Parapsicólogo, Psicoterapeuta, Prof. Yoga
Espaço Terapêutico Tao Psi
Projeto Amanhecer - HU - UFSC
LAC - Laboratório de Autopesquisa da Consciência
I - Das Considerações Iniciais
O assunto é simples e ao mesmo tempo tão difícil que gera as maiores incompreensões, a ponto de um único caminho ser compreendido e refratado de tantas formas diferentes que passem despercebido ser o mesmo e único método (ou sistemática). E já peço a compreensão pelos erros e omissões deste modesto ensaio que refletem as minhas limitações cognitivas, experimentais e perceptivas. Portanto, não existe aqui verdade, mas uma concepção diria comum a todos até a dissolução da concepção em direção a vida livre, sem concepção, portanto, sem forma, espaço, tempo e dimensão.
O presente ensaio está condensado em sentenças, num encadeamento lógico progressivo até a conclusão final. O entendimento do texto convida você a estudar mais a fundo tanto o Yoga como a Holocosmologia, assim, se tiver dificuldades no entendimento deste, convém retornar e revisar os ensaios anteriores.
A compreensão do eixo de convergência surgiu de um conhecimento intenso decorrente da prática meditativa no alto do costão da Praia do Luz, ao lado da Praia de Ibiraquera, nos tempos de acampamento de surf. Num dado momento eu "vi" que tudo convergia para o mesmo e único ponto e entendi não racionalmente a fusão de tudo e a conectividade de tudo. Samadhi, Kaivalyam, são os nomes dados por Patãnjali para denominar este tipo de experiência. Mais tarde chamei de função psi-ómicron, dentro de uma classificação científica da Parapsicologia. Muitas experiências fundamentam este ensaio e não trataria de todas aqui e já peço ao leitor que acesse as experiências já descritas noutros ensaios e que poderão dar as pistas para o entendimento mais profundo deste.
Este ensaio é uma síntese e sua tese aqui exposta é simples:
1. Sofrimento comum. O sofrimento é o que há de comum a toda a humanidade assim como a dissolução do mesmo sofrimento através de um único e mesmo caminho (sistemática, ou método), acarretando o mesmo e único resultado, que é comum a todos (kaivalyam, espirito puro, consciência livre, moksha, etc).
2. Preocupação comum. Em todas as culturas, raças, povos, credos, civilizações, povos, religiões, doutrinas, seitas, ciências, filosofias, ocultismos, e assim por diante, o comum de todos é a preocupação com o sofrimento e com a forma de dissolvê-lo.
3. Linguagem comum. Apesar das variantes de formas de comunicação entres os seres humanos, existe uma linguagem comum, única, que transcende o intelecto, a sintaxe, os fonemas, migrando para uma metalinguagem, comum a toda a humanidade.
4. Universo comum. O Holocosmo é um e o mesmo para toda a humanidade e para todos os seres que povoam o universo, compondo uma só sociedade holocósmica, um só hologoverno, uma só holoarquia, onde todos pertencemos.
5. Sonho comum. O sonho que a humanidade vive é o mesmo e é comum a todos os seres do holocosmo que vivem o mesmo e único sonho: a vida não desperta para a realidade da holofusão holocósmica (kaivalyam).
6. Karma comum. O karma é comum a todos, nossas ações e reações se espalham por todas as direções holocosmicamente, prendendo-nos no mundo das formas e no sonho.
7. Desperticidade comum. É comum a toda a humanidade e seres do holocosmo a necessidade interior de acordar do sonho, e despertar para a vida hiperlúcida do amor puro, da ética cósmica maior e da benevolência universal, expandindo a vida para além desta dimensão, para fora de nossos corpos e para fora desta Terra, no contato consciente com os povos do universo.
8. Yoga comum. Assim, se é comum a todos o mesmo movimento de libertação, de dissolução do sofrimento e se é comum a todos o mesmo Holocosmo, a mesma liberação do mesmo sonho, o alcance da mesma linguagem universal comum, então que o método há de ser comum a todos. Este método chama-se Yoga, apesar de manifestar-se de variadas formas e adaptar-se conforme as circunstâncias. Desta forma, o princípio fundamental que se assenta por trás das variantes dos métodos usados no planeta para a dissolução definitiva do sofrimento até a paz causal de espírito e a serenidade operante ininterrupta e transcendente, apontam para o Yoga como o método universal que, após, refratado na Terra, é distorcido pelas perturbações internas e externas da humanidade.
