15.10.13

Ensaio Inicial Sobre o Paradoxo Consciência X Holocosmo: Da Autopesquisa Intraconsciencial à Autopesquisa Holocósmica, Sobre o Esboço Holocosmológico da Consciência e Outras Reflexões

Art by: Ingo Swann
Fernando Salvino (M.Sc)
Parapsicólogo Clínico, Psicoterapeuta

Parapsicólogo, Projeciólogo e Conscienciólogo
Parapsicólogo Clínico/Psicoterapeuta no Espaço Terapêutico Tao Psi e Projeto Amanhecer (HU-UFSC)
Coord. LAC - Laboratório de Autopesquisa da Consciência (HU-UFSC-Projeto Amanhecer)
Membro Associação Brasileira de Parapsicologia e Ciências Mentais
Colaborador do site do Dr. Geraldo Sarti - parapsicologia-rj.com.br
Professor de Projeciologia, Relaxamento e Parapsicologia Clínica Integrativa do Instituto Namaskar - Parapsicologia Clínica Integrativa


 

Dos Esclarecimentos Preliminares

Antes de prosseguir é sempre oportuno expor ao leitor a necessidade de estudo aprofundado da íntegra de todos os ensaios já publicados neste espaço a respeito da Holocosmologia. No ensaio anterior, organizei uma lista de ensaios onde o leitor poderá dedicar-se ao estudo e assim poderá compreender com mais exatidão o teor do presente. Por outro lado, nada impede o leitor de iniciar pelo ensaio que bem entender de forma a gerenciar sua própria aprendizagem com liberdade e auto-orientação. Acredito que esta última via seja a mais adequada tendo em vista que o entendimento da Holocosmologia emerge do estudo sistêmico de todos os ensaios, sem um início cronológico ou mesmo tão lógico, pois estamos a lidar com espaço-tempo simultâneo e realidade de holofusão. Isto porém, não dispensa a minha tentativa didática de expor tamanho assunto da forma mais clara e racional que posso me lançar.

O ensaio que segue é o primeiro ensaio que migro para dentro do micro-holocosmo consciencial que todos somos. O modelo que desenvolvo (e que nunca será definitivo, pelo simples fato de estar exposto em uma linguagem humana) diferencia-se dos modelos ocidentais e aproxima-se principalmente do modelo chinês, inevitavelmente, não pelo fato de praticar o tai chi chuan e chi kung durante anos de dedicação, mas pelo fato de que a coerência do modelo é a da compreensão experimental do ser humano enquanto microcosmo inserido num macrocosmo. Apesar de aproximar-se não se trata do mesmo saber. Os raros tratados taoistas como o "Daoist Exorcism: Encounters With Sorcerers, Ghosts, Spirits, and Demons" de Jerry Alan Jonhson (PhD), onde expõe a "parapsicologia" taoista ainda enredada de um tanto de mística e confusão de linguagem, dificultando a compreensão geral. Da mesma forma, outras obras fecundas em profundidade, tais como "Cosmogênese" de Helena Blavatski e "O Conceito Rozacruz do Cosmos" de Max Heindl, também mostram-se como estudos que dificultam a compreensão de um assunto que pode ser exposto de forma essencialmente racional, como é a proposta da Holocosmologia e como é a minha função assim expor. A Holocosmologia é a tentativa e a tão sonhada concepção ou teoria unificada do cosmos, unificando o cosmo enquanto realidade física e inteligente simultaneamente.

Muito se falou em Samadhi, em estado de Tai Chi, fim dos ciclos existenciais, Moksha, Espírito Puro, Consciência Livre e tantos outros nomes, até mesmo o usado por André Luiz em "Engenheiros Celestes" e pouco se pôde compreender acerca de tais assuntos tamanha a sua profundidade. A minha função é tentar, ensaiar um esclarecimento no máximo que puder, de forma didática e científica, ancorado em experimentos cosmoprojeciológicos diretos que dão a base experimental desta ciência. O início de tal ciência se deve à intuição direta de uma ordem cósmica que repousa por detrás de todo ordenamento jurídico e normativo humano, o qual chamei de Cosmodireito. Somente mais tarde fui compreender que tal ordem além de uma intuição corresponde ao real do universo, o qual acabei dando o nome de "Conselhos de Calibração", "Cosmojuridição" e outros conceitos já expostos nos ensaios sobre os fundamentos e princípios em Holocosmologia.

O leitor então se deparará com conceitos um pouco estranhos porém afins à área da ciência jurídica e com um certo modo de escrever na forma das doutrinas da área do Direito, mas é somente a forma. A minha intenção não é a de doutrinar ninguém, mas a de apontar para tal realidade holocósmica. Porém é sim, a de advogar a favor da benevolência universal e constatar a existência da Cosmocracia e do Estado Cosmocrático de Cosmodireito, verdadeiro Estado Universal cujos fundamentos por si mesmos esclarecem a presença alienígena no planeta sem qualquer apelo místico ou esotérico. É esta minha função primária como mais um, dentre tantos, advogados da evolução cósmica.

Se o leitor compreender que minha intenção é somente mostrar o A, E, I, O, U da Holocosmologia e com isto apontar meu dedo para o Holocosmo e as possibilidades que todos temos de vivenciar as realidades cosmoprojeciológicas e holocósmicas diretas pelo parapsiquismo, viabilizando a experiência direta da percepção cosmo-extrassensorial da holofusão e da solução do paradoxo consciência-holocosmo, então, poderemos retornar à esta Terra com a compreensão experimental de que todos neste Planeta e todos os habitantes e seres vivos do holcosmo somos UM e o MESMO. Com isto repousa minha intenção em explorar cientificamente os fundamentos holocosmológicos do fraternismo e do universalismo racionalmente, sem qualquer vínculo religioso ou institucional.

A Holocosmologia potencializa a necessidade da prática diária da meditação enquanto método de sincronização e calibração endopsíquica e exopsíquica, no preparo contínuo da estrutura geral do psico-astro que somos para os acessos mais amplos do espectro holocósmico, na fusão endopsíquica - holocósmica. Este método é importado naturalmente do Nei-Dan ou o "Yôga Chinês" e contextualizado em seu campo científico e experimental, em conjunto com outros métodos, que em próximo ensaio irei transcorrer aqui enquanto prática acessível a todos nós. O método é semanalmente autoexperimentado pela equipe de pesquisadores do LAC - Laboratório de Autopesquisa da Consciência / Projeto Amanhecer/HU/UFSC em experimentos controlados de laboratório, com resultados parapsíquicos evidentemente explícitos, tanto no micro-espectro parapsíquico, nos fenômenos parapsíquicos psigâmicos ordinários, como da cosmoprojeção, e até mesmo a projeção psi-P ou de mentalsoma além da crosta da Terra, experimentado por mim mesmo e outros pesquisadores, em ampla condição holotrópica. Em termos de autopesquisa, desenvolvo em conjunto com equipe do LAC, metodologia para acesso ao espectro holocósmico em grupo.

O método é a fusão da metodologia assim chamada meditação microcósmica tal como definida por Yang Jwing Ming, profundo estudioso e praticante do Nei-Dan, Tai Chi Chuan e Chi Kung (alquimia interna taoista), incluindo a aplicação da noção holocosmológica de calibração para a sincronização dos 3 centros ou tan-tiens a partir da calibração em 5 níveis: relaxação física (calibração do corpo), respiração embriofetal tranquila e regulada (calibração da respiração), serenização das emoções e pensamentos (calibração da intencionalidade benevolente e amorosa consigo e com o cosmo), ativação da circulação microcósmica pelos canais de função e controle e maturação da intenção (calibração energética, psicosférica) e em conjunto a grande circulação ou mobilização básica de energia com ênfase na instalação do estado vibracional, em alternância com potentes descargas de exteriorização de energia visando a expansão da psicosfera no interior da sala do laboratório. Após, segue-se a calibração da consciência, sem ou com poucos pensamentos, em estado de serenidade e expansão. Este estágio é induzido pela expansão e absorção da energia cósmica fora da Terra, no espaço e evocação da amparabilidade cósmica situada fora da Terra. Os resultados das experiências são difíceis de comunicação, geralmente permanecem na alçada dos sentimentos e de percepção de pacotes amplos de informações que são difíceis de comunicar. A pintura do parapsicólogo Ingo Swann representa de forma bastante aproximada a minha experiência com tal dinâmica que realizamos no LAC. Em matéria de holocosmologia a pintura pode ser um potente instrumento de descrição experimental, além da linguagem. Mas prosseguimos.

Nos ensaios anteriores descrevi com o máximo de detalhe que pude o contexto holocósmico e a Holocosmologia e naturalmente retorno ao começo, que é o sujeito ou consciência holocósmica a partir da autopesquisa parapsíquica profunda ou holocósmica. A tentativa de descrição do modelo holocosmológico da consciência serve para nos situarmos holocosmicamente e compreendermo-nos enquanto "psico-astros" que apresentam órbitas mais ou menos estáveis, porém, interdimendionais e mesmo holodimensionais, quando no estado de holofusão. A compreensão experimental, cosmoprojeciológica, expõe os princípios em Holocosmologia e, diante disso, integra a ordem holocósmica enquanto psico-astro, que possui uma constituição física específica relacionada a ressoma em determinado sistema cosmológico (no caso a Terra ou poderia ser outro sistema, enquanto manifestação alienígena); este corpo fisiológico com massa, densidade, também como todo corpo celeste, apresenta um campo ou sua magnetosfera, mas de um tipo diferenciado, que inclui a variável psíquica ou consciencial (núcleo, centro ou princípio inteligente), ou uma psico-magnetosfera (psicosfera ou aura humana); e assim por diante saindo da realidade exopsíquica para a endopsíquica a partir da complexidade holossomática. A minha função aqui é difícil, e o leitor pode perceber o quanto tempo estou sem publicar, visto estar totalmente dedicado a produção deste presente ensaio.

E perdoe o leitor, eu não irei falar aqui de uma vida essencialmente humana. Pois que esta vida essencialmente humana esconde uma profundidade realmente infinita situada no núcleo profundo de cada um de nós, mais profundo ainda que a alma, o espírito, a consciência tal como percebemos ser, eu e você. Estou a falar aqui na verdadeira natureza de cada um de nós que se funde de tal forma com o universo que podemos arriscar a dizer que somos essencialmente o cosmos. Assim, inevitavelmente estamos numa Cosmocracia, Comunidade Cosmoética Universal (ou Cósmica) e num Estado Cosmocrático de Cosmodireito, verdadeiro sistema cosmogovernamental onipresente, profundamente benigno, universalista e cosmofraterno, que holocoordena o universo, a vida, os sistemas e a coerência harmônica de tudo pelos processos calibratórios, mas que não se confunde em nada com aquilo que vem sendo chamado de Deus. A Holocosmologia é portanto, a morte da religião e o anúncio da religiosidade cósmica direta, livre e universal.



