30.7.11

"Inversão PK" e "Conversão PK": Estudos Introdutórios à Formação do Sintoma em Personalidades Hiperssensíveis

Por Dr. Fernando Salvino (MSc.)
Parapsicólogo Clínico, Psicoterapeuta, Conscienciólogo
NIAC - ABRAP


I – Das Considerações Preliminares

A parapsicologia clínica envolve uma noção básica o qual repousa no fundamento do ser enquanto uma realidade multidimensional, cuja personalidade ou a máscara do eu real, apresenta-se como uma constelação parapsíquica, incluindo aqui a dimensão transpessoal (além do eu). Em que sentido coloco isto?

A de que o aparelho psíquico, no dizer de Freud, especialmente o inconsciente, é formado por faixas cuja tolopogia não se encontra restrita no psíquico do sujeito, e, sim, ultrapassa a fronteira do eu em direção à psique doutros sujeitos, podendo estes serem sujeitos humanos ou extra-humanos (personalidades theta; espíritos; consciexes).

No nível consciente - ou melhor, lúcido - o sujeito pode experimentar: sensações, percepções e idéias que não são as de si mesmo (embora possa crer que sim), ou seja, provenientes de seu interior, de sua subjetividade, mas, antes disso, provém da subjetividade de outro sujeito, humano ou theta, e ainda, de informações impregnadas em ambientes. O sujeito assim exterioriza a sensibilidade de outrem como se assim fosse de si mesmo.

Esta manifestação significa que a pessoa sente e expressa como sendo dela ou apresenta confusão quanto às percepções de tal fato, um conteúdo psíquico de uma outra personalidade ou ambiente. Como o ponto de vista aqui é multidimensional, tanto a personalidade quanto o ambiente são considerados em suas ramificações extrafísicas. Diante disso, a expressão pode se dar a partir da influência de uma personalidade intrafísica (humana) ou extrafísica (para-humana), podendo ser influência positiva ou negativa. Quando negativa chamamos como bem denominou Eliezer Mendes de “Síndrome da Personalidade Intrusa”. Quando a influência se dá num nível vibracional, chamamos de “Síndrome da Contaminação Vibratória”.

De qualquer forma os fenômenos que ocorrem são aqueles que ramificam de um mesmo tronco fenomenológico, como denomino: “inversão PK”. A inversão PK é o oposto do fenômeno catalogado por Sigmund Freud aplicado no estudo e tratamento da histeria: conversão histérica. A inversão PK pode ser definida como a conversão indireta de sintomas e processos inconscientes de outras pessoas e ambientes.

Na conversão histérica ocorre a conversão de uma idéia pessoal num sintoma, geralmente físico. Expandindo este conceito para além da histeria, chamo de “conversão PK”, o fenômeno no qual ocorre a conversão de qualquer idéia (incluindo aqui a correspondente afetiva, emocional e energética – pensene) numa correspondente, geralmente, física, orgânica. Nesta categoria, incluímos a conversão psicopatológica (histérica ou de outra ordem) e a conversão saudável (conversão de idéias em uma cura de algum órgão ou uma idéia que gera motivação e êxtase físico, por exemplo). Na conversão saudável ocorre, por exemplo, a extinção de sintomas pela alteração do sistema de idéias da pessoa. Assim podemos também chamar de conversão neurótica a todos os sintomas, geralmente, físicos que acometem os neuróticos diante de idéias e desejos recalcados pela moral, etc. Qualquer conversão é essencialmente parapsíquica na medida em que é uma ação psicocinética, lúcida ou inconsciente, da mente sobre a matéria, no caso, física (o corpo). Podemos compreender a ansiedade, enquanto um complexo sintomático, como uma conversão neurótica. Tais fenômenos são chamados de psi ou parapsíquicos, parapsicológicos.

