26.11.12

Ensaio Inicial sobre Lucidometria - parte 1: Sobre os Critérios

O sonho independe do estado objetivo (se
a consciência está no corpo físico ou no
corpo extrafísico). Depende sim do estado
subjetivo, interno: da lucidez.
Por Dr. Fernando Salvino (MSc)
Parapsicólogo, Psicoterapeuta, Projeciólogo e Conscienciólogo


Considerações Iniciais


Este ensaio tem como objetivo claro, tornar nosso chão muito mais uma nuvem psicônica, imagética o qual construimos realidades achando serem reais, quando podem ser meras plasmagens oníricas. Pode ser que este ensaio gere no leitor desconforto, mas não o desconforto ruim, mas aquele que é provocado pela mobilização de paradigmas, ou os constructos cognitivos que gerenciam os movimentos de atividade mental e construção da realidade.


O conceito de sonho aqui trabalhado é similar ao conceito de  माया, māyā , no pensamento da índia antiga. Maya refere-se ilusão, porém, tal ilusão é tão real que nos confunde a percepção, o que faz com que acreditemos que ilusões são reais. E são, mas talvez não correspondem exatamente aquilo que achamos que seja. 

A vida humana é um conceito. E tentarei trabalhar este conceito, e até certo ponto desconstruí-lo e realocá-lo em outra perspectiva. Uma perspectiva que para mim é mais real. Assim, convido o leitor a avaliar tudo com seu discernimento e, se achar que tudo isto é mais um sonho, peço que me acorde e me mostre que estou sonhando. Ficarei realmente grato. Obviamente que a lucidez infinita não pertence a nós, então, como posso realmente saber se neste momento não estou sonhando? É sobre isto que versa este ensaio. Sobre critérios lucidométricos. 

Eu e você, já partiremos aqui do fato lúcido que não estamos a falar de verdades. Estamos a falar de fatos, interpretações e construção intencional de critérios discernidores de aferição de lucidez. Isto por si já afasta qualquer tentativa de doutrinação, porque já admitimos na honestidade que não sabemos que estamos a falar verdades. Vamos experimentar, como dizia Muldoon. Testar e ver os resultados. Deixo claro, assim, que este ensaio é a minha posição pessoal, só.

A aferição da lucidometria pessoal está diretamente ligada com o modelo cosmológico pessoal, a visão de mundo. Uma existência lúcida significa, para mim, um modo de pensar e estar lúcido internamente e externamente, não importando a dimensão onde estamos. Nesta dimensão, então, a existência lúcida é a vida sem luxúria, sem excessos, porém, digna e materialmente suficiente para vivermos sem impactarmos o planeta e deixarmos outras pessoas em condições não favoráveis de vida e evolução. Uma vida lúcida coloca a pessoa em escolhas saudáveis de onde morar, vizinhança, país, cidade, família, amigos, relacionamentos, trabalho e definição gradual de uma tarefa aqui a realizar, porque sonha aquele que acredita que está aqui para simplesmente "viver a vida". Viver por viver pode nos tornar tão encarcerado quanto estar numa prisão real. Porém, como diziam os navegadores antigos, "navegar é preciso, viver não é preciso". Então, é preciso saber onde estamos e para onde estamos indo. Isto é critério de lucidez. Só alguém lúcido sabe onde está e para onde está indo.

Então, este texto, inicial, um rascunho na verdade, é um convite a começarmos a navegar ao invés de somente viver. Mas uma simples navegação? Não. Uma navegação para dentro de si mesmo e para o cosmos holodimensional. Pois a consciência é não-local e não importa se esta aqui e agora e após irá sobreviver após a morte. O que importa é sua lucidez agora. E se ficar lúcido agora... e agora... e agora... poderá ficar lúcido mais tempo, conversando a lucidez e, quando tiver de atravessar a dimensão da morte, então, atravessará esta fronteira cósmica, lúcido. Poderá treinar esta travessia, objetivando ter projeções lúcidas para fora do corpo. Mas como sempre digo, a única técnica que conheço para sair do corpo efetivamente com lucidez é começarmos a ficar lúcidos aqui, nesta dimensão. As demais técnicas são derivações desta, porque como uma consciência poderá saber que está lúcida noutra dimensão se mal sabe onde está agora?

I - Sobre a Fenomenologia do Sonho (Irrealidade) e suas Relações com a Vida Humana (Realidade)

A maioria dos problemas humanos pode ser compreendido quando comparamos a vida humana com o que ocorre no campo dos sonhos.

O ato de sonhar pode ser definido enquanto a experiência onírica  predominantemente noturna, enquanto o corpo está deitado na cama ou repousando noutro local, cuja consciência acha-se imersa dentro de si, no universo interno do psiquismo mais puro, onde ocorre uma série de experiências subjetivas, verdadeiras novelas, enredos, fantasias e qualquer coisa que possa se adequar ao campo da imaginação, desejos, pulsões.

No entanto cabe a nós discernir a experiência subjetiva de sonhar das experiências extrassensoriais, parapsíquicas ocorridas também nos intervalos onde ocorrem os sonhos. Assim, situamos o sonho como uma experiência essencialmente subjetiva, interna, com ramificações no plano externo, porém, com confusão  de percepção e discernimento sobre o que se trata ser realidade ou imaginação.