I - Do Espectro de Alcance do Paradigma Psicológico e Cosmológico Padrão (MCP)

A Psicologia, em sua acepção de psiqué, é o estudo da alma, da mente, do espírito, mas que nos últimos séculos vem se consolidando como o estudo do comportamento da consciência somática e, em muitos casos, psiconeurológica, descartando as realidades profundas da psique e considerando a personalidade formada após o nascimento ou parto biológico. A Psicologia então, desconsidera que a personalidade já existia antes do nascimento e de estar dentro do útero, portanto, ao estudar a psique, considera que a mesma é derivada do cérebro e extingue-se com a morte. A concepção cosmológica da Psicologia é que o Eu é seu corpo, e morre integralmente com a morte do corpo. Manifesta portanto uma visão física da psiqué, sendo assim uma ciência do comportamento da psique fisiológica, restrita a uma vida social humana, sem qualquer ligação com os assuntos de ordem do espírito. O espírito é pois, matéria, neurônios, etc, e os problemas que a acometem relaciona-se a fatores do passado atual, ou mesmo inconscientes, mas de sua atual vida.

A Cosmologia, e o Modelo Cosmológico Padrão (MCP), expõe que somos originados da matéria, ou seja, no Big Bang, uma explosão de massa infinita, de matéria pura, evoluiu até os tempos atuais e cá estamos aqui. Logo, a consciência que criou esta teoria, ela mesmo, foi originada da matéria. Portanto, o eu, a personalidade, a individualidade, tudo isto é derivado da matéria, no caso, o corpo, e quando o corpo morre, morre a consciência. Esta posição é inclusive a do célebre físico Stephen Hawking.

O que irei explorar aqui é que ambas as teses estão equivocadas. A psiqué não se originou da matéria, não se originou do cérebro, e nem mesmo o Cosmo teve sua origem num Big Bang. Esta última concepção já está mesmo nos compêndios de cosmologia, onde sabemos que a radiação cósmica de fundo, principal evidência do Big Bang, se dissipa ao longos dos milhões de anos, onde o cosmo apaga a si mesmo e cujo Big Bang pode ser apenas um, de centenas, centenas e bilhões de outros Big Bangs.

O que houve então? Não houve. O cosmo e a consciência, ambos nunca se originaram. É neste axioma que construirei este ensaio. O conceito de gênese para ambos é inaplicável, pois pressupõe o espaço e o tempo "0" absolutos, uma ficção como é o "0" absoluto no estudo científico da temperatura negativa. Nos ensaios já escritos sobre Holocosmologia, especialmente o dos princípios, eu exploro com mais profundidade a questão a partir de vários ângulos.

Eu venho dizendo que nada existe fora do cosmo. A consciência, pois, está tão atrelada ao cosmo que o constitui, ou melhor, além de ser um de seus componentes, está tão fundida ao cosmo que não podemos falar em cosmo e consciência, eu e universo. Somos o cosmo, porque como disse, nada existe fora do cosmo. Então, a consciência ou mais claramente, o princípio inteligente, como expunha Revail, é cosmo. O que constitui tudo o que somos é da mesma natureza do que constitui qualquer coisa no cosmo e o próprio cosmo. E é nesta unicidade axiomática agenética que repousa numa lógica e cognição inclusa do infinito que se nutre a Holcosmologia.

Eu poderia permanecer neste território filosófico, mas não é de meu perfil. Eu nunca acreditaria nisto se não fosse pela experimentação projeciológica direta e pela experimentação psi-gâmica também direta que perfaz meu caminho no campo parapsíquico e de autoconhecimento além de meu próprio cérebro. Mesmo se eu não tivesse lido nada a respeito, eu diria com substancialidade que a consciência ou a inteligência que sou, além de sobreviver a morte de meu corpo, já existia antes mesmo de eu nascer e em determinadas condições liberta-se deste corpo e pode permanecer inteiramente lúcida fora dele, mantendo suas faculdades de raciocínio, intelecção, percepção, intuição, parapsiquismo, sentimento, reações e ações, completamente livre do cérebro e de seus hemisférios e glândulas endócrinas. Esta premissa experimental, melhor, autoexperimental, por mais estranha que pareça, pode ser replicada por outros sujeitos, em autoexperimentações autoinduzidas ou mesmo heteroinduzidas por profissional qualificado ou amparador extrafísico especializado, como nos casos de projeções assistidas.

A compreensão de que já existíamos antes mesmo de nascer vem do acesso lúcido de memórias de fatos que ocorreram antes mesmo desta vida. Os métodos de indução de tais experimentos estão cada vez mais sendo desenvolvidos e as pesquisas realizadas nos estados não-ordinários de consciência nos levam a experiências que desafiam o paradigma vigente e nos colocam diante não mais de um cosmo, mas de um HOLO-cosmo.

A teoria cosmológica das múltiplas dimensões não mais fica no campo teórico, pode ser diretamente experimentada pela projeção consciente para fora do corpo. E a psiqué não fisiológica pode ser comprovada cientificamente quando o próprio psicólogo ou o pesquisador da psiqué, sai de dentro de seu próprio cérebro e se constata existindo sem corpo algum, porém, de posse de um certo tipo de organismo etérico, vaporoso, sutil, translúcido, o próprio corpo psíquico, psicossoma, perispírito ou astrossoma.

A seguir veremos as suas metaciências atreladas, a Parapsicologia e a Holocosmologia e suas concepções até que possa apresentar a concepção holocosmológica da consciência humana.


II - Do Espectro de Alcance do Paradigma Parapsicológico e Holocosmológico Padrão (MHP)

A Parapsicologia dá um passo adiante, pois ao considerar o que está além da Psicologia, inclui esta e tudo o que esta descarta como realidade, como as manifestações da consciência, a memória extracerebral, o mediunismo, o parapsiquismo, a teleportação, a psicocinesia, as experiências fora do corpo e de quase-morte, telepatia, clarividência, a sobrevivência, a investigação da reencarnação, as manifestações parapsiquicas ligadas aos habitantes das dimensões não físicas, e assim por diante.

Com o advento da Metapsiquica, que considero aqui Parapsicologia, e a partir de 1929, temos o surgimento da ciência que investigaria a projeção da consciência para fora do corpo, proposta por Muldoon. Antes disso, Richet, Myers, Lodge e outros, já tinham criado os fundamentos da verdadeira Psicologia, ou a Metapsicologia ou a Parapsicologia como modernamente se chama.

Enquanto campo de pesquisa dos fenômenos psigâmicos, especialmente os de desdobramento da consciência para fora do corpo, a Projeciologia inaugura um estudo ainda mais avançado que é o da consciência em si e não propriamente dos fenômenos transcendentes da consciência, que é a Parapsicologia.

A Parapsicologia é pois, essencialmente, o estudo da consciência geradora dos fenômenos parapsíquicos transcendentes que ultrapassam as fronteiras da ciência psicológica e da ciência geral instituída. É neste ponto que podemos trazer a concepção de uma Conscienciologia, enquanto estudo desta consciência geradora de psi.

A Conscienciologia é a ciência, proposta por Reale e Hegel, e tardiamente explicitada por Vieira, que não se confunde com o seu Conscienciologismo (religião) que visa prioritariamente ao estudo indireto da consciência pelos seus efeitos, ou seja, os atos da consciência, sejam eles:

1. Psíquicos ou conscienciais: intenção-vontade, atividade pensênica, ideação, emoções, sentimentos, percepções, impressões, memória, cognição, liderança, comunicação, priorização, etc.
2. Psicosférico: atos associados à psicosfera, ou a correspondência psicosférica na aura ou campo de energia consciencial.
3. Somático: atos associados aos 2 veículos de manifestação da consciência, ou o soma e psicossoma (astrossoma ou perispírito) que podem atuar em sincronismo (coincidido) ou separadamente (projetado).

O estudo da consciência indireta já vem sendo realizado de uma forma, embora diferenciada e baseada noutros paradigmas, pelo Taoismo, Teosofia, Xamanismo Yaqui, Espiritismo, Hinduismo, etc. Por outro lado, estas últimas linhas vem expondo saberes de profundidade ainda mais fecunda e que expõe práticas, experimentos e concepções interligadas que daí sim, podemos iniciar uma Conscienciologia.

Muito embora o entendimento experimental de si mesmo (consciência) carrega em si a noção de que somos microcosmos num macrocosmo ou melhor, micro-holocosmos num Holocosmo infinito, a experimentação de si em profundidade leva o sujeito a um nível tão profundo para dentro de si que o dentro passa a ser fora, e cujas fronteiras entre o Eu e o Mundo tornam-se inexistentes. Neste nível de realidade, que chamei de holofusão, consciência e mundo, eu e cosmo, são realidades inseparáveis e nem sequer podemos falar acerca de interconexão, mas de holofusão. Eu e você neste caso, somos um com o holocosmo, em uma unidade indivisível, em holomovimento infinito.

O estudo direto da consciência então se dá através da projeção da consciência para fora de todos os veículos, ou o estado de consciência livre temporariamente, ou a assim chamada de forma equivocada de projeção de corpo mental ou mentalsoma. No caso, desconsidero a existência de um corpo mental, decorrente que a mente opera acima da velocidade da luz, e, portanto, impede de ter qualquer veículo visível por si mesmo. Corpo, para ser corpo, só o que está diante do sujeito, ou seja, que apresenta características de um objeto (aquilo que se posta diante do sujeito e é visível por ele). Em projeções desta natureza nunca observei-me tal como um veículo.

O estudo direto da consciência só é possível realmente quando esta se acha livre de veículos, manifestando-se somente enquanto consciência.