9. União comum. A humanidade assim, sofre e anseia dissolver o sofrimento e viver a paz permanente de espírito, o amor puro universal e o êxtase divino da dissolução de si no holocosmo em paz estrutural de espírito. Este é o caminho comum a todos e o fundamento da paz mundial, da dissolução de todas as fronteiras, dinheiro, propriedade, pobreza, miséria, riqueza e materialismo. Nesta união comum, inexiste instituição que detém qualquer verdade, caminho ou paradigma definitivo. A linguagem comum a todos é a linguagem do amor puro e do entendimento direto, não intelectivo da realidade de si e do cosmo.
10. Destino comum. E por fim, o destino comum a todos é a liberdade total do espírito (shen, consciência, alma, atman) e a vida em holofusão holocósmica hiperconsciente, em dissolução infinita, nas dimensões mais evoluídas do universo.
A paz mundial e universal, o amor, a ética cósmica, a vida comum a todos, a evolução universal, as manifestações de inteligência nesta e outras dimensões, os seres que povoam o universo próximos ou distantes da Terra, assim fazemos parte de uma mesma e única sociedade universal, que inclui todos os seres e tudo o que existe e passará a existir, num movimento infinito e eterno. Assim, não há lugar para onde fugirmos, ou como o xamanismo poeticamente denomina, "o encontro inevitável com o Infinito", o kaivalyam, o espirito puro, a consciência livre, o moksha, o Tao, a vida com Deus, e assim por diante.
II – Das Manifestações do Yoga Puro ao Yoga Puro
Yoga. Aos olhos do público leigo, que desconhece, por que não dizer, por completo o que realmente significa o Yoga, vale a aparência e as regras de mercado.
Preconceito. O preconceito e a distorção do real significado do Yoga se dá justamente por aquilo que Patañjali chamou de “falta de sabedoria”, a raiz de todas as perturbações.
Recolhimento. E por não realizar o recolhimento das manifestações do centro do ser (citta), a visão é comprometida assim como a autenticidade. E se estão comprometidas assim está o entendimento.
Distorções. Então situar o Yoga no campo da religião, mística indiana, ginástica, arte coreográfica ou ainda uma forma oriental de meditação, é mais um tipo de distorção decorrente da falta de entendimento quanto ao que é realmente o Yoga.
Aparência. Assim, a distorção diz que o praticante de Yoga é aquele que executa determinamos movimentos que necessitam anos e anos para que possam ser realmente aprendidos e executados num nível de performance acrobática, semelhante a uma dança com sua coreografia.
Corpos. Assim, associa-se o Yoga a uma prática corporal, uma espécie de educação física, ginástica oriental, onde o praticante exibe seu corpo elástico e demonstra potente força e equilíbrio, não diferenciando com isto este pseudo Yoga com as demais ginásticas e não raro com os exercícios acrobáticos do circo.
Indústria da Plástica. A coreografia do Yoga então é confundida com o Yoga em si, aos olhos do observador leigo e desinformado, e explorada pelo mercado que vende o Yoga como se fosse tais movimentos.
Indústria da Meditação. Alguma coisa é dita que passe também a imagem que o Yoga é um tipo de meditação, onde simplesmente se senta num local apropriado, faz-se determinado gesto com as mãos, acende-se um incenso, controla-se a intensidade da luz e permanece no êxtase com facilidade, como mostram as modelos que posam para as fotos meditativas da indústria do pseudo-Yoga e da pseudo-Meditação.
Variantes. O público desinformado também confunde o Yoga com o Zen Budismo, com o Tai Chi Chuan, o Chi Kung, o Pilates e não raro se perde nas inúmeras escolas de Yoga atualmente existentes, ou o Hatha Yoga, Swásthya Yoga, Krya Yoga, Ashanga Yoga, Yenghar Yoga, Bakti Yoga, Karma Yoga, Raja Yoga, Tao Yoga e assim por diante.
Julgamento. Assim confunde-se o Yoga com um tipo de atividade que envolve em geral, movimentos corporais complexos e específicos, assim como a meditação e as escolas de Yoga em geral.