O sonho, pois, é a experiência onde construímos, criamos realidades e cujas realidades se projetam no plano externo, em outra dimensão cuja dimensão psicônica, especialmente a psicossomática, reage às pulsões da imagística da consciência e mostra a ela enquanto espelho, sim, real, o campo imaginário criado, onde a consciência criadora reage tal como se fosse realidade verdadeira. No entanto, o uso da matéria psi para a moldagem das fantasias internamente subjetivadas (sonho) torna o universo onírico do sonho um mundo tão real quanto este que vivemos: a dimensão onírica, cujas formas-pensamentos se exteriorizam para fora da consciência formando uma dimensão cósmica específica. Neste espaço o mundo é a criação onírica e as reações ao mundo são as reações aos conteúdos imagísticos criados e confundidos como se os mesmos fossem reais.

Esta experiência onírica a grande maioria de nós vivencia. É consenso, pois, que todos nós sonhamos, especialmente, quando estamos dormindo.

II - Sobre o (um dos) Método de Autodiagnóstico do Estado de Sonho

E como sabemos que sonhamos?

Porque podemos recordar dos sonhos ao acordar, ou, acordar no meio deles, no curso mesmo da experiência (sonho lúcido), mesmo sem despertar a consciência, no corpo. Assim, situamos o sonho como uma experiência subjetiva, ocorrida no campo puramente subjetivo da consciência, independente estar a consciência no corpo ou fora dele. O sonho é um estado de consciência que independe do veículo (corpo) pelo qual a consciência se manifesta, com exceção do mentalsoma (estado de consciência pura).

Desta forma, contextualizando o sonho como uma experiência de estado de consciência subjetivo, então podemos vislumbrar que podemos sonhar enquanto estamos aqui, no corpo, mesmo o corpo não estando deitado na cama, ou repousando numa cadeira.

O condicionamento mental proveniente da educação que nos ensinou que o sonhar é uma experiência que se reduz ao momento geralmente noturno, quando o corpo acha-se em repouso, e cuja experiência onírica subjetiva não faz parte daquilo que chamamos de "realidade", prejudica a noção de que podemos sonhar em qualquer estado de consciência, senão vejamos:

1. Estado de consciência intrafísica: a consciência sonha enquanto está acreditando estar acordada ou sonha quando o corpo está repousando. Ela cria as realidades a partir de seu onirismo, cria uma vida de ostentações, status, e outras necessidades irreais geradas no plano onírico e dos puros desejos, e acredita que está vivendo na realidade. Muitas só percebem estarem sonhando após acordarem. Esta experiência não ocorre somente no sonho noturno, quando percebemos que estavamos sonhando somente após despertarmos. Esta vivência ocorre no sonho diurno, na vida do dia a dia, nos anos a fio de uma vida onírica, quando despertamos um dia qualquer de que estávamos vivendo uma vida de ilusões. A isto podemos facilmente caracterizar como sonho.

2. Estado de consciência extrafísica: a consciência sonha enquanto está fora do corpo, na condição extrafísica, sem o corpo físico, de posse do psicossoma ou o corpo psicônico (perispírito), com as características do sonho acima, com maior liberdade criativa e delírio pela plasmagem fácil da matéria psi em resposta aos desejos e pulsões da imagística. Aqui podemos caracterizar as consciências em estados de parapsicose e mesmo de paraneurose (se é que podemos chamar assim).

3. Estado de consciência projetiva: a consciência sonha enquanto está projetada fora do corpo, na condição projetiva, com o corpo físico em repouso, e a consciência sediada no psicossoma.

Diante disso, é importante considerar que inexiste sonho em projeções ou vida em mentalsoma.


III - Da Vida Humana enquanto resultante dos Estados Subjetivos de Consciência

O estudo do estado de consciência onírico favorece o despertar da lucidez aqui, nesta dimensão e impedindo que os processos oníricos transformem a vida humana em mais uma experiência de "sonhar", mantendo-nos na ilusão de que estamos "acordados".

Assim é sempre oportuna pergunta para si mesmo: neste momento, estou sonhando ou acordado?

O ato de sonhar se caracteriza assim como a experiência mental subjetiva onde o onirismo toma conta do campo de vivência em contraposição à realidade em si. Este fenômeno onde o onirismo domina a consciência se chama sonho e independe, como dito acima, do estado objetivo o qual a consciência se acha manifestando (se no corpo, se a noite, se fora do corpo, se no pós-morte na condição extrafísica). E tal ato de sonhar pode se dar, como acima citado, em qualquer condição consciencial, com exceção, das projeções pelo mentalsoma.

Assim, a vida humana se caracteriza em uma de suas facetas como uma experiência de sonhar, não diferindo essencialmente da experiência noturna de sonhar. Isto porque o mesmo movimento onírico de criar mundo mundo interno e projeta-lo para fora confundindo-nos o discernimento quanto à realidade em si mesma, isto ocorre aqui, enquanto estamos supostamente acordados. Este critério precisa ficar claro para o leitor, visto que estou propondo outro critério para discernirmos sonho de realidade.

IV - Sobre o Critério Objetivo-Topográfico X Critério Subjetivo-Holotopográfico 

O critério de aplicação de discernimento do sonhar diurno e do sonhar noturno é o topográfico. A consciência percebe que seu corpo encontra-se em pé (por exemplo), fazendo suas coisas (lavando louça, por exemplo), e julga que por estar assim nesta condição, está acordada.