O espectro de alcance da Parapsicologia Experimental, ou melhor, da experimentação parapsíquica de raio holocósmico, a cosmopsigamia ou a cosmoprojeção, leva o sujeito a identificar uma realidade holocósmica, onde o eu acha-se holofundido com o holocosmo, e cujas fronteiras entre o eu e não-eu acham-se dissolvidas. Neste exato nível a Parapsicologia Experimental acha-se abraçada amorosamente com a Holocosmologia, esta, em uma franca acepção, a ciência de todas as demais ciências. E sendo a ciência das ciências, a Holocosmologia é a ciência universal da benevolência e do amor em seu espectro mais profundo e que ultrapassa, por enquanto, nossa capacidade de entendimento acerca de sua natureza e de seus operadores, ou os amparadores cósmicos. A holofusão holocósmica em holomovimento infinito é o axioma da Holocosmologia. Temos aqui uma ciência mais avançada que a Conscienciologia, pois que não estamos a tratar do estudo da consciência e sim, da holofusão holocósmica onde tudo é o mesmo e ao mesmo tempo,em uma unicidade indivisível e infragmentável, passível de constatação a partir das experiências cosmopsigâmicas e cosmoprojetivas.

A Holocosmologia traz inevitavelmente o paradoxo consciência individual X holocosmo. É muito estranho, provavelmente, ao leitor ainda não familiarizado com o assunto, que pense que eu e você estamos essencialmente holofundidos em nossos núcleos inconstatáveis por observação direta. O que quero dizer com isto? Você já conseguiu alguma vez observar a si mesmo? Não. O que você observa são os atos do núcleo, são as manifestações do núcleo que eu e você tomamos consciência e consideramos tudo o que tomamos consciência enquanto sendo o que chamamos: EU. Mas já sabemos que tem uma área que não temos consciência e que mesmo assim constitui o EU: a "região" inconsciente da consciência. A tese a seguir que ensaio é que o núcleo que irradia as manifestações que consideramos como manifestações da consciência individual não é tão individual assim e que este núcleo, ou a consciência real que somos, consciência sem pensamentos e sem corpo, é ao mesmo tempo consciência profundamente singular e profundamente holocósmica. É ao mesmo tempo, consciência singular e holocosmo em uma unicidade indivisível, inseparável. Esta unicidade é o fundamento da concepção holocosmológica da consciência.


III - Sobre o Paradoxo: Consciência Individual - Consciência Holocósmica

Como o "Eu" (ou a consciência) pode ser ao mesmo tempo, Eu e Todo? Ou noutras palavras, Consciência Individual e Consciência Holocósmica? Eu e Cosmo?

Você certamente acredita que sabe quem você é. Então, provavelmente você se definiria como sendo uma pessoa, com um corpo, que pensa, sente, deseja, traça metas, cultiva medos, receios diversos, e em muitos casos, teme a morte por não saber o que realmente é, ou desconhece sua natureza mais profunda do passado, não tenho maiores lembranças da infância, muito menos da vida intra-uterina e sem falar de supostas vidas anteriores. De forma geral, a sua definição de quem você é se restringe muito a estas variáveis, onde afinal, você ama, odeia, sente raiva, afetos, atração ou repulsa por determinadas pessoas, amor e paixão por algumas delas e, dentre tantas pessoas, você escolhe namorar, casar ou ainda ter filhos e construir família com uma delas. Uma vida humana onde você frequentou a escola, cresceu num grupo de amigos, e em alguns setores da sociedade humana, você conseguiu algum trabalho para ter sua vida de subsistência, paga impostos, etc. Em resumo uma vida essencialmente humana. E esta vida humana se dá um local chamado planeta Terra. Você geralmente nem se dá conta disso, porque está tão atarefado com suas coisas que esquece que flutua no espaço pisando na superfície de um planeta pequeno, pressionado pela força gravitacional que o faz ter a sensação de peso, de ter os pés no chão. Você acha que existe o acima e o abaixo, acredita nestas referências e vive seguro com estas crenças, sem saber que o cosmo não apresenta acima e abaixo e não apresenta uma borda ou fronteira para um não-cosmo.

E neste planeta existem outros seres vivos, aliás, bilhões e bilhões e bilhões deles. Alguns deles podem conviver com você, cães, gatos, pássaros, etc, o que faz de sua vida menos solitária. Até mesmo seu corpo apresenta 10 vezes mais bactérias que células. Quando você se sente só, sua imunidade abaixa, você fica triste e os seres que vivem em seu corpo mostram que estão ali, que você nunca está a sós essencialmente. Você também sente solidão, aquela que brota lá de dentro de um local de você que desconhece quase por completo. Ou mesmo uma angústia que brota do "nada". Você preenche sua vida para evitar o contato com a angústia deste vazio, desta solidão, um sofrimento silencioso que irradia de dentro de você. Mas, não é só isto que você sente. Você sente paz, e não raro, uma sensação de serenidade, de alegria quando seu time de futebol ganha ou quando recebe um aumento de salário. Uma vida essencialmente humana. E perdoe o leitor, como disse no começo deste ensaio, eu não irei falar aqui de uma vida essencialmente humana. Pois que esta vida essencialmente humana esconde uma profundidade realmente infinita situada no núcleo profundo de cada um de nós, mais profundo ainda que a alma, o espírito, a consciência tal como percebemos ser, eu e você. Estou a falar aqui na verdadeira natureza de cada um de nós.

E é neste exato nível que aparece o paradoxo da consciência que resumo na seguinte sentença:

Quando a consciência alcança o estado de consciência sem corpo, quando se projeta para fora de todos os veículos, a sua singularidade torna-se mais aguçada em níveis cósmicos de tal maneira que se sente pertencente ao cosmos em um nível profundo de uma subjetividade tamanha, que se sente como sendo o cosmos, se sente una com tudo e todos. É neste nível de holofusão que a verdadeira singularidade e individualidade se mostra, paradoxalmente. Chamarei este nível de "consciência holocósmica".

O paradoxo é que a consciência quando se acha nesta condição, justamente na condição experimental onde poderia estudar-se como consciência individual a partir da manifestação em si mesma, esta perde esta característica, ou melhor, manifesta sua verdadeira natureza de consciência holofundida ao holocosmos, o que torna a consciência individual somente um nível do espectro da natureza da estrutura consciencial integral. A autopesquisa profunda, causal, parapsíquica da consciência que somos rasga o espaço-tempo do Ego e adentra para o campo holocósmico. É a morte da Conscienciologia, porque o estudo e o entendimento profundo de quem somos essencialmente inclui, abraça, engloba ou melhor, se holofunde ao entendimento do Holocosmo. É inviável compreender quem somos em nossa singularidade profunda sem compreendermos o Holocosmo. O Ego, em sua profundidade transcende a si mesmo o que leva-nos ao outro, onde somos o mundo, somos o cosmo.

O que chamamos de consciência pode ser compreendido como uma "porção" limitada de consciência coagulada enquanto "Eu" singular. A esta porção limitada de consciência podemos chamar de quantum consciencial. Um (1) quantum consciencial equivale a uma consciência singular ou noutras palavras, uma pessoa ou espírito individualizado. Este quantum consciencial que acreditamos nos reduzir a ser, em determinadas condições, pode sentir a conectividade holodimensional holocósmica, a holofusão, que é a natureza profunda intrínseca de todos nós. A lógica do fraternismo se dá justamente a partir desta constatação: somos o único e o mesmo cosmo. Nada existe fora ou além do cosmo. O cosmo é tudo e somos essencialmente o cosmo. E não do ponto de vista poético ou simplesmente filosófico, mas experimental.

Então, a própria condição de ser consciência sem corpo, mesmo que temporariamente, evidencia que o núcleo profundo da consciência não é individual, apesar de que se apresente como o momento que mais a consciência sente sua singularidade. Assim, quando a consciência se sente holofundida é quando ela mesma se sente mais singular.


IV - Da Dualidade Unificada Yin - Yang, Consciência - Holocosmo.

O paradoxo enfatiza o vaivém, o Yin - Yang, a dualidade unificada de Consciência - Holocosmo.

O estudo profundo da consciência, pelos meios da autopesquisa parapsíquica experimental, projeciológica e parapsíquica propriamente dita, profunda, levou-me a este espectro donde experimentalmente compreendi tal realidade de holofusão. Longe de qualquer misticismo envolvido, e mais correto dizer mais próximo do paradoxo quântico e da dupla natureza de sermos ao mesmo tempo, singulares e unos, e quanto mais singulares mais unificados vamos nos tornando. Este paradoxo é a forma como consigo expor tal realidade. Este paradoxo pode ser considerado o fundamento do fraternismo e da necessidade de uns ajudarem os outros. Inevitavelmente, pelo fato de sermos UM e o MESMO, o universalismo e o fraternismo sustentam-se como campos de benevolência universal na evolução holocósmica em uma verdadeira Comunidade Cosmoética Universal, a Cosmocracia, o Estado Cosmocrático de Cosmodireito, a Cosmojurisdição, os Conselhos de Calibração, os Densificadores, os amparadores alienígenas e cósmicos e assim por diante.

A comparação que posso expor didaticamente é a galáxia. Sabemos que o núcleo da Via-Láctea manifesta alguma realidade astrofísica donde deduz-se pelos seus efeitos (horizonte de eventos) ser um Buraco Negro. E esta grandeza nada lhe escapa, nem mesmo a luz. Então, como nada lhe escapa e nem mesmo a luz, logicamente, não poderemos vê-lo, porque sua realidade está além do fóton. Então, conseguimos deduzi-lo pelos seus efeitos. A consciência no estado em que estamos manifesta o mesmo problema de pesquisa. Só conseguimos detectar por dedução que existe consciência pelos seus efeitos no sistema humano onde habita, mesmo sendo multiveicular e psicosférico. Mas podemos detectar por indução.