II – Alguns Casos Experimentados e Outras Considerações

Quero aqui entrar noutro espectro deste fenômeno: o que chamados de “sintoma” ou aquilo que nós nos queixamos, que nos faz sofrer, pode ser não a conversão direta, mas a indireta ou invertida (inversão PK) de processos inconscientes de outras pessoas, como falei na introdução deste. O fato é tão complexo que pode ocorrer à conversão de idéias (pensenes) de outros em sintomas orgânicos, cuja sintomática pode terminar em poucos dias sem que a pessoa saiba exatamente o que é e de onde veio. Esta experiência eu comprovo pela experiência pessoal no contexto clínico, quando tais como:

1. Sinto uma pressão angustiante no peito acompanhado de sintoma doloroso (pontada); baixa temporária de lucidez e emoção percebida como sendo de fora de meu microuniverso psíquico num sentido depressivo. Posteriormente, em consulta o paciente relata a dor no peito e todo o sintoma sentido no exato momento em que os sentia em minha residência, momento anterior à consulta (no dia seguinte).

2. Sinto uma forte corrente de ansiedade percebida como vinda de fora de meu microuniverso psíquico, ansiedade esta tamanha que chega a me provocar oscilação de lucidez acompanhada de alteração emocional e leves palpitações físicas generalizadas. Em consulta paciente relata a forte ansiedade e medo que vivenciara durante a semana e afirma que pensara em minha pessoa durante estas crises.

3. Durante a semana inicia uma dor no meu braço direito, na articulação, sem causa aparente. Em consulta, paciente afirma estar sentido muita dor no braço e ombros. O relato coincide exatamente com a dor que sentia durante a semana, momentos prévios da consulta.

4. Outro exemplo, que não aprofundarei aqui, são os vivenciados em meu relacionamento conjugal, quando as experiências de inversão e conversão PK tornam-se praticamente uma rotina. Isto ocorre devido ao fato de sermos, eu e minha esposa, personalidades altamente sensíveis e próximas emocional, física e existencialmente.

5. Momentos antes da consulta com uma paciente, a mesma liga-me dizendo ter batido o carro. No telefone, a angústia e o medo da paciente é sentido organicamente por mim. Ao chegar em casa relato a minha esposa o ocorrido e a angústia que senti diante do infortúnio da paciente. Minha esposa relata ter sentido forte angústia e ao averiguarmos o horário, a forte emoção foi sentida por minha esposa no exato momento em que me senti fortemente angustiado com o fato ocorrido com minha paciente. Neste caso, houve a inversão PK, onde minha esposa sente como se fosse dela sintomas de angústia que nada tinham relação com seus processos psíquicos. A emoção veio “do nada”.

6. Paciente altamente sensitiva procura-me com uma série de sintomas. Ao longo da psicoterapia, muitos dos sintomas eram reflexos das personalidades intrusas (consciexes, espíritos) que a acompanhava e que influenciava-a negativamente, causando distúrbios no nível das idéias, emoções e energias. Em alguns casos, houve semi-incorporação e o afastamento da PI (personalidade intrusa).

7. Momentos prévios de uma consulta, sinto uma onda de agressividade e ódio tentar tomar conta de mim e se expressar através de mim. Ao perceber a onda penso comigo mesmo não se tratar de uma emoção minha, pois no momento sentia-me sereno e muito bem. A reflexão fez com que a onda perturbatória e intrusa fosse cortada. Aqui ocorre uma semi-inversão PK, onde houve pequena contaminação vibratória, no caso, positiva, de forma que atuou como paradiagnóstico na minha autodefesa parapsíquica.