Da mesma forma, a consciência ao acordar no corpo, julga que seu corpo estava dormindo e, portanto, tudo o que ocorreu no campo noturno pertence ao campo dos sonhos e não da realidade desperta, acordada. Portanto a posição do corpo ou o ato de o corpo estar dormindo é o critério científico mais usual para sabermos se a experiência é sonho ou realidade. Isto porque a consciência é tida como derivada do cérebro e o que ocorre a noite (não estando no mundo do dia a dia real), isto não corresponde à realidade. Mas sabemos pela projeciologia e experimentações na área, que o cosmos é um complexo holodimensional e a dimensão dos sonhos existe enquanto dimensão real, não sendo um campo pulsante somente dentro dos hemisférios cerebrais e nem preso aos ditames das ondas cerebrais.

O exame deste critério topográfico nos coloca diante da investigação do estado de consciência subjetivo, chamado sonho e não da posição somática pelo qual o corpo se encontra. Assim, quero salientar que a posição topográfica do corpo humano não é critério seguro para caracterizar estarmos sonhando ou acordados.

A experiência de sonhar noturna é bem conhecida para a grande maioria das pessoas. São cenas pictóricas de característica vívida, onde a consciência acha-se situada numa cena onde é mais vivida pela cena do que protagonista, do que autora. A consciência não tem controle sobre sua vida onírica, ela é mais objeto que sujeito da experiência. Em alguns momentos percebe ter certo controle volitivo sobre o sonho, muda as imagens pela intenção, plastifica volitivamente outras realidades pelo ato da vontade e em determinado momento perde-se novamente no enredo onírico, é engolida pela novela ou pesadelo mental ou retorna a despertar com a consciência e atenção no corpo, com sensação maior de realidade. Neste momento em geral, julgamos estarmos na realidade. Como disse, este discernimento está ancorado no critério objetivo-topográfico e não no critério subjetivo-holotopográfico.

V - Sobre o Critério Subjetivo-Holotopográfico

O critério subjetivo-holotopográfico salienta a necessidade de examinarmos a condição interna de lucidez (realidade intrapsíquica) e a dimensão o qual estamos nos manifestando (realidade dimensional e holossomática, ou o veículo o qual estamos nos manifestando, soma ou psicossoma, porque no mentalsoma não existe sonho), simultaneamente. Este critério é bem demonstrado no ensaio sobre os homens-dominó, publicado nesta revista, tendo em vista que as imagens oníricas de pessoas, por exemplo, não são imagens que correspondem a pessoas reais dotadas de consciência.

Este critério salienta que a elevação do estado de lucidez, do sonho para a lucidez, obedece aplicações de critérios discernidores da realidade em um duplo sentido, interconectado:

1. Critérios discernidores para aferição da lucidez, não importando a dimensão o qual a consciência se acha presente (independente de ser a dimensão intrafísica do cosmos ou extrafísica, onde ela se acha de psicossoma)

2. Critérios discernidores da aferição do veículo e dimensão, pelo qual a consciência se acha manifestando, se é no corpo físico ou no corpo extrafísico (psicossoma, perispírito).

Os primeiros definem para si mesmo o momento em que sentimos que estamos lúcidos, os momentos em que sentimos que somos quem realmente somos. É portanto, um critério sensitivo. A pessoa sente que está lúcida. Ocorre uma diminuição intensa da ansiedade, preocupação com futuro ou passado (melancolia ou depressão), e um ancoramento na realidade presente, no agora. Este estado de lucidez é portanto, interno, subjetivo. Porém, este agora é um agora espaço-temporal, e a consciência se acha lúcida em algum espaço-tempo. Este espaço-tempo (dimensão) pode ser esta mesma ou pode ser nas dimensões além desta (chamadas dimensões extrafísicas).



Em ambos estados a consciência precisa refletir se as imagens de consciências personificadas a sua frente são imagens reais de inteligências. E não só as imagens, mas os sons e cheiros. A mente pode facilmente projetar para fora de si mesmo, sem estar consciente deste movimento projetivo:

1. Sons: a consciência ouve vozes como se fossem de outra pessoa, quando na realidade são derivações de sua mente (vozes dos sonhos). Aqui são alucinações auditivas (porque são vozes reais que pertencem ao universo interno, somente).

2. Cheiro: a consciência pode sentir cheiro e, no entanto, tal cheiro existe somente enquanto odor projetado para fora de si, nada tendo a ver com odor de fato, ocorrendo no ambiente. Aqui é como uma alucinação olfativa.

3. Visões: a consciência pode ver imagens de pessoas quando tais imagens são somente projeções de medos, desejos e outros conteúdos oníricos que a consciência confunde como realidade.


Neste caso, os critérios discernidores são complexos, porque a consciência é campo de percepção holodimensional. Por exemplo, na escala de lucidez podemos afirmar que:

1. Sonho: total ou quase total inconsciência de lucidez subjetiva e noção de veículo/dimensão. Aqui a consciência até pode sentir-se um pouco lúcida mas não o suficiente para torná-la lúcida de quem realmente é, em que dimensão está e com que veículo se manifesta. Reafirmando aqui, o sonho pode ocorrer aqui, nesta vida humana considerada no critério topográfico como realidade e, na vida projetiva ou extrafísica, como na vida ideoplástica de Nosso Lar (por exemplo), onde as consciências ainda precisam deitar, alimentar-se, morar em casas, etc. Os estados subjetivos relacionados aqui são principalmente o devaneio e o sonambulismo, tanto o sonambulismo físico quanto o extrafísico (consciência vaga inconsciente por outras dimensões) e projetivo (idem).