Então, enquanto microcosmo que somos, um microcosmo consciencial, a consciência projetando-se para fora destes veículos alcança o centro de sua "galáxia", ou seja, o seu "buraco negro". Sai do horizonte de eventos, afasta-se de emoções, raiva, de corpos, de tudo que não é a consciência e experiencia-se tão somente como núcleo puro de inteligência. Neste estado, a consciência, ou seja, nós, sentimos que somos nós mesmos e ao mesmo tempo que estamos fundidos a tudo. E não nos observamos. Não existe um pé, braço, mão, ou mesmo um corpo translúcido. Em última instância, somos este "buraco negro" que irradia por atos conscienciais seus efeitos passíveis, alguns deles, de serem mensurados, como os dados do cérebro, os sonhos e outros, como os fenômenos parapsíquicos. Mas os atos conscienciais apesar de evidenciarem a existência de consciência que os gera, não comprova experimentalmente a existência da consciência, esta que somente pode ser comprovada pela projeção para fora de todos os veículos. Daí a necessidade imperativa da evolução de aprendermos vida após vida a sairmos de nossos corpos e da lógica evolutiva das reencarnações e desencarnações, nas experiências projetivas suaves nas dimensões ainda paratroposféricas em colônias e outros locais ainda situados na magnetosfera do planeta Terra ou regiões ainda mais próximas. A lógica da reencarnação parece-me ser exatamente esta, a de ensinar a todas as consciências a realizar as projeções interdimensionais, unificando-se, e aproximando-se as pessoas e seres em relacionamento para aprendermos a amar, a nos auxiliar e vida após vida, vamos nos cosmificando até ultrapassarmos a orbe da Terra, aos contatos alienígenas até a cosmoinclusão. Este aprendizado é um aprendizado de amor puro, cósmico, universal. A reencarnação é, pois, um método de evolução que visa a expansão da consciência geral da humanidade para fins de expandir a cosmificação da consciência até o processo cosmoinclusivo, rompendo o isolamento consciencial o qual a maioria da humanidade se encontra.

A Holocosmologia emerge enquanto solução do paradoxo Consciência Individual - Consciência Holocósmica, de forma que a autopesquisa parapsíquica ou profunda de si mesmo leva inevitavelmente a consciência para a totalidade holocósmica, saindo da "Conscienciologia ou ciência do Ego" enquanto realidade profunda de si mesmo (self) e realidade mesma do holocosmo. As conseqüências desta experiência ultrapassam o estudo dos efeitos da consciência, decorrente dos acessos às dimensões conscienciais puras, que como massas holofundidas quintessenciais conscienciais, as inteligências do amparo holocósmico, anônimas e holopresentes na holodimensionalidade holocósmica em holofusão, manifestam-se em tudo simultaneamente, tal como massa e matéria escura do holocosmo que age como agentes cosmomodeladores do universo.

V - Da Transciência: Além da Holocosmologia

A Holocosmologia, sendo a ciência emergente da constatação de que no núcleo profundo da consciência nada se encontra enquanto "ego", espírito "individualizado", mas sim, consciência holofundida ao holocosmo,  sendo ao mesmo tempo consciência-holocosmo, sendo realidade unificada e indivisível, onde tudo está mais do que conectado a tudo, mas manifesta-se enquanto holofusão, transcendendo, pois, o estudo da consciência ou psiqué, enquanto passo anterior daquela, no estudo da consciência individual, ou como citado como sinônimos (alma, espírito, self, ego, eu, personalidade, mente), tem a sua frente um outro campo, muito mais vasto e inacessível a grande maioria da humanidade e dos habitantes do holocosmo: a Transciência. Além da Holocosmologia encontramos o espectro inacessível ao nível cognitivo humano, o campo incognoscível, pertencente pois, à Transciência.

A Transciência é, como hipótese, o modo de conhecer/comunicar assim como modo de agir/ser próprio das consciências que se comunicam diretamente no nível das dimensões conscienciais puras, em espaço-tempo simultâneo, na holodimensionalidade cósmica, Infinita. A constatação da Transciência modera o espírito da arrogância de acharmos que até que enfim estamos com uma verdade. Não. Qualquer coisa escrita em uma linguagem humana, ou qualquer coisa falada em uma linguagem articulada, não é a verdade. Mas um tipo de apontamento, de indicação, é uma placa sinalizadora que indica algo. Nada definitivo.

De forma resumida, a Holocosmologia pode ser compreendida com a ou uma "ciência" das cosmointermissões, manifestando-se como os aprendizados próprios das consciências que passam por esta órbita holodimensional e após incorporam experimentalmente as noções de totalidade e holofusão ou ainda das consciências que mesmo não orbitando em cosmointermissões, apresentam intuições profundas de tal realidade. E diante da noção de órbita é que iniciaremos a seguir nos próximos capítulos uma introdução a órbita do micro-holocosmo humano e sua condição de psico-astro holocósmico.


VI - Sobre o Microholocosmo Consciencial e a Grande Circulação Celestial (Macro-Órbita Evolutiva)

O microholocosmo consciencial, ou simplesmente consciência humana, apresenta características de um astro, tal como exponho abaixo:


Centro (Consciência) - Holoconsciência-
Holocosmo,
representado pelo círculo.
Realidade Endopsíquica

1. Centro: Possui um centro não detectável que produz efeitos constatáveis por instrumentos no espectro exopsíquico: a holoconsciência-holocosmo
Centro irradiador de
Intenção-Vontade
Realidade Endopsíquica



2. Manifestação Primeira do Centro: O seu centro, a holoconsciência-holocosmo, manifesta-se e produz efeitos sendo que uma dupla realidade, intenção-vontade (primeira realidade), geram uma segunda realidade, a ideia ou concepção, sempre carregada de afeto, sentimento e/ou emoção (terceira realidade) e, em seguida, energia/campo (quarta realidade). O centro é indetectável por qualquer instrumentação que vise captar sinais associados a ondas abaixo da velocidade da luz. O centro é de ordem psicônica ou taquiônica. A representação ao lado manifesta a partir do centro as duas realidades, intenção-vontade, como fluxos complementares e unificados. É o primeiro nível da realidade endopsíquica.


Realidade Exopsíquica
(soma-psicossoma-"mentalsoma"-psicosfera)
Observável devido a natureza
fotônica
3. Realidades Endopsíquica ou Consciencial e Exopsíquica ou Exoconsciencial: Assim, a intenção-vontade (yin-yang), enquanto manifestação unificada da holoconsciência-holocosmo, se manifesta no espectro humano, da seguinte forma:

a) Realidade endoconsciencial ("situada" no horizonte de eventos do núcleo ou holoconsciência-holocosmo), subjetiva, abstrata, indetectável por instrumentos de medição e detecção. Relaciona-se aqui, a ética, o caráter causal, o fundamento da estrutura da personalidade, as características subjetivas, internas, não-locais, da consciência, a capacidade de comunicação, liderança, priorização, coerência, universalismo, consciencialidade, etc. Intenção-Volição sempre estão ligadas e são inseparáveis. A realidade endopsíquica é inobservável, tendo em vista que sua natureza não é fotônica, portanto, está além da luz e do espectro eletromagnético.

      a.1) Intenção: aspecto qualitativo da consciência.
      a.2) Volição: aspecto quantitativo da consciência.


b) Realidade exoconsciencial: mais objetiva, é a manifestação visível da realidade endopsíquica, ligada ao fóton e ao espectro eletromagnético, podendo ser constatável enquanto objeto da consciência, ou seja, as ideias, sentimentos, emoções, energias, atitudes (comportamentos). Estes níveis se manifestam da seguinte forma:

      b.1) No nível da ideia/sentimento, como fluxo de pensamentos pulsando incessantemente tal campo mental, manifestando-se como vozes internas, imagens pictóricas, enredos, representações vívidas e imagéticas de concepções. Em determinadas consciências, tal campo manifesta organização e até certo ponto alguma forma, raramente detectável, somente por terceiros e não por si mesmo, podendo ser chamado aqui de corpo mental ou mentalsoma, ou veículo do sentimento.

      b.2) No nível do sentimento/emoção, como o aspecto de sentir-se e sentir as coisas em geral, o mundo, o ambiente, as pessoas, consciências, energias, etc. Em consciências humanas pelas evidências temos que os sentimentos/emoções estão organizadas de forma complexa, tal qual um organismo de natureza muito difícil de ser estudado, chamado, dentre muitos nomes de: corpo astral, períspírito, psicossoma, corpo emocional, astrossoma.
      b.3) No nível da energia, como aspecto mais volitivo, de carga visível dos níveis acima, temos um campo de energia, manifestando-se como uma psicosfera, espécie de magnetosfera consciencial, que se estende além do corpo (4 nível da realidade exopsíquica) centímetros, metros ou até distâncias muito maiores. Em alguns casos, é possível mobilizar tal campo pela intenção/vontade onde tal campo é similar a um membro ou veículo da consciência. Este campo foi chamado de corpo etérico, aura, psicosfera, energosfera, etc. 

      b.4) No nível do comportamento temos o corpo, enquanto veículo sexossomático, fisiológico, biológico, que viabiliza a ação aqui, em nossa dimensão humana. Embora exista comportamento em qualquer nível aqui exposto, o comportamento aqui tratado refere-se ao que ocorre enquanto realidade associada ao corpo. O corpo é um veículo muito complexo e existem muitas teorias que procuram descrever sua ciência, tal como a ciência ocidental e a oriental, assim como o ocultismo. De qualquer forma, o corpo é o veículo dos sentidos mais físicos, densos, que viabilizam uma vida humana na Terra.

Dos 4 níveis acima temos que somente 2 são verdadeiros veículos da consciência, tais como:

1. Soma
2. Psicossoma

Os demais por não portarem a consciência dentro de si, diretamente, não agindo como um organismo projetável, como o soma e psicossoma, são realidades exopsíquicas de campo, podendo manifestar a consciência indiretamente, tal como ocorre com as projeções energéticas, as mobilizações de energia, o chi kung. Já a vida humana é somática e pela projeção da consciência para fora do corpo e mesmo para fora de todos os corpos, podemos trazer as evidências de quais realidades são de fato veículos e quais são campos. embora seja tratado como corpo mental, tal realidade não sendo observável tal como observamos os demais níveis, parece-me que pertence a outro nível conceitual e portanto não o considero um veículo, embora seja tratado como tal pela literatura, provavelmente, para facilitar a comunicação.

De forma a simplificar o modelo temos que:

1. Centro ou Holoconsciência-Holocosmo (nível de percepção de totalidade, holofusão)
2. Consciência como Intenção-Volição (nível de percepção de individualidade)
3. Realidade Endoconsciencial (intraconsciencial) = nível de evolução da consciência
4. Realidade Exoconsciencial (extraconsciencial) = soma, psicossoma e psicosfera.

Os 3 primeiros níveis pertencem a um espectro de realidade acima da velocidade da luz, portanto, indetectável diretamente por qualquer instrumentação, mas somente pela experimentação direta pelos recursos parapsíquicos da metodologia parapsicológica, projeciológica, conscienciológica e holocosmológica.

A Grande Circulação ou Macro-órbita Evolutiva é a órbita do micro-holocosmo consciencial, ou aqui resumido pelo nome, consciência (o que definimos como sendo "eu" e "você").

