28.2.12

Retrocognição Clínica ou Retrocognoterapia: Além da Terapia de Vidas Passadas e Considerações Epistemológicas, Cognitivas, Éticas e Metodológicas (parte I)



Trajeto evolutivo da consciência e
a formação da personalidade
palingenética

Por Dr. Fernando Salvino
Parapsicólogo, Parapsicólogo Clínico e Psicoterapeuta
Núcleo de Investigações Avançadas da Consciência (NIAC) - FEBRAP/ABRAP


O título deste ensaio revela uma mudança de concepção, de episteme clínica, científica e cognitiva e de metodologia clínica no uso e desuso da retrocognição para finalidades terapêuticas.

A terapia de vidas passadas vem se mostrando mistificada e embriagada por paradigmas e axiomas que podem ser prejudiciais ao paciente bem intencionado e carente de assistência ética.

Um exemplo, já citado, é a TVP a distância, cursos de TVP online, e a TVP pura e simples baseada em concepções epistemológicas não tão coerentes com o fenômeno psigama, a retrocognição.

Então, o ponto de partida é a retrocognição como fenômeno psi, estudado cientificamente pela ciência reconhecida oficialmente, a Parapsicologia. Muitos pesquisadores de renome mundial debruçaram-se na investigação do fenômeno, tal como o médico Ian Stevenson. Outros associaram a retrocognição a terapêutica e misturaram concepções místicas, esotéricas e outros referenciais para usar de arcabouço teórico para uma metodologia similar de base: a hipnoterapia.

Apesar de que a hipnoterapia possa se manifestar a partir de várias abordagens, aqui consideramos como o método de indução de um estado alterado de consciência, o estado de transe hipnótico, que pode variar de intensidade (similar a hipnopompia e hipnagogia) e que facilita o aparecimento do fenômeno psi, chamado de retrocognição: um tipo de fenômeno extrassensorial (ESP ou PES) onde a consciência do sujeito se percebe situada num passado, que pode ser nesta vida, dentro do útero, entre as vidas encarnadas e em vidas passadas longínquas. Em síntese resumida, são experiências com carregadas de sentido e geralmente, de emoção e sentimentos, ligada a momentos passados de trauma ou de felicidade aguda, nos extremos da emoção associada a memórias organizadas do modo como Grof nomeou: sistema COEX - condensed experience.

O problema não é tanto de método, visto que considerarei aqui que a grande maioria se utiliza da hipnoterapia para a indução do fenômeno em pacientes, no contexto clínico. O problema é quanto ao todo, à terapêutica.

Os profissionais em geral são terapeutas holísticos com formações em hipnose, ou psicólogos e médicos com formações universitárias completamente dissociadas à realidade palingenética, que traduz uma outra episteme clínica e cognitiva. Ademais, no Brasil, médicos e psicólogos são legalmente proibidos de atuarem com tal terapêutica de vidas passadas, por ser considerada pelos conselhos, como pseudo-ciência.

O profissional legalmente habilitado para pesquisar e atuar neste âmbito, associando-se ao campo psicoterapêutico, é o parapsicólogo legalmente habilitado pela associação competente, a ABRAP - Associação Brasileira de Parapsicologia ou outra do gênero, como a ABPCM - Associação Brasileira de Parapsicologia e Ciências Mentais. O parapsicólogo é o profisisonal realmente qualificado legalmente e teórico-experimentalmente para atuar com o método de hipnoterapia com mais precisão, visto que estará penetrando num campo transpessoal, parapsiquico, que opera com uma realidade que transcende a visão geral da ciência e adentra no campo psi, fenômenos de ordem psigâmica, que podem estar entrelaçados, um no outro. O profundo conhecimento da fenomenologia psi, por parte do parapsicologo lhe facilita a entender o que se passa com o paciente quando em transe retrocognitivo e, posteriormente, poderá como psicoterapeuta de abordagem parapsicológica e evolutiva, dar o devido suporte e a consequente terapêutica no pós-retrocognição.

Desta forma quando falarmos em TVP estamos falando de uma terapêutica praticada por uma gama de profissionais não-parapsicólogos, podendo ser terapeutas holísticos, apometristas, médicos e psicólogos (mesmo na ilegalidade) e outros, como hipnoterapeutas. E estes profissionais cada um utiliza-se de abordagem que lhe é mais adequada, como a espírita (Allan Kardec), como a transpessoal (Grof e cia) e assim por diante, até as interpretações mais místicas. Assim, TVP é aquela terapêutica mística que visa pelo uso da hipnoterapia a indução de retrocognição para finalidades terapêuticas ou suposta finalidade terapêutica, podendo dar ou não suporte posterior ao paciente bem intencionado.