2. Sonho lúcido: vai da quase total inconsciência de lucidez até um grau de lucidez onde a consciência tem controle sobre o sonho. Ela sabe estar sonhando, enquanto que no sonho não, a consciência não sabe estar sonhando, mas acredita estar na realidade. Neste contexto subjetivamente, a consciência sente-se lúcida, percebe que está dentro de um sonho (constata estar na dimensão onírica do cosmos), faz testes de realidade para averiguar ter domínio sobre a geração da realidade onírica externa (cria seres, pessoas e dissolve-as pela ação mental e intencional, por exemplo). Porém, não passa da fronteira do saber estar sonhando.

3. Lúcido: vai da total lucidez até a hiperlucidez (infinito em lucidez). Aqui a consciência não somente sabe que não está sonhando, mas sabe estar lúcida, sente estar lúcida, sabe em que dimensão está, em que veículo se manifesta e tem condições de discernir o espaço-tempo o qual se localiza consciencialmente.

Assim, podemos propor uma lucidometria como critério seguro para aferição da lucidez pessoal, interna, subjetiva.

Os segundos critérios, pois, são os que proporcionam para a consciência lúcida a ciência da dimensão onde está se manifestando, a partir da constatação experimental do veículo pelo qual está se utilizando para manifestar, especialmente estes 2:

1. Soma ou corpo físico: neste estado a consciência faz testes de realidade para saber se está usando este veículo e a partir da constatação do veículo observa o ambiente em volta e constata o local onde se manifesta. Ela pode inclusive estar lúcida, constatar estar em seu corpo físico e, no entanto, pode constatar não estar no planeta, ela pode estar noutro sítio cosmológico, tais como: interior de ônibus espacial, na ISS, no interior de um foguete, no interior de uma nave extraterrestre, etc.

2. Psicossoma ou corpo psi: neste estado a consciência faz testes de realidade para saber se está usando o psicossoma e a partir da constatação, faz teste de realidade para olhar o entorno e averiguar a dimensão o qual se manifesta (a dimensão extrafísica é holodimensional). A consciência pode estar no quarto, fora do corpo; pode estar flutuando fora de casa; e pode estar em condições cosmológicas, em viagens espaciais exoprojetivas pelos vazios intergalácticos num contexto cosmoprojeciológico, como por exemplo, semana passada, durante o dia lembrei que estava fazendo uma excursão espacial em exoprojeção, em volitação estelar com algum grupo de consciências. Como sei que estava assim?

a) a volitação lúcida de posse de um veículo somente ocorre quando a consciência se acha de psicossoma. Se eu estivesse de mentalsoma estaria me deslocando em espaço-tempo simultâneo, sem corpo, sentindo-me pura consciência, sem corpo algum. Eu tinha a sensação direta de estar de psicossoma, devido ao peso praticamente nulo e facilidade de volitação.

b) acusei a presença de outras consciências, também volitando.

c) minha sensação de lucidez era até superior a que estou aqui, agora, portanto, é critério de aferição de lucidez projetiva, especialmente, a exoprojeção.

d) o ambiente cosmológico tinha relação direta com os assuntos que estou trabalhando no campo holocosmológico especialmente a cosmoprojeciologia enquanto metodologia.


No próximo ensaio trarei fatos e os analisarei a partir do critério subjetivo-holotopográfico e levantarei mais considerações, realizando uma tentativa de comparação de realidades em conjunto com os estados subjetivos de consciência (sonho, sonho lúcido e lúcido-hiperlúcido). 


Embora tal taxonomia seja mais antiga, achei que tais termos podem nos ajudar na prática a desenvolver mais nosso discernimento frente ao cosmos holodimensional (holocosmologia).99

11.11.12

Da Impossibilidade Axiomática da Gênesis como Sustentáculo da Cosmogonia, da Impossibilidade da Cosmogonia e de Alguns dos Princípios Gerais da Holocosmologia: Considerações sobre as Relações entre Espaço-Tempo (E-t), Consciência (C) e Estados de Consciência (e-C)

Por Dr. Fernando Salvino (MSc)
Parapsicólogo Clínico, Psicoterapeuta
Conscienciólogo e Projeciólogo
NIAC - Núcleo de Investigações Avançadas da Consciência (coord.)
LAC - Laboratório de Autopesquisa da Consciência - HU/UFSC/Projeto Amanhecer (coord.)



Obs: este ensaio é um sub-ensaio de um ensaio mais amplo, escrito em partes sendo que algumas destas partes ou sub-ensaios já foram publicados e constam nas referências ao final expostas. O ensaio integral expressará a fusão coerente de todos os ensaios, expondo os traços ainda esboçantes da futura cosmologia, ou a Holocosmologia.


I – Da Introdução e Explanação do Problema de Investigação (Sobre o Axioma 1)
Sobre o Início do Cosmos, o Começo do Tempo e do Espaço, a Existência de "Deus" e "Big Bang"...

A gênesis é o axioma cosmológico o qual parte-se do princípio que o Cosmos tem uma origem num passado muito, muito antigo, que foge mesmo à sua contagem cronológica, migrando para as unidades dos “n” anos-luz adentro da história cósmica. Esta origem significa o começo de Tudo, e este tudo é o que chamamos de Cosmos. E o começo de tudo é o início do tempo e, por conseguinte, do espaço onde os fenômenos ocorrem, das coisas e dos seres vivos. Esta concepção está como veremos, arraigada em nosso processamento cognitivo enquanto axioma constituinte e potente de nossa subjetividade e significação da realidade. 

A forma como este começo se deu varia de acordo com os múltiplos axiomas existentes e podemos dividi-los em dois grandes grupos: (1) causalidade inteligente; (2) causalidade física.