A consciência possui uma órbita mais ou menos estável como qualquer outro astro do holocosmo. Isto pode ser descrito assim:

1. A consciência apresenta uma órbita mais ou menos estável.
2. A macro-órbita é a órbita evolutiva, ou o percurso que a consciência realiza ao longo do espaço-tempo, tal como qualquer outro astro, muito embora seja um tipo especial de astro, ou psico-astro.
3. A consciência, sendo essencialmente a realidade endoconsciencial, existe antes de estar na dimensão aqui, física, com um corpo físico, e sobrevive após a morte do corpo.
4. Assim, a consciência vem de um longo percurso, ou órbita oscilatória, num tipo de vaivém interdimensional, de trocas de veículos somáticos a cada vida e de maturação dos demais veículos, da psicosfera, percorrendo praticamente o mesmo trajeto numa espécie de "mapa holocosmonáutico consciencial".
5. A macro-órbita é o trajeto holodimensional, ou melhor, interdimensional que a consciência realiza em seus movimentos projetivos (a consciência é essencialmente projetiva) ora numa dimensão, ora noutra.
6. Porém, dependendo do nível de evolução e do processo de calibração (cosmocalibração), a consciência acaba se ancorando de uma forma mais ou menos estável, porém, temporária, numa determinada faixa ou dimensão do holocosmo, relacionada ao seu estado de consciência. Lembrando que dimensão é função do estado de consciência. A isto chama-se de "dimensão extrafísica de origem", apesar da consciência não ter origem alguma.
7. A macro-órbita pode ser definida pelo trajeto mais ou menos estável que a consciência realiza no movimento de permanência nesta dimensão extrafísica para a vida intrafísicalizada (vida humana, por exemplo) e no retorno para esta vida extrafísica na dimensão de seu estado de consciência. Esta órbita se pudéssemos ter um mapa holodimensional da Terra em relação às dimensões extrafísicas, abarcaria um trajeto de mais de 4D, em um movimento visível sucedido de um trajeto invisível e assim sucessivamente.
8. A órbita sendo mais ou menos estável, pode ser hipoteticamente calculada como qualquer órbita de qualquer astro do holocosmo, tais como cometas, planetas, etc. E como cada psico-astro é uma função de onda psi mais ou menos estável, é possivel logicamente o cálculo calibratório da capacidade de suporte evolutivo de dado astro planetário para abarcar a evolução de bilhões de consciências ressomadas e mesmo dessomadas orbitando numa só magnetosfera e ainda, quanto a capacidade evolutiva de suporte do quanto dado sistema comporta de acessos a realidades mais expansivas consciencialmente, como o campo alienígena, além da Terra e o campo espiritual ou theta, além desta dimensão. Por hipótese, tais cálculos são realizados pelos cosmoengenheiros, ou os amparadores cósmicos responsáveis por dado sistema solar ou além.
9. O tempo da vida humana, ou seja, uma órbita que leva mais ou menos 70 a 80 anos para se completar prossegue seu trajeto após a morte, dando continuidade orbital por um tempo "X", visto que as noções de espaço-tempo além Terra diferenciam-se bastante. Assim, após o decorrer da órbita entre vidas, a consciência prossegue atravessando as dimensões e se encontra novamente na Terra para prosseguir seu trajeto até que mude de camada orbital. Para cada "camada orbital", um nível de evolução consciencial.
10. A consciência é quem orbita (realidade endoconsciencial) através de sua realidade exoconsciencial (veículos e psicosfera). Os veículos correspondem às dimensões em termos de matéria, substancialidade e natureza e a partir da fórmula: D = fEc (dimensões são funções dos estados de consciência).
11. Cada consciência apresenta uma Macro-órbita Evolutiva específica relacionada com os ciclos de ressoma e dessoma e com a experiência evolutiva passada, constituindo sua personalidade palingenética ou holocósmica.
12. Assim como a Terra apresenta uma magnetosfera, a consciência apresenta uma magnetosfera, que é um nível da psicosfera integral. A magnetosfera da consciência é a psicosfera.
13. A consciência estrutura-se também enquanto luz, o que a torna além de perceptível, visível enquanto objeto celeste, não só nesta dimensão, mas nas dimensões além desta, após a morte ou quando se acha na condição extracorpórea.
14. A Macro-Órbita pode ser investigada pela própria consciência através da retrocognição e pode ser detectada em seu movimento futuro, pela precognição.
15. Enquanto nesta dimensão humana, a consciência pode oscilar orbitalmente através das projeções da consciência para fora do corpo e detectar diretamente a natureza holodimensional do cosmo e, portanto, sair do cosmo e adentrar no holocosmo.

(em fase de elaboração)



VII - Das Reflexões de Ordem da Ciência

Sobre a Detectabilidade do 4º nível (realidade exoconsciencial ou exopsíquica)

O 4º nível é detectável hoje da seguinte forma:

1. Soma: detectável pela visão, audição, tato, oufato, paladar, ressonância magnética, raio X, eletroencefalograma, eletrocardiograma, etc.
2. Psicossoma: detectável pelo parapsiquismo clarividente, telepatia, pela percepção da psicosfera, e mais diretamente, pela projeção da consciência para fora do soma, através deste veículo, e, com isto, a detecção é diretamente observável, tal como o Soma, porém, noutra dimensão. Esforços foram feitos para a detecção do psicossoma, tal como em Zelst e Malta, no Dinamistógrafo, ou mesmo na TCI - Transcomunicação Instrumental, o Spiricom e outros meios tecnológicos. O Projeciotron entra nesta categoria de detecção do psicossoma. O Psicossoma porém, até o momento, não foi detectado de forma direta, a não ser pelos meios de materializações induzidas ou espontâneas em fotografias ou relatos pessoais de projetores e parapsiquistas.
3. Mentalsoma: indetectável por instrumentação, porém, detectável pelo parapsiquismo aguçado do sensitivo mais desenvolvido, ou aqui, ou ainda projetado para fora do corpo. Embora possa ser detectado, o que se detecta são presenças ou "massas" de energia luminosa, ou seja, luz. E sendo luz, não é o pensamento que é de natureza dos psicons, portanto, acima da velocidade da luz. O que se observa são os sentimentos da consciência na forma de luz. Aqui podemos desconsiderar o mentalsoma como sendo um corpo mental e deixa-lo ainda sem classificação adequada, visto que quando estamos projetados para fora do Psicossoma, não encontramos veículo algum e não nos sentimos corpo algum.
4. Psicosfera: realidade detectável não de todo, mas de um determinado nível ainda denso, tal como ocorre em Kirliangrafia, fotografias de aura, ou outros meios tecnológicos, como os realizados em caixa de orgone, etc. A psicosfera é melhor detectável pelo parapsiquismo aguçado do sensitivo desenvolvido ou por meios complexos como os ocorridos na medicina chinesa (meridianos, tan tiens, etc) ou mesmo tibetana e indiana (chacras).

Ou seja, dos 4 níveis acima, somente 1 é completamente detectável pela instrumentação humana, o Soma. Esta é a razão pela qual a ciência acha-se tão reduzida à matéria: o analfabetismo e insensibilidade parapsíquica dos cientistas de forma geral.


Dos Níveis não Detectados pela Instrumentação Científica

Então temos que são estes os níveis ainda não detectados pelos instrumentos humanos de ciência ordinária e que expressam a natureza mesma da consciência:

1. Núcleo da Consciência (Holoconsciência-Holocosmo)
2. Consciência (Intenção-Vontade)
3. Psicossoma
4. Mentalsoma
5. Psicosfera

Como paralelo, a ciência em geral por não detectar por instrumentos físicos as 5 realidades acima expostas, viáveis de serem detectáveis com relativa precisão pelo parapsiquismo desenvolvido, desconsidera tais realidades e reduz a realidade ao espectro somático e, portanto, sujeito as leis físicas e fisiológicas. É aqui que surge o empasse da cosmologia e da astronomia como ciências do cosmo. Ambas também reduzem o cosmo a seus aspectos físicos, cuja consciência apresenta-se como realidade secundária da matéria e, portanto, do Big Bang ou qualquer outro modelo redutor da existência a um processo de evolução cósmica que tem como origem um ponto material.

VIII - Das Reflexões

Como se pressupõe com facilidade, o modelo acima é decorrente de autopesquisa, de autoexperimentação parapsíquica profunda da dupla realidade: endo e exoconsciencial simultaneamente. E, decorrente disto, tal experimentação evidencia a realidade da holoconsciência-holocosmo e da Holocosmologia.

A metodologia pode ser utilizada e aplicada por qualquer interessado e replicada quantas vezes forem necessárias até que se alcance o espectro holocósmico. A base desta metodologia é a autopesquisa parapsíquica profunda da consciência até o espectro holocósmico, a partir da vivência dos fenômenos cosmopsigâmicos e cosmoprojetivos. Este caminho é essencialmente um caminho de aprendizagem da benevolência cósmica, universal e dos conceitos temporários aqui trabalhados que agem como mapa que visa apontar para o largo campo da existência que temos adiante, infinita e maravilhosa.

Em se tratando do futuro da humanidade o assunto aponta para:

1. A vivência progressiva e natural da Cosmocracia a partir da revolução interna da consciência de cada um dos que pisam na Terra.
2. A vivência natural da vida na Terra em cooperação com a Comunidade Cosmoética Universal, especialmente o auxílio fraterno das nações, civilizações e povos alienígenas de maior evolução
3. A expansão da ONU para o espectro holocósmico, tal como já previsto, em base estelar, fora da Terra com reprodução de ecossistemas que favoreçam o contato e a vida permanente fora da Terra e em sincronia com as comunidades alienígenas para a gestão dos acordos, tratados e convenções interplanetárias, interestelares e intergalácticas.
4. A vivência de uma sociedade fraterna, justa e cosmoética, com ausência de fome, desgraças e outros problemas decorrentes do desalinhamento holocósmico presente no interior de grande parcela da humanidade e para-humanidade.
5. O uso de tecnologias atualmente irracionais, como o Projeciotron, ou a câmara de indução mecânica de projeção consciente para fora do corpo humano, viabilizando as viagens interdimensionais em massa e expandindo os contatos com outros povos, e mesmo as cidades ou povoações de outras dimensões dentro da magnetosfera da Terra e fora.
6. Ausência progressiva de dinheiro e instalação progressiva do trabalho voluntário em massa, onde as pessoas fazem aquilo que amam, cada um em sua função específica, sem disputas irracionais por poder e ganância.
7. Enfim, um Planeta cosmoincluso pacificamente, o que é tarefa comum de todos.

