8.8.16

Das Novas Reflexões sobre o Coma, das Reflexões sobre o Fenômeno da Retrocognição e Outras Considerações

Fernando Salvino (M.Sc).
Parapsicólgo, Psicoterapeuta, Prof. Yoga.
Coord. LAC - Laboratório de Autopesquisa da Consciência e do Yôga.


Antes de prosseguir neste ensaio, quero agradecer de alma, amizade, amor e parceria, aos meus irmãos cósmicos, meus parceiros de pesquisa no LAC e amigos que a vida me deu: Guilherme Loureiro, Rodrigo Bastos, Rosamary Xavier e Vanessa Sander. Minha gratidão dispensa palavras e as vivências que experimentamos no LAC e com nosso convívio equipara para mim ao que vivi mais extensivamente nas vidas que abaixo irei citar. Uma só família. Conseguiram me aturar, conseguiram conviver com meu jeito "ogro" e hipersensível, no paradoxo da agressividade-sensibilidade, no ritmo intenso e ininterrupto que levo minhas pesquisas e a seriedade com que coordeno minha vida, que orientei a todos para sermos livres e nunca colocar qualquer saber externo acima do saber interno, inclusive negando minha autoridade e prevalecendo a autopesquisa sobre qualquer coisa que se se ouve, le. Este Yôga, verdadeiro, foi e é capaz de nos dar (permitir) a liberdade total de sermos quem somos e descobrirmos a verdade embutida nos buracos negros da consciência profunda de cada um. Sem paradigma, sem rótulo, sem restrições, sem censura, sem instituição, sem dinheiro, sem fachada, e minimizando o máximo da influência do medo, nos deparamos com a autopesquisa, a ciência de si. Sinceridade, autenticidade, respeito profundo, amor, bondade... consideração pelo outro. Estamos vivenciando durante 4 anos ininterruptos estes princípios de convivência profunda, reduzindo a censura e maximizando a livre expressão com respeito, sensibilidade e franqueza extrema. Sem contar o bom humor, a seriedade extrema associada a liberdade e a leveza de se autoconhecer com divertimento e prazer.

A partir destes pressupostos, fomos nos aperfeiçoando no treinamento e desenvolvimento das retrocognições realizadas em laboratório, e em conjunto com a autopesquisa profunda, foram para mim as experiências mais esclarecedoras de todas, podendo ser comparadas somente com as projeções lúcidas e com as experiências de samadhi, no êxtase.

As investigações que realizo são o movimento de minha própria vida, como cobaia de mim mesmo, aventurando-me nos experimentos transcendentes, holotrópicos, transpessoais e parapsicológicos, não raro, associados ao espectro da função psi-ómicron (experiências do espectro holocósmico).

Após principalmente as experiências intensivas de laboratório, autopesquisa contínua por anos e anos ininterruptos, cheguei a uma percepção um tanto estranha e, embora não saiba se tratar de uma percepção definitiva, o que só o tempo irá dizer, apontou para uma sensação que me disse assim:

Terminaram as retrocognições. Tudo o que acessei nestas dezenas de experiências me deram as respostas necessárias para que eu pudesse alcançar uma estabilização interna razoável e uma autoconsciência relativamente ampla e até certo ponto contínua (sem retrocesso e esquecimento) acerca de mim mesmo, equiparando até certo ponto (dentro das condições obviamente) minha lucidez aqui com a lucidez extrafísica da consciência desencarnada, ou mesmo com a lucidez que tinha quando vivi em sociedades mais adiantadas que esta que vivo atualmente, especialmente as seguintes vidas: Indígena norte-americana (Yôga indígena), Indiana (Yôga indiano antigo), Chinesa (Yôga chinês, taoista Chen). Nestas três vidas humanas pude viver de forma mais equivalente a consciência extrafísica, em termos de convivência social, lucidez e continuidade da lucidez, ausência de doenças e perturbações, comparadas as que vivo hoje e as que vivi noutras vidas recentes. As experiências entrevidas cosmointermissivas, além da Terra e da astrofísica ordinária, revelaram-me os aspectos mais aparentemente paradoxais de meu modo de ser, e especialmente as questões de ordem holocósmica, as projeções de consciência livre, os contatos alienígenas e a pulsão natural por transcender a vida humana em direção a família universal. Um entendimento direto, translinguístico ocorreu. Eu compreendi. As peças que faltavam para o quebra-cabeça parecem que foram achadas e a imagem total foi compreendida por inteiro. Sem começo, sem fim, uma só família. Várias e várias vidas, a impossibilidade de se saber o começo (nossa real idade), várias raças, cores, línguas, países, nações... dimensões... reencarnação. Vidas e vidas e vidas sucessivas. Esquecimentos e comas sucessivos. Um esforço descomunal para lembrar: uma só família. Um só lugar. Uma só casa. Uma só realidade. Uma só dimensão. Povos das estrelas. Qi Gong do "fio da seda". Tocar sem intervir. Intervir só quando necessário. Esta é a Lei. O Tao.

O movimento de equivalência da lucidez, da sensação íntima de realizar retrocognições profundas até ao ponto de realizarmos tais experiências em grupo, num contexto laboratorial, muito mais intenso e profundo, levou-me a exaustão da experiência. Da mesma forma que as dezenas e dezenas de projeções lúcidas para fora do corpo me levaram a exaustão da experiência, no pico que para mim considero o ápice (por enquanto) da aprendizagem e das lições práticas dentro de minhas necessidades evolutivas, no momento que vivo agora.

Por outro lado, as retrocognições mostraram-se fenômenos altamente complexos e cujas fronteiras com os demais fenômenos parapsíquicos também ficam relativizados.

Assim deixo a pergunta para continuarmos as investigações da consciência contínuas:

Quantas e quais tipos de retrocognição somadas às experiências meditativas, samadhi, projeções conscientes e autopesquisa profunda em grupo são necessárias para que possamos sair da condição de coma e equiparar nossa lucidez atual com a lucidez extrafísica da consciência desencarnada?

Seria então realmente o Yôga (movimento para samadhi-kaivalya) o movimento universal para o conhecimento de si até a deflagração das funções psi ordinárias e até a deflagração da função psi-ómicron, rumo ao espectro holocósmico e ao hipersamadhi? Ao amor universal? A sensação direta, percepção total, de que somos uma só família? E o universo é o único lugar para se viver? E de que o sentido da vida passa por compreendermos que somos somente uma família e que nossa doença é resultado do esquecimento e perturbação quanto a isto?

Será a sensação íntima de ter terminado as retrocognições uma percepção válida? E por si só evidência científica? Estaria iniciando um novo ciclo de projeções lúcidas porém de espectro holocósmico?