O axioma da causalidade cosmológica inteligente nos remete ao pressuposto do “Criador”, descrito a partir de diversos nomes, tais como Deus, Jeováh, Allah, Brahman, etc. Assim este Ser é quem a partir de sua ação inteligente criou o Cosmos e todas as coisas existentes em seu espaço, dando início ao tempo e ao espaço (espaço-tempo). Já o axioma da causalidade física, nos remete ao mesmo modelo, porém, acredita-se que o Cosmos teve um início físico a partir de explosão (Big Bang) ou qualquer outra concepção isenta de causalidade inteligente, como se o Cosmos tivesse existido do “nada”. Quanto ao axioma da existência cósmica a partir do “nada”, temos a cosmologia taoísta, porém, ainda assim, mesmo o “nada” tendo criado o cosmos, a cosmologia taoísta enfatiza uma sequência cronológica de geração. 

Os axiomas cosmológicos são, portanto, genéticos, ou seja, partem do princípio de que o Cosmos teve um início espaço-temporal onde os demais fenômenos deram prosseguimento em sucessão de eventos, divergindo apenas da concepção de causalidade, ora uma defendendo a causalidade inteligente, ora outra defendendo a causalidade puramente física, destituída de inteligência. O axioma genético, é, portanto, a Gênesis.

A primeira é dominada pelas religiões e, a segunda, pela moderna cosmologia que, tendo raízes na física, domina o modelo científico vigente que parte do axioma de que a matéria é a causa da consciência/inteligência/espírito/alma – aqui, portanto a alma é uma resultante material na gênesis. Por outro lado, a primeira salienta que sendo a causa inteligente, então, esta causa (o Criador ou o “Nada”) foi o que criou os espíritos ou as almas dos homens, dos animais, das plantas, etc. Este modelo é desenvolvido pelas religiões, cada qual de uma forma bastante específica, e que foge a este ensaio. Vamos permanecer aqui somente no exame axiomático da Gênesis enquanto possibilidade para a Cosmogonia e mesmo para a Cosmologia.

De forma a resumir o acima exposto, temos que o axioma geral da Cosmologia, incluindo as cosmologias religiosas e a assim considerada científica, é a de que o Cosmos tem uma gênesis, ou seja, obedece a um movimento de geração ou criação cronológica onde este movimento tem um início. Este início é o início do espaço-tempo.

II – Sobre o Axioma II: 
Sobre o Cosmos sem Deus, sem Criação, sem Começo, sem Fim...

O axioma que agora pretendo dissertar é diferente do primeiro axioma. Porém, parto do pressuposto que me parece mais adequado a uma moderna Cosmologia. Este axioma considera o Cosmos como uma realidade incriada e, portanto, isento de Gênesis e, mais especificamente, de qualquer inteligência onipotente criadora, ou Deus. Estamos aqui falando de um Cosmos inteligente, mas, incriado e, portanto, isento de Deus. É uma Cosmologia isenta de gênesis e do Deus criador, porém, trata-se de uma Cosmologia Holointeligente, mais complexa do que a Cosmologia até então trabalhada.

Por realidade incriada compreende-se que o Cosmos não teve início tal como compreendemos esta palavra. Este aspecto de não ter início, significa que o Cosmos não surgiu em algum momento do tempo, ou melhor, não existe o que chamamos de “começo do tempo”, um tempo “0” absoluto donde tudo provém e donde tudo começou.

O Cosmos a partir deste axioma, sempre existiu e sempre existirá, ou ainda, falar em existência e não-existência do Cosmos apresenta-se como conceitos sem aplicabilidade. Assim, a existência do Cosmos é eterna, temporalmente falando, e infinita, espacialmente expondo. Desta forma, o espaço-tempo cosmológico é eterno-infinito, ou E-tC = EI. E a Cosmogonia isenta de Gênesis.

O ponto de partida cosmológico de que o Cosmos não tem ponto de partida favorece o entendimento de várias realidades, dentre elas, a relação entre espaço-tempo e estado de consciência. A relação entre espaço-tempo e consciência é direta, na seguinte fórmula:

E-t ≈ e-C

Assim, temos que espaço-tempo é realidade fundida ao estado-de-consciência. Uma realidade se conecta noutra e estão sempre unidas, melhor dizendo, numa estrutura de 5 dimensões básicas: espaço-tempo-consciência.

Os experimentos cosmoprojeciológicos, especialmente estes, são os pontos de partida experimentais para o entendimento cosmológico destes aspectos. Nas vivências extracorpóreas, dependendo da dimensão ou estado de consciência a consciência projetada se encontra, a deformação do espaço-tempo mostra-se como proporcional ao estado de consciência do projetor. Assim, existem dimensões o qual a consciência percebendo a eternidade do tempo ao mesmo tempo, sente a infinitude do espaço. Assim, quanto mais a consciência se projeta para os confins do infinito cósmico maior é a sensação de eternidade temporal e infinito espacial. Assim, temos a fórmula:

↑Dk-pc ≈ E-t (∞)

Sendo que:

Dk = dimensão extrafísica cosmológica
Pc = projeção consciente para fora do corpo (soma e psicossoma)
E-t (∞) = espaço-tempo infinito.