4.8.13

Rascunho sobre a Inteligibilidade Subjacente ao Sol, suas Relações com a Vida na Terra, Cosmo-Li-Fi e Outras Considerações

Nebulosa da Águia - "Pilares da Criação"
Foto tirada pelo Hubble, mostra um berçário de
estrelas.
Seriam estes berçários verdadeiros cultivos
estelares proveniente de atividade cosmointeligente?
Fernando Salvino (M.Sc)
Parapsicólogo, Psicoterapeuta, Pesquisador
Espaço Terapêutico Tao Psi
Projeto Amanhecer-LAC - Laboratório de Autopesquisa da Consciência (coord)
ABPCM - Associação Brasileira de Parapsicologia e Ciências Mentais (membro)
ABRAP/FEBRAP/IPRJ /Parapsicologia-RJ Geraldo Sarti.



I - Considerações sobre a Estrela Central: o Sol


O Sol situa-se na galáxia Via-Láctea, composta por braços, sendo que o braço onde se localiza o sistema solar é o Braço de Órion. O Sol também mantém uma órbita ao redor do centro galáctico, que suspeita-se ser um Buraco Negro (clique aqui). A órbita do Sol ao redor do núcleo galáctico perfaz em cerca de 225 a 250 milhões de anos (1 ano galáctico), a uma distância do centro de cerca de 24 a 26 mil anos-luz. Os dados nos mostram a pequenez da vida na Terra, em seus míseros ciclos de espaço e tempo limitados a curtíssimos momentos, pequenos momentos dos macro ciclos cósmicos o qual estamos submetidos.

A relação do Sol com a vida na Terra é direta, senão vejamos os dados da ciência:

"luz solar é a principal fonte de energia da Terra. A constante solar é a quantidade de potência que o Sol deposita por unidade de área diretamente exposta para luz solar. A constante solar é igual a aproximadamente 1 368 W/m² a 1 UA do Sol, ou seja, na ou próxima à órbita da Terra,107 sendo que o planeta recebe por segundo 50 000 000 GW.nota 4 Porém, a luz solar na superfície da Terra é atenuada pela atmosfera terrestre, diminuindo a potência por unidade de área recebida na superfície para aproximadamente 1 000 W/m² no zênite, em um céu claro.109 A energia solar pode ser coletada através de uma variedade de processos sintéticos e naturais.
A luz solar é indispensável para a manutenção de vida na Terra, sendo responsável pela manutenção de água no estado líquido, condição indispensável para permitir vida como se conhece, e, através de fotossíntese em certos organismos (utilizando água edióxido de carbono), produz o oxigênio (O2) necessário para a manutenção da vida nos organismos dependentes deste elemento e compostos orgânicos mais complexos (como glucose) que são utilizados por tais organismos, bem como outros que alimentam-se dos primeiros. A energia solar também pode ser capturada através de células solares, para a produção de eletricidade ou efetuar outras tarefas úteis (como aquecimento). Mesmo combustíveis fósseis tais como petróleo foram produzidos via luz solar — a energia existente nestes combustíveis foi originalmente convertida de energia solar via fotossíntese, em um passado distante.110" (Wikipedia)

Sendo então a principal fonte de energia na Terra, existem ainda outras funções associadas à vida, tais como: viabilizando a luz, ou seja, além da energia para a manutenção da vida, a luminosidade sempre associada ao BEM, a proteção, a visão, a saber onde estamos vivendo, ao ato de ver as coisas, viabilizando tudo o que existe na Terra, os relacionamentos, porque as pessoas se vêem, se enxergam; viabilizando o trabalho, a produção, a sociedade, a indústria que usa produtos vindos da natureza e por ser da natureza tem sua viabilidade graças ao Sol.

O Sol portanto, além de viabilizar a vida organicamente compreendida, tal como exposta pela ciência, viabiliza a vida psíquica aqui na Terra. Viabilizando a existência organísmica e ecológica completa no planeta, viabiliza com isto a vida relacional, emocional e mental, visto que sem o Sol nem mesmo teríamos cérebros, corpos, mãos, dedos, olhos, sentidos, etc. É importante dizer que, sem o Sol não haveria vida organísmica no planeta. Mas a questão vai se aprofundando.

O leitor já sabe que eu como pesquisador considero que a consciência ou inteligência não são submetidas às leis de nascimento e morte, ou seja, consciência/inteligência não são organismos sujeitos as decomposições e nascimentos. Então, diante disso, não sendo sujeitas ao espaço-tempo, e não tendo natureza fotônica ou mesmo material, física, energética; a questão da existência da consciência pode ser considerada sim, embora retornemos com isto a crítica cartesiana da separação entre mente-corpo, como realidades distintas da existência do organismo. O organismo sim, é impermanente, mas a consciência não. A consciência permanece, e como dizemos em parapsicologia ou metapsíquica, sobrevive. E se a consciência sobrevive, ela existia antes do corpo físico nascer.

Então vejamos:

1. Se a consciência é realidade não sujeita ao ciclos de nascimento e morte no planeta Terra, especialmente quando tratamos na vida humana na Terra;
2. Se a consciência/inteligência já existia antes do nascimento do corpo e persiste sua existência após a morte, sobrevivendo enquanto centro inteligente, através de outro corpo, chamado de psicossoma, perispírito ou astrossoma;

Então existe uma relação direta entre a estrela central e aquilo que vem sendo chamado de reencarnação e desencarnação, ou em palavras mais científicas, dessoma e ressoma. Por quê?

Porque ambas realidades só são possíveis decorrente da existência do Sol, que, pela luz solar, viabiliza a vida na Terra e portanto, os ciclos pluriexistenciais de evolução da consciência no planeta.

Esta noção integrada é a base da Holocosmologia. Porem o leitor pode achar ainda credulidade de minha parte afirmar com tanta veemência a questão da existência e permanência da inteligência após a morte, porém, esclareço com toda minha franqueza, não se trata de crença, mas de experimentação pessoal de mais de 30 anos de vivências lúcidas no âmbito parapsíquico, conforme poderá compreender pelo estudo de todos os ensaios aqui publicados.

Digo, e como disse Sir Oliver Lodge lá nos anos 1900, e parafraseando Grace Garret Durant, em seu "Sir Oliver Lodge is Rigth: Spirit Communication a Fact", escrito em 1917, a personalidade, ou como aqui denomino, a consciência e/ou inteligência, existia antes do nascimento e sobrevive após a morte e, em determinadas condições, por exteriorizar-se para fora do corpo e/ou comunicar-se com outras inteligências (theta) extrafísicas, vivendo ainda na magnetosfera da Terra, compartilhando do mesmo sistema Solar que nós, só que em outras dimensões cósmicas.

Esclareço ao leitor que, se no fim de minha existência atual eu conseguir expor com clareza científica e experimental, o que é Holocosmologia e, portanto, o que é o Holocosmo e suas relações com a inteligência, poderei projetar-me definitivamente com serenidade.

Assim, inicio este ensaio com a máxima: é o Sol quem permite que a consciência evolua na Terra, que tenha um organismo vivo biológico e que possa reencarnar e desencarnar neste/deste; e sendo a vida consciencial um projeto essencialmente inteligente, e estando o Sol associado a sua realidade, nada mais lógico do que o Sol ser, também, uma realidade astrofisica essencialmente inteligente. Muito embora considere que o Sol seja uma obra inteligente, não o considero uma inteligência, um ser em si. O Sol é, uma entidade astrofísica criada e mantida por inteligências de nível evolutivo holocósmico, tal como já expus anteriormente nos ensaios sobre o Conselho de Calibração.

E esclareço também que, se o leitor achar tudo isto uma besteira ou mera obra de ficção, que possa aguardar outro momento para estudar tal assunto. Mas lembramos que a Exopolítica está cada vez mais sendo exposta na Terra, e os contatos alienígenas estão cada vez mais sendo investigados e a conclusão é similar a de Lodge, aplicada ao espectro astrobiológico e da diversidade de seres habitantes do holocosmo: o Holocosmo é habitado holodimensionalmente, tal como a Ufologia já começa a constatar, senão vejamos as pesquisas do Gen. Moacir Uchôa.


II - Das Perguntas de Pesquisa em Holocosmologia

O meu raciocínio é bastante simples, senão vejamos:

? > Sol > Luz Solar > Terra > Organismos Fotossintetizadores > Oxigênio > Vida Humana > Ciclos de Ressoma/Dessoma da consciência humana na Terra

A simplicidade do raciocínio, sintético pela fórmula acima, esconde uma incomensurável complexidade.

Pelo método dedutivo temos que:

Se o Sol é a estrela central do Sistema Solar;
Se a luz solar é irradiada por todo o sistema;
Se a Terra é um dos planetas do Sistema Solar;
Se a luz solar inunda a Terra com sua energia;
Se a luz solar é captada pelos organismos fotossintetizadores;
Se tais organismos produzem o oxigênio e glicose pela fotossíntese;
Se todos os seres vivos heterotróficos nutrem-se ou de outros seres autotróficos e/ou determinados seres heterotróficos da cadeia alimentar;
Se todos os humanos são heterotróficos;
Se todos os humanos não vivem sem oxigênio;
Se todos os humanos tem pulmões;
Se todos os humanos um dia respiraram sua primeira golfada de ar ao sair do útero, no parto;
Se todos os humanos não são seus corpos e sim suas consciências que ressexualizam em novos corpos a cada ciclo existencial na Terra;
Se todos os organismos, tanto da mãe como do pai, são organismos heterotróficos e não sintetizam energia solar por si mesmos dependendo dos organismos fotossintetizadores para ter o oxigênio para respirarem;
Se todos os organismos, tanto da mãe como do pai, nutriram-se desde a vida intrauterina, direta ou indiretamente, de nutrientes advindos de seres autotróficos e/ou heterotróficos;
Se todos os seres autotróficos dependem do gás carbônico assim despejado no ambiente pelos seres heterotróficos em um sistema ecológico muito complexo de redes e redes e redes interconectadas, verdadeira ecobiosfera em holofusão;
Se a luz do Sol então é o que possibilita que o sistema Terra manifeste o que chamamos de vida;
Se a inteligência que se manifesta enquanto vida humana pre-existe à formação do novo corpo; pós-existe após a morte deste corpo e existe ainda fora do corpo mesmo tal corpo estando vivo (experiência fora do corpo);
Se em termos de ordem implicada no nível humano temos a inteligência onde não se aplica os conceitos de morte;
Se em termos humanos temos a possibilidade de criação de máquinas ou sistemas até mesmo orgânicos ou sintéticos capazes de gerar energia sem que a consciência precise estar presente;
Se um humano comum pode desenvolver uma máquina capaz de usar energia elétrica para gerar outra forma de energia ou produzir resultados térmicos sem que para isto a máquina precise ter inteligência própria para assim ser denominada enquanto obra inteligente;

O ponto de interrogação é colocado de propósito, decorrente da pergunta:

O Sol e portanto, a luz, são atividades cujo fundamento ou ordem implicada seja inteligente?

