15.10.13

Ensaio Inicial Sobre o Paradoxo Consciência X Holocosmo: Da Autopesquisa Intraconsciencial à Autopesquisa Holocósmica, Sobre o Esboço Holocosmológico da Consciência e Outras Reflexões

Art by: Ingo Swann
Fernando Salvino (M.Sc)
Parapsicólogo Clínico, Psicoterapeuta

Parapsicólogo, Projeciólogo e Conscienciólogo
Parapsicólogo Clínico/Psicoterapeuta no Espaço Terapêutico Tao Psi e Projeto Amanhecer (HU-UFSC)
Coord. LAC - Laboratório de Autopesquisa da Consciência (HU-UFSC-Projeto Amanhecer)
Membro Associação Brasileira de Parapsicologia e Ciências Mentais
Colaborador do site do Dr. Geraldo Sarti - parapsicologia-rj.com.br
Professor de Projeciologia, Relaxamento e Parapsicologia Clínica Integrativa do Instituto Namaskar - Parapsicologia Clínica Integrativa


 

Dos Esclarecimentos Preliminares

Antes de prosseguir é sempre oportuno expor ao leitor a necessidade de estudo aprofundado da íntegra de todos os ensaios já publicados neste espaço a respeito da Holocosmologia. No ensaio anterior, organizei uma lista de ensaios onde o leitor poderá dedicar-se ao estudo e assim poderá compreender com mais exatidão o teor do presente. Por outro lado, nada impede o leitor de iniciar pelo ensaio que bem entender de forma a gerenciar sua própria aprendizagem com liberdade e auto-orientação. Acredito que esta última via seja a mais adequada tendo em vista que o entendimento da Holocosmologia emerge do estudo sistêmico de todos os ensaios, sem um início cronológico ou mesmo tão lógico, pois estamos a lidar com espaço-tempo simultâneo e realidade de holofusão. Isto porém, não dispensa a minha tentativa didática de expor tamanho assunto da forma mais clara e racional que posso me lançar.

O ensaio que segue é o primeiro ensaio que migro para dentro do micro-holocosmo consciencial que todos somos. O modelo que desenvolvo (e que nunca será definitivo, pelo simples fato de estar exposto em uma linguagem humana) diferencia-se dos modelos ocidentais e aproxima-se principalmente do modelo chinês, inevitavelmente, não pelo fato de praticar o tai chi chuan e chi kung durante anos de dedicação, mas pelo fato de que a coerência do modelo é a da compreensão experimental do ser humano enquanto microcosmo inserido num macrocosmo. Apesar de aproximar-se não se trata do mesmo saber. Os raros tratados taoistas como o "Daoist Exorcism: Encounters With Sorcerers, Ghosts, Spirits, and Demons" de Jerry Alan Jonhson (PhD), onde expõe a "parapsicologia" taoista ainda enredada de um tanto de mística e confusão de linguagem, dificultando a compreensão geral. Da mesma forma, outras obras fecundas em profundidade, tais como "Cosmogênese" de Helena Blavatski e "O Conceito Rozacruz do Cosmos" de Max Heindl, também mostram-se como estudos que dificultam a compreensão de um assunto que pode ser exposto de forma essencialmente racional, como é a proposta da Holocosmologia e como é a minha função assim expor. A Holocosmologia é a tentativa e a tão sonhada concepção ou teoria unificada do cosmos, unificando o cosmo enquanto realidade física e inteligente simultaneamente.

Muito se falou em Samadhi, em estado de Tai Chi, fim dos ciclos existenciais, Moksha, Espírito Puro, Consciência Livre e tantos outros nomes, até mesmo o usado por André Luiz em "Engenheiros Celestes" e pouco se pôde compreender acerca de tais assuntos tamanha a sua profundidade. A minha função é tentar, ensaiar um esclarecimento no máximo que puder, de forma didática e científica, ancorado em experimentos cosmoprojeciológicos diretos que dão a base experimental desta ciência. O início de tal ciência se deve à intuição direta de uma ordem cósmica que repousa por detrás de todo ordenamento jurídico e normativo humano, o qual chamei de Cosmodireito. Somente mais tarde fui compreender que tal ordem além de uma intuição corresponde ao real do universo, o qual acabei dando o nome de "Conselhos de Calibração", "Cosmojuridição" e outros conceitos já expostos nos ensaios sobre os fundamentos e princípios em Holocosmologia.

O leitor então se deparará com conceitos um pouco estranhos porém afins à área da ciência jurídica e com um certo modo de escrever na forma das doutrinas da área do Direito, mas é somente a forma. A minha intenção não é a de doutrinar ninguém, mas a de apontar para tal realidade holocósmica. Porém é sim, a de advogar a favor da benevolência universal e constatar a existência da Cosmocracia e do Estado Cosmocrático de Cosmodireito, verdadeiro Estado Universal cujos fundamentos por si mesmos esclarecem a presença alienígena no planeta sem qualquer apelo místico ou esotérico. É esta minha função primária como mais um, dentre tantos, advogados da evolução cósmica.

Se o leitor compreender que minha intenção é somente mostrar o A, E, I, O, U da Holocosmologia e com isto apontar meu dedo para o Holocosmo e as possibilidades que todos temos de vivenciar as realidades cosmoprojeciológicas e holocósmicas diretas pelo parapsiquismo, viabilizando a experiência direta da percepção cosmo-extrassensorial da holofusão e da solução do paradoxo consciência-holocosmo, então, poderemos retornar à esta Terra com a compreensão experimental de que todos neste Planeta e todos os habitantes e seres vivos do holcosmo somos UM e o MESMO. Com isto repousa minha intenção em explorar cientificamente os fundamentos holocosmológicos do fraternismo e do universalismo racionalmente, sem qualquer vínculo religioso ou institucional.

A Holocosmologia potencializa a necessidade da prática diária da meditação enquanto método de sincronização e calibração endopsíquica e exopsíquica, no preparo contínuo da estrutura geral do psico-astro que somos para os acessos mais amplos do espectro holocósmico, na fusão endopsíquica - holocósmica. Este método é importado naturalmente do Nei-Dan ou o "Yôga Chinês" e contextualizado em seu campo científico e experimental, em conjunto com outros métodos, que em próximo ensaio irei transcorrer aqui enquanto prática acessível a todos nós. O método é semanalmente autoexperimentado pela equipe de pesquisadores do LAC - Laboratório de Autopesquisa da Consciência / Projeto Amanhecer/HU/UFSC em experimentos controlados de laboratório, com resultados parapsíquicos evidentemente explícitos, tanto no micro-espectro parapsíquico, nos fenômenos parapsíquicos psigâmicos ordinários, como da cosmoprojeção, e até mesmo a projeção psi-P ou de mentalsoma além da crosta da Terra, experimentado por mim mesmo e outros pesquisadores, em ampla condição holotrópica. Em termos de autopesquisa, desenvolvo em conjunto com equipe do LAC, metodologia para acesso ao espectro holocósmico em grupo.