Diante disso, o espaço-tempo cósmico por excelência é eterno-infinito. E, se em dimensões extrafísicas cósmicas a consciência percebe ou constata sua cosmicidade e ao mesmo tempo sente como se fundida, diluída no cosmos eterno-infinito, a consciência é realidade integrante, ou melhor, completamente conectada, fundida, do Cosmos. Porém, isto não quer dizer que por ser parte integrante do Cosmos, a gênesis nos serve como axioma da Cosmologia. 

Pelo contrário, em sendo a consciência realidade integrante do Cosmos, ou seja, aspecto essencial na composição ou constituição do Universo, e; em sendo a consciência um centro de inteligência criativa e por ser criativa modifica seu entorno e por consequência, o Cosmos, logo, a gênesis não teve início, mas permanece ocorrendo na eternidade-infinita do Cosmos, sem ter iniciado, e sem ter um fim adiante. Diante disso, inexiste Gênesis.

Devido ao fato do Cosmos não ter tido início e, por não ter tido início não possui fim, vemos aquilo que chamamos de “vida” e “morte” como aspectos da sucessão eterna-infinita dos processos cosmológicos necessários para a manutenção da harmonia cósmica. Este ponto de vista exclui conceitos como “procedência extrafísica” ou “procedência extrafísica de origem” ou qualquer outra concepção que contextualiza uma origem para a consciência. A consciência não tem origem, ela simplesmente existe num universo não-local e, por existir somente, sua morada é onde se manifesta, ad infinitum, expressando a característica de um cosmonomadismo infinito-eterno. Este cosmonomadismo é evidenciado pela oscilação de moradas cósmicas e dimensionais, de alterações de grupos familiares, papéis sociais, amigos, relacionamentos, ambientes, cidades e países, planetas, sexossoma (gênero), etc., expondo a natureza não-local e móbil da consciência. 

As evidências projeciológicas apontam também para a habitabilidade extrafísica de consciências, ou seja, o cosmos é muito mais infinito que pressupúnhamos. Além de apresentar uma eternidade-infinitude observável no que chamamos de universo físico, esta mesma eternidade-infinitude é constatada no além-físico, nas dimensões de número infinito e de tempo eterno. O Cosmos apresenta número de dimensões infinitas e cuja formação de dimensões ocorre continuamente, em nascimento e morte de dimensões, assim como em imigrações e emigrações de consciências em movimento interdimensional sem começo e sem fim. O conceito de evolução é a de evolução sempre existente, sem começo e sem fim. Se dimensões são também estados de consciência, dimensões nascem e morrem como qualquer processo cosmológico, como o nascimento e morte de estrelas e universos (novas branas).

Da mesma forma que a quantidade de números que existem entre o 1 e o 2 é infinita, assim é o que ocorre entre as dimensões. O Cosmos, pois apresenta-se como uma realidade de infinita transcendência eterna, sem um começo e sem fim. Assim, inexistem múltiplas dimensões, mas uma, somente, cuja fronteira entre as aparentes dimensões são apenas resultante da necessidade de discernir uma coisa doutra, mas que na essência é a mesma em variações ad infinitum. Diante disso temos a holodimensionalidade no holocosmos.

A partir deste aspecto cosmológico, estamos apresentando um Cosmos sem Criador, sem Deus, sem Big Bang, sem qualquer possibilidade genética para um suposto começo de tudo. O axioma aqui exposto exclui um princípio criador, porque aqui demonstro que se trata de equívoco lógico, melhor, cosmológico. E a lógica que aqui apresento é a lógica inclusa do infinito: infinito em tempo e espaço (espaço-tempo infinito). Sem a lógica inclusa do infinito torna-se inviável compreendermos a cosmologia enquanto um movimento sem começo nem fim, ocorrente na eternidade do tempo e na infinitude do espaço, sem origem e sem Criador. Deus, portanto, manifesta-se como axioma não recomendado para a Cosmologia, por outro lado, torna-se inviável compreendermos a Cosmologia isenta de inteligência, ou melhor, não situando a inteligência como o eixo cosmológico.

Os experimentos projeciológicos que viabilizam à consciência estar em outras dimensões além da dimensão na Terra, concorre para a percepção direta, constatação experimental da fusão entre o cosmos e a inteligência (consciência, alma, espírito, psique). O movimento cosmológico é, no axioma 2, um movimento de fusão cosmológica de consciência-energia em unidade indissociável. Este aspecto do axioma permanece evidenciável por projeções conscientes para fora do planeta Terra, e contato com os conselhos cosmológicos responsáveis pela Calibração Cosmológica. O axioma 2 apresenta sua raiz primária na constatação experimental da Calibração Cosmológica. Esta realidade cosmológica é evidência direta do espaço-tempo simultâneo, onde passado-presente-futuro operam-se num continuum sem começo nem fim. E, portanto, da eternidade do tempo e da infinitude do espaço.

Instaura-se com isso, uma nova etapa da cosmologia na Terra: a Holocosmologia. A Holocosmologia é a ciência que investiga o Cosmos do ponto de vista integral, incluindo a consciência como aspecto essencial do cosmos, e não somente a matéria-energia, o espaço-tempo, a astrofísica, e assim por diante, utilizando tantos os instrumentos físicos de observação astronômica e a ciência cosmológica geral, como os avançados recursos da cosmoprojeciologia para a investigação experimental da manifestação da consciência noutras dimensões cósmicas além da Terra e deste sistema Solar, conhecimento de inteligências cosmológicas, a cosmoengenharia e assim por diante.