Diante do todo exposto e de tudo que já expus e que já foi debatido nesta revista, proponho o nome "retrocognição clínica ou retrocognoterapia" para designar uma das técnicas usadas por parapsicólogo/psicoterapeuta para finalidades terapêuticas, dentro de abordagem parapsicológica, ampla e científica, sem qualquer conotação mística ou esotérica, aplicada pela escola fundada pelo médico brasileiro e parapsicólogo Dr. Eliezer Mendes e obedecendo aos referenciais mais profundos da ciência da consciência, em abordagem transcisciplinar, porém, científica e clínica. Esta técnica visa a indução por métodos que podem ser caracterizados por hipnoterapia ou não, como a técnica da dissolução da couraça psicoafetiva, que, dependendo do caso, desencadeia a memória associada ao bloqueio do chacra cardíaco (emocional/sentimentos), localizado psicobiofisicamente na região fisiológica cardiorespiratória.

O nome "regressão", portanto, é inadequado e não-científico, para nomear este fenômeno psigâmico já amplamente estudado pela parapsicologia e projeciologia e já nomeado cientificamente de "retrocognição", que é um conceito muito mais preciso para designar tal fenômeno que inclui os múltiplos níveis da cognição humana, direcionadas para a alteração de consciência potente para o deslocamento do espaço-tempo ao passado, seja já de que época ou momentum da consciência.

A cognição envolve um "conjunto de unidades de saber da consciência que se baseiam em experiências sensoriais, representações, pensamentos e lembranças" (Houaiss). Quando este conjuntos de unidades de saber da consciência adentram noutro estado de consciência, ocorrente no passado, a consciência acha-se situada noutro momentum, com a sensação de que o passado ocorre no presente. Por outro lado, nem sempre a consciência percebe tal profundidade experimental, mas pode perceber seu passado como numa tela projetiva, um filme ou algo do gênero, ou até flashes fugazes e sensações difusas. Estas últimas são o começo do transe retrocognitivo.

Assim, ao falarmos em retrocognição, estamos falando de um dos fenômenos psigâmicos mais profundos e impactantes na parapsicologia e, na parapsicologia clínica, tal fenômeno mostra muitas vezes o panorama etiológico da patologia de muitos pacientes, podendo ao trazer à consciência lúcida do presente, o alinhamento espaço-temporal com o atual momento desta atual existência e favorecer a evolução pela autosuperação. Quando estudamos o fenômeno retrocognitivo cientificamente, estamos na parapsicologia. Quando usamos dos conteúdos retrocognitivos para finalidades terapêuticas, então, estamos na parapsicologia clínica e sua técnica, a retrocognição clínica ou retrocognoterapia.

Esta técnica nada tem a ver com a técnica adotada pela psicoterapia reencarnacionista, ou outras técnicas utilizadas similares a esta. A psicoterapia reencarnacionista é focada em "sessões de regressão", não existe a psicoterapeutica propriamente dita. Apesar de Kwitko (ABPR) afirmar não se tratar de uso de hipnose e que o processo é totalmente comandado pelo mentor espiritual do paciente, então estamos num campo mais da religião e seus axiomas inverificáveis, do tipo, ou aceitamos esta premissa inquestionável, ou estamos fora. Porque não existem evidências científicas e clínicas suficientes até agora para nos ancorarmos nestas premissas.

Cientificamente, parapsicologicamente, não há como saber exatamente quando eu ou quando uma inteligência theta especializada na terapêutica (amparador, mentor, etc.) é quem de fato está no comando de uma sessão retrocognitiva. Outra questão é que, nós terapeutas podemos ser amparadores encarnados, o que derruba o mito de que somente os espíritos são evoluídos. Existem médiuns mais evoluidos que as supostas entidades evoluídas que através dele se manifesta. Outro falo clínico é que, qualquer procedimento em que um profissional induz relaxamento e expansão de consciência em outrem, por fala dirigida e técnica, estamos no campo da hipnoterapia. Outro fato parapsicológico é que não temos evidências suficientes para afirmar com certeza científica e clínica de que as memórias do paciente são escolhidas pelo amparador extrafísico do mesmo. Isto é um axioma inverificável. Entendo que pode ocorrer ambas as coisas: o paciente por seu sistema de radar COEX (Grof) rastreia a informação que está dentro de si mesmo (inconsciente) para a superfície da consciência e, o amparador mais lúcido pode ou não estar ali, junto, neste processo, podendo estar mais de retaguarda, preservando o campo de intrusões theta (SPI - síndrome de personalidade intrusa). E tudo isto associado principalmente ao psicoterapeuta e seu caráter, sua benevolência, sua amparabilidade e sua generosidade, discernimento, acuidade, parapsiquismo e experiência no campo das retrocognições em si mesmo. Todo este campo multidimensional, interconectado, é que se caracteriza pelo que chamo de retrocognição clínica.

Mas, é claro, o assunto precisa ser muito mais aprofundado. E isto não quer dizer que é uma técnica que cura tudo ou a tudo ajuda. Não. A pessoa interessada pode começar apendendo a acessar sua memória antiga e, após, dar continuidade em esforços pessoais, autoditadas, pelo resto de sua vida, após sua melhora, para compreender-se mais profundamente, sua origem, por onde passou, o que fez, como fez, quem era, como era e assim por diante, seus padrões de repetição, desafios até aos poucos compreender seu padrão de personalidade palingenética, formada ao longo dos milênios.