O método é a fusão da metodologia assim chamada meditação microcósmica tal como definida por Yang Jwing Ming, profundo estudioso e praticante do Nei-Dan, Tai Chi Chuan e Chi Kung (alquimia interna taoista), incluindo a aplicação da noção holocosmológica de calibração para a sincronização dos 3 centros ou tan-tiens a partir da calibração em 5 níveis: relaxação física (calibração do corpo), respiração embriofetal tranquila e regulada (calibração da respiração), serenização das emoções e pensamentos (calibração da intencionalidade benevolente e amorosa consigo e com o cosmo), ativação da circulação microcósmica pelos canais de função e controle e maturação da intenção (calibração energética, psicosférica) e em conjunto a grande circulação ou mobilização básica de energia com ênfase na instalação do estado vibracional, em alternância com potentes descargas de exteriorização de energia visando a expansão da psicosfera no interior da sala do laboratório. Após, segue-se a calibração da consciência, sem ou com poucos pensamentos, em estado de serenidade e expansão. Este estágio é induzido pela expansão e absorção da energia cósmica fora da Terra, no espaço e evocação da amparabilidade cósmica situada fora da Terra. Os resultados das experiências são difíceis de comunicação, geralmente permanecem na alçada dos sentimentos e de percepção de pacotes amplos de informações que são difíceis de comunicar. A pintura do parapsicólogo Ingo Swann representa de forma bastante aproximada a minha experiência com tal dinâmica que realizamos no LAC. Em matéria de holocosmologia a pintura pode ser um potente instrumento de descrição experimental, além da linguagem. Mas prosseguimos.

Nos ensaios anteriores descrevi com o máximo de detalhe que pude o contexto holocósmico e a Holocosmologia e naturalmente retorno ao começo, que é o sujeito ou consciência holocósmica a partir da autopesquisa parapsíquica profunda ou holocósmica. A tentativa de descrição do modelo holocosmológico da consciência serve para nos situarmos holocosmicamente e compreendermo-nos enquanto "psico-astros" que apresentam órbitas mais ou menos estáveis, porém, interdimendionais e mesmo holodimensionais, quando no estado de holofusão. A compreensão experimental, cosmoprojeciológica, expõe os princípios em Holocosmologia e, diante disso, integra a ordem holocósmica enquanto psico-astro, que possui uma constituição física específica relacionada a ressoma em determinado sistema cosmológico (no caso a Terra ou poderia ser outro sistema, enquanto manifestação alienígena); este corpo fisiológico com massa, densidade, também como todo corpo celeste, apresenta um campo ou sua magnetosfera, mas de um tipo diferenciado, que inclui a variável psíquica ou consciencial (núcleo, centro ou princípio inteligente), ou uma psico-magnetosfera (psicosfera ou aura humana); e assim por diante saindo da realidade exopsíquica para a endopsíquica a partir da complexidade holossomática. A minha função aqui é difícil, e o leitor pode perceber o quanto tempo estou sem publicar, visto estar totalmente dedicado a produção deste presente ensaio.

E perdoe o leitor, eu não irei falar aqui de uma vida essencialmente humana. Pois que esta vida essencialmente humana esconde uma profundidade realmente infinita situada no núcleo profundo de cada um de nós, mais profundo ainda que a alma, o espírito, a consciência tal como percebemos ser, eu e você. Estou a falar aqui na verdadeira natureza de cada um de nós que se funde de tal forma com o universo que podemos arriscar a dizer que somos essencialmente o cosmos. Assim, inevitavelmente estamos numa Cosmocracia, Comunidade Cosmoética Universal (ou Cósmica) e num Estado Cosmocrático de Cosmodireito, verdadeiro sistema cosmogovernamental onipresente, profundamente benigno, universalista e cosmofraterno, que holocoordena o universo, a vida, os sistemas e a coerência harmônica de tudo pelos processos calibratórios, mas que não se confunde em nada com aquilo que vem sendo chamado de Deus. A Holocosmologia é portanto, a morte da religião e o anúncio da religiosidade cósmica direta, livre e universal.



I - Do Espectro de Alcance do Paradigma Psicológico e Cosmológico Padrão (MCP)

A Psicologia, em sua acepção de psiqué, é o estudo da alma, da mente, do espírito, mas que nos últimos séculos vem se consolidando como o estudo do comportamento da consciência somática e, em muitos casos, psiconeurológica, descartando as realidades profundas da psique e considerando a personalidade formada após o nascimento ou parto biológico. A Psicologia então, desconsidera que a personalidade já existia antes do nascimento e de estar dentro do útero, portanto, ao estudar a psique, considera que a mesma é derivada do cérebro e extingue-se com a morte. A concepção cosmológica da Psicologia é que o Eu é seu corpo, e morre integralmente com a morte do corpo. Manifesta portanto uma visão física da psiqué, sendo assim uma ciência do comportamento da psique fisiológica, restrita a uma vida social humana, sem qualquer ligação com os assuntos de ordem do espírito. O espírito é pois, matéria, neurônios, etc, e os problemas que a acometem relaciona-se a fatores do passado atual, ou mesmo inconscientes, mas de sua atual vida.

A Cosmologia, e o Modelo Cosmológico Padrão (MCP), expõe que somos originados da matéria, ou seja, no Big Bang, uma explosão de massa infinita, de matéria pura, evoluiu até os tempos atuais e cá estamos aqui. Logo, a consciência que criou esta teoria, ela mesmo, foi originada da matéria. Portanto, o eu, a personalidade, a individualidade, tudo isto é derivado da matéria, no caso, o corpo, e quando o corpo morre, morre a consciência. Esta posição é inclusive a do célebre físico Stephen Hawking.

O que irei explorar aqui é que ambas as teses estão equivocadas. A psiqué não se originou da matéria, não se originou do cérebro, e nem mesmo o Cosmo teve sua origem num Big Bang. Esta última concepção já está mesmo nos compêndios de cosmologia, onde sabemos que a radiação cósmica de fundo, principal evidência do Big Bang, se dissipa ao longos dos milhões de anos, onde o cosmo apaga a si mesmo e cujo Big Bang pode ser apenas um, de centenas, centenas e bilhões de outros Big Bangs.

