9.1.12

Ensaio sobre a Taxonomia das Experiências Extraterrestriológicas: Subsidios para a Orientação e Aconselhamento Psicoterapêutico-Parapsicológico-Clínico ao Paciente


Esboço de uma Estação Projeciotrônica Avançada no
interior de uma suposta nave espacial ou laboratório
extraterrestre (fonte: W. Borges).
O esboço mostra que
estamos lidando civilizações que dominam altas
tecnologias da consciência.

Por Dr. Fernando Salvino (MSc.)
Parapsicólogo Clínico, Psicoterapeuta, Conscienciólogo, Projeciólogo
Consultório de Parapsicologia Clínica e Psicoterapia Integral e Hospital Universitário - UFSC - Projeto Amanhecer

Parapsicólogo Clínico (IPCM) e Parapsicólogo titulado pela ABRAP/FEBRAP
Psicoterapeuta (CRT 43.290)
Membro ABRAP - Associação Brasileira de Parapsicologia e IPRJ - Dr. Geraldo Sarti.
Pós-graduando em Parapsicologia pelo IPPP - Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas
Projeciólogo e Conscienciólogo (IIPC)
Projetor consciente, Parapsiquista e Pesquisador Independente desde a infância, com mais de 150 artigos publicados.
Mestre em Educação (UFSC) - Esp. Educação (UDESC) - Bel. Direito (UNIVALI)


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Dedico este ensaio, principalmente, a todas as pessoas que necessitam urgentemente de assistência, amparo, acolhimento e orientação adequada para lidar de forma lúcida e aberta com o fenômeno extraterrestriológico que vivenciaram e vivenciam, dos mais transcendentes existentes e aos meus amigos Parapsicólogos Clínicos / Psicoterapeutas, que atuam na complexa tarefa social de prestar assistência aos pacientes sensitivos (parapsíquicos) de todas as ordens.

Dedico carinhosamente este ensaio às consciências extrafísicas e intrafísicas de procedência longínqua, extraterrestres de fato, que tem junto de nós a função de expansão do universalismo e da consciência cósmica, assim como abrir-nos as mentes para a exobiologia onipresente no universo, seja através da demonstração da cosmoética ampla ou mesmo da antiética, facilitando nossa saída da vila terrena em direção a uma cosmocracia viva.

Aos meus amigos e parapsicólogos de todas as horas Guilherme Kilian e Dr. Geraldo Sarti, pelos muitos e muitos diálogos extraterrestriológicos abertos e isentos e sobre os muitos a respeito dos fundamentos da sanidade mental, da ciência e das questões transcendentais. E é pela "democratização da transcendência" (Sarti) que venho expor este escrito.
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1. Das Considerações iniciais


O assunto é muito mais que polêmico e como disse minha querida mãe, após dialogarmos acerca das experiências extraterrestres e de sua única suposta experiência diante de OVNI (objeto voador não-identificado), “as pessoas acham que isso é loucura”.

Diante disso, irei percorrer inicialmente, o conceito de loucura e situá-la dentro da concepção do conceito de normalidade ou daquilo que nos faz ser pessoas “normais”. É importante salientar que, ainda teremos de situar a condição de existência, entre os “normais”, daqueles secularmente apelidados de “paranormais”. Assim, loucura, sanidade, normalidade e paranormalidade, são realidades que caminham de mãos dadas, o tempo todo.

Apesar de ser Psicoterapeuta e por isso prestar auxílio a pessoas que nada tem a ver com parapsiquistas, médiuns ou por ter passado por experiências transcendentes, existe um grupo, seleto de pacientes que me procuram, devido a minha especialidade, treinamento e experiência, para lidarem com suas experiências parapsíquicas, quando não raro, com experiências extraterrestres. O assunto é sério, para não dizer, seríssimo, e foi classificado pelo eminente psiquiatra Dr. Sanislav Grof, como "emergência espiritual", dentro da gama de experiências que acarretam potentes e definitivas modificações na personalidade inteira do indivíduo.

2. Sobre a "loucura": uma fabricação social?

Como já escrevi noutros ensaios, o medo da perda total da sanidade mental e da desestruturação integral daquilo que Freud chamou de “eu” (Ego), parece-me ser um dos principais centros por onde gravitam as desordens psíquicas. De qualquer forma, neste momento, estamos lidando com o medo da insanidade mental ou a loucura.