Então, estamos noutra epistemologia, outra episteme e outra cognição científica e clínica. Está além de remissão de patologias e adentra no caminho de um autoconhecimento profundo, sério, sem mística e da forma mais lúcida. Adentra no caminho natural da evolução em sabermos quem de fato somos e quem de fato fomos, por onde caminhamos em nosso passado, nossa origem, nosso big bang.

As sessões clínicas obedecem à característica de todo fenômeno psi, ou parapsiquico/paranormal e sua dificuldade de controle e instabilidade de ocorrência, dependendo de uma soma vetorial de fatores atuando sistemicamente. Depende do grau de sensibilidade do paciente e quanto mais o paciente for um AGP - agente psi confiável, mais sucesso terá nos experimentos. Caso contrário, terá de aprender antes para depois dar continuidade. Em alguns casos, as sessões são experimentais e pedagógicas, para o paciente aprender a relaxar, a suportar estado de consciência mais alterado e retornar saudavelmente destes estados. Isso sem entrar em retrocognição. Porque o fenômeno exige saber experimental prévio por parte dos pacientes. Caso contrário o paciente é levado a sessões e os resultados são psicoterapeuticamente insatistafatórios. E nós, parapsicólogos clínicos, vamos aprendendo com nossos erros, principalmente com nossos erros. Os acertos, são acertos. Ótimo, prosseguimos nos acertos. Mas nossos erros são eles que nos mostrarão o caminho de correção de rota. E uma das coisas que aprendi neste caminho é que é urgentemente necessário caracterizar o perfil sensitivo dos pacientes antes de usar desta técnica. Um parapsicólogo experiente sabe se o paciente é clarividente ou que tem facilidade no processo de acesso holomnemônico. Ele olha e sabe, capta, percebe, extrassensorialmente. O parapsicólogo precisa ser sensitivo e mais experiente que o paciente, ou se não for, usar de sensitivo auxiliar ou equipe de sensitivos junto com ele, para fazer a captação e o paradiagnóstico, conforme as orientações de Eliezer Mendes, fundador da parapsicologia clínica. O campo empírico é complexo e carente de investigações sérias.

Diante disso, adentramos no campo complexo da ética em psicoterapia parapsicológica que utiliza da retrocognição clínica. Em síntese, não é técnica indicada para todo e qualquer caso clínico e, mesmo que o paciente assim deseje realizar quando não for o caso, o psicoterapeuta deve negar fazer e esclarecer que outras coisas são mais relevantes, como o fortalecimento da personalidade deprimida, a elevação da energia e a amparabilidade, antes de qualquer procedimento clínico como este ou mesmo análise aprofundada dos processos cognitivos e suas distorções. Esta me parece ser a regra, mas existem exceções. Em alguns casos, o paciente deprimido sai da depressão após uma sessão como esta. Os critérios que estabelecem o uso ou desuso de RC, estão ainda em desenvolvimento pelos parapsicólogos clínicos e será assunto do próximo ensaio, a parte II deste. E este presente ensaio, é um ensaio, portanto, nada definitivo, nada conclusivo e assim que o campo experimental exigir modificações, assim ocorrerá. E, se algum dia o campo experimental me exigir abandonar esta ou aquela técnica, por variadas razões, assim ocorrerá, tudo em prol do melhor para o paciente.

22.2.12

Evidências Experimentais da Exteriorização e Interiorização Lúcida nos Experimentos Extracorpóreos


Representação de uma Exteriorização Lúcida.
 Por Dr. Fernando Salvino
Parapsicólogo Clínico e Psicoterapeuta
Parapsicólogo e Projeciólogo - ABRAP/FEBRAP/NIAC


1. Das Considerações

A exteriorização lúcida para fora do corpo me transparece como uma das experiências mais marcantes dentro do todo experiencial pelo qual o fenômeno projetivo se insere e se manifesta. E, no outro extremo do ciclo projetivo, está o fenômeno do retorno ou interiorização lúcida para dentro do corpo. O que narrarei abaixo demonstra em experiências diferentes as duas realidades: a primeira, a decolagem lúcida e, a segunda, o retorno lúcido.

Trata-se de experiências no âmbito da pesquisa do fenômeno “experiência fora do corpo” ou mais precisamente, do fenômeno projetivo que engloba um ciclo mais completo, admitindo a possibilidade de lucidez não somente na “experiência fora do corpo” propriamente dita, mas também do exato momento que a consciência ou psi, começa a se deslocar da conexão com o corpo humano e decola para fora do mesmo, assim como do momento em que a consciência ou psi, retorna ao corpo e se interioriza dentro do cérebro, tal parece ser a sensação vivencial fenomenológica.

Assim, não tratarei aqui da experiência fora do corpo propriamente dita, mas no que antecede a mesma e no que a procede, sendo campo obscuro das investigações parapsicológicas, especialmente, as projeciológicas.