O que houve então? Não houve. O cosmo e a consciência, ambos nunca se originaram. É neste axioma que construirei este ensaio. O conceito de gênese para ambos é inaplicável, pois pressupõe o espaço e o tempo "0" absolutos, uma ficção como é o "0" absoluto no estudo científico da temperatura negativa. Nos ensaios já escritos sobre Holocosmologia, especialmente o dos princípios, eu exploro com mais profundidade a questão a partir de vários ângulos.

Eu venho dizendo que nada existe fora do cosmo. A consciência, pois, está tão atrelada ao cosmo que o constitui, ou melhor, além de ser um de seus componentes, está tão fundida ao cosmo que não podemos falar em cosmo e consciência, eu e universo. Somos o cosmo, porque como disse, nada existe fora do cosmo. Então, a consciência ou mais claramente, o princípio inteligente, como expunha Revail, é cosmo. O que constitui tudo o que somos é da mesma natureza do que constitui qualquer coisa no cosmo e o próprio cosmo. E é nesta unicidade axiomática agenética que repousa numa lógica e cognição inclusa do infinito que se nutre a Holcosmologia.

Eu poderia permanecer neste território filosófico, mas não é de meu perfil. Eu nunca acreditaria nisto se não fosse pela experimentação projeciológica direta e pela experimentação psi-gâmica também direta que perfaz meu caminho no campo parapsíquico e de autoconhecimento além de meu próprio cérebro. Mesmo se eu não tivesse lido nada a respeito, eu diria com substancialidade que a consciência ou a inteligência que sou, além de sobreviver a morte de meu corpo, já existia antes mesmo de eu nascer e em determinadas condições liberta-se deste corpo e pode permanecer inteiramente lúcida fora dele, mantendo suas faculdades de raciocínio, intelecção, percepção, intuição, parapsiquismo, sentimento, reações e ações, completamente livre do cérebro e de seus hemisférios e glândulas endócrinas. Esta premissa experimental, melhor, autoexperimental, por mais estranha que pareça, pode ser replicada por outros sujeitos, em autoexperimentações autoinduzidas ou mesmo heteroinduzidas por profissional qualificado ou amparador extrafísico especializado, como nos casos de projeções assistidas.

A compreensão de que já existíamos antes mesmo de nascer vem do acesso lúcido de memórias de fatos que ocorreram antes mesmo desta vida. Os métodos de indução de tais experimentos estão cada vez mais sendo desenvolvidos e as pesquisas realizadas nos estados não-ordinários de consciência nos levam a experiências que desafiam o paradigma vigente e nos colocam diante não mais de um cosmo, mas de um HOLO-cosmo.

A teoria cosmológica das múltiplas dimensões não mais fica no campo teórico, pode ser diretamente experimentada pela projeção consciente para fora do corpo. E a psiqué não fisiológica pode ser comprovada cientificamente quando o próprio psicólogo ou o pesquisador da psiqué, sai de dentro de seu próprio cérebro e se constata existindo sem corpo algum, porém, de posse de um certo tipo de organismo etérico, vaporoso, sutil, translúcido, o próprio corpo psíquico, psicossoma, perispírito ou astrossoma.

A seguir veremos as suas metaciências atreladas, a Parapsicologia e a Holocosmologia e suas concepções até que possa apresentar a concepção holocosmológica da consciência humana.


II - Do Espectro de Alcance do Paradigma Parapsicológico e Holocosmológico Padrão (MHP)

A Parapsicologia dá um passo adiante, pois ao considerar o que está além da Psicologia, inclui esta e tudo o que esta descarta como realidade, como as manifestações da consciência, a memória extracerebral, o mediunismo, o parapsiquismo, a teleportação, a psicocinesia, as experiências fora do corpo e de quase-morte, telepatia, clarividência, a sobrevivência, a investigação da reencarnação, as manifestações parapsiquicas ligadas aos habitantes das dimensões não físicas, e assim por diante.

Com o advento da Metapsiquica, que considero aqui Parapsicologia, e a partir de 1929, temos o surgimento da ciência que investigaria a projeção da consciência para fora do corpo, proposta por Muldoon. Antes disso, Richet, Myers, Lodge e outros, já tinham criado os fundamentos da verdadeira Psicologia, ou a Metapsicologia ou a Parapsicologia como modernamente se chama.

Enquanto campo de pesquisa dos fenômenos psigâmicos, especialmente os de desdobramento da consciência para fora do corpo, a Projeciologia inaugura um estudo ainda mais avançado que é o da consciência em si e não propriamente dos fenômenos transcendentes da consciência, que é a Parapsicologia.

A Parapsicologia é pois, essencialmente, o estudo da consciência geradora dos fenômenos parapsíquicos transcendentes que ultrapassam as fronteiras da ciência psicológica e da ciência geral instituída. É neste ponto que podemos trazer a concepção de uma Conscienciologia, enquanto estudo desta consciência geradora de psi.

A Conscienciologia é a ciência, proposta por Reale e Hegel, e tardiamente explicitada por Vieira, que não se confunde com o seu Conscienciologismo (religião) que visa prioritariamente ao estudo indireto da consciência pelos seus efeitos, ou seja, os atos da consciência, sejam eles:

1. Psíquicos ou conscienciais: intenção-vontade, atividade pensênica, ideação, emoções, sentimentos, percepções, impressões, memória, cognição, liderança, comunicação, priorização, etc.
2. Psicosférico: atos associados à psicosfera, ou a correspondência psicosférica na aura ou campo de energia consciencial.
3. Somático: atos associados aos 2 veículos de manifestação da consciência, ou o soma e psicossoma (astrossoma ou perispírito) que podem atuar em sincronismo (coincidido) ou separadamente (projetado).

O estudo da consciência indireta já vem sendo realizado de uma forma, embora diferenciada e baseada noutros paradigmas, pelo Taoismo, Teosofia, Xamanismo Yaqui, Espiritismo, Hinduismo, etc. Por outro lado, estas últimas linhas vem expondo saberes de profundidade ainda mais fecunda e que expõe práticas, experimentos e concepções interligadas que daí sim, podemos iniciar uma Conscienciologia.

Muito embora o entendimento experimental de si mesmo (consciência) carrega em si a noção de que somos microcosmos num macrocosmo ou melhor, micro-holocosmos num Holocosmo infinito, a experimentação de si em profundidade leva o sujeito a um nível tão profundo para dentro de si que o dentro passa a ser fora, e cujas fronteiras entre o Eu e o Mundo tornam-se inexistentes. Neste nível de realidade, que chamei de holofusão, consciência e mundo, eu e cosmo, são realidades inseparáveis e nem sequer podemos falar acerca de interconexão, mas de holofusão. Eu e você neste caso, somos um com o holocosmo, em uma unidade indivisível, em holomovimento infinito.