O loucura é o estado da mente, ou o estado psíquico, onde a consciência ou a pessoa, perde as noções de realidade, tal como compartilhadas por determinado contexto sócio-cultural (paradigma dominante). Assim, se um paciente disserta a seu psiquiatra sobre suas supostas experiências transcendentes diante da realidade extraterrestre, poderá este profissional, considerar que o paciente sofre de algum distúrbio psíquico associado aos processos psicóticos, especialmente, a esquizofrenia (do latim: mente dividida, fragmentada, dissociada). O exemplo mostra a evidência de que, a loucura e a sua correspondente patológica, a psicose ou esquizofrenia, podem ser, em determinados casos, aplicações limitadas de modelos de normalidade pré-estabelecidos e que podem estar equivocados. O sujeito paciente, neste caso, por não poder socialmente compartilhar no seio de seu convívio familiar e social seus experimentos transcendentes relativos ao campo extraterrestriológico, poderá sofrer grave impacto psíquico, por ter de, coercitivamente, recalcar tamanha pressão psíquica gerada pelas vivências extraterrestriológicas.

A sociedade, após os esforços coerentes de Allan Kardec e diante das demais linhas do saber humano que operam com as noções de multidimensionalidade cósmica e pluralidade dos universos habitados, pode hoje, aceitar melhor as experiências compartilhadas socialmente no que diz respeito aos assuntos, que posso chamar aqui, de “espíritas”, relativos às comunicações com as consciências extrafísicas de parentes ou conhecidos ou até mesmo os casos mais agudos e obtusos de assédio extrafísico (obsessão). É mais fácil aceitar socialmente a realidade multidimensional da possessão espiritual ou extrafísica, do que os fenômenos avançados relativos à extraterrestriologia. O assunto é tão impactante que o simples “falar” gera conseqüências imediatas em grande parte das pessoas que, diante do descontrole e desconhecimento total do campo, defendem-se para fins de preservação do eu e seus conceitos e crenças da realidade.

E é aqui que entra a concepção de que a fenomenologia extraterrestriológica pertence à orbe da insanidade mental ou da loucura: psicose (esquizofrenia). Desta forma, a pessoa acometida por dissociação de personalidade associada a vivências de fenômenos ultra-transcendentes, como o são os extraterrestriológicos, somente se dissocia pelo simples fato de não ter o acolhimento social de sua experiência subjetiva e impactante. O mesmo aconteceria com os sonhos, se eu e você, não pudéssemos falar livremente que sonhamos sem o risco de sermos interpretados como “loucos” ou “psicóticos”.

Antigamente, as “vozes ouvidas” e que vinham do “invisível”, eram tidas como manifestações de insanidade mental. Atualmente, até mesmo a psiquiatria está de ouvidos abertos para outras possibilidades de diagnóstico, inclusive pelo crescente envolvimento de psiquiatras nos movimentos: roza-cruz (cristianismo místico, multidimensional), união do vegetal, espiritismo, budismo, parapsicologia, projeciologia e assim por diante. Atualmente, sabemos que as vozes ouvidas podem estar associadas a fenômenos de ordem extrassensorial, tal como a clariaudiência associada sim, a consciências extrafísicas interagentes com o campo da pessoa afetada.

Mas, em se tratando do campo da extraterrestriologia, ou a investigação avançada, cosmoética e multidimensional dos fenômenos extraterrestres, temos uma certa “negralgia consciencial do trigêmio”. O assunto, como disse, gera as mais impactantes resistências. Uma coisa é lermos revistas superficiais sobre Ufologia e seus relatos sobre abduções e avistamento de ÓVNIS. Outra coisa é a própria pessoa atravessar tal vivência e ter de lidar com o impacto psíquico profundo que tais vivências acarretam. E é justamente o impacto que pode levar a pessoa a perder o “fio da realidade”, por alguns motivos, tais como:

1.    Após a experiência extraterrestriológica, a pessoa entra em crise existencial imediata e, por isso mesmo, tende a compartilhar da vivência com pessoas próximas.
2.    Em tese, as pessoas próximas irão resistir, se defender e mesmo rejeitar, ou em muitos casos, fazer crer que a pessoa está ficando “louca”.
3.    A pessoa que experimenta o fenômeno sabe ter sido real e, evita o contato com os entes queridos, pois os mesmos atuam como poderosos agentes agressores e repressores.
4.    Nesta condição, a pessoa pode buscar ajuda em locais menos repressores, mas pouca ajuda terá, até mesmo nos próprios locais que se dizem abertos a tal campo, como a Ufologia e mesmo a Projeciologia.
5.    Após, a pessoa pode entrar em estados psíquicos de sofrimento por ter de lidar com o assunto de forma autodidata, se conseguir, ou pode aos poucos perder o contato com a realidade e ter instalado um distúrbio psicótico, com fortes dúvidas pessoais e insanáveis a respeito da própria sanidade mental.
6.    Ou, a pessoa pode por vias próprias, conseguir lidar com o fenômeno no íntimo de seu anonimato, sozinha em conjunto com os autores que escreveram abertamente sobre o assunto. E assim, ter por conta própria restabelecida sua saúde mental a partir do movimento contínuo de autopesquisa.