A zona experiencial aqui tratada é justamente a que a maioria de nós permanecemos no sonambulismo astral (Muldoon) ou projetivo (Vieira), onde pulamos do estado de coincidência dentro do corpo, para, estar lúcido já fora do corpo e mesmo no retorno, quando nos damos conta, já estamos no corpo ou ainda no estado cataléptico, sem a consciência do fenômeno que ocorre nos intervalos de tempo. Digo com precisão que a decolagem lúcida dende a coincidência até o descolamento e ao total desdobramento lúcido não deixa qualquer dúvida ao experimentador da veracidade do fenômeno e da natureza extracorpórea de si mesmo. Já a experiência fora do corpo, isolada, pode fazer-se passar por sonho, alucinação, ou loucura, caso o experimentador não for mais preciso e honesto em suas pesquisas pessoais.

Muito temos a respeito das experiências fora do corpo, mas pouco a respeito das outras fases do ciclo projetivo, do ponto de vista fenomenológico, vivenciado. Muita teoria e pouco experimento. Eu mesmo os vivencio com raridade, mas as raras vezes que tive a oportunidade de vivenciá-las, tentarei aqui trazer como evidência experimental do fenômeno.

Neste sentido, minha intenção aqui é trazer tais experiências para ampliar a investigação do fenômeno projeciológico completo e situar tais experiências no âmbito da para-aprendizagem ou para-educação, tamanha a relevância para o autoconhecimento de algumas realidades, tais como:

1. natureza do espírito/consciência: experiência direta da dissociação;
2. natureza do holossoma: principalmente, o soma, energossoma (duplo etérico), cordão de prata e psicossoma (perispírito).
3. lucidez exata do momento de separação da consciência do cérebro, pela vivência direta do descolamento psicobiofísico.

Dentro das revisões de literatura comumente realizadas, embora não vá me ocupar neste ensaio, temos que muito pouco se publicou a respeito dos processos da saída consciente propriamente dita para fora do corpo, muito menos da interiorização consciente. O motivo é simples: é mais fácil que ocorra a lucidez já fora do corpo do que nos dois momentos aqui pesquisados. A pobreza de registros do momento exato da saída e do momento do retorno evidenciam a fugacidade da experiência. Por outro lado, encontramos na casuística de projetores mais experientes tais registros. Ater-me-ei aqui somente em minhas experiências pessoais, pois é o chão firme o qual posso pisar.

As fases anteriores à experiência fora do corpo e posteriores se passam inconscientes e despercebidas: sonambúlicas. As razões de tal fato são muito complexas e adentram inclusive na imaturidade multidimensional e projetiva da pessoa, assim com no caso da resistência a fenômenos indutores de mudanças profundas, diretas, como são a exteriorização e a interiorização. É assim que situo as experiências iniciais do ciclo projetivo, a decolagem consciente e o retorno ou interiorização consciente. Ambos são fenômenos ricos e complexos para o entendimento fenomenológico e sistêmico e geradores de crises, devido a vivacidade da experiência.

2. Das Evidências Experimentais

Caso 1: Exteriorização pelo Descolamento Cérebro-Pulmonar 

Este caso é de uma decolagem consciente parcial induzida pelo relaxamento psico-bio-energético sexual.

O experimento se deu após relaxamento intenso provocado por atividade sexual seguida de orgasmo. O orgasmo provocou em mim uma sensação de completo bem-estar e soltura energética, áurica.

Ao deitar preparando-me para dormir, quando me dei por conta já estava lúcido iniciando o processo da decolagem pelo Psicossoma. A sensação era estranha. Neste dia devido a mudança de temperatura senti com mais intensidade meus pulmões através de uma leve crise asmática. A sensação de estar descolando do corpo, lucidamente, me trouxe uma certa angústia fóbica em virtude da separação da área pulmonar.

Projetar a área pulmonar foi difícil, devido ao condicionamento provocado pela dependência subconsciente do processo respiratório. De acordo com relato de minha mulher, meu corpo estava em processo de espasmos leves, porém visíveis, quando retorno ao corpo. O retorno se deu (hipótese) pelo fato de ter ouvido o som de uma espécie de ronco aflitivo provocado pelo descolamento da paracabeça e dos parapulmões do Psicossoma diante do Soma.
Ao despertar, estava lúcido e sem nenhuma interrupção da continuidade da lucidez.

É complicado colocar em palavras a sensação de estar lúcido no ato da decolagem da consciência para fora do corpo. Admito que existe certo receio de minha parte neste processo razão pela qual a grande maioria das projeções conscientes que experiencio são aquelas em que fico lúcido quando já fora do corpo, passando esta fase inicial inconsciente.

Caso 2: Exteriorização pelo Estado Vibracional

Este caso é de decolagem consciente completa, auto-induzida pela técnica do estado vibracional. Estava estudando para uma prova na universidade e eu estava aproximadamente no ano de 1997. Estava estafado mentalmente de tanto estudar e resolvi realizar um relaxamento e mobilizar minhas energias, visando instalar o estado vibracional. Seria a primeira vez que iria aplicar a técnica.