O estudo direto da consciência então se dá através da projeção da consciência para fora de todos os veículos, ou o estado de consciência livre temporariamente, ou a assim chamada de forma equivocada de projeção de corpo mental ou mentalsoma. No caso, desconsidero a existência de um corpo mental, decorrente que a mente opera acima da velocidade da luz, e, portanto, impede de ter qualquer veículo visível por si mesmo. Corpo, para ser corpo, só o que está diante do sujeito, ou seja, que apresenta características de um objeto (aquilo que se posta diante do sujeito e é visível por ele). Em projeções desta natureza nunca observei-me tal como um veículo.

O estudo direto da consciência só é possível realmente quando esta se acha livre de veículos, manifestando-se somente enquanto consciência.

O espectro de alcance da Parapsicologia Experimental, ou melhor, da experimentação parapsíquica de raio holocósmico, a cosmopsigamia ou a cosmoprojeção, leva o sujeito a identificar uma realidade holocósmica, onde o eu acha-se holofundido com o holocosmo, e cujas fronteiras entre o eu e não-eu acham-se dissolvidas. Neste exato nível a Parapsicologia Experimental acha-se abraçada amorosamente com a Holocosmologia, esta, em uma franca acepção, a ciência de todas as demais ciências. E sendo a ciência das ciências, a Holocosmologia é a ciência universal da benevolência e do amor em seu espectro mais profundo e que ultrapassa, por enquanto, nossa capacidade de entendimento acerca de sua natureza e de seus operadores, ou os amparadores cósmicos. A holofusão holocósmica em holomovimento infinito é o axioma da Holocosmologia. Temos aqui uma ciência mais avançada que a Conscienciologia, pois que não estamos a tratar do estudo da consciência e sim, da holofusão holocósmica onde tudo é o mesmo e ao mesmo tempo,em uma unicidade indivisível e infragmentável, passível de constatação a partir das experiências cosmopsigâmicas e cosmoprojetivas.

A Holocosmologia traz inevitavelmente o paradoxo consciência individual X holocosmo. É muito estranho, provavelmente, ao leitor ainda não familiarizado com o assunto, que pense que eu e você estamos essencialmente holofundidos em nossos núcleos inconstatáveis por observação direta. O que quero dizer com isto? Você já conseguiu alguma vez observar a si mesmo? Não. O que você observa são os atos do núcleo, são as manifestações do núcleo que eu e você tomamos consciência e consideramos tudo o que tomamos consciência enquanto sendo o que chamamos: EU. Mas já sabemos que tem uma área que não temos consciência e que mesmo assim constitui o EU: a "região" inconsciente da consciência. A tese a seguir que ensaio é que o núcleo que irradia as manifestações que consideramos como manifestações da consciência individual não é tão individual assim e que este núcleo, ou a consciência real que somos, consciência sem pensamentos e sem corpo, é ao mesmo tempo consciência profundamente singular e profundamente holocósmica. É ao mesmo tempo, consciência singular e holocosmo em uma unicidade indivisível, inseparável. Esta unicidade é o fundamento da concepção holocosmológica da consciência.


III - Sobre o Paradoxo: Consciência Individual - Consciência Holocósmica

Como o "Eu" (ou a consciência) pode ser ao mesmo tempo, Eu e Todo? Ou noutras palavras, Consciência Individual e Consciência Holocósmica? Eu e Cosmo?

Você certamente acredita que sabe quem você é. Então, provavelmente você se definiria como sendo uma pessoa, com um corpo, que pensa, sente, deseja, traça metas, cultiva medos, receios diversos, e em muitos casos, teme a morte por não saber o que realmente é, ou desconhece sua natureza mais profunda do passado, não tenho maiores lembranças da infância, muito menos da vida intra-uterina e sem falar de supostas vidas anteriores. De forma geral, a sua definição de quem você é se restringe muito a estas variáveis, onde afinal, você ama, odeia, sente raiva, afetos, atração ou repulsa por determinadas pessoas, amor e paixão por algumas delas e, dentre tantas pessoas, você escolhe namorar, casar ou ainda ter filhos e construir família com uma delas. Uma vida humana onde você frequentou a escola, cresceu num grupo de amigos, e em alguns setores da sociedade humana, você conseguiu algum trabalho para ter sua vida de subsistência, paga impostos, etc. Em resumo uma vida essencialmente humana. E esta vida humana se dá um local chamado planeta Terra. Você geralmente nem se dá conta disso, porque está tão atarefado com suas coisas que esquece que flutua no espaço pisando na superfície de um planeta pequeno, pressionado pela força gravitacional que o faz ter a sensação de peso, de ter os pés no chão. Você acha que existe o acima e o abaixo, acredita nestas referências e vive seguro com estas crenças, sem saber que o cosmo não apresenta acima e abaixo e não apresenta uma borda ou fronteira para um não-cosmo.

E neste planeta existem outros seres vivos, aliás, bilhões e bilhões e bilhões deles. Alguns deles podem conviver com você, cães, gatos, pássaros, etc, o que faz de sua vida menos solitária. Até mesmo seu corpo apresenta 10 vezes mais bactérias que células. Quando você se sente só, sua imunidade abaixa, você fica triste e os seres que vivem em seu corpo mostram que estão ali, que você nunca está a sós essencialmente. Você também sente solidão, aquela que brota lá de dentro de um local de você que desconhece quase por completo. Ou mesmo uma angústia que brota do "nada". Você preenche sua vida para evitar o contato com a angústia deste vazio, desta solidão, um sofrimento silencioso que irradia de dentro de você. Mas, não é só isto que você sente. Você sente paz, e não raro, uma sensação de serenidade, de alegria quando seu time de futebol ganha ou quando recebe um aumento de salário. Uma vida essencialmente humana. E perdoe o leitor, como disse no começo deste ensaio, eu não irei falar aqui de uma vida essencialmente humana. Pois que esta vida essencialmente humana esconde uma profundidade realmente infinita situada no núcleo profundo de cada um de nós, mais profundo ainda que a alma, o espírito, a consciência tal como percebemos ser, eu e você. Estou a falar aqui na verdadeira natureza de cada um de nós.