O leitor ou leitora pode perceber que o assunto é mais que sério e transcende tudo o que estamos habitados a pensar e mesmo acreditar. O campo da extraterrestriologia é dos mais avançados que temos ciência, mais ainda que a cosmologia acadêmica.

O paradigma que irei percorrer neste artigo considera o cosmos ou o universo como um ecossistema multidimensional infinito em todas as direções e profundidades, plurihabitado por consciências independente do espaço-tempo associado, sejam consciências intra-físicas ou extra-físicas, ou ainda, consciências projetadas para fora de seu corpo. Diante disso, as experiências extraterrestriológicas são além de possíveis ao ser humano, inevitáveis, diante da realidade “real” do cosmos. Qualquer paradigma, concepção ou crença que se oponha a tal condição será considerada aqui, como manifestação de dissociação de realidade, espécie de psicose da normalidade.

A psicose da normalidade é a crença, o paradigma, compartilhado e que não tem correspondência com a realidade, tornando-se psicose de grupo ou pseudo-normalidade. A sanidade mental advinda daí, se refere a permissão de compartilhar de tais e tais experiências sem coerção psíquica. A pessoa que acredita fielmente não existir nada além do cérebro, ou mesmo que seu eu é produto da atividade fisiológica, está a cultivar a “psicose da normalidade”. Acontece que tal crença individual é compartilhada no seio social, então, torna-se uma “verdade” socialmente compartilhada. Assim, situo a “verdade” como um saber socialmente aceito e não questionado. E trago a questão de “realidade” como um campo que existe independente de nossas crendices e paradigmas.

E é no campo da “realidade” que está situada a experimentologia multidimensional extraterrestre.

3. Sobre as diferenças entre “normal” e “real”

As diferenças entre o que é normal e real são bastante claras. Normal é o que é a norma. A norma é o que é a regra. E regra é todo sistema de “leis” que procuram explicar um determinado conjunto de fenômenos e que é aplicada pelas pessoas que estão “jogando” o mesmo “jogo social”.

O “real” é diferente. O real é a fonte da regra. A regra se modifica, o real parece que não. A percepção do real se modifica, mas o real parece que não. Assim, nem tudo que é “normal” é “real”. Assim muitos diagnósticos psicopatológicos associados a fenômenos para-normais não estão ligados ao “real”. E muitos diagnósticos que apontam para fenômenos paranormais, também não estão ligados ao “real”. Em síntese, real e normal, são campos diferentes.

Por exemplo: “A pessoa relata ter sido capturada por nave espacial e, dentro desta nave, fora submetida a uma série de intervenções realizadas por entidades extraterrestres muito diferentes do ser humano.”

O “normal” é acharmos que a pessoa está “saindo da casinha”, como diz o dito popular, “ficando louca” ou tecnicamente, está tendo manifestações psicóticas de dissociação da realidade. Mas, como o “normal” pode não estar em correspondência com o “real”, a pessoa pode estar falando a “verdade” sem que tudo o que ela fale tenha qualquer correspondência com o “normal”. O “normal” aqui é tudo o que é considerado existente para um dado contexto sócio-temporal. Sabemos que o “normal” de ontem, era o “a-normal” ou o “para-normal” de hoje. Antigamente, era considerado “para-normal” ou “loucura” os fenômenos da histeria. Após, o mesmo fenômeno, foi considerado uma manifestação de sofrimento psíquico de processos inconscientes associados à distúrbios da sexualidade (Freud). O que hoje é “a-normal”, “loucura”, “insanidade” ou “psicose” pode não o ser amanhã. E o que muda então? Muda a percepção da mesma realidade.

4. Sobre a Lógica Inclusa do Infinito - L(∞), Transciência e Extraterrestriologia

Conforme já escrevi noutro artigo, sem L(∞) fica complicado incluirmos a gama de experimentos da extraterrestriologia ao campo da ciência possível, além de termos de considerar que muitos dos campos da extraterrestriologia pertencem aos domínios da Transciência, sem possibilidade alguma de entendimento através de nossos recursos cognitivos e mesmo metacognitivos (cosmoconsciência). Existe um território que não poderá ser compreendido, por enquanto, pela ciência, mesmo a avançada conscienciologia e seu braço, a extraterrestrilogia.