Deitei em meu colchão e fiz o relaxamento. Mal deitei senti minha psicosfera expandir sem esforço, acompanhado de sensação de leveza e tranquilidade. Começei a mobilizar as energias da cabeça aos pés em movimentos de pulso intenso e potente e, em poucos segundos, a intensificação foi tão alta que entrei num estado de ressonância pulsante quase violenta, onde todo meu corpo e meu campo começou a vibrar potentemente e eu ali em transe consciente de tudo que se passava por mim. A intensificação tomou proporções violentas e literalmente dei um salto para fora do corpo uns centimetros acima e começei a rodopiar velozmente em movimentos espiralados em direção ao teto do quarto e uma voz bem ao lado de meu lado direito me sugeria não pensar e ficar tranquilo que era assim mesmo. Estava rodopiando no alto do teto do quarto acompanhado desta consciência que me orientava a vivência. Em dado momento começei sentir medo e retornei ao corpo. Todo meu corpo estava potentemente eletrizado, em mini-convulsões, meu coração disparado e minha respiração ofegante. Nunca mais consegui instalar este potente estado vibracional e a exteriorização lúcida desta maneira.

Caso 3: Decolagem Assistida por Ser Extrafísico Benevolente

Este caso é de decolagem consciente completa, assistida por amparador, após investimento intenso na técnica da saturação mental projetiva do subconsciente. Colei em meu quarto uma série de imagens projetivas, com representações imagéticas de projeções. Queria eu saturar meu subconsciente para a idéia-alvo de sair do corpo lucidamente, na interiorização. As imagens eram de exteriorização lúcida. Em dado dia, quando me dei por conta, estava semi-exteriorizado, com parte da para-cabeça para fora da cabeça física, creio que metade para fora. Ao olhar para minha frente avistei uma pessoa, esbranquiçada, de corpo etérico leve e fluido, com vestimenta branca reluzindo a cor esbranquiçada de seu corpo. Sua benevolência era nítida e estava ali para me ajudar. Ela/ele fazia gestos com as duas mãos do tipo: "vem.. vem" e sua voz acoava diretamente na minha consciência em nítida telepatia extrafísica. Seus gestos atuaram em mim como verdadeiros comandos hipnóticos e com força colossal começei a arrancar-me para fora do corpo, senti-me como se realmente estivesse saindo de dentro do corpo, descolando-me dele, soltando esta roupa fisiológica em direção à extrafisicalidade. Quando estava saindo do corpo, ouvia os sons de estrondos dentro de minha cabeça e sons vibracionais intensos generalizados no ambiente. A sensação é intraduzível em palavras. É como se fosse a liberdade vivida e a hiper-fecilidade em um micro-segundo de libertação mental e psíquica. O ser ali adiante de mim foi se afastando e começei a flutuar para fora do corpo e atravessei o teto do meu quarto por dentro da matéria física da parede. Quando me vi, estava flutuando fora de minha casa, acima do espaço do telhado e, em dado momento que não me recordo bem, voltei ao corpo sem qualquer lucidez do trajeto de retorno.

Caso 4: "Que Deus me dê sobriedade para aceitar a realidade!"

Este caso é de interiorização ou retorno consciente completo, dentro de um contexto experiencial mais amplo, após investimento intenso na técnica da saturação mental projetiva do subconsciente.

Há cerca muitos anos atrás, eu estava no meio de um sonho. Eu falava com uma mulher que era uma cliente ainda da época que era advogado ambientalista, sobre algum assunto que não me recordo, porém, no meio da conversa começei a ficar consciente e pensei: "é a Dona Zuleica!" e em seguida, começei a ficar lúcido e lúcido até que o cenário modificou-se. Eu estava em Laguna/SC e tinha um barco antigo parado no mar. Alguma força que não compreendo, me fez olhar o barco, mais parecido com um navio grande, antigo, quando começei a realizar a volitação extrafísica, lúcida. Em dado momento, atravessei a parede do casco do barco, como de costume nos vôos extrafísicos e por minha surpresa, lá dentro estavam escravos negros como na época antiga, sentados em lugares específicos onde remavam. Todos eles tinham as mãos cortadas. E eu ali no meio de um vôo por dentro do barco, vôo este que deve ter durado segundos, mas minha percepção permaneceu atuante numa atemporalidade. Uma das escravas (desencarnada, consciência extrafísica) olhou para mim e falando alto para todos ouvirem disse: "Olha!!!!!!!! Ele está voando!!!!! E ele tem mãos!!!!!" Imediatamente, continuei meu vôo e atravessei a parede do navio. Não sei como, mas a paraecologia se alterou e vi-me num lugar cheio de árvores e voando ainda extrafisicamente, pousei num galho de árvore e ali mesmo instintivamente pensei alto: "Deus, me dê sobriedade para aceitar a realidade!".

E no ácume dos meus sentimentos advindos do impacto da experiência consciente extracorpórea, imediatamente retornei ao corpo, sentindo completamente a entrada lúcida para dentro do cérebro e do corpo e, em contínua consciência, despertei-me no corpo, ali, deitado na cama. Era a noite, e o evento teria sido a noite também. As memórias vieram-me de imediato, não tendo que fazer esforço para a rememoração.