E é neste exato nível que aparece o paradoxo da consciência que resumo na seguinte sentença:

Quando a consciência alcança o estado de consciência sem corpo, quando se projeta para fora de todos os veículos, a sua singularidade torna-se mais aguçada em níveis cósmicos de tal maneira que se sente pertencente ao cosmos em um nível profundo de uma subjetividade tamanha, que se sente como sendo o cosmos, se sente una com tudo e todos. É neste nível de holofusão que a verdadeira singularidade e individualidade se mostra, paradoxalmente. Chamarei este nível de "consciência holocósmica".

O paradoxo é que a consciência quando se acha nesta condição, justamente na condição experimental onde poderia estudar-se como consciência individual a partir da manifestação em si mesma, esta perde esta característica, ou melhor, manifesta sua verdadeira natureza de consciência holofundida ao holocosmos, o que torna a consciência individual somente um nível do espectro da natureza da estrutura consciencial integral. A autopesquisa profunda, causal, parapsíquica da consciência que somos rasga o espaço-tempo do Ego e adentra para o campo holocósmico. É a morte da Conscienciologia, porque o estudo e o entendimento profundo de quem somos essencialmente inclui, abraça, engloba ou melhor, se holofunde ao entendimento do Holocosmo. É inviável compreender quem somos em nossa singularidade profunda sem compreendermos o Holocosmo. O Ego, em sua profundidade transcende a si mesmo o que leva-nos ao outro, onde somos o mundo, somos o cosmo.

O que chamamos de consciência pode ser compreendido como uma "porção" limitada de consciência coagulada enquanto "Eu" singular. A esta porção limitada de consciência podemos chamar de quantum consciencial. Um (1) quantum consciencial equivale a uma consciência singular ou noutras palavras, uma pessoa ou espírito individualizado. Este quantum consciencial que acreditamos nos reduzir a ser, em determinadas condições, pode sentir a conectividade holodimensional holocósmica, a holofusão, que é a natureza profunda intrínseca de todos nós. A lógica do fraternismo se dá justamente a partir desta constatação: somos o único e o mesmo cosmo. Nada existe fora ou além do cosmo. O cosmo é tudo e somos essencialmente o cosmo. E não do ponto de vista poético ou simplesmente filosófico, mas experimental.

Então, a própria condição de ser consciência sem corpo, mesmo que temporariamente, evidencia que o núcleo profundo da consciência não é individual, apesar de que se apresente como o momento que mais a consciência sente sua singularidade. Assim, quando a consciência se sente holofundida é quando ela mesma se sente mais singular.


IV - Da Dualidade Unificada Yin - Yang, Consciência - Holocosmo.

O paradoxo enfatiza o vaivém, o Yin - Yang, a dualidade unificada de Consciência - Holocosmo.

O estudo profundo da consciência, pelos meios da autopesquisa parapsíquica experimental, projeciológica e parapsíquica propriamente dita, profunda, levou-me a este espectro donde experimentalmente compreendi tal realidade de holofusão. Longe de qualquer misticismo envolvido, e mais correto dizer mais próximo do paradoxo quântico e da dupla natureza de sermos ao mesmo tempo, singulares e unos, e quanto mais singulares mais unificados vamos nos tornando. Este paradoxo é a forma como consigo expor tal realidade. Este paradoxo pode ser considerado o fundamento do fraternismo e da necessidade de uns ajudarem os outros. Inevitavelmente, pelo fato de sermos UM e o MESMO, o universalismo e o fraternismo sustentam-se como campos de benevolência universal na evolução holocósmica em uma verdadeira Comunidade Cosmoética Universal, a Cosmocracia, o Estado Cosmocrático de Cosmodireito, a Cosmojurisdição, os Conselhos de Calibração, os Densificadores, os amparadores alienígenas e cósmicos e assim por diante.

A comparação que posso expor didaticamente é a galáxia. Sabemos que o núcleo da Via-Láctea manifesta alguma realidade astrofísica donde deduz-se pelos seus efeitos (horizonte de eventos) ser um Buraco Negro. E esta grandeza nada lhe escapa, nem mesmo a luz. Então, como nada lhe escapa e nem mesmo a luz, logicamente, não poderemos vê-lo, porque sua realidade está além do fóton. Então, conseguimos deduzi-lo pelos seus efeitos. A consciência no estado em que estamos manifesta o mesmo problema de pesquisa. Só conseguimos detectar por dedução que existe consciência pelos seus efeitos no sistema humano onde habita, mesmo sendo multiveicular e psicosférico. Mas podemos detectar por indução.

Então, enquanto microcosmo que somos, um microcosmo consciencial, a consciência projetando-se para fora destes veículos alcança o centro de sua "galáxia", ou seja, o seu "buraco negro". Sai do horizonte de eventos, afasta-se de emoções, raiva, de corpos, de tudo que não é a consciência e experiencia-se tão somente como núcleo puro de inteligência. Neste estado, a consciência, ou seja, nós, sentimos que somos nós mesmos e ao mesmo tempo que estamos fundidos a tudo. E não nos observamos. Não existe um pé, braço, mão, ou mesmo um corpo translúcido. Em última instância, somos este "buraco negro" que irradia por atos conscienciais seus efeitos passíveis, alguns deles, de serem mensurados, como os dados do cérebro, os sonhos e outros, como os fenômenos parapsíquicos. Mas os atos conscienciais apesar de evidenciarem a existência de consciência que os gera, não comprova experimentalmente a existência da consciência, esta que somente pode ser comprovada pela projeção para fora de todos os veículos. Daí a necessidade imperativa da evolução de aprendermos vida após vida a sairmos de nossos corpos e da lógica evolutiva das reencarnações e desencarnações, nas experiências projetivas suaves nas dimensões ainda paratroposféricas em colônias e outros locais ainda situados na magnetosfera do planeta Terra ou regiões ainda mais próximas. A lógica da reencarnação parece-me ser exatamente esta, a de ensinar a todas as consciências a realizar as projeções interdimensionais, unificando-se, e aproximando-se as pessoas e seres em relacionamento para aprendermos a amar, a nos auxiliar e vida após vida, vamos nos cosmificando até ultrapassarmos a orbe da Terra, aos contatos alienígenas até a cosmoinclusão. Este aprendizado é um aprendizado de amor puro, cósmico, universal. A reencarnação é, pois, um método de evolução que visa a expansão da consciência geral da humanidade para fins de expandir a cosmificação da consciência até o processo cosmoinclusivo, rompendo o isolamento consciencial o qual a maioria da humanidade se encontra.

