30.11.10

Diagnóstico da Sociopatologia pela Hipocrisia Midiática

Por Dr. Fernando Salvino (MSc)
Parapsicólogo, Psicoterapeuta, Projeciólogo, Conscienciólogo
Bel. Direito, MSc. Educação (UFSC)



Antes de prosseguir, sugiro ler: SALVINO, F. Diagnóstico da Sociopsicopatia pela Indústria de Armas no Brasil e a Criação de uma Cultura de Paz, Evolução e Saúde no Planeta. In Revista Digital de Experimentos Avançados da Consciência. Edição de Maio/2011. NIAC. (acesse aqui).





Hipocrisia é o "ato ou efeito de fingir, de dissimular os verdadeiros sentimentos, intenções; fingimento, falsidade" (HOUAISS).

Neste sentido, hipócrita é aquele que pratica a hipocrisia, ou "que ou aquele que demonstra uma coisa, quando sente ou pensa outra, que dissimula sua verdadeira personalidade e afeta, quase sempre por motivos interesseiros ou por medo de assumir sua verdadeira natureza, qualidades ou sentimentos que não possui; fingido, falso, simulado" (HOUAISS).

A mídia pode ser considerada como o 4º poder dentro de nosso sistema brasileiro marcado pela tripartição dos poderes em Legislativo, Executivo e Judiciário. Mesmo que na constituição da república não tenhamos expressamente a mídia como sendo tal poder, na prática vemos obsdervando tal fato. É neste sentido que falarei aqui acerca da atuação da mídia e de seu discurso na atual cobertura da guerra civil ocorrendo no Rio de Janeiro/RJ nestas últimas semanas.

O discurso é o que colocar os traficantes como os grandes responsáveis e os grandes malvados. O telecpectador ingênuo não consegue discernir a hipnose condicionativa realizada pela mídia quando, não publica junto com o noticiário os dados de seus próprios artistas de TV e funcionários, muitos e muitos deles usuários de drogas, ou seja, consumidores e mantenedores da guerra civil e da indústria do flagelo humano.

É focando no usuário que quero falar aqui. Aquele que compra e que mantém com seu consumo a indústria de tráfico de drogas e, por consequencia, do tráfico de armas e porque não, da prostituição e exploração infantil.

A mídia e seu discurso hipócrita mantém a crendice de que o produtor e o vendedor de drogas são os malvados, os vilões. Eis o discurso da polícia e dos políticos também. Por que será?

Senão vejamos:

Ninguem vende um produto se não existe aquele que compra. Então, quem são os compradores das drogas lucrativas vendidas pelo tráfico ilegal? Lembramos que o álcool, uma droga, era traficado antes de ser liberado para vendas em supermercados.

Os compradores são aquelas pessoas que têm dinheiro para comprar drogas como:

1. Maconha
2. Cocaína
3. Heroína
4. Crack
5. Extasy
6. LSD
7. Anfetaminas e outras drogas psicofarmacológicas contrabandeadas

Lembramos também que o Brasil é um alto consumidor de drogas psiquiátricas, receitadas medicamente.

Quanto a primeira e a segunda, principalmente esta, a cocaína, é droga largamente usada pela classe chamada média. Sendo que uma grande parcela de usuários são artistas.

Os artistas, no caso os que trabalham nas TVs, muitos deles são usuários de drogas, mesmo que seja somente um baseado de maconha num fim de semana ou uma cheirada. Não importa: comprou e usou e assim, tornou-se o patrocinador da guerra civil e da sociopatologia.

Esta hipocrisia remonta-se nas raizes do narcotráfico e do tráfico internacional de armas. O cidadão comum precisa ler a CPI do Narcotráfico, publicada na internet, e ver a rede de pessoas que estão envolvidas neste esquema. Sair da consciência ingênua e cultivar mais o discernimento pessoal frente a tantas tentativas de lavagem cerebral pela mídia. O Estado, o governo hoje, sobrevive e depende desta indústria de drogas para sobreviver.

Lembramos que as mesmas armas que o exercito utiliza, as mesmas armas que o BOP utiliza, os carros blindados da marinha e outros, são fabricados por alguma industria de armas no mundo. E esta mesma indústria vende as armas para os traficantes. Se existem armas sendo produzidas, elas precisam ser vendidas. Esta é a logica da criação falsária de guerras pelo mundo sob o pretexto de movimentação de estoques de armas e vendas, lucros, uma verdadeira indústria da carnificina e genocídio legalizado inclusive pela ONU - Organização das Nações Unidas.