A experiência mostra o oposto das acima descritas, a interiorização consciente, onde senti-me entrando dentro da cabeça e do corpo, sendo que a entrada na cabeça foi a mais impactante. Lembro que num momento eu estava consciente no corpo psi, ou psicossoma, e ao entrar na cabeça, começo a usar o olho físico para ver. Foi muito estranha a mudança de aparato dos sentidos. De um lado, usava outros olhos e daqui a pouco, os olhos físicos. Senti-me como vestindo uma luva de encaixe perfeito. Ao interiorizar-me olhei minhas mãos e olhei-as literalmente como luvas perfeitas de dimensões impecáveis para mim mesmo, o outro ser que entrou no corpo e que agora o habitava diluido na invisibilidade das células e do organismo. Não lembro de ter ouvido estrondos da cabeça, pois a interiorização foi mais rápida do que as exteriorizações. Mas a sensação deste retorno foi muito lúcida, pude sentir exatamente o momento em que penetrei dentro do corpo e ali me instalei de forma incompreensível. É realmente incoempreensível este fenômeno, apesar de vivenciável.

(em breve caso 5, de projeção mental, interiorização e exteriorização lúcida)

3. Das Hipóteses de Investigação


Abaixo adiciono neste trabalho algumas hipóteses que me parecem estar relacionadas com a dificuldade de se vivenciar os momentos de decolagem e pouso consciente para dentro e para fora do corpo.

1. Vivacidade da experiência e medo da perda do controle de si (ego).
2. Medo da morte biológica.
3. Relação entre a hipervelocidade do retorno ao corpo e perda de lucidez no trajeto (a inconsciência facilita a hipervelocidade).
4. Relação entre condicionamento mental (do tipo "eu sou meu corpo, ou eu sou meu cérebro") e perda de noção de si, medo da insanidade mental e perda de noção de realidade.
5. Estranheza bizarra aos fenômenos transcendentes, paranormais: medo do desconhecido, associado com "loucura".ivesse
6. Imaturidade e falta de treinamento na manutenção da lucidez na transição interiorização-exteriorização e vice-versa.
7. Fuga das sensações bizarras do estado vibracional potente, misturado com sons vibracionais altos, intensos, fisiologicamente espásticos, ronquidões dentro do cérebro associado a estalos altos e sons estranhos. Sistema de defesa do eu (ego).

As hipóteses bloqueadoras são compreensíveis e podem ser superadas progressivamente com a repetição das experiências e ao fato da pessoa se acostumar com o fenômeno, desenvolvendo uma estrutura de personalidade projetiva.
 
Por outro lado, existem hipóteses que podemos propor que parecem estar relacionadas com a ocorrência da exteriorização e da interiorização, quando em circunstâncias não-acidentais ou patológicas, tais como:
 
1. Desejo sincero de conhecer a vivência, motivação potente e coragem diante do desconhecido, aconteça o que acontecer.
2. Estrutura de personalidade projetiva inata, ou seja, a pessoa já nasce com a estrutura desenvolvida em outras experiências antes desta vida na terra (vidas passadas, paragenética).
3. Estudo de campo viabilizado por consciência extrafísica benevolente e experimente no assunto, também chamada de amparador, mentor ou guia. Neste caso a consciência extrafísica ajuda, facilita tecnicamente tal como eu facilito meus pacientes a recordarem de suas existências passadas, utilizando recursos técnicos e experiência pessoal.
4. A pessoa sente a pressão mais intensa na exteriorização do que na interiorização. Parecem que os estrondos intracerebrais ocorrem mais na exteriorização do que na interiorização.
 
4. Das Considerações finais

Os experimentos evidenciam a existência de um espectro de experiência que antecede a experiência fora do corpo e procede-a. A parapsicologia e mesmo a projeciologia se debruça prioritariamente no estudo das experiências fora do corpo propriamente ditas, sem se aterem tanto ao campo aqui trabalhado. Algumas das razões foram expostas neste ensaio, e resume-se a falta de experimentação dos próprios pesquisadores e do público geral.

De qualquer forma, incentivo o estudo e mesmo a indução destas vivências de exteriorização e interiorização consciente, experiências ricas e profundamente educativas, aumentando a lucidez mais transcendente e multidimensional da vida e de si mesmo, num ensaio de cosmologia prática, com travessia consciente entre-dimensões do universo, aumentando a aproximação entre dimensão extrafísica e física, unificando as realidades numa só realidade, separável por uma membrana muito fina e porosa, provavelmente, uma idéia ou uma partícula psicon.

19.2.12

O Caso dos Homens-Dominó: do Sonho Lúcido à Projeção Consciente e Outras Considerações

Por Dr. Fernando Salvino
Parapsicólogo, Parapsicólogo Clínico e Psicoterapeuta
NIAC - Núcleo de Investigações Avançadas da Consciência
FEBRAP-ABRAP
MSc. Educação (UFSC); Esp. Educação (UDESC).


I - Da experiência consciente fora do corpo.

A experiência ocorreu-me na madrugada do dia que antecedia o reveillon, no ano de 2011. Minha filha Yasmin (9) me perguntava se poderíamos acampar na virada do ano devido ao fato dela gostar muito de natureza e da experiência de acampamento. Falei a ela que iria pensar no caso, mas que provavelmente seria difícil porque já tínhamos combinado de passar a virada em família. A noite, quando dormíamos, tive um sonho.