5. A experiência como agente de modificação da percepção da realidade

E nada mais eficiente que a experiência como agente de modificação da percepção da realidade. E é diante disso que uma pessoa que passa por experiências extraterrestriológicas tem sua percepção instantaneamente modificada organicamente e sistemicamente, pela vivência ultra-transcendente.

E se “realidade” é em grande instância, o que “percebemos” e “significamos” baseado em nossas “experiências”, temos que o que é considerado “a-normal” ou “para-normal” ou ainda “psicopatológico” por determinado contexto social, só deixará de ser assim considerado a partir das potentes modificações de percepção advindas das experiências extraterrestriológicas e mesmos "incomuns" ou "para-psíquicas".

6. Sobre a taxonomia das experiências extraterrestriológicas: primeiras tentativas

Podemos classificar as experiências extraterrestriológicas a partir das seguintes categorias, que se mesclam e estão interconectadas:

1. Experiências entre consciências intrafísicas: neste caso a consciência, ou a pessoa humana, tem contato direto com outra consciência, no caso, extra-humana, pertencente a uma outra organização fisiológica. O contato neste caso é de 3º e 4º grau (abdução e rapto para interior de nave física).


2. Experiências entre consciência intrafísica e consciência extrafísica: experiências relacionadas a contatos telepáticos, mediunismo, clarividência de consciex extraterrestre e assim por diante.

3. Experiências entre consciências extrafísicas: duas consciexes, uma de natureza mais humana (psicossoma de forma humanóide) e outra de natureza extra-humana, com outra constituição psicossomática (psicossoma extraterrestre sem forma humana).

4. Experiências entre consciências intrafísicas e objeto extraterrestre supostamente intrafisico (voador ou não): avistamento de OVNI, "rapto", e assim por diante.

5. Experiências entre consciências intrafísicas e objeto extraterrestre supostamente extrafísico (voador ou não): clarividência de para-tecnologia extraterrestre e assim por diante.

6. Experiências de exoprojeção (sempre extraterrestres): onde a consciência, seja ela extraterrestre ou humana, sair do corpo, em psicossoma, para fora de seu planeta de origem em direção ao hiper-espaço cósmico. Pode ocorre aqui as expansões de consciência cósmica ao hiperespaço multidimensional pela complexa e pouco compreendida clarividência viajora.

7. Experiências de cosmoconsciência: onde a consciência, seja ela extraterrestre ou humana, sair do corpo, em mentalsoma, para fora de seu planeta de origem em direção ao hiper-espaço cósmico.

7. Considerações finais

O ensaio procurou situar a experiência extraterrestriológica no campo da realidade, mesmo que esta não seja considerada normal ou pertencente à sanidade mental humana, ou ainda pertencente ao campo da psicose/esquizofrenia. Assim, estabeleci um debate ontológico acerca do normal, real e para-normal, relativisando os conceitos e expandindo as possibilidades experimentais ad infinitum.

No sentido de prestar a assistência à pessoas que passam por experiências extraterrestriológicas e ficam perturbadas diante da alteração súbita da estrutura geral da personalidade, terá a Extraterrestriologia sua função.

No sentido de investigar de forma ampla e multidimensional, a partir do paradigma elástico e aberto da conscienciologia e projeciologia, terá a Extraterrestriologia um campo de fato, ad infinitum, a investigar, estando o tempo todo, lado a lado, com a impossibilidade de investigar, a Transciência.

No sentido de ajudar os ajudadores daqueles que passam por experiências extraterrestriológicas, tem a taxonomia o objetivo de servir como mapa dinâmico e temporário da zona experiencial extraterrestriológica, e facilitar a assistência, a orientação e o aconselhamento ao paciente perturbado com as experiências. Em determinados casos, facilitar a psicoterapia prestada por profissional qualificado: médico, psicólogo, parapsicólogo ou psicoterapeuta.

No sentido de contribuição para uma Transciência, tem a Extraterrestriologia sua função básica de motivar a todos a sairmos de nossos corpos em direção ao hiperespaço cósmico, extraterrestre, de forma lúcida, em psicossoma ou pelo mentalsoma, até a cosmoconsciência ou a experiência do autoconhecimento puro.

O tema é potentemente profundo e deixo este ensaio sem considerações finais definitivas, pois estas não existem, por enquanto. O espaço está aberto.

(o artigo não foi revisado, portanto, pode ter erros de gramática ou concordância, ou ainda, pode ter alguma incongruência de informação a ser progressivamente corrigida. Aguardo sua colaboração para o aperfeiçoamento deste texto-esboço).