Separação. Não raro, confunde-se Yoga e trata-se como sinônimo de meditação, ou ainda, separa-se o Yoga como se fosse uma coisa, e meditação como se fosse outra.
Confusão. Portanto, iniciamos aqui que nada disso é Yoga, mas outra coisa, senão ginástica, sentar-se calado, pilates, exercícios de circo, dança, etc.
Conceitos. Então, Yoga não é:
a) Ginástica: apesar do Yoga conter em si uma série de movimentos que beneficiam o corpo e aparentar ser uma ginástica, não o é.
b) Educação física: apesar do Yoga educar o corpo fisicamente, não é uma educação física.
c) Exercícios para a saúde: apesar do Yoga conter em si exercícios para a saúde, não é um exercício para a saúde.
d) Alongamento: apesar do Yoga conter em si muitos exercícios de alongamento, não é alongamento.
e) Dança: apesar do Yoga conter em si uma sequencia encadeada de movimentos orquestrados e executados com harmonia, similar a uma dança, não é uma dança em si mesmo.
f) Acrobacia: apesar do Yoga conter em si alguns movimentos acrobáticos está longe de ser uma acrobacia.
g) Circo: apesar do Yoga conter movimentos que artistas circenses realizam, está muito longe de ser uma arte circense.
h) Meditação: apesar da essência do Yoga repousar na meditação, ainda não é a meditação.
i) Gestos com as mãos: apesar do Yoga conter alguns movimentos de gestos com as mãos, está bastante longe de ser isto.
j) Misticismo: apesar do Yoga manifestar-se muitas vezes enredado numa espécie de misticismo, está muito longe de ser uma corrente mística (místicos são os gurus).
k) Religião: apesar do Yoga conter em si uma fundamentação teórica que o sustenta, está longe de ser uma religião.
l) Ocultismo: apesar do Yoga ser ensinado não raro de forma oculta, secreta e distanciada da sociedade, está longe de ser uma prática ocultista.
m) Seita: apesar do Yoga aparentar-se não raro uma espécie de seita com seus adeptos, isto não é Yoga, é seita com seus gurus e seus adeptos.
n) Teosofia. Apesar do Yoga ser aparentemente usado pela Teosofia, não tem nada a ver com Teosofia.
o) Budismo. Apesar do Yoga ser usado pelo Budismo, não tem nada a ver com Budismo.
p) Taoismo. Apesar do Yoga ser usado pelo Taoismo, não tem nada a ver com Taoismo.
q) Zen. Apesar do Yoga ser usado pelo Zen, não tem nada a ver com Zen.
r) Chan. Apesar do Yoga ser usado pelo Budismo Chan, não tem nada a ver com Chan.
s) Arte Marcial. Apesar de artistas marciais de variadas técnicas (kung-fu, jiu-jitsu, etc) usarem algumas partes do Yoga, o Yoga em si nada tem a ver com arte marcial.
t) Conscienciologia. Apesar da Conscienciologia e Projeciologia usarem de algumas partes do Yoga para suas práticas e não raro para conceitualizar determinados fenômenos, o Yoga nada tem a ver com Conscienciologia e Projeciologia, apesar de relacionados.
u) Uma Técnica: apesar do Yoga ser em si também uma técnica, não pode ser reduzido a isto.
v) Um método: apesar do Yoga ser em si um método, não pode ser reduzido a isto.
w) Ciência: apesar do Yoga ser em si essencialmente uma ciência, não pode ser reduzido a isto.
x) Escolas: apesar do Yoga ser em si um método (ou caminho) não se confunde com suas várias escolas de Yoga e nenhuma destas escolas é o Yoga mais antigo ou verdadeiro, ou melhor que o outro. Cada manifestação do Yoga puro se adapta a forma como o sofrimento se manifesta.
y) Xamanismo: apesar do Yoga se confundir historicamente com o xamanismo não é xamanismo, pois sua origem não é histórica ou planetária, mas cósmica e comum aos seres que sofrem.
z) Doutrina: apesar do Yoga parecer uma doutrina, a sua doutrina é essencialmente não-doutrinária, pois visa levar o praticante a uma realidade de liberdade conceitual, pelo entendimento direto, livre de linguagem.
III – Do Yoga Puro ou Simplesmente YOGA (sem adjetivos diferenciadores de outras escolas).