Estava sonhando que estávamos acampando num local que não reconheço onde, e ao abrir a lona da barraca deparo-me com quatro homens amistosos vindo em direção da barraca. Eles estavam cerca de 200 metros de nós. Eu imediatamente ergüi minha atenção concentrada aos homens fitando-os profundamente no sentido de uma acareação defensiva. Estava alerta no sonho, raciocinando. Em dado momento pensei com clareza: "estes homens são produtos de minha mente". Ao pensar isso, permaneci olhando-os e suas imagens pictóricas simplesmente cairam como peças de dominó no chão do campo psíquico do universo que estava naquele momento. E, quando eles cairam no chão, senti estar fora do corpo e pensei comigo mesmo, em estado de euforia: "estou fora do corpo!". A euforia foi intensa e creio que segundos após, vi-me despertando dentro de meu corpo, com a memória de toda experiência acessada em bloco, sem ter tido a consciência do deslocamento extrafísico para o interior de meu corpo.

II - Breve Análise Parapsicológica

O modelo aqui adotado é o autoexperimental, fundado por Sylvan Muldoon. A experiência mostrou-me a gradação do espectro de lucidez extrafísica, indo do sonho comum, passando ao sonho lúcido e terminando com a projeção consciente propriamente dita, fora do corpo. Cada extrato de experiência mostra-se com características específicas, onde confundimos as imagens pictóricas com imagens reais de sujeitos ou coisas existentes independente de nossas mentes. A experiência provou ser de fato o sonho uma experiência onde o sujeito interage com seus próprios conteúdos mentais tal como eles correspondessem ao campo de realidade. No caso narrado, os homens-dominó eram peças mortas, conteúdo onírico pertencente ao campo da fantasia fóbica inerente ao meu instinto de proteção em relação a minha filha, em virtude das ameaças rotineiras de acampamentos, assaltos, etc. Pressuponho que o medo fantasiado pertença ao meu núcleo fantasístico fóbico o qual expressou-se em sonho. Estava eu estudando a técnica projetiva ensinada por Juan Matus a Carlos Castaneda, em fitar profundamente as imagens dos sonhos para averiguar se as mesmas se caracterizam por seres inorgânicos ou meras imagens pictóricas sem importância substancial. Creio que o fato de ter fitado os quatro homens tenha esta programação subconsciente relativo ao livro que estava lendo antes de dormir, contribuindo como fator de autoindução subconsciente. A passagem do sonho somum para o sonho lúcido é evidenciado pela intensificação da atenção para um único objeto, no caso, os quatro homens. E como fiquei lúcido?

Ocorre um fenômeno que é realmente estranho. Simplesmente emerge em minha mente uma pergunta disparadora de um tipo específico de reflexão onde expando minha lucidez e tomo ciência da existência de minha mente, apenas, ali, diante do objeto. Donde provém o pensamento? Para Muldoon esta é a lei básica da ciência da projeção, a de que o fator de comando das experiêncisa é o subconsciente. Então partirei desta hipótese, visto ter vindo meu pensamento de área subconsciente a meu campo de consciência ali, desperta. Ocorre também outro fator nesta projeção, a coragem. Lembro que precisei acumular coragem para fitar os quatro homens no olho, sem medo, firme e inflexível. Esta postura de coragem está associada a lucidez extrafísica de alguma forma. O medo contribui para a geração de imagens oníricas sem consciência, meras projeções do inconsciente fóbico. A coragem, por outro lado, contribui para o fortalecimento da lucidez e para a sustentação da atenção, atributo básico para a experiência fora do corpo consciente. Ao questionar na experiência de serem as imagens dos quatro homens, oníricas, ocorre outro fator aqui, embora estando mais de fundo e no campo da intenção, que é o querer saber a verdade real dos fatos. A pessoa que não quer saber a verdade dos fatos, não tem este tipo de experiência. Sonha como se estivesse dentro de um filme real, mal sabendo ela estar dentro de sua mente e seus medos e anseios. Este estudo ali expresso no universo mais extrafísico, é o de discernir o que é conteúdo de minha mente e o que pertence ao campo da realidade externa a mim. O raciocínio parte deste método. Desta forma, o exercício do discernimento em fazermos ciência de nossa própria atividade mental é essencial para termos uma projeção consciente. Este exercício significa investigarmos continuamente o que é conteúdo projetivo de nosso inconsciente fóbico e neurótico (sonho comum e sonho lúcido) do que é conteúdo pertencente ao campo do real, externo a nós (embora a fronteira entre o eu e não-eu seja porosa). Sem este discernimento a pessoa fica incapaz de saber se está num sonho ou se está fora do corpo, projetada.

