua condição de ser perturbado, acessa um sistema complexo de memórias tomadas em unidades associadas que o conduzem a uma percepção-cognição unitária de si mesmo, atravessando os milênios de ressomas e dessomas, através da mesma interface inteligente que se move em veículos e que atravessou origens estelares, extraterrestres, extragalácticas até sua condição imóvel da não-localidade transcendental.

            A inteligência neste ponto, muito embora ainda temporário por não ter ainda capacidade de conservação da holomemória ininterrupta, acha-se desperta, ou seja, acordada quanto a quem realmente é, e livre de perturbações que se desprendem a ignorância fundamental, que é confundir o ser com aquilo que não é (veículos).

            Ao sair do coma, a inteligência sofre um tipo de dessoma em vida, um tipo diferente de dessoma que não é a morte do corpo físico, mas a morte da inconsciência de si, que gerava uma autoimagem de si limitada e distorcida. Esta dessoma conceitual é das mais radicais na vida de uma inteligência. Ao despertar para a verdadeira realidade de si mesmo e do verdadeiro motivo que a faz estar aqui na Terra, uma profunda transformação passa a se movimentar. Um descarte ocorre. Aquele modelo de mundo se foi e agora acordei para a realidade. Tudo está muito claro. Porém, como ainda vivemos um samprajnata samadhi, ainda e mesmo após sair do coma, sofremos de oscilações de lucidez, menores, mas ainda persistentes, tentando nos levar de volta para aquele ponto anterior, mas frustrado das tentativas, pois aquele corpo conceitual, morreu.

        Ao acordar do paracoma, a mesma realidade de antes se mostra diferente. A lucidez decorrente da autoconsciência pluriexistencial vivenciada e acessada em atacado, é radical e a percepção da realidade acompanha este intento. As pessoas não são mais as mesmas, agora penso que quantos estão assim vivendo este paracoma? Esta inconsciência profunda geradora de perturbações e anestesiando o ser para o contato com a realidade direta?