A Holocosmologia emerge enquanto solução do paradoxo Consciência Individual - Consciência Holocósmica, de forma que a autopesquisa parapsíquica ou profunda de si mesmo leva inevitavelmente a consciência para a totalidade holocósmica, saindo da "Conscienciologia ou ciência do Ego" enquanto realidade profunda de si mesmo (self) e realidade mesma do holocosmo. As conseqüências desta experiência ultrapassam o estudo dos efeitos da consciência, decorrente dos acessos às dimensões conscienciais puras, que como massas holofundidas quintessenciais conscienciais, as inteligências do amparo holocósmico, anônimas e holopresentes na holodimensionalidade holocósmica em holofusão, manifestam-se em tudo simultaneamente, tal como massa e matéria escura do holocosmo que age como agentes cosmomodeladores do universo.

V - Da Transciência: Além da Holocosmologia

A Holocosmologia, sendo a ciência emergente da constatação de que no núcleo profundo da consciência nada se encontra enquanto "ego", espírito "individualizado", mas sim, consciência holofundida ao holocosmo,  sendo ao mesmo tempo consciência-holocosmo, sendo realidade unificada e indivisível, onde tudo está mais do que conectado a tudo, mas manifesta-se enquanto holofusão, transcendendo, pois, o estudo da consciência ou psiqué, enquanto passo anterior daquela, no estudo da consciência individual, ou como citado como sinônimos (alma, espírito, self, ego, eu, personalidade, mente), tem a sua frente um outro campo, muito mais vasto e inacessível a grande maioria da humanidade e dos habitantes do holocosmo: a Transciência. Além da Holocosmologia encontramos o espectro inacessível ao nível cognitivo humano, o campo incognoscível, pertencente pois, à Transciência.

A Transciência é, como hipótese, o modo de conhecer/comunicar assim como modo de agir/ser próprio das consciências que se comunicam diretamente no nível das dimensões conscienciais puras, em espaço-tempo simultâneo, na holodimensionalidade cósmica, Infinita. A constatação da Transciência modera o espírito da arrogância de acharmos que até que enfim estamos com uma verdade. Não. Qualquer coisa escrita em uma linguagem humana, ou qualquer coisa falada em uma linguagem articulada, não é a verdade. Mas um tipo de apontamento, de indicação, é uma placa sinalizadora que indica algo. Nada definitivo.

De forma resumida, a Holocosmologia pode ser compreendida com a ou uma "ciência" das cosmointermissões, manifestando-se como os aprendizados próprios das consciências que passam por esta órbita holodimensional e após incorporam experimentalmente as noções de totalidade e holofusão ou ainda das consciências que mesmo não orbitando em cosmointermissões, apresentam intuições profundas de tal realidade. E diante da noção de órbita é que iniciaremos a seguir nos próximos capítulos uma introdução a órbita do micro-holocosmo humano e sua condição de psico-astro holocósmico.


VI - Sobre o Microholocosmo Consciencial e a Grande Circulação Celestial (Macro-Órbita Evolutiva)

O microholocosmo consciencial, ou simplesmente consciência humana, apresenta características de um astro, tal como exponho abaixo:


Centro (Consciência) - Holoconsciência-
Holocosmo,
representado pelo círculo.
Realidade Endopsíquica

1. Centro: Possui um centro não detectável que produz efeitos constatáveis por instrumentos no espectro exopsíquico: a holoconsciência-holocosmo
Centro irradiador de
Intenção-Vontade
Realidade Endopsíquica



2. Manifestação Primeira do Centro: O seu centro, a holoconsciência-holocosmo, manifesta-se e produz efeitos sendo que uma dupla realidade, intenção-vontade (primeira realidade), geram uma segunda realidade, a ideia ou concepção, sempre carregada de afeto, sentimento e/ou emoção (terceira realidade) e, em seguida, energia/campo (quarta realidade). O centro é indetectável por qualquer instrumentação que vise captar sinais associados a ondas abaixo da velocidade da luz. O centro é de ordem psicônica ou taquiônica. A representação ao lado manifesta a partir do centro as duas realidades, intenção-vontade, como fluxos complementares e unificados. É o primeiro nível da realidade endopsíquica.


Realidade Exopsíquica
(soma-psicossoma-"mentalsoma"-psicosfera)
Observável devido a natureza
fotônica
3. Realidades Endopsíquica ou Consciencial e Exopsíquica ou Exoconsciencial: Assim, a intenção-vontade (yin-yang), enquanto manifestação unificada da holoconsciência-holocosmo, se manifesta no espectro humano, da seguinte forma:

a) Realidade endoconsciencial ("situada" no horizonte de eventos do núcleo ou holoconsciência-holocosmo), subjetiva, abstrata, indetectável por instrumentos de medição e detecção. Relaciona-se aqui, a ética, o caráter causal, o fundamento da estrutura da personalidade, as características subjetivas, internas, não-locais, da consciência, a capacidade de comunicação, liderança, priorização, coerência, universalismo, consciencialidade, etc. Intenção-Volição sempre estão ligadas e são inseparáveis. A realidade endopsíquica é inobservável, tendo em vista que sua natureza não é fotônica, portanto, está além da luz e do espectro eletromagnético.

      a.1) Intenção: aspecto qualitativo da consciência.
      a.2) Volição: aspecto quantitativo da consciência.


b) Realidade exoconsciencial: mais objetiva, é a manifestação visível da realidade endopsíquica, ligada ao fóton e ao espectro eletromagnético, podendo ser constatável enquanto objeto da consciência, ou seja, as ideias, sentimentos, emoções, energias, atitudes (comportamentos). Estes níveis se manifestam da seguinte forma:

      b.1) No nível da ideia/sentimento, como fluxo de pensamentos pulsando incessantemente tal campo mental, manifestando-se como vozes internas, imagens pictóricas, enredos, representações vívidas e imagéticas de concepções. Em determinadas consciências, tal campo manifesta organização e até certo ponto alguma forma, raramente detectável, somente por terceiros e não por si mesmo, podendo ser chamado aqui de corpo mental ou mentalsoma, ou veículo do sentimento.

      b.2) No nível do sentimento/emoção, como o aspecto de sentir-se e sentir as coisas em geral, o mundo, o ambiente, as pessoas, consciências, energias, etc. Em consciências humanas pelas evidências temos que os sentimentos/emoções estão organizadas de forma complexa, tal qual um organismo de natureza muito difícil de ser estudado, chamado, dentre muitos nomes de: corpo astral, períspírito, psicossoma, corpo emocional, astrossoma.
      b.3) No nível da energia, como aspecto mais volitivo, de carga visível dos níveis acima, temos um campo de energia, manifestando-se como uma psicosfera, espécie de magnetosfera consciencial, que se estende além do corpo (4 nível da realidade exopsíquica) centímetros, metros ou até distâncias muito maiores. Em alguns casos, é possível mobilizar tal campo pela intenção/vontade onde tal campo é similar a um membro ou veículo da consciência. Este campo foi chamado de corpo etérico, aura, psicosfera, energosfera, etc. 

      b.4) No nível do comportamento temos o corpo, enquanto veículo sexossomático, fisiológico, biológico, que viabiliza a ação aqui, em nossa dimensão humana. Embora exista comportamento em qualquer nível aqui exposto, o comportamento aqui tratado refere-se ao que ocorre enquanto realidade associada ao corpo. O corpo é um veículo muito complexo e existem muitas teorias que procuram descrever sua ciência, tal como a ciência ocidental e a oriental, assim como o ocultismo. De qualquer forma, o corpo é o veículo dos sentidos mais físicos, densos, que viabilizam uma vida humana na Terra.