Ou noutras palavras:

Seria a ordem implicada em termos cósmicos, no que diz respeito ao Sol, a atividade inteligente?

Ou ainda:

Seria o Sol uma obra de cosmoengenharia decorrente das atividades inteligentes coordenadoras do holocosmo?

Mais adiante:

Seria qualquer formação estelar obras inteligentes?
Seriam as nebulosas berçários de estrelas verdadeiros cultivos holocósmicos de estrelas viabilizando a vida em escalas inimagináveis?
Qual a relação das estrelas de classe G, como é nosso Sol, com o tipo de vida habitada em dado sistema, como é a Terra?
Qual a relação astrobiológica com a classe da estrela central de dado sistema e com o propósito inteligente deste, daquele e dos sistemas em geral?

Várias e várias outras questões poderão ser facilmente levantadas a partir daqui. Se o cosmo manifesta-se enquanto realidade inteligente, ou melhor, holointeligente, então que qualquer coisa, fenômeno, que se manifesta deriva-se, enquanto ordem implicada, de atividade inteligente, que não pode ser constatada por intermédio de instrumentos, decorrente do psicon ser, como já está demonstrado matematicamente por Geraldo Sarti, uma grandeza de ordem acima da velocidade da luz, de espectro taquiônico.

O raciocínio pode levar a ideia de Deus, mas como já expus, encontraremos com isto o paradoxo do espaço-tempo, o tempo e espaço "0", o espaço-tempo enquanto função do estado de consciência, inviabilizando as noções de como "do nada" um cosmo teria surgido. É a impossibilidade axiomática da gênesis enquanto sustentáculo da cosmologia, ou mais especificamente, da holocosmologia.

Bem, a hipótese-resposta a estas perguntas é bastante simples também:

Somente uma atividade inteligente para gerar e ter gerado tal sistema de forma a viabilizar a vida na Terra. E não estou falando a respeito de Deus. Deus como já expus noutros ensaios, não existe, mas sua inexistência não faz do Cosmos um holofenômeno puramente material, físico, destituído de inteligibilidade. Aqui então o conceito de inteligência vai além do conceito de inteligência humana.


Diante disso, um estudo mais aprofundado e sistêmico poderá dar mais pistas de como o Sol se liga à vida em geral e em especial, à humana na Terra e a relação do tipo de formação estelar com a astrobiologia de dado sistema planetária.

A vida humana aqui na Terra é uma vida Solar, essencialmente Solar.

O culto ao Deus-Sol justifica a mística, o ocultismo e o esoterismo antigo, manifestando noções intuitivas da ação inteligente por detrás de nossa estrela central.

O Sol, por mais grosseira que pareça esta metáfora, é neste raciocínio, gigantesca máquina que viabiliza que formas de vida possam se manifestar nesta dimensão na Terra, no caso, humano, assumindo corpos biológicos heterotróficos completamente dependentes de organismos autotróficos (organismos fotossintetizadores) e estes do Sol. E tal "máquina" é permanentemente monitorada pelo Conselho de Calibração do Sistema Solar.

O rascunho pode parecer uma verdadeira ficção, mas estou realmente convencido, por mais estranho que pareça, que o Sol é um invento de grande magnitude tal como qualquer outro invento decorrente de obra inteligente. O trato desta matéria nesta perspectiva, oferece à Holocosmologia uma complexidade tanto científica como de ordem da benevolência em níveis inimagináveis. Isto porque, a partir de toda lógica que me é possível expor, somente uma ou um conjunto de inteligências atuando em verdadeiro trabalho de uma equipe holocósmica, poderiam criar tal Estrela em evento cosmopsikapa de altíssima complexidade, verdadeira materialização estelar em um grau de impecabilidade tamanho que unido à vida na Terra favoreceria completamente a possibilidade de existência dos primeiros seres vivos na Terra, embora as investigações ainda não tenham um consenso a respeito.

A formação de estrelas também não é assunto tão claro e definitivo em Astronomia, assim como a formação de planetas. A concepção teosófica exposta em Cosmogênese, de H. Blavatski, expõe de forma direta a influência de inteligências de altíssimo grau de evolução, enquanto arquitetos ou engenheiros celestiais. Como já exposto noutros ensaios, o espírito André Luiz tanto em obra psicografada por C. Xavier, Evolução em Dois Mundos como em Obreiros de Vida Eterna, salienta a existência de um nível tão absurdo de evolução, com o qual poderia ser chamado também de engenheiros celestes ou os amparadores cósmicos. Tais citações corroboram minha experiência cosmointermissiva recente, já citada anteriormente.

A lógica pura, a partir dos achados científicos acumulados ao longos das eras somando-se às evidências experimentais diretas ocorridas nos intervalos entre uma vida e outra, a cosmointermissão ou o contato direto com amparadores destas dimensões, como ocorreu com André Luiz e Blavatski, apontam para a inteligibilidade subjacente ao Sol e suas relações com a vida na Terra e, por extensão lógica, a influenciabilidade essencial da inteligência enquanto composição quintessencial ou "alquímica" do holocosmo, na gênese estelar, de dimensões, galáxias, buracos negros e assim por diante, na holofusão, tal como exposto nos principios de Holocosmologia.

Ainda, por extensão lógica, e afastando todo e qualquer misticismo e ocultismo ilógico pertencente ao campo astrológico, temos que existe uma relação intrínseca entre posição de astros, o céu, o holocosmo, o planeta, o local do renascimento, e assim por diante com a personalidade ou a forma como é uma pessoa, ou consciência aqui na Terra. É muito difícil e ainda é para que eu admita com toda minha honestidade, que a astrologia merece seu lugar de estudo dentro da astronomia enquanto manifestação do aspecto qualitativo e inteligente do holocosmo, desprezado pela astronomia e cosmologia moderna.

O entendimento do que os amparadores cosmointermissivos chamam de "calibração" fornece o entendimento global, unificado, do sentido da astrologia e ao mesmo tempo, a distância entre o que se diz ser astrologia e seu verdadeiro significado. Nada é por acaso que os antigos alquimistas, dedicados à maturação da consciência em direção a estados evolutivos mais adiantados, tenham se abraçado da astrologia como ferramenta de tal ascensão.

O assunto é mais que polêmico. Vivemos uma ciência moderna fria, isenta de inteligência, sentimentos e mesmo lógica, contaminada de forma geral pelo mercado dos financiamentos e pelos interesses comerciais, isenta de significados mais profundos e cuja base genética remonta à um conglomerado de matéria infinitesimal que teria dado origem a todo cosmo. Tal concepção é no meu ver, injusta com a realidade. É um modo de ver que retrata a frieza dos próprios cientistas incapazes de apreender intuitivamente o sentido subjacente por detrás dos fenômenos, seja usando a lógica pura intuitiva, seja usando as faculdades parapsíquicas presentes em muitos pesquisadores, ocultistas e interessados na compreensão profunda da existência cósmica.

A calibração gera a possibilidade de uma ciência qualitativa dos astros, ou seja, a astrologia. Por outro lado, parece-me que a cosmoengenharia favorece o desenvolvimento da constatação física do cosmo, e a astrofísica mais complexa da mecânica quântica e até mais avançadas teorias e concepções sobre o universo. Porém, ambas estão interconectadas, melhor, estão holofundidas, são a mesma e única realidade com nomes diferentes, decorrentes de ações cosmointeligentes e materializações estelares, dimensões, realidades e uma cosmoarquitetura de ininteligível complexidade e profundidade que nos leva inevitavelmente ao contato com o Infinito.

III - Das Considerações sobre Tecnologias de Transmissão de Dados por Luz e o Sol

A luz pode ser um meio de transmissão de informação, ou seja, dados. O exemplo está na tecnologia chamada Li-Fi (clique aqui), que utiliza lâmpadas para transmissão de dados. Outro exemplo é a fibra óptica e a luz artificial como meio (clique aqui). Bem, se a luz por ser usada como meio de transmissão de dados, então é nesta perspectiva que estarei considerando a nossa estrela central, o Sol, cuja luz emite e no qual faz viabilizar a vida no planeta Terra, como vimos, pela fotossíntese. A metáfora do Li-Fi nos poderá ser útil como expõe a imagem ao lado.

No Li-Fi a informação é transmitida por uma lâmpada LED, especialmente criada para tal. Então, conforme um de seus desenvolvedores, Harald Haas, a internet poderá ser acessada em qualquer local que usaria tais lâmpadas. Noutras palavras, a informação poderia ser acessada.

Então, vejamos o Sol enquanto um sistema Cosmo-Li-Fi. Nesta hipótese o Sol atuaria como uma espécie (metáfora) de lâmpada que viabilizaria o sistema Cosmo-Li-Fi para que os dados pudessem chegar na Terra e ser captados pelos fotodetectores até o processamento do sinal e o acesso à informação. Embora saibamos muito sobre a clorofila enquanto célula associada a fotossíntese e aos processos fotossintetizadores, a estrutura da clorofila é bastante complexa, como o complexo de antena que está contido no cloroplasto junto com a clorofila (In KLUGE, Ricardo Alfredo. Fotossíntese. Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz".)

E se o Sol é a lâmpada do Li-Fi Cósmico, então qual a fonte da informação?

Bem, o Sol sendo uma tecnologia inteligente, atuando como um Cosmo-Li-Fi, lâmpada irradiadora de sinal, de dados informacionais, está bem além de suas características que se reduzem a emissão de radiação solar para viabilizar processos fotossintetizadores. Seria possível que a luz Solar de fato irradiasse informação através da luz tal como ocorre com o Li-Fi? Poderiam as mutações estarem associadas a programas cosmogenéticos mais amplos de espectro holocósmico associado a evolução ecológica integral?

