17.11.22

Breve Ensaio sobre a Teoria do Arranjo Psi

 

        Em ciência psíquica, que engloba a Parapsicologia, Metapsíquica, Projeciologia, Conscienciologia, Psicologia Transpessoal, Psicologia Integral, Yôga, Vedanta, Samkhya, Taoismo, Budismo e linhas como Xamanismo Yaqui (Castañeda), dentre outros, temos que o parapsiquismo é tratado de variadas formas, porém, uma visão integral centrada na informação parece carecer de aprofundamento.

    As taxonomia desta ciência é extremamente complexa e, justamente por isto, seu trato se fez fragmentado, separando corpo, de chacras, de energia, de psicossoma, de mentalsoma, de cordão de prata, de percepção extrassensorial, de meridianos, pontos, canais, etc. A consciência se acha quase que perdida dentro destas unidades didáticas que compõe esta tentativa de uma teoria geral parapsicológica.

        Por outro lado, temos vias de acesso a informação, vias estas consideradas assim extrassensoriais. Mas mesmo assim, este extrassensorial isola os outros sentidos orgânicos ordinários, qual seja, tato, paladar, audição, visão. Pelo Samkhya e Yoga, temos sentidos internos também, o que torna mais complexo o exame deste tema.

        Ao tratarmos o tema focando em como a inteligência acessa informação considero que damos um passo interessante para clarear este campo complexo. A inteligência sendo não-local apresenta a propriedade de acesso informacional independente justamente do espaço, do tempo, da dimensão, da velocidade da luz. A propriedade do acesso informacional não-local faculta a inteligência acessar, e para isto usa de um arranjo psi para alcançar este êxito.

        Mas o que é o arranjo psi?

        É a função global organizadora da direção dos módulos de cognição psi em direção a informação (dado). A necessidade real de determinada informação, cuja intenção obedece ao princípio de dissolução da perturbação em direção ao samadhi, provoca uma reação multiveicular, holossomática e ao mesmo tempo seleciona os exatos percentuais de cada cognição psi (kapa, gama, theta, ómicron, zeta) de forma a gerar o arranjo psi que direcionará o acesso para a informação necessitada.

        É claro que o sujeito (inteligência) necessita de um fator de predisposição, de uma certa capacidade que foi relativamente desenvolvida ao longo de seu movimento evolutivo para que possa ter uma resposta ao fator desencadeante (necessidade informacional) e com isto provocando o arranjo psi a se mover em direção a informação. O arranjo é o caminho mais eficiente ao sujeito, levando em consideração até mesmo sua capacidade de processamento de informação, considerando aqui também a função rô, inibidora de psi, como agente autorregulador e preventivo de colapso do sujeito. No caso do Grupo PGL (Sarti), ou seja, paranormais, gênios e loucos, o que inclui aquela categoria de autismo de alto funcionamento (asperger) e mesmo savant, cuja incidência de rô merece menor proporção que aquele grupo atualmente denominado de neurotípicos.

        De acordo com as próprias limitações dos veículos da inteligência, dentro até de condicionamentos, limitações e restrições (dogmas, preconceitos, etc), o arranjo toma um corpo que mistura um percentual de acesso a sensações, sons, visões, abstrações, intuições, gostos, de forma que componha um sistema de informação. Como a função rô, inibidora de psi, age inconscientemente para manter a calibração mais ou menos estável, assim ocorrem distorções, que são as formas pelas quais a informação se mostra. Tem casos que a informação é clara, tanto em imagem, como em sons, como em clareza de informação bastante realista, porém, noutros casos, é simbólica ou quase alucinatória, semelhante a conteúdos psicóticos de um paciente em crise. Assim, quanto mais a inteligência anseia conhecer a verdade, mais este arranjo trabalha para este intento e com isto o parapsiquismo opera a partir de uma cognição psi sistêmica, integral, com funções psi operando simultaneamente em sincronização holossomática, seja o soma, o energossoma, o psicossoma ou o mentalsoma, ou um ou outro mais ativos, ou todos ativos, ou somente um.

        É da própria inteligência o atributo intrínseco de agir organizando. É a inteligência que faz o universo ser um cosmo, ou melhor, um holocosmo.