Eis o diagnóstico simples e objetivo da condição sociopatológica atual. Eis também o discurso: vamos exterminar os traficantes! A hipocrisia instala-se justamente neste ponto: se exterminar os traficantes teremos bilhões de usuários de drogas perambulando por aí afora em abstinência química e lotando todas as instituições para recuperação de dependentes químicos. Não teríamos estrutura. A droga mais consumida do Fórum da Capital é o café (cafeína). Iríamos ter uma sociedade de zumbis, pessoas humanas escravas de químicas para fugirem da realidade da vida e da evolução da consciência.

O máximo da hipocria encontra-se na frase: "Guerra contra o terrorismo". Pois vejamos, como se a guerra em si não fosse uma prática terrorista. Muitos cidadãos de bem e que pensam acabam se revoltando com a situação. A crise é total, o sistema está a beira de um colaspso interno grave. Hoje, não temos mais 1 Estado. Temos múltiplos Estados: Estados dentro de Estados. E todos eles coexistem e interdependem um do outro.

Num sistema sociopatológico temos de nos ater primeiramente a nossa saúde mental e não deixar que esta sociopatologia infecte nossos lares, nossos filhos e nossas famílias: nossas mentes. Ao compreendermos que o fundamento próprio da sociedade atual é a hipocrisia, ou seja, uma forma de governo e de sociedade pautada em relações falsas e não-autênticas, poderemos migrar para dentro de nós mesmos, para dentro de nossas consciências, mentes e iniciar a revolução a partir deste núcleo: a consciência e sua autenticidade, perante si, e perante o outro.

Como poderemos saber realmente quem patrocina as campanhas políticas? O caixa 2 é formado pelo dinheiro de quem? Eis aqui também a fonte da miséria social: a corrupção e a prostituição de si mesmo e do caráter por votos, poder e prestígio. Lavagens de dinheiro, Ilhas Cayman, Uruguay... Exploração tributária pelo governo... A indústria do tráfico e de armas é, de uma forma direta ou indireta, patrocinadora do governo corrupto instalado no Brasil. E os consumidores de drogas são, direta ou indiretamente, os patrocinadores da guerra civil e do flagelo humano que as cidades se encontram hoje.

Lembro bem, aqui em Florianopolis, crianças brincando de amarelinha no cadáver de um traficante morto por outros traficantes, no Morro da Queimada, em 2005, quando eu dava curso para professores numa escola pública.

Não acredito em política. Não acredito em governo. Não acredito em campanhas. Enquanto postos de saúde não forem construidos em favelas devido ao desvio de verba pública para as orgias políticas e as contribuições de impostos pagos pela classe trabalhadora não for usada de forma ética e respeitosa para com a sociedade; e tais verbas forem usadas para falsear licitações, campanhas e esquemas corruptos, nada feito. Não existe discurso que consiga mais falsear a realidade da corrupção e suas ramificações sociopatológicas no Brasil e mesmo no planeta.

Enquanto existir a consciência bélica na mente e nos sentimentos de um cidadão, teremos o consumidor de armas. Enquanto existir a consciência doente e carente de sentido de vida, teremos o cidadão usuário de drogas, perdido e perambulando pelo mundo a procura de si mesmo, que comprará drogas de um traficante, o varejista, que comprou a droga do produtor. Se alguem produz, alguem consome. E quanto existir tudo isto, existirá a polícia para atuar como falso super-herói.

Uma mudança de consciência é a única solução coerente, e esta se dá pela educação. Então vejamos como está a educação brasileira: sinceramente, um lixo.

A evolução está acontecendo, passo a passo, mas tenhamos paciência e sabedoria para compreender que a verdadeira revolução terá que se dar dentro de nós mesmos, na reforma e reciclagem de nossa própria consciência e maturidade ética, num sentido de uma responsabilidade cósmica e cosmocrática.

O Universo é nosso lar. Todos os países nossos vizinhos. O planeta é uma vila de interior. Sem um cultivo diário da paz mental e no esforço diário de reciclarmos o belicismo impregnado dentro de nossos pensamentos e intenções, não haverá mudança social significativa alguma. Tudo começa no pensamento e na intenção que carrega sua energia.