Caminho. Yoga é o caminho para a dissolução definitiva das perturbações que levam ao sofrimento, do sofrimento e conseqüentemente para a liberdade infinita. É portanto, o caminho da serenidade e liberdade permanente.
Amor. O caminho é essencialmente o amor puro, fruto do entendimento e discernimento quanto a natureza da realidade. Assim Yoga é o caminho do amor.
Formas. O Yoga quando manifesto num mundo de ilusão se mostra distorcido e proporcional à ilusão que o apresenta. Daí a quantidade de formas pelas quais o Yoga se mostra e se esconde.
Tao. Yoga é o Tao [caminho, sentido] humano para o Tao [caminho, sentido] cósmico.
Sofrimento. O sofrimento é o que há de comum em toda a humanidade e em todos os seres que sofrem, independente de cor, raça, credo, filosofia, ciência e ainda, independente de serem tais seres humanos ou não-humanos, físicos ou extrafísicos.
Dissolução. Se o sofrimento é o que há de comum, então, o meio para a dissolução deste mesmo sofrimento, há de ser o mesmo e único meio ou caminho.
Medo. Se o medo comum em toda a humanidade é o medo de si mesmo e em última instância, o medo da holofusão holocósmica (kaivalyam, samadhi), então que, a dissolução definitiva do medo-raiz se dá a partir de um caminho que fornece a estrutura básica e a experiência mesma da holofusão, ou seja, o Yoga.
Unicidade. O Yoga é o caminho [e não um caminho] para a dissolução do sofrimento dos seres.
Fundamento. Por fundamentar-se num espectro de realidade acima do conceitual, no campo da huperlucidez da consciência, a partir do núcleo mesmo gerador das concepções que geram o próprio sofrimento ou a própria harmonia, então que, mesmo diante de toda a diversidade da manifestação da consciência, seja ela religiosa, política, filosófica, científica, ou ainda esteja esta consciência numa condição física, extrafísica ou ainda extraplanetária, o que há de comum em todos os seres não se mostra na diversidade aparente, mas na unicidade substancial unificada a partir da unidade experienciada por aquilo que foi chamado por Patañjali de Samadhi e no seu espectro transcendente, de Kaivalyam.
Vazio. Se o núcleo comum a todos os seres é o grande vazio do holocosmo, preenchido pela serenidade do amor universal infinito, então que, o Yoga é o caminho comum a todos, apesar de variar na forma como se manifesta quando se expressa culturalmente, filosoficamente, cientificamente e religiosamente.
Transcendência. O Yoga não é uma ciência, não é uma religião, não é uma seita, não é uma filosofia, assim como não é uma doutrina, uma instituição, um guru. O Yoga é o caminho para a transcendência das diversas concepções da realidade e para o acesso direto da realidade. O Yoga é o caminho para um tipo de conhecimento paracientífico, parareligioso e parafilosófico, comum a todos a partir da linguagem universal do entendimento direto pelo acesso.
Universalidade. Diante disso, o Yoga é o método universal, o caminho, que leva a transcendência, ao amor puro permanente, ao êxtase divino eterno, a serenidade permanente e a liberdade consciencial definitiva. Independente da forma como se manifesta, é o mesmo e único Yoga.
Tao. Yoga é o Tao dos seres que sofrem.
Aparência. A confusão quanto ao que é Yoga se deve ao fato de que o praticante se sente seduzido por determinadas aparências, perdendo o contato com a essência (citta).