8. A experiência clímax que desencadeou a ação de iniciar este ensaio se deu num continuum de experiências, num período de 2 a 3 dias. Os sintomas começaram a aparecer “do nada” (sem identificação da fonte emissora das ondas psi). A sensação começou a ser de uma potente ansiedade cuja origem não estava relacionada à minha vida pessoal. Estava a entrar em contato com tal sintomática e sentia-a organicamente, acompanhada de uma forte angústia que me fazia sentir um vazio dentro de minha alma. Durante cerca de 2 a 3 dias sentia-me num estado de semi-transe consciente, numa dupla personalidade, embora toda sintomática transparecia ocorrendo num campo subconsciente, numa faixa especifica não identificada. O ápice dos sintomas se deu no terceiro dia. Durante o 2 e 3º dia de sintomas vívidos estava a sentir algumas dores nas costas. Paralelo a isto, realizava movimentos técnicos de respiração para que pudesse gerenciar o transe e iniciar o rastreamento da fonte emissora das ondas psi. No 3º dia, de forma a trabalhar o assunto, resolvi revisar um artigo sobre “síndromes psicopatológicas na ótica da Parapsicologia Clínica”. Fortemente, criei um campo mental de pesquisa que acabou neutralizando as ações potentes das ondas psi que vinham de fora de mim. Nestas alturas, estava a discernir que pessoa e certamente, paciente, estava acoplando-se em meu campo, solicitando a ajuda. Não percebia ação de intrusão theta (assédio ou obsessão extrafísica). A intrusão estava se dando por uma pessoa, embora à distância. Sabemos pela teoria dos psicons que o pensamento não obedece às leis de espaço e tempo e, portanto, uma ação mental a distância gera efeitos mais rápidos que a velocidade da luz. Em outras palavras, uma ação mental continuada gerada por uma pessoa que possui vinculo conosco acaba induzindo um acoplamento instantâneo pela livre ação do pensamento, ou melhor, condição global do estado íntimo catalisado pela intenção de pedir ajuda do outro. Com a anulação do acoplamento através da criação de campo mental dissonante ao campo intruso da fonte emissora das ondas psi, eis que recebo um telefonema no exato momento do desacoplamento que comprova a origem da sintomatologia reproduzida por mim, de forma subconsciente. 

9. Há cerca de dois meses atrás, estava a atender um paciente no Hospital que sofria de potente ansiedade que acabava por associar-se a disfunções de ordem sexual e outras questões. A sintomática que sentira durante exatamente 3 dias e que tivera seu ápice no terceiro dia, era exatamente a sintomatologia deste paciente. Estava eu em um transe semi-consciente num processo de transidentificação que atuou como paradiagnóstico à distância e que culminou com o agendamento de consulta. De forma instantânea, o desacoplamento de campo gerou o movimento inconsciente por parte do paciente em ligar para meu telefone, visando a agendar a consulta que necessitara. O processo mais eficiente é que o paradiagnóstico serve para uma real e vívida anamnese extrasensorial que se dá em bloco, diretamente da fonte, sem precisar que o paciente fale durante horas acerca do que sente para que possa compreendê-lo. A para-anamnese é potente recurso de compreensão e empatia e que gera efeitos imediatos no relacionamento psicoterapêutico e no direcionamento clínico.

10. Até aqui citei exemplos onde estava eu no estado intrafísico (encarnado) quando ocorreu os fenômenos. Mas para aprofundar a exposição, cito o fato projetivo, onde estava fora do corpo lúcido num contexto de uma assistência projetiva e, em dado momento, não consegui mais resistir a influência das energias do ambiente quando as mesmas adentraram em minha psicosfera que imediatamente começou a entrar em ressonância e vivenciei uma espécie de transe projetivo, nitidamente um caso de “surto” para-histérico de fundo parapsíquico. Fiz profundo esforço para sair do transe e da ressonância, quando despertei-me provavelmente com sintomas de uma pré-epilepsia, com leve enrolamento da língua. O fato comprova também a relação direta entre epilepsia e transe parapsíquico.

E os exemplos não param. Citei alguns para tornar o texto mais prático e vivo. A minha experiência neste sentido é grande. No começo sentia os sintomas e atribuía-os a mim mesmo, porém, não compreendia o que se passava comigo. Com o passar dos anos e da experiência fui desenvolvendo minha sensibilidade a ponto de perceber o exato momento em que um paciente pensa na intimidade de seu microuniverso consciencial, por exemplo, em não comparecer na consulta, quando em seguida, o mesmo me envia uma mensagem no celular ou me liga diretamente para avisar. Sinto também o exato momento em que ocorre algum tipo de séria oscilação emocional em minha esposa, fato este mais difícil de domar.