III - Das Reflexões Iniciais

O ensaio refere-se a um exame rápido da gênesis enquanto axioma cosmológico. Cumpre dizer que a conclusão inconclusiva de que ao falar em Cosmos podemos dispensar completamente qualquer noção de começo, meio e fim, ainda sim nos remete a outro espectro de investigação, que é o campo daquilo que chamarei de ICI – Inteligência Cosmológica Infinita ou a Holointeligência Cosmológica.

Diante do fato de que inexiste Deus ou o princípio criador do Cosmos, em virtude de inexistir começo do tempo e do espaço (espaço-tempo) e diante disso, inexistir fim (o fim do espaço-tempo), então, não podemos trazer Deus como o Criador, porque não há o Criador, mas a permanente criação, que chamamos aqui de Evolução. O "criacionismo" aqui é substituído pela Evoluciologia Holocosmológica e Holoconsciencial.

O Cosmos sempre existiu e sempre existirá. A consciência da mesma forma, sempre existiu e sempre existirá, e manterá sua natureza móvel no e pelo cosmos infinito, sem limites de espaço-tempo evolutivo, independente do local onde se manifestará. Consciência é realidade não-local e, portanto inexiste procedência ou origem para a mesma. Com este alinhamento adentramos noutro problema de investigação, que é o da inteligência e do da conscienciogênese. Se o cosmos não fora criado, logo, nem mesmo as consciências também o foram. Falar em “primopensene”, ou o primeiro pensamento cósmico é ilógico frente à realidade cósmica incriada e sempre existente. 

Em projeções conscientes psi-P (psi-pura) ou chamada de mentalsoma (apesar de não existir possibilidade da mente se corporificar enquanto mente, porque ela é não-local), nas dimensões e seus estados de consciência mais cosmológicos e ampliados, holotrópicos, conjecturamos a dedução até mesmo parapsíquica da existência da ICI. Porém, ICI não é Deus. Deus, como afirmei acima, não existe tal como compreendemos. Se chamarmos de Deus a ICI, então, estamos retirando de Deus seu poder de criador do Cosmos e das realidades, porque como disse, o Cosmo foi incriado, sempre existiu. Independente do nome, ICI é a tradução científica atual para designar o holocampo holodimensional de cosmointeligência onipresente em fusão de campo total-infinito, composto pelas inteligências cosmoamparadoras de número infinito, interpenetrando tudo o que existe em sincronização de espaço-tempo holodimensional simultâneo, sincronizando a astrofísica holodimensional com todos os fenômenos de ordem da consciência e unificando a evolução enquanto um holomovimento cosmológico inteligente infinito e, cuja ordem implicada e explicada alternam-se continuamente em movimentos oscilatórios obedecendo à calibração cosmológica.

O holocampo cosmológico adentra num espectro unificado, fundido, onde as infinitas dimensões são uma única e mesma dimensão. Neste nível de consciência caracteriza-se a vida como manifestação da inteligência criativa onipresente, eterna e infinita. Mas não é Deus. Deus não existe. Na astrofísica galáctica e cósmica, ultrapassando os limites dos anos-luz, das hiperdistâncias, e de todos os grandes enigmas cosmológicos como buracos negros, buracos de minhoca, etc, temos que nas esferas mais altas de consciência, as inteligências coordenadoras da harmonia cosmo-consciencial (“sincronizadoras”), vão de espectro a espectro, pertencendo a níveis cada vez mais amplos de área de sincronização ad infinitum. É neste holocampo infinito que deduzimos extrafisicamente a existência de ICI como eixo cosmológico inteligente, onipresente e holoirradiador do holocampo informacional psi-cósmico, simultâneo, cosmoevolutivo. E, se nas esferas não tão amplas de consciência a benevolência cósmica e a inteligência avançada manifestam-se presentes como carregadoras da intencionalidade benigna do holocampo cosmológico, logo, nas esferas mais amplas e cosmificantes tais traços se manifestam ainda mais aguçados até níveis incomensuráveis e inimagináveis para nós.

As consequências de tal realidade para a consciência são muitas, algumas delas são aquilo que chamei de lógica inclusa do infinito (L∞) enquanto forma de processamento cognitivo para a inclusão do infinito no dia a dia de nossas vidas. Talvez o nome mais apropriado seja cognição inclusa do infinito. Isto equivale a termos uma noção mais clara do que é o tempo e o espaço (espaço-tempo), enquanto realidade fundida na consciência, ou o espaço-tempo-consciência, enquanto medida de calibração cosmológica, desde os níveis micro, como em nossa realidade individual, como nos níveis macrocósmicos. 

A cosmologia torna-se, portanto, inteligente, sem Deus, sem Big Bang, e holocoordenada em holomovimento holodimensional inteligente infinito em eterna evolução. A holocoordenação ocorre através da Calibração Cosmológica em holocampo psicônico onipresente associado a raios holoabrangentes, incluindo os campos de sistemas estelares, planetários, galácticos, aglomerados galácticos, os vazios intergalácticos e a correlação destas realidades da alta complexidade cosmológica com a atuação inteligente das consciências cosmológicas da alta evolução do Universo. O holocampo psicônico, de natureza psíquica é onipresente e interpenetra tudo com sua frequência suave, informacional, similar a realidade ainda não compreendida da Energia Escura. A Energia Escura compõe o grande campo maior do cosmos e atua como agente modelador de galáxias e outras realidades astrofísicas. E tal Energia Escura parece ser exatamente a contra-parte física do holocampo psicônico relacionado à Calibração Cosmológica, processo este que realiza a sincronização holodimensional e a fusão total de consciência-energia.