Diversidades. As diversas formas como o Yoga se manifesta, em menor, médio ou maior grau de pureza, pode ser observado a partir de alguns dos exemplos abaixo citado:
a) Raja Yoga (yoga puro, porém sem tanta ênfase no trabalho exterior dos ásanas, pranayamas, etc)
b) Hatha Yoga (manifesto em alguns angas)
c) Karma Yoga (manifesto em alguns angas)
d) Bakty Yoga (manifesto em alguns angas)
e) Krya Yoga (manifesto em alguns angas)
f) Yvengar Yoga (manifesto em alguns angas)
g) Swásthya Yoga (manifesto em alguns angas)
h) Tao Yoga (raja yoga chinês)
i) Zen Budismo (no uso da meditação)
j) Budismo Tibetano (no uso da meditação)
k) Budismo Chan (no uso da meditação)
l) Projeciologia/Conscienciologia (no uso da meditação e outras técnicas)
m) Parapsicologia (no uso da meditação, reprogramação mental e outras técnicas)
n) Fisioterapia (Pilates e outros)
o) Medicina (como prescrição isolada de angas)
p) Educação Física (com uso das técnicas como ginástica ou trabalho corporal)
q) Mundo empresarial (com uso da meditação como forma de trabalho do estresse)
r) Educação (com uso da meditação como ferramenta educativa)
s) Espiritismo (uso da meditação para equilíbrio íntimo do médium e para a chamada reforma íntima preconizada por Allan Kardec)
t) Catolicismo (uso da meditação para o centramento da oração e conexão com “Deus”)
u) Sufismo (uso da meditação sentada e em movimento como meio de conexão direta com “Deus”)
v) Jainismo (uso da meditação como forma de conexão direta com Brahman)
Exemplos. Os exemplos acima expostos evidenciam a presença do Yoga expresso por variadas formas, mudando o modo como se mostra e se adapta para determinado contexto social, cultural, religioso, cientifico, filosófico e assim por diante.
Eixo. O eixo comum do Yoga presente em suas diversas formas de manifestação é o de ser o caminho para a dissolução do sofrimento e para a libertação do ser em geral, independente de onde e como o sofrimento se manifesta.
União. Independente de onde e como o sofrimento se manifesta, este [o sofrimento], se manifesta decorrente do conflito ou luta interna compondo a desintegração interna do ser, donde o Yoga é o método universal para a reintegração do ser consigo e do ser com o cosmo ao infinito, dissolvendo a dualidade (samadhi), alcançando a unicidade e sua transcendência holocósmica (kaivalyam).
Universalidade dos estados de consciência. Os estados de consciência são universais e independem de credo, raça, cor, cultura, religião, filosofia e ciência. É da natureza do ser mover-se em direção à unicidade holocósmica em duplo movimento uníssono, microcósmicamente e macrocósmicamente, experienciando a suspensão da mente (samadhi) até a holofusão (kaivalyam). E esta natureza é comum a todos os seres, é o Tao comum a toda humanidade. E este e único caminho chama-se Yoga, manifestando-se em variadas formas e variando conforme o seu grau de pureza.
Raja Yoga. Diante disso fica mais claro compreendermos o porque sempre se falou em um Raja Yoga, ou um Yoga real, verdadeiro, ou como expressou Krishnamurti, o “Rei dos Yogas”.
Yoga Real. O Yoga real é o puro Yoga livre das distorções próprias geradas pelos seres que estão a estudar, praticar e ensinar o Yoga real a partir de suas próprias distorções, gerando a multiplicidade das manifestações do Yoga real no holocosmo.
Um. Porém, existe somente um Yoga, porque o sofrimento, sua dissolução e sua transcendência são comuns a todos os seres.
Definição. O Yoga é o nirodha das vrittis de citta. Patãnjali assim definiu o Yoga. Assim é o recolhimento [daquilo que se espalhou para fora, dissolveu, perdeu-se fora] das manifestações [ou expressões] do centro do ser [alma, espírito, consciência, inteligência]. Somente a partir deste recolhimento é que se torna possível a visão da realidade. E por não vermos a realidade então que vivemos em conflito, interno e externo.
Visão. A correção da visão para a visão correta da realidade é o mesmo que dissolver integralmente todos os conflitos internos, ou a luta interna que impede a liberação total do espírito em direção à holofusão holocósmica.
Psi-ómicron. Daí a relevância do estudo e experimentação da função psi-ómicron de forma a deflagrar os estados de consciência de espectro holocósmico aos acessos de entendimento amplo sobre a natureza da realidade, tanto micro como macroholocósmica (Holocosmologia).
IV - Das Considerações Finais
Holocosmologia. A Holocosmologia é a hipótese da ciência máxima daquilo que a cognição em nível geral pode sustentar para fins de entendimento racional, da forma como podemos compreender o Universo em sua totalidade cósmica indivisa em holomovimento infinito e eterno, por seres ainda presos a forma e aos limites de espaço-tempo.
Yoga. O Yoga é o método ou caminho para o entendimento da Holocosmologia e portanto para a vida em holofusão holocósmica permanente e definitiva.