Atualmente as oscilações são gerenciadas de forma saudável e as utilizo como paradiagnóstico ou ainda telediagnóstico, quando sinto por dentro toda a sintomática do paciente e, assim, tenho condições de criar um profundo rapport com o mesmo, compreendendo-o além daquilo que o mesmo verbaliza e, muitas vezes, posso sentir e captar processos inconscientes do mesmo quando ele mesmo ainda não se acha consciente disso. Desta forma captando os conteúdos diretamente, consigo muitas vezes ajudar o paciente a alcançar por si tais conteúdos, ao invés de eu mesmo realizar a “inversão PK”. 

A “inversão PK” completa (e não a usada como paradiagnóstico) só é aconselhada quando o paciente não possui capacidade relativa própria para libertar-se de um sintoma, cuja origem é em seu microuniverso consciencial. O que ocorre aqui é que faço a leitura psíquica e, em alguns casos, uma semi-inversão PK, de forma a sentir com mais acuidade e discernimento aquilo que se passa com o paciente e que transcende seu discurso verbal, muitas vezes contraditório, vago e prolixo. Tal procedimento clínico não substitui a análise verbal, mas apresenta-se interconectada e é interdependente. Os processos de descontaminação vibratória ou desassimilação simpática são extremamente aconselháveis neste sentido.

A movimentação dos sintomas e suas substituições nem sempre possuem relação direta com a dinâmica inconsciente do sujeito, mas indireta (por exemplo, o simples laço afetivo entre ambos) e, diretamente se relaciona com a dinâmica inconsciente de outro sujeito que, ao reprimir intenções, idéias e desejos associados a certos conteúdos psíquicos é acometido por um outro sujeito, sensitivo e geralmente assistencial, que os exprime, os vivencia e “aspira” os sintomas e muito do conteúdo inconsciente do sujeito.

A tal fenômeno Eliezer Mendes denominou de “transidentificação”. Os sujeitos transidentificantes são chamamos de sensitivos, médiuns ou hipersensíveis. Os fatores motivacionais de tal fenomenologia são importantes de serem investigados, principalmente a necessidade inconsciente de aceitar a demanda do outro sem questionamento prévio. Uma reprogramação mental é essencial para blindar a entrada da energia psíquica no microuniverso consciencial. A energia psíquica aqui é encarada como uma energia tão física quanto a energia elétrica, obedecendo a similar lei de ressonância. O fenômeno aqui adentra tanto nos processos newtonianos de ação e reação, na dinâmica mecânica de “absorção da energia psíquica ou consciencial de outrem” como na dinâmica mais quântica, pelas leis de ressonância e na lógica de alteração do spin pela decisão da consciência.

Alguns sujeitos hipersensíveis possuem alta capacidade psicocinética de conversão. Eis a premissa que parto aqui. Aqui posso chamar de “psicocinesia de conversão” ou simplesmente “conversão PK”, para designar o processo pelo qual o sujeito hipersensível converte em si processos inconscientes pessoais em sintomas e, de “inversão PK”, o processo inverso, onde o sujeito hipersensível converte processos inconscientes de terceiros (pessoas e/ou ambientes) em sintomas vividos em si mesmo. Desta forma, na inversão psicopatológica, é possível que muitos casos de histeria sejam invertidos: inversão histérica.
           
III - Breves Considerações Psicobiofísicas

Vários casos clínicos elucidam o fato de que, a pessoa ali sentada não se encontra isoladamente no cosmo. A pessoa se apresenta através de múltiplas “personas”. Tecnicamente, chamamos tais “personas” de personalidades subconscientes e personalidades intrusas. Tal como um aparelho transmissor de ondas de rádio (numa analogia grosseira) a pessoa enquanto consciência capta sintonias, freqüências e estações psíquicas relacionadas a multivariadas fontes de informação (internas e externas). Quando esta pessoa reproduz estas ondas também através do corpo, materializando de alguma forma a informação: chamamos de conversão PK e inversão PK. 