O Cosmos pois, não fora criado por uma inteligência e não houve qualquer início daquilo que chamamos de espaço-tempo, assim como não surgiu a partir de um Big Bang e nem de colisões de branas. O Cosmos ultrapassa as noções de espaço-tempo e criação, sendo mais matematicamente exato afirmarmos que o Cosmos sempre existiu na eternidade do tempo e na infinitude do espaço (espaço-tempo infinito). Por outro lado, constata-se em dimensões cósmicas muito além da Terra, a inexistência de espaço-tempo tal como compreendemos aqui na Terra e aponta para a existência de dimensões conscienciais puras, dimensões estas do cosmos compostas somente de consciência e de energia puramente psíquica (dimensão psicônica), em campo espaço-tempo inteligente. Da mesma forma, inexiste a gênese da consciência (e tal axioma vai de encontro a outros ensaios que eu publiquei sobre a conscienciogênese e cosmogênese, assim como a gênese do cosmodireito). Consciências não foram criadas, e nem surgiram. Consciências são realidades que ultrapassam as noções de nascimento e morte, portanto, de gênese. Consciência é realidade não-local, não é terrestre, não é extraterrestre, não é intrafísica, não é extrafísica. Consciência pertence a outra ordem cosmológica, dimensão própria do universo, ordem esta que atua enquanto fusão cosmológica de consciência-energia-matéria-espaço-tempo.

O ensaio é menos que um ensaio. É um esboço, um rascunho bastante temporário sujeito a periódicas revisões e atualizações conforme se encaminham as investigações. Portanto, vamos tomar as informações aqui como desenhos ainda iniciais de uma ciência realmente avançada, talvez, a mais avançada que a Terra já teve, pois poderá unificar a ciência num único campo de conhecimento integrado, fundido, incluindo a compreensão da psicopatologia do ponto de vista holocosmológico.


Referências para Aprofundamento:

Gerais:

ARGÜELES, José. O Fator Maia. Cultrix.
BLAVATSKI, Helena. A doutrina Secreta: Cosmogênese.
CASTANEDA, Carlos. O Presente da Águia.
_____. Porta para o Infinito.
_____. O Lado Ativo do Infinito.
CONFÚCIO. Os Anacletos. Pocket. 2000.
FLAMMARION, Camile. Pluralidade dos Mundos Habitados.
_____. Narrações do Infinito.
HANDEL, Max. O Conceito Rozacruz do Cosmos.
REVAIL, Hipolitté (pseud. Allan Kardec). A Gênese. FEB.
______. O Livro dos Médiuns. FEB.
______. O Livro dos Espíritos. FEB.
______. O Céu e o Inferno. FEB.
______. Revista Espírita. FEB. 
SARTI, Geraldo. Psicons. 1992. ABRAP.
TZU, Lao. Tao te King. Ed. Pensamento, 2002.
UBALDI, Pietro. A Grande Síntese.
VIEIRA, Waldo. Projeciologia. Panorama das Experiências da Consciência fora do Corpo Humano. IIPC.
WILHELM, Richard (trad). I CHING - O Livro das Mutações. Ed. Pensamento.

Específicas:

SALVINO, Fernando e KILIAN, Guilherme. Sobre o Acesso Experimental ao Holocampo Cosmológico: Do Primeiro e Segundo Experimento Laboratorial - Retrocognição ao Último Período Intermissivo. (clique aqui)
SALVINO, Fernando e SARTI, Geraldo. É Também Psíquica a Gravitação? Algumas Implicações da Projeciologia, Física Moderna e Psicons. (clique aqui)
SALVINO, Fernando. Calibração Cosmológica ou Sabedoria Divina? (clique aqui)
______. Ensaio Preliminar sobre a Lógica Inclusa do Infinito e a Irrupção da Transciência. (clique aqui). 
______. Cosmoprojeciologia: Investigação Cosmológica através da Projeção da Consciência para fora do Corpo Humano" (clique aqui).
______. Breves Considerações sobre o Acesso Experimental ao Holocampo Cosmológico. (clique aqui)
______. Relação Bóson de Higgs - Intelectons, Intenção do Pesquisador e PK. (clique aqui)
______. Ensaio sobre a Taxonomia das Experiências Extraterrestriológicas. (clique aqui)
______. Onde a Ciência Termina? (clique aqui)
______. Cosmocracia e Comunidade Cosmoética Universal. (clique aqui)
______. Ultrapassando a Fronteira do Ego: Minha Experiência com Cosmoconsciência. (clique aqui)
______. A Ciência Universal da Benevolência e do Amor. (clique aqui)
______. Registros Pessoais. Sem data.
SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL. Mistérios Profundos do Tempo. Edição Especial Física (1).
______. Enigmas do Começo e Fim do Tempo. Edição Especial Física (2).
______. O Passado e o Presente do Cosmos. Edição Especial. 2ª Ed. nº 27.
______. Multiversos são Reais? Ed. nº 112.
______. Buraco Negro no Coração da Galáxia. A benevolência do Buraco Negro. Ed. nº 124.
______. Buracos Negros: As Criaturas mais Exóticas do Cosmos. Edição Especial. Nº 18.
______. As Diferentes Faces do Infinito. Edição Especial. nº 15.
______. A Mão Invisível do Cosmos. In Fronteiras da Física 2. Edição Especial N° 02.


Outras:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cosmologia
http://www.eba.ufmg.br/hololab/reflexoes_02.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Holomovimento
http://www.ifi.unicamp.br/~dfigueir/holosite/glossario.htm

Obs: Em constante atualização.