29.7.13

Ensaio sobre Meditações Metafísicas na Infância

Fernando Salvino (M.Sc)
Parapsicólogo, Psicoterapeuta, Pesquisador
Espaço Terapêutico Tao Psi
Projeto Amanhecer - HU/UFSC - (Coord) LAC - Laboratório de Autopesquisa da Consciência
Membro - NIEDP - Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Desenvolvimento Parapsíquico
Membro - ABPMC - Associação Brasileira de Parapsicologia e Ciências Mentais



Dedico este ensaio aos pais e às crianças parapsíquicas.


I - Das Considerações Iniciais

Este tema é nutrido em minhas meditações desde muito tempo e embora ocupe um interesse vital, existencial e que compõe o centro de minha sanidade mental e lucidez perante o quem eu sou, de onde vim, o que faço aqui e para onde irei após morrer, nunca sequer abordei as raízes que remontam à minha vida infantil, cuja curiosidade natural me levaria até onde estou hoje, inevitavelmente, de uma forma ou outra, tal como é meu Tao. Então, apresento ao leitor algumas das bases que estruturam meu modo de pensar.

As reflexões profundas que habitam a mente de uma criança são realidades que normalmente estão além daquilo que os pais imaginam que seus filhos estão a pensar. Minha filha num dado momento me pergunta, aos seus 5 anos de idade: "Pai, tava aqui pensando.... tipo... porque existem os animais?". A pergunta soou como algo fora do comum num comportamento típico de uma criança de 5 anos. Eu lembrei de como eu era. Dialogamos na ocasião, eu, minha mulher e ela sobre o sentido de existência dos animais na Terra.

Os pais em geral acreditam que as mentes de seus filhos habitam somente imaginações férteis ou outros temas ligados a mera ficção da infância, quando as crianças são recém chegadas das dimensões extrafísicas e já são dotadas de personalidade, inclinações, idéias e posições pessoais a respeito da vida e da existência, o que geram repressões do meio, principalmente dos pais que acham besteira tais reflexões ou que são inúteis. As crianças que tem pais que são abertos a tais assuntos e temas avançados, parecem-me que são exceções. Apesar de meus pais não terem total suporte para tais assuntos, tinham abertura para levar-me em locais e pessoas que pudessem me dar o suporte necessário para tal.

Este ensaio é uma inspiração para uma nova educação infantil, que acolhe o Infinito e o Nada das crianças que meditam precocemente sobre a vida, a existência e sobre o sentido de tudo.


II - Das Meditações sobre o Infinito

Na minha infância, quando era bem pequeno, quando não estava brincando com meus amigos na praia, ocupado com alguma coisa infantil, correr, pular, nadar, pegar ondas, fazer castelos de areia, eu entrava num profundo estado meditativo, sentado, observando os fluxos de energia orgônica que perambulavam o céu imensamente azul cintilante, verdadeiros glóbulos de pontos luminosos vibrantes pelo espaço. Eu realmente não saberia precisar quanto tempo exatamente eu ficaria ali, imerso naquele estado meditativo. Este estado me levava a olhar a grande extensão de areia da praia. Eu coletava uma pequenina porção de areia e diante daquela pequena porção, eu ficava a imaginar quantos minúsculos grãos de areia poderiam estar ali em minhas mãos. E eram muito e muitos, talvez milhares de minúsculos grãos de areia. E eis que minha atenção se voltava para a grande extensão de areia da praia inteira. Eu expandia minha imaginação para a totalidade da praia e pensava e meditava a respeito da quantidade de minúsculos grãos que existiam naquela faixa extensa de areia. E ainda imaginava que aquela imensa faixa de areia migrava para dentro da água e ao fim da praia, para uma grande duna com montanhas de areia e mais areia até uma outra praia, com extensa faixa de areia. A minha mente penetrava numa esfera de infinito, eu me sentia pequeno, mas minha mente parece que diluia junto com aqueles incontáveis grãos de areia. Era o infinito que eu poderia imaginar. Sentia-me espalhado, diluído e a sensação era prazerosa. E quando eu olhava ao céu e pensava sobre tudo, alguma coisa eu sentia, eu poderia ficar naquele espaço-tempo sem tempo, imerso naquela meditação profunda por horas, contemplando a infinitude. Eu deveria ter entre 5 a 10 anos de idade. Nesta época coincidem as minhas primeiras projeções conscientes consecutivas noturnas.

III - Das Meditações sobre o Nada

A minha infância foi profundamente penetrada por meditações a respeito da natureza do "nada". Eu e meu pai quando ficávamos a sós, conversando, em meio ao diálogo eu lhe peguntava: "Pai, se nada existisse o que aconteceria? Assim, sabe, existe tudo, tudo e tudo, eu, você, as pessoas, as estrelas, os planetas, tudo. Imagine se acabasse tudo! Se nada existisse, o que é o "nada", o que sobraria se tudo deixasse de existir?". Lembro de meu pai ficar muito nervoso com estas perguntas a ponto de mandar eu ficar quieto. "Pare com estas perguntas meu filho! Vai, vai... vai se ocupar com alguma coisa!". Mas o que me chama atenção disso é a angústia que me tomava decorrente de tal meditação. Era uma angústia de natureza diferente. Era como se fosse a angústia da morte de tudo! Acredito que eu sentia sintomas de pânico ao meditar nisso. Não era uma angústia a respeito de minha morte, ou da morte de meu pai, mas antes disso, uma angústia cósmica, profundamente existencial. Ao meditar sobre isto, com frequência eu sentia necessidade de pensar sobre isto, mas guardava tal meditação somente para mim. Quando eu estava a sós, eis que me vinham tais pensamentos em mente. Eu sentia uma necessidade de sentir aquela angústia. E não saberia dizer exatamente o porquê. Eu me sentia vivo quando aquilo vibrava em mim, das profundezas de minha alma. Eu lembro que existia uma sequencia já pre-determinada de raciocínios que me levaram até aquele limite de meu pensamento. Meu pai reagia com nervosismo as minhas perguntas, e eu regia com uma profunda angústia. Minha cabeça girava, eu sentia um medo muito estranho, que vinha de uma região dentro de mim que desconhecia por completo. Eu realmente não saberia dizer quantas e quantas vezes entrei neste estado meditativo a respeito da natureza do "nada".

IV - Das Considerações Finais

Neste instante, meditando a respeito desta fase infantil de minha atual existência, creio que com a repetição das experiências de contato com tal realidade a angústia se transformou num desejo de compreensão muito profunda da vida e da existência. O Nada e o Infinito tornaram-se realidades complementares, dois polos extremos do holomovimento cósmico. Moldou completamente o sentido de minha vida e o nada tornou-se um enigma benigno e não mais angustiante. Por um lado, eu meditava sobre o Infinito e, por outro, eu meditava sobre o Nada. De um lado, a existência em sua infinitude enquanto pura beleza irracional, do outro, a não-existência enquanto pura angústia irracional. Maravilhado de um lado, amedrontado do outro. "Céu" e "Inferno". "Infinito" e "Nada".

Na escola, as questões de Deus, criador, Jesus Cristo, evolução das espécies, Darwin, Oparim... pareciam um aglomerado de informações sem sentido e que eram repetidamente expostos nas escolas religiosas que estudei, de freiras e padres jesuítas. Após, soma-se às informações do Espíritismo, da Umbanda onde perturbei provavelmente muitos mediuns e "entidades" com perguntas visando satisfazer minhas investigações a respeito da realidade. Por um lado me diziam ter sido o Cosmos criado por Deus. De outro lado, nas salas de aula, teríamos evoluído de espécies antecedentes, ou mesmo de uma sopa de coacervado, ao acaso, ou ainda, que o Cosmos teria surgido de uma imensa explosão, o Big Bang.

Os padres, as freiras, os professores, não me convenciam de suas teorias. Eu não compreendia o porque se retirava a força de atrito dos exercícios de física, ou se arredondava a força de gravidade. Estava claro para mim que as coisas eram simplificadas para que pudessem ser mais facilmente compreendidas. E eu sabia que algo era deixado de lado, alguma coisa importante era mantida sem ser informada. Escolhia-se uma pequena porção de grãos de areia e deixava-se o maior de lado. E contentava-se com tal método. Existia um ocultamento de variáveis que tornavam as coisas cada vez mais profundas. Eu me desinteressava completamente pelos estudos. Eu nesta época gostava de ir falar com os pretos velhos na Umbanda. Aquilo me parecia mais interessante. As coisas se manifestavam lá, os espíritos me diziam coisas interessantes sobre minhas experiências fora do corpo, sobre minha dificuldade de estudos decorrentes das projeções espontâneas. Aquilo era interessante.

Aos 16 anos de idade (ou menos), se não me falhe a memória, eu fui apresentado ao Livro dos Médiuns, por uma médium num pequeno centro de umbanda. Eu tinha sede por conhecimento. As coisas da escola eram muito desinteressantes. Eu queria compreender aquilo que vivi, a projeção consciente, eu fora de meu corpo, flutuando, os espíritos no quarto de meus pais, o estado vibracional e tudo aquilo.

O amadurecimento de todas estas questões, do Infinito ao Nada, do Nada ao Infinito, e sobre as questões cosmológicas essenciais que definem a visão de mundo de toda e qualquer pessoa, suas crenças, experiências e sua cosmologia pessoal, foram ano a ano, tomando um caminho de aprofundamento e que em dado momento, alcançou o que hoje chamo de holocosmologia. A holocosmologia soluciona também o enigma do Infinito-Nada no seguinte princípio, tal como esboçado no ensaio "Ensaio sobre os Princípios em Holocosmologia: Dos Princípios e de Algumas das Conseqüências" (clique aqui):

17. Princípio da Existência da Não-Existência enquanto Possibilidade Holocósmica de Evolução (Mutação Holocósmica): o holocosmo evidencia a existência de um espaço-tempo-consciência abstrato, inexistente, ainda não-manifesto, em todos os seus níveis da escala do micro ao macro, holodimensionalmente, que viabiliza seu holomovimento evolutivo de auto-aperfeiçoamento, ad infinitum. Este espaço-tempo-consciência abstrato não-existente, vácuo holocósmico de potencial criação, preenche-se de existência criativa em movimentos calibratórios sincrônicos, inteligentes. Este movimento criativo se manifesta em todos os níveis da escala, holograficamente, holodimensionalmente, consciencialmente, astrofisicamente, em resumo, holocosmicamente.

O entendimento integral da resolução deste tema consta na integralidade de todos os ensaios já publicados tomados em totalidade.