As ondas psi apresentam-se como ondas de natureza psicobiofísica, que, de acordo com Andrade, apresentam sua constituição psiatômica própria. Os psiátomos apresentam-se como realidades energéticas tríades: intelecton, percepton e bíon. Assemelha-se ao posicionamento de Vieira, onde vai chamar de “pensene” (pensamento – sentimento – energia). Os psiátomos seriam as unidades básicas da matéria psi. Por outro lado, quando acoplados junto ao sexossoma (corpo físico, biológico), apresentam a componente biológica, como ondas psicobiomagnéticas. A percepção corpórea da informação evidencia a psicocinesia (PK) envolvida, pelo transporte de matéria biológica até mesmo, em alguns casos, na somatização de dores e outras sensações. A matéria psi existe enquanto movimento. E como movimento expressam-se como ondas.

Tais como os núcleos captadores de ondas de rádio, a consciência enquanto o núcleo captador de ondas psi, apresenta seu visor ou melhor dizendo, seu sistema de identificação e descrição do tipo e qualidade de onda psi captada, inclusive quanto a fonte da emissão da informação psi. É importante dizer que as ondas psi são carregadas de informações psi. As ondas psi na sua essência são condensados de informações carregadas de intenção: a intenção do sujeito ou sujeitos fontes emissoras da informação ou onda psi. São carregadas também de idéia, desejo e energia.
Como o sujeito vai decodificar o sinal de entrada no sistema captador? Estamos aqui a tratar de uma dupla fonte de captação de ondas psi interconectadas e interdependentes, as estações de ondas psi internas e as externas. Como saber que se trata de ondas psi internas? Como saber se tratar de ondas psi externas? Quais critérios usar? Qual a natureza e a estrutura do sistema humano de captação? Para início desta questão, precisamos partir do princípio que a captação inicialmente é inconsciente para, se for o caso, passar ao nível de semi-consciência e, no fim das contas, no nível consciente, lúcido. Para cada nível podemos analisar e criar categorias de entendimento, como por exemplo, no nível consciente, temos vários sub-níveis de consciência, indo do nível mais precário até o nível de hiperconsciência plena de todo processo telepático.
Obviamente tais questões nada apresentam de simples. Diante da complexidade da matéria abordada e minha não condição de psicobiofísico, ou seja, profissionais familiarizados com o sistema de pensamento físico, reduzo-me a abrir-me à multidimensionalidade e ao amparo extrafísico para que as idéias coerentes deste campo fluam para este espaço em branco, permissivo a minha escrita. Em relação a isto, inicio este raciocínio partindo da base de que a chave para entendimento da telepatia é compreensão da natureza da comunicação interdimensional parafísica, das intenções humanas e da questão energética, quase material, envolvida. O núcleo significativo que carrega a onda psi é a intenção do sujeito emanador da onda psi correspondente. A intenção revela o real do sujeito. A intenção revela o sujeito mais próximo da essência de seu ato. Por ato psi quero dizer que são as ondas psi emanadas pelo sujeito consciência intencional, diretamente por seu núcleo. Esta intenção é o que carrega as ondas psi ou ondas pensênicas dentro de duas grandes ordens de polaridade intencional: positiva e negativa.

No estudo dos pensenes ou ondas psi, temos que sair da aparência e penetrar na estrutura “anatômica” destas ondas. E aqui adentramos na realidade do corpo mental, das idéias que são a matéria que o forma e do corpo de intenções como a parte inteligível que carrega os pensenes e os direciona para uma finalidade.

O que mobilizam os fenômenos da inversão e conversão PK quando psicopatológica?

