Parapsicólogo Clínico e Psicoterapeuta
NIAC/FEBRAP/ABRAP
I - Considerações iniciais
O fenômeno psigâmico é aquele que transcende os limites da percepção ordinária, também chamado de fenômeno transpessoal. O nome psigama é mais preciso e confere a ampla casuística parapsicológica acumulada em séculos de investigações. São estes os fenômenos parapsíquicos, de natureza subjetiva, que desafiam os paradigmas normais, por isto mesmo, chamados de fenômenos paranormais. Estes fenômenos desafiam a forma como se conhece em suas relações de espaço-tempo, onde podemos acessar informações ocorridas num espaço-tempo antigo (retrocognição) e evidenciar as chamadas vidas passadas ou existências extrafísicas, como atualmente o NIAC vem investigando em laboratório. Também pode acessar informação no tempo presente, a partir de percepção e processamento cognitivo que ultrapassa o comum, o normal, que é a telepatia e a clarividência (na classificação parapsicológica). De outra ordem, poderá a pessoa acessar informações no espaço-tempo futuro, mesmo estando no presente. Pertencem ainda nesta categoria os fenômenos mais transcendentes da projeção da consciência para fora do corpo, experiências de quase morte e outras. Estarei aqui abordando somente duas destas categorias: a precognição e a telepatia, para o estudo sintético deste caso ocorrido comigo mesmo.
II - Experimento
No dia 27 de abril às 22h41 escrevi no facebook de minha mulher o seguinte dizer:
Fernando Salvino
No dia 28 de abril, afirma ter acordado perto das 07h00 da manhã e imediatamente abre seu facebook para observar as mensagens postadas, quando exatamente as 07h02, ela responde:
- nossa, n precisava ser tão preciso...
- são exatamente 07:02..kkk
III - Considerações sobre o experimento
1. Trata-se de experimento espontâneo da ordem dos fenômenos psi-gama, exaustivamente investigados pela parapsicologia. Os fenômenos psi-gama são aqueles de ordem subjetiva, porém, transcendendo as leis comuns de espaço-tempo, causalidade e migrando para uma concepção de espaço-tempo unificado, o holocampo informacional.
2. A caracterização do fenômeno aponta mais para evidência de precognição, no estado de consciência ordinária, normal, em virtude da relação temporal associada a informação inicial e a confirmação da previsão posteriormente ao informado (07h02). No momento em que escrevi a informação e todo o texto, o horário escolhido foi escrito sem consciência alguma, aparentemente ao "acaso".
3. Exclui-se neste caso a coincidência ou o acaso, obviamente, sem muita exaustividade, pelo fato de que a probabilidade de eu acertar com exatidão o horário horas antes do fato ocorrer descarta qualquer hipótese de acaso ou coincidência. Estatisticamente é impossível ser coincidência. Portanto, a evidência é de fenômeno psigâmico.
4. Ao comentarmos sobre o ocorrido, para ambos ocorre a sensação de surpresa e mesmo de espanto diante da exatidão da informação prevista e posteriormente confirmada.
5. Embora seja fenômeno bastante catalogado pela parapsicologia, incluindo experimentos de laboratório, ainda é fato que esta mesma ciência, o qual sou também representante, desconhece ainda o como e o porque determinadas informações pode ser acessadas antes das mesmas ocorrerem no campo conhecido como "realidade".
6. Pode-se argüir neste caso também, diferentemente da precognição, evidência de telepatia. E vou esclarecer o porque. As 22h41 da noite anterior, minha mulher estava dormindo. No estado de sonho é comum ocorrer fenômenos psi, tal como o que aqui ocorreu. No momento então que escrevi 07h02 eu estava completamente integrado à ela energeticamente, numa interação de campo, embora a distância naquele momento nos separasse, os fenômenos psi independem de distância e de tempo. Ela poderia também estar fora do corpo, ao meu lado, ouvindo a informação e ao acordar responde a mesma. Ela poderia ter captado a informação por telepatia, mesmo dormindo, e, isto ter ficado gravado em seu subconsciente como programação mental e, ao acordar, ela responde ao horário enviado pela telepatia, estando no computador exatamente no horário "combinado". É de sua natureza a pontualidade perante compromissos comigo. Assim também podemos cogitar de evidência de telepatia, ao invés de precognição.
7. De forma conclusiva, temos aqui a impossibilidade de afirmarmos com certeza se é caso de precognição ou de telepatia. Mas, diante do principio da economia de energia psi em decorrência do trabalho que a comunicação telepática poderia se dar, parece ser caso sugestivo de precognição. Mas sejamos sinceros, parece, mas pode não ser. Neste caso, a fronteira entre telepatia e precognição é tênue.
8. De qualquer forma, temos neste caso mais uma forte evidência de fenômeno parapsicológico psigama, independente ser telepatia ou precognição e exclusão total de hipótese de coincidência ou "acaso".