Dos 4 níveis acima temos que somente 2 são verdadeiros veículos da consciência, tais como:

1. Soma
2. Psicossoma

Os demais por não portarem a consciência dentro de si, diretamente, não agindo como um organismo projetável, como o soma e psicossoma, são realidades exopsíquicas de campo, podendo manifestar a consciência indiretamente, tal como ocorre com as projeções energéticas, as mobilizações de energia, o chi kung. Já a vida humana é somática e pela projeção da consciência para fora do corpo e mesmo para fora de todos os corpos, podemos trazer as evidências de quais realidades são de fato veículos e quais são campos. embora seja tratado como corpo mental, tal realidade não sendo observável tal como observamos os demais níveis, parece-me que pertence a outro nível conceitual e portanto não o considero um veículo, embora seja tratado como tal pela literatura, provavelmente, para facilitar a comunicação.

De forma a simplificar o modelo temos que:

1. Centro ou Holoconsciência-Holocosmo (nível de percepção de totalidade, holofusão)
2. Consciência como Intenção-Volição (nível de percepção de individualidade)
3. Realidade Endoconsciencial (intraconsciencial) = nível de evolução da consciência
4. Realidade Exoconsciencial (extraconsciencial) = soma, psicossoma e psicosfera.

Os 3 primeiros níveis pertencem a um espectro de realidade acima da velocidade da luz, portanto, indetectável diretamente por qualquer instrumentação, mas somente pela experimentação direta pelos recursos parapsíquicos da metodologia parapsicológica, projeciológica, conscienciológica e holocosmológica.

A Grande Circulação ou Macro-órbita Evolutiva é a órbita do micro-holocosmo consciencial, ou aqui resumido pelo nome, consciência (o que definimos como sendo "eu" e "você").

A consciência possui uma órbita mais ou menos estável como qualquer outro astro do holocosmo. Isto pode ser descrito assim:

1. A consciência apresenta uma órbita mais ou menos estável.
2. A macro-órbita é a órbita evolutiva, ou o percurso que a consciência realiza ao longo do espaço-tempo, tal como qualquer outro astro, muito embora seja um tipo especial de astro, ou psico-astro.
3. A consciência, sendo essencialmente a realidade endoconsciencial, existe antes de estar na dimensão aqui, física, com um corpo físico, e sobrevive após a morte do corpo.
4. Assim, a consciência vem de um longo percurso, ou órbita oscilatória, num tipo de vaivém interdimensional, de trocas de veículos somáticos a cada vida e de maturação dos demais veículos, da psicosfera, percorrendo praticamente o mesmo trajeto numa espécie de "mapa holocosmonáutico consciencial".
5. A macro-órbita é o trajeto holodimensional, ou melhor, interdimensional que a consciência realiza em seus movimentos projetivos (a consciência é essencialmente projetiva) ora numa dimensão, ora noutra.
6. Porém, dependendo do nível de evolução e do processo de calibração (cosmocalibração), a consciência acaba se ancorando de uma forma mais ou menos estável, porém, temporária, numa determinada faixa ou dimensão do holocosmo, relacionada ao seu estado de consciência. Lembrando que dimensão é função do estado de consciência. A isto chama-se de "dimensão extrafísica de origem", apesar da consciência não ter origem alguma.
7. A macro-órbita pode ser definida pelo trajeto mais ou menos estável que a consciência realiza no movimento de permanência nesta dimensão extrafísica para a vida intrafísicalizada (vida humana, por exemplo) e no retorno para esta vida extrafísica na dimensão de seu estado de consciência. Esta órbita se pudéssemos ter um mapa holodimensional da Terra em relação às dimensões extrafísicas, abarcaria um trajeto de mais de 4D, em um movimento visível sucedido de um trajeto invisível e assim sucessivamente.
8. A órbita sendo mais ou menos estável, pode ser hipoteticamente calculada como qualquer órbita de qualquer astro do holocosmo, tais como cometas, planetas, etc. E como cada psico-astro é uma função de onda psi mais ou menos estável, é possivel logicamente o cálculo calibratório da capacidade de suporte evolutivo de dado astro planetário para abarcar a evolução de bilhões de consciências ressomadas e mesmo dessomadas orbitando numa só magnetosfera e ainda, quanto a capacidade evolutiva de suporte do quanto dado sistema comporta de acessos a realidades mais expansivas consciencialmente, como o campo alienígena, além da Terra e o campo espiritual ou theta, além desta dimensão. Por hipótese, tais cálculos são realizados pelos cosmoengenheiros, ou os amparadores cósmicos responsáveis por dado sistema solar ou além.
9. O tempo da vida humana, ou seja, uma órbita que leva mais ou menos 70 a 80 anos para se completar prossegue seu trajeto após a morte, dando continuidade orbital por um tempo "X", visto que as noções de espaço-tempo além Terra diferenciam-se bastante. Assim, após o decorrer da órbita entre vidas, a consciência prossegue atravessando as dimensões e se encontra novamente na Terra para prosseguir seu trajeto até que mude de camada orbital. Para cada "camada orbital", um nível de evolução consciencial.
10. A consciência é quem orbita (realidade endoconsciencial) através de sua realidade exoconsciencial (veículos e psicosfera). Os veículos correspondem às dimensões em termos de matéria, substancialidade e natureza e a partir da fórmula: D = fEc (dimensões são funções dos estados de consciência).
11. Cada consciência apresenta uma Macro-órbita Evolutiva específica relacionada com os ciclos de ressoma e dessoma e com a experiência evolutiva passada, constituindo sua personalidade palingenética ou holocósmica.
12. Assim como a Terra apresenta uma magnetosfera, a consciência apresenta uma magnetosfera, que é um nível da psicosfera integral. A magnetosfera da consciência é a psicosfera.
13. A consciência estrutura-se também enquanto luz, o que a torna além de perceptível, visível enquanto objeto celeste, não só nesta dimensão, mas nas dimensões além desta, após a morte ou quando se acha na condição extracorpórea.
14. A Macro-Órbita pode ser investigada pela própria consciência através da retrocognição e pode ser detectada em seu movimento futuro, pela precognição.
15. Enquanto nesta dimensão humana, a consciência pode oscilar orbitalmente através das projeções da consciência para fora do corpo e detectar diretamente a natureza holodimensional do cosmo e, portanto, sair do cosmo e adentrar no holocosmo.