Por hipótese: as intenções do sujeito em um outro dar conta de uma demanda pessoal onde o mesmo acredita que não consegue dar conta. O não conseguir dar conta de uma demanda pessoal faz com que o sujeito demandante emane ondas psi continuamente até que algum sensitivo os capte. O sensitivo acredita que pode dar conta da demanda e gosta de estar neste lugar. Desta forma, ambos se “casam” temporariamente, sintoma e novo corpo. O demandante envia seu sintoma para um outro dar conta ou segurá-lo temporariamente. O demandado, o sensitivo, segura o sintoma ou mesmo tenta metabolizá-lo em seu sistema, o que pode muitas vezes ocorrer com sucesso. É o caso do perfil de pessoas que procuram a cura pelas mãos ou pela energia ou a cura a distância. A demanda é enviada e alguém segura os demandantes em seu campo para lhes prestar assistência.

Aqui adentra o conceito de “lotação assistencial”, tão bem definido por Waldo Vieira, significando a quantidade de consciências ou conteúdos psíquicos que a pessoa consegue carregar em si sem perder seu equilíbrio relativo e lucidez. Por outro lado, estar com alguém acoplado em si não significa permitir uma profunda intensidade de acoplamento de forma que haja a transferência de sintomas e a instalação da SCV e da SPI.

Como estar com alguém acoplado e definir os exatos limites para o acoplamento? Mantendo a serenidade e o equilíbrio pessoal? As emoções e as energias? A resposta me parece que é o não abrir mão de si mesmo, não deixar-se a deriva para salvar outra pessoa. Primeiro salve-se, para depois, salvar o outro. Se um outro vem e se acopla, primeiro salve-se, mantenha-se em harmonia para sustentar seu campo e com isto sustentar o campo doutro. Caso exteriorize a pulsão de tentar resolver o problema do outro e largar-se a deriva, a SCV e SPI se instala. A técnica com isto é: não abra mão de si. Salve-se primeiro e com isto, salve o outro. Mantenha-se em harmonia para assim auxiliar o outro em sua harmonia, pelas energias e acoplamentos vibratórios. Eleve sua energia para facilitar a gestão de inversões PK.

IV – Da Reprodução das Ondas Psi Ressonantes

Assim, um campo informacional atravessa a consciência que através de sua “rádio” capta tal freqüência e a reproduz. Esta reprodução pode se dar, em hipótese, em três estados básicos de consciência:

1. Inconsciente, quando o receptor reproduz as ondas sem consciência alguma, podendo adentrar na contaminação vibratória ou não;

2. Semi-consciente, quando o receptor tem alguma consciência a respeito mas não consegue ter maior discernimento, porém em alguns casos, consegue lidar com o fenômeno sem que se estabeleça a intrusão ou contaminação vibratória;

3. Consciente, quando o receptor sabe e possui discernimento quanto à origem da informação, qualidade e sentido da mesma, assim como consegue gerenciar tal fenômeno.

Do ponto de vista topológico, temos as ondas psi internas e ondas psi externas. As primeiras referem-se aos movimentos de captação de conteúdos psíquicos vinculados a si mesmo, ao cosmo interior da consciência. Esta captação pode ocorrer de variadas formas, inclusive a de conversão histérica, quando uma idéia se converte fisicamente num sintoma. Quando as ondas permanecem num nível psíquico, porém com alguma repercussão fisiológica e geram sofrimento, dizemos que são as conversões neuróticas. As segundas referem-se a conteúdos psíquicos relacionados ao não-eu, a tudo que não se refere diretamente, mas indiretamente, a conteúdos internos do eu, portanto, é o cosmos exterior ao sujeito. Aqui ocorre a histeria de inversão, como denominei.

Do ponto de vista do estado objetivo de consciência, temos que a inversão PK e conversão PK podem ocorrer nos três estados básicos: intrafísico, quando a pessoa reproduz conteúdos/sintomáticas próprias ou de terceiros; extrafísico, quando a consciência extrafísica, theta ou espírito, reproduz parafisicamente conteúdos/sintomáticas próprias ou de terceiros (podendo ser consciexes ou conscins, ambientes) e; projetado, quando a consciência mesmo fora do corpo reproduz parafisicamente conteúdos/sintomáticas próprias ou de terceiros (podendo ser consciexes ou conscins, ambientes).