III - Breves Considerações Finais

Este exercício serve para nossa vida, estejamos em qualquer dimensão da realidade. Quando estamos aqui, nesta dimensão, ou nas dimensões extrafísicas, o discernimento entre o eu e o não-eu, entre aquilo que nos pertence e aquilo que não nos pertence é básico para nossa saúde mental e mesmo para o domínio progressivo das aptidões parapsíquicas, sensitivas, extrassensoriais. Daí a importância de uma ciência mental auto-investigativa como pressuposto para experiências fora do corpo conscientes bem sucedidas, no sentido da autoconsciência progressiva dos processos de criação mental e de nossas reações as criações mentais, incluindo, as fantasias e devaneios diuturnos.

14.2.12

A Vida Humana como um Projeto de Reconciliação

Reconciliação consigo mesmo:
primeiro passo.
Por Dr. Fernando Salvino
Parapsicólogo Clínico e Psicoterapeuta
ABRAP-FEBRAP-NIAC


A vida humana é um projeto de reconciliação. Estamos durante muitas e muitas vidas aprendendo a nos relacionar uns com os outros. E diante disso, vamos criando sequelas e estas nos traz marcas, feridas, e estas estão entre os relacionamentos com determinadas pessoas. Os grupos passam a se reencontrar vida após vida e como disse o amparador evolutivo: "O amor é o caminho e o sentido. É simples assim mas difícil de entender". E para rompermos pacificamente este ciclo vicioso temos em nossas mãos a escolha pela reconciliação. Movimento profundo de perdão e entendimento: em resumo um aprender sobre o amor puro.

Então, se você não sabe para quem veio ao planeta, posso responder de forma simples: para aprender a amar. E este movimento passa pela necessidade de reconciliação com aqueles que temos conflitos, mágoas, desamores, rancores, "ranços", e assim por diante. Seu pai, sua mãe, irmão, irmã, filho, filha... primo... amigos, colegas... países, civilizações, etc. Você pode ter cisma de outro povo, de outra raça... não importa, o movimento é de integração pelo amor.
A Ciência da Reconciliação tem base empírica e disso podemos extrair alguns principios básicos:

1. Toda pessoa que se reconcilia internamente consigo e com os outros sente-se melhor consigo mesma e com os outros. Isso aumenta a qualidade de vida e o prazer de viver e estar no mundo.

2. A pessoa que mantem conflitos, incongruências e rancores mal resolvidos com os outros é a primeira que sofre. Sofre porque bloqueia sua capacidade de amar. E bloqueando sua capacidade de amar, bloqueia seu contato mais íntimo com a existência. É possivel que este movimento a leve para a doença.

3. A pessoa que sente-se em paz com os outros, com um mínimo de conflito e incongruências principalmente com seus familiares e amigos próximos, sente-se mais livre internamente; sente-se mais leve.

4. A pessoa que consegue manter-se num movimento de prevenção de conflitos interpessoais e ainda consegue reconciliar-se continuamente com aqueles que conflita direta ou indiretamente, mantem-se numa aura mais constante de benevolência.

Mas não adianta acreditar nisso.

Sugiro que faça uma lista de pessoas que tem conflito ou processos emocionais/existencias mal resolvidos. Escolha uma delas, pode ser a mais fácil de se reconciliar. Pode ser seu filho onde você ofendeu ou o tratou mal e não pediu desculpas, retratando-se. Não importa quem é. Escolha uma e tente a reconciliação. Preste atenção a todo movimento que você precisa fazer para efetivar a reconciliação. E fique bem consciente de como se sente após a reconciliação.

E diante disso, nasce o sengundo princípio: quanto mais cedo começarmos a nos reconciliar, melhor.

1. Consigo: começe a se aceitar mais, começe a se criticar (bombardear) menos e a se conhecer mais; começe a se amar mais; a se cultivar mais tal como é; evite exigir ser aquilo que acha que deve ser e passe a ser quem você é; e assim por diante. Pare se se autoassediar, começe a se autoamparar.

2. Familiares: pai, mãe, irmãos, tios, tias, primos...; começe a se reconciliar com seus familiares cultivando em sua alma uma aceitação deles tal como são. Você não pode mudá-los, não adianta. Mas você pode se modificar. Pare de assediar os outros impondo a eles aquilo que julga ser o melhor. Começe a amparar as pessoas, a começar, aceitando-as tal como são.

3. Amigos: idem. Perdoe e aceite-os tal como são. Precisamos cultivar o hábito de parar de exigir que os outros se modifiquem. A vida é o que é. No entanto, podemos nos modificar naquilo que está ao nosso alcance. Pare de assediar os outros impondo a eles aquilo que julga ser o melhor. Começe a amparar as pessoas, a começar, aceitando-as tal como são.


4. Colegas: idem.

5. Inimizades: idem.

Resultados.

Os resultados que tenho desta prática contínua são realmente impressionantes na minha vida. Sinto-me cada vez mais em paz interna a cada movimento de reconciliação e de autorespeito (auto-reconciliação). E esta sensação é indescritível, a sensação de paz interna é realmente um campo transcientífico. Damos um nome para este sentimento integral, porém, parece-me inacessível ao entendimento cognitivo comum.

Questão para auto-análise:

Você já percebe os benefícios da reconciliação e de uma vida de prevenção de conflitos? Quais os benefícios no seu ponto de vista?