(em fase de elaboração)



VII - Das Reflexões de Ordem da Ciência

Sobre a Detectabilidade do 4º nível (realidade exoconsciencial ou exopsíquica)

O 4º nível é detectável hoje da seguinte forma:

1. Soma: detectável pela visão, audição, tato, oufato, paladar, ressonância magnética, raio X, eletroencefalograma, eletrocardiograma, etc.
2. Psicossoma: detectável pelo parapsiquismo clarividente, telepatia, pela percepção da psicosfera, e mais diretamente, pela projeção da consciência para fora do soma, através deste veículo, e, com isto, a detecção é diretamente observável, tal como o Soma, porém, noutra dimensão. Esforços foram feitos para a detecção do psicossoma, tal como em Zelst e Malta, no Dinamistógrafo, ou mesmo na TCI - Transcomunicação Instrumental, o Spiricom e outros meios tecnológicos. O Projeciotron entra nesta categoria de detecção do psicossoma. O Psicossoma porém, até o momento, não foi detectado de forma direta, a não ser pelos meios de materializações induzidas ou espontâneas em fotografias ou relatos pessoais de projetores e parapsiquistas.
3. Mentalsoma: indetectável por instrumentação, porém, detectável pelo parapsiquismo aguçado do sensitivo mais desenvolvido, ou aqui, ou ainda projetado para fora do corpo. Embora possa ser detectado, o que se detecta são presenças ou "massas" de energia luminosa, ou seja, luz. E sendo luz, não é o pensamento que é de natureza dos psicons, portanto, acima da velocidade da luz. O que se observa são os sentimentos da consciência na forma de luz. Aqui podemos desconsiderar o mentalsoma como sendo um corpo mental e deixa-lo ainda sem classificação adequada, visto que quando estamos projetados para fora do Psicossoma, não encontramos veículo algum e não nos sentimos corpo algum.
4. Psicosfera: realidade detectável não de todo, mas de um determinado nível ainda denso, tal como ocorre em Kirliangrafia, fotografias de aura, ou outros meios tecnológicos, como os realizados em caixa de orgone, etc. A psicosfera é melhor detectável pelo parapsiquismo aguçado do sensitivo desenvolvido ou por meios complexos como os ocorridos na medicina chinesa (meridianos, tan tiens, etc) ou mesmo tibetana e indiana (chacras).

Ou seja, dos 4 níveis acima, somente 1 é completamente detectável pela instrumentação humana, o Soma. Esta é a razão pela qual a ciência acha-se tão reduzida à matéria: o analfabetismo e insensibilidade parapsíquica dos cientistas de forma geral.


Dos Níveis não Detectados pela Instrumentação Científica

Então temos que são estes os níveis ainda não detectados pelos instrumentos humanos de ciência ordinária e que expressam a natureza mesma da consciência:

1. Núcleo da Consciência (Holoconsciência-Holocosmo)
2. Consciência (Intenção-Vontade)
3. Psicossoma
4. Mentalsoma
5. Psicosfera

Como paralelo, a ciência em geral por não detectar por instrumentos físicos as 5 realidades acima expostas, viáveis de serem detectáveis com relativa precisão pelo parapsiquismo desenvolvido, desconsidera tais realidades e reduz a realidade ao espectro somático e, portanto, sujeito as leis físicas e fisiológicas. É aqui que surge o empasse da cosmologia e da astronomia como ciências do cosmo. Ambas também reduzem o cosmo a seus aspectos físicos, cuja consciência apresenta-se como realidade secundária da matéria e, portanto, do Big Bang ou qualquer outro modelo redutor da existência a um processo de evolução cósmica que tem como origem um ponto material.

VIII - Das Reflexões

Como se pressupõe com facilidade, o modelo acima é decorrente de autopesquisa, de autoexperimentação parapsíquica profunda da dupla realidade: endo e exoconsciencial simultaneamente. E, decorrente disto, tal experimentação evidencia a realidade da holoconsciência-holocosmo e da Holocosmologia.

A metodologia pode ser utilizada e aplicada por qualquer interessado e replicada quantas vezes forem necessárias até que se alcance o espectro holocósmico. A base desta metodologia é a autopesquisa parapsíquica profunda da consciência até o espectro holocósmico, a partir da vivência dos fenômenos cosmopsigâmicos e cosmoprojetivos. Este caminho é essencialmente um caminho de aprendizagem da benevolência cósmica, universal e dos conceitos temporários aqui trabalhados que agem como mapa que visa apontar para o largo campo da existência que temos adiante, infinita e maravilhosa.

Em se tratando do futuro da humanidade o assunto aponta para:

1. A vivência progressiva e natural da Cosmocracia a partir da revolução interna da consciência de cada um dos que pisam na Terra.
2. A vivência natural da vida na Terra em cooperação com a Comunidade Cosmoética Universal, especialmente o auxílio fraterno das nações, civilizações e povos alienígenas de maior evolução
3. A expansão da ONU para o espectro holocósmico, tal como já previsto, em base estelar, fora da Terra com reprodução de ecossistemas que favoreçam o contato e a vida permanente fora da Terra e em sincronia com as comunidades alienígenas para a gestão dos acordos, tratados e convenções interplanetárias, interestelares e intergalácticas.
4. A vivência de uma sociedade fraterna, justa e cosmoética, com ausência de fome, desgraças e outros problemas decorrentes do desalinhamento holocósmico presente no interior de grande parcela da humanidade e para-humanidade.
5. O uso de tecnologias atualmente irracionais, como o Projeciotron, ou a câmara de indução mecânica de projeção consciente para fora do corpo humano, viabilizando as viagens interdimensionais em massa e expandindo os contatos com outros povos, e mesmo as cidades ou povoações de outras dimensões dentro da magnetosfera da Terra e fora.
6. Ausência progressiva de dinheiro e instalação progressiva do trabalho voluntário em massa, onde as pessoas fazem aquilo que amam, cada um em sua função específica, sem disputas irracionais por poder e ganância.
7. Enfim, um Planeta cosmoincluso pacificamente, o que